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Cenografia 4

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Cenografia
Responsável pelo Conteúdo:
Prof.ª M.ª Ana Cristina Gentile Ferreira
Revisão Textual:
Prof.ª Dr.ª Selma Aparecida Cesarin
A Cenografi a e a Arquitetura Efêmera
A Cenografia e a Arquitetura Efêmera
 
 
• Aprender como trabalhar de forma harmônica materiais, formas e o processo de ordenação 
nos espaços efêmeros, e como eles estão relacionados à Cenografia.
OBJETIVOS DE APRENDIZADO 
• Introdução;
• Arquitetura Efêmera;
• Exposições;
• Estandes;
• Cenários de Programas.
UNIDADE A Cenografia e a Arquitetura Efêmera
Arquitetura Efêmera
Efêmero é um termo de origem grega (em que ephémeros significa “apenas por um dia”), 
usado para designar uma situação que dura pouquíssimo pouco tempo. É antônimo de 
duradouro, permanente. 
Fonte: https://bit.ly/2TZQrGY
A Sociedade sempre buscou explorar espaços, e muitos deles transitórios. Quando fa-
lamos da Arquitetura, assim como Cenografia efêmera, falamos do tipo de espaços e artes 
passageiras, como tendas, barracas, esculturas de gelo e areia, tapetes de flores ou areias 
para celebrações religiosas, estruturas e instalações para exposições, e muitas outras.
Entender a Arquitetura e a Cenografia efêmera, como temporário, momentâneo e tran-
sitório é entender a Cenografia como algo dinâmico que sofrerá modificações de acordo 
com o tema do momento.
Observando a história é possível afirmar que desde os nômades na Idade Média, que 
utilizavam pele de animais para construção de tendas portáteis (Figura 1). 
Como vimos na Unidade anterior, durante a história do Teatro, a Cenografia foi se 
apresentando como painéis pintados que reproduziam cenas cotidianas e paisagens, por 
exemplo.
Tais cenários eram transitórios, e respondiam à demanda do espetáculo apresentado.
Figura 1 – Tenda nômades
Fonte: Wikimedia Commons
Atualmente, os cenários efêmeros estão presentes de maneira intensa no nosso 
cotidiano.
Além de estandes, festas, Design de Interiores, espetáculos e Programas de Televisão, 
as Mídias Digitais têm se mostrado em destaque.
Quando assistimos a vídeos, podemos notar a importância dos cenários, que sofrem 
atualizações constantes, além de considerarem o perfil de seus espectadores.
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Figura 2 – Cenário para Programa culinário
Fonte: Getty Images
A estrutura de apresentação da Arquitetura e de cenários efêmeros está dividida da 
seguinte maneira: exposições, estandes e Mídias Digitais.
Exposições
No final do século XVIII, a Indústria da Construção foi impulsionada pelo desenvol-
vimento do aço e do ferro que, juntamente com o vidro, são responsáveis pelo desen-
volvimento de Sistemas pré-fabricados, um marco para a Arquitetura.
A grande referência, o Palácio de Cristal, é sinônimo da Arquitetura Efêmera aplicada 
a espaços de exposições. 
Projetada por Joseph Paxton para a Exposição Universal, realizada em Londres, em 
1851, a estrutura contava com nave central de 560m de comprimento e 285m na nave 
transversal, e a altura na parte central chegava a 330m de altura, com grandes espaços 
vazios, resultado das estruturas inovadoras da época, que permitiam grandes espaços 
de exposição: “As exposições, aqui exibiam mais de 100.000 objetos, incluindo as mais 
recentes impressoras, carruagens e joias raras, mas talvez a característica mais surpreen-
dente da feira tenha sido o famoso Palácio de Cristal (Crystal Palace)” (RAWN, 2018, s/n).
Nas imagens a seguir, podemos observar não apenas o impacto do edifício com suas 
grandes estruturas de ferro e aço e a grande quantidade de vidros, mas também os gran-
des espaços para a exposição de produtos, algo reproduzido até os dias atuais.
Figura 3 – Imagem da fachada do Palácio de Cristal
Fonte: Wikimedia Commons
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UNIDADE A Cenografia e a Arquitetura Efêmera
Figura 4 – Imagem interna do Palácio de Cristal
Fonte: Wikimedia Commons
Os prédios da Exposição foram desenhados para explorar o uso de metal e 
vidro como materiais estruturais. Os produtos em exibição que continham 
eram similarmente dominados por uma fascinação comum pela novidade 
e (mesmo como em nossos dias) uma intimamente relacionada à fé na pro-
messa material do progresso tecnológico. (TRAPP, 1965, p. 300)
Outro destaque dos edifícios para exposição e ícone da Europa e de Paris é a Torre Eiffel.
Construída para o centenário da Revolução Francesa, a Torre Eiffel foi feita em 1889, 
para a “Exibição Universal”, para representar a potência industrial francesa da época. 
Com estilo Art Nouveau, o Projeto do engenheiro Gustave Eiffel demorou cerca de 
dois anos para ser construído, e a Torre foi inaugurada em 31 de março de 1889.
Figura 5 – Exibição Universal – Paris, 1889
Fonte: Wikimedia Commons
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Figura 6 – Exibição Universal – Paris, 1889
Fonte: Wikimedia Commons
O Brasil também fez uma apresentação na Exposição Universal em Paris leia em “Paris, 
1889: o álbum do Brasil na exposição universal” e veja as fotos do Arquivo Nacional com 
imagens da época. Disponível em: https://bit.ly/3vpZuxR
Você Sabia?
O Projeto da Torre Eiffel sofreu muitas críticas, mas ela foi construída para ser uma estrutu-
ra efêmera. A torre foi erguida para durar 20 anos, e deveria ter sido desmontada em 1909. 
Hoje, o monumento de 324 metros de altura continua sendo uma referência mundial.
Outras exposições tiveram papéis importantes na História: Exposição Internacional 
de Barcelona, em 1929, desmontada em 1930, após a conclusão da exposição, Expo-
sição do Século 21, realizada em Seattle em 1962, influenciada pela Corrida Espacial e 
projetada com os temas Espaço, Ciência e Tecnologias e a Feira Mundial de Nova Iorque, 
realizada em 1964, que teve como temas a Ficção Científica e as Cidades Futuristas.
Figura 7 – Exposição Internacional de Barcelona – 1929
Fonte: Wikimedia Commons
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UNIDADE A Cenografia e a Arquitetura Efêmera
Figura 8 – Exposição do Século 21 – Seatle, 1962
Fonte: Wikimedia Commons
Figura 9 – Feira Mundial de Nova Iorque – 1964
Fonte: Reprodução
Enfim, a partir dos exemplos citados, muitos são os Espaços de Exposições que co-
nhecemos nos dias de hoje. 
A Cenografia aplicada aos estandes, como estratégia de negócio e Marketing, afirma 
uma área de atuação importante do Design de Interiores. 
O Projeto dos expositores deve refletir o público-alvo, e o profissional deve saber 
traduzi-lo na concepção e na execução dos Projetos.
Estandes
A partir dos grandes Espaços de Exposição, cabe aos estandes responder ao briefing 
do cliente, e ao Design de Interiores desenvolver os Projetos. 
A esse tipo de Projetos chamamos de “Arquitetura Promocional”, voltada para a cria-
ção de estandes, showrooms e Exposições. 
Briefing é um documento que contém uma série de informações necessárias para a elabo-
ração do Projeto, como perfil do cliente, preferências, rotina e, no caso de produtos, que 
público gostaria de atingir. 
Resumindo, briefing é um guia para a elaboração e a execução do Projeto.
Assim:
Os estudos relacionados ao marketing e à propaganda das empresas in-
terligaram-se à Arquitetura de seus estandes, pois estes eram fundamen-
tais para a construção da identidade corporativa. O papel do estande e da 
Arquitetura efêmera de comunicação de empresa passou a se estruturar 
como uma manifestação programada dentro de um discurso específico. 
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O reconhecimento das feiras enquanto importantes fóruns de ideias e 
opiniões fez com que o investimento em estandes passasse a ser visto 
como uma ferramenta em potencial dentro das estratégias do marketing.
(MONASTERIO, 2006, p. 31)
A seguir, serão apresentados alguns exemplos de estandes desenvolvidos em Exposições.
Os Projetos desenvolvidos pela GTM Cenografia, para os clientes Duratex, Deca e 
Ceusa, foram executados na Expo Revestir, de 2018.
A Expo Revestir é uma Feira de Exposições de materiais e de revestimentos, considerada a 
maior da América Latina. É promovida pela Associação Nacional dos Fabricantes de Cerâmi-
ca para Revestimentos, Louças Sanitárias e Congêneres (ANFACER). Para mais informações, 
acesseo site. Disponível em: https://bit.ly/3gtLBuB
Nas imagens a seguir, é possível observar como o Projeto aproveitou os materiais da 
Duratex para desenvolver o Projeto de Cenografia do estande. 
Sendo a madeira o principal produto, podemos observar a diversidade de cores e 
texturas nos produtos oferecidos.
Desde a padronagem das almofadas, com predominância de tons amadeirados (Figu-
ra 11), como também em detalhes expostos nas paredes das divisórias (Figuras 12 e 13), 
o material a ser comercializado foi incorporado em diversos elementos de composição, 
de forma equilibrada e harmoniosa com os demais elementos de composição.
Os espaços amplos, definidos pela circulação e escolha dos mobiliários, permitem que 
os visitantes tenham visão das opções de materiais e da aplicação com outros elementos, 
como uso de cores, como, por exemplo, na parede azul utilizada na Figura 12 ou, ainda, 
no contraste do mobiliário vermelho, destacado na Figura 13.
A Deca disponibiliza os modelos utilizados na Cenografia da Expo Revestir.
Disponível em: https://bit.ly/3vsawCQ
Acesse os Catálogos. Disponível em: https://bit.ly/3xilXyi
Figura 10 – Estandes Grupo Duratex/GTM Cenografi a | Renato Frasnelli
Fonte: Reprodução
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UNIDADE A Cenografia e a Arquitetura Efêmera
Figura 11 – Estandes Grupo Duratex/GTM Cenografia | Renato Frasnelli
Fonte: Reprodução
Figura 12 – Estandes Grupo Duratex/GTM Cenografia | Renato Frasnelli 
Fonte: Reprodução
Figura 13 – Estande Deca | Estandes Grupo 
Duratex/GTM Cenografia | Renato Frasnelli
Fonte: Reprodução
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Nos outros exemplos, a seguir, também desenvolvidos pela GTM Cenografia, os mate-
riais da Deca e da Hydra foram o tema da Cenografia do estande.
Na Figura 14, podemos observar, no lado esquerdo da foto, os modelos de chuveiros.
A iluminação foi definida de maneira estratégica, permitindo destaque para os mode-
los a serem lançados.
Na Figura 15, os destaques são para as opções dos tons dourados e prateado. A parede 
branca de fundo serve para realçar o brilho do material, tanto na bancada quanto nas cubas 
colocadas na parede, ao contrário da Figura 16, na qual a cor aplicada no fundo destaca 
as pias brancas.
Figura 14 – Estande Deca – Hydra | Estandes Grupo 
 Duratex/GTM Cenografi a | Renato Frasnelli
Fonte: Reprodução
Figura 15 – Estande Deca | Estandes Grupo Duratex/
GTM Cenografi a | Renato Frasnelli
Fonte: Reprodução
Não apenas nos corredores largos é possível observar preocupação com a circulação.
Na Figura 17, a marcação no piso destaca os produtos acessíveis do fabricante, incluindo 
o Desenho Universal em seu cenário.
Figura 16 – Estande Deca – Hydra | Estandes Grupo 
 Duratex/GTM Cenografi a | Renato Frasnelli
Fonte: Reprodução
Figura 17 – Estande Deca | Estandes Grupo Duratex/
GTM Cenografi a | Renato Frasnelli
Fonte: Reprodução
Ainda usando a Expo Revestir como exemplo de Cenografia aplicada à estandes, 
as imagens a seguir apresentam a marca Ceusa, revestimento cerâmico que pode ser 
aplicado em pisos, paredes internas, fachadas e bancadas. 
A linha costuma trabalhar com texturas e cores, portanto, o cenário deve ter relação 
direta com os produtos.
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UNIDADE A Cenografia e a Arquitetura Efêmera
Nas Figuras 18 e 19, observe como os materiais de revestimentos foram explorados. 
Diferente dos exemplos anteriores, a aplicação dos pisos foi por setorização de ambientes, 
destacando os modelos no Mercado de acordo com o uso.
Nas imagens dos estandes, é possível observar a setorização dos ambientes. Estruturas 
metálicas auxiliam na criação dos espaços.
Assim, o Projeto de iluminação e o uso de pouco mobiliário permitem destacar os 
revestimentos.
Figura 18 – Estande Ceusa | Estandes Grupo Duratex/GTM Cenografia | Renato Frasnelli
Fonte: Reprodução
Figura 19 – Estande Ceusa | Estandes Grupo Duratex/GTM Cenografia | Renato Frasnelli
Fonte: Reprodução
Enfim, observando os Estudos de Casos apresentados, podemos notar que ainda que 
seja o mesmo escritório, e apresentando similaridades na estrutura externa do estande, 
o Projeto foi desenvolvido considerando as diferentes características de cada material, 
atingindo diferentes perfis de clientes.
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O último exemplo mostra o Projeto do UNStudio, Escritório de Design com escritórios 
em Amsterdã, Xangai, Hong Kong e Frankfurt, para a BAU 2017, principal Feira Mun-
dial de Arquitetura, Materiais e Sistemas.
Apresenta inovações tecnológicas para a construção e produtos para modernização 
e renovação para interiores.
A UNStudio desenvolveu o estande para a ALPOLIC, Empresa fabricante de mate-
riais compostos por metais.
Considerando o cliente e o perfil dos usuários da Feira, o escritório projetou uma 
estru tura ultraleve, com base em formas geométricas, para chamar atenção para a leveza 
e a flexibilidade do material.
Nas imagens (Figuras 20 e 21) a seguir, podemos observar que a estrutura é o ele-
mento principal do estande. Assim, os demais materiais, como piso e mobiliários, são 
discretos e não contrastam com a estrutura, apresentando o material do fabricante com 
ator principal do Projeto.
Figura 20 – UNStudio – ALPOLIC | Laurian Ghinitoiu 
Fonte: Reprodução
Figura 21 – UNStudio – ALPOLIC | Laurian Ghinitoiu 
Fonte: Reprodução
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UNIDADE A Cenografia e a Arquitetura Efêmera
Enfim, são alguns exemplos de como a Cenografia aplicada aos estandes pode ser 
explorada pelo Profissional de Projeto. 
O Design de Interiores deve ter um briefing bem elaborado e com informações que 
auxiliem a entender a necessidade do cliente e a atender sua demanda.
Você Sabia?
Segundo os dados da Prefeitura de São Paulo, a cidade realiza até 90 mil eventos por 
ano. São 120 das 160 grandes Feiras do Brasil? Uma Feira de Negócios a cada três dias!
Cenários de Programas
Uma área crescente da aplicação da Cenografia, principalmente, a partir de 2020 e do 
início da Pandemia Covid-19, os Espaços de Internet e interatividade da web passaram a 
ter o Espaço Cênico como elemento importante de Projeto.
Algumas dessas tendências tecnológicas já estavam presentes na Cenografia, como no 
Teatro, por exemplo, com projeções complementando outros elementos de Cenografia e 
iluminação, entre outros.
No site Arte & Multimídia, o Artigo de Joana Moreira Mota “O Teatro e a Era Digital que o 
digitaliza“, é possível ler um pouco mais sobre os usos tecnológicos no teatro, e explorar 
alguns vídeos. Disponível em: https://bit.ly/3pYwn3N
Os cenários da internet passaram a ser criados com maior frequência, os ambientes 
residenciais passaram a demandar transformações em seus espaços. 
Até então, os cenários dos espaços da Internet tinham como referência os cenários 
desenvolvidos para Programas de Televisão, as estruturas de iluminação e som, além da 
aplicação de elementos que reflitam o tema dos Programas.
Além disso, a influência dos cenários e dos produtos apresentados nos Programas de 
Televisão são influências diretas nas tendências de Projetos elaborados pelo profissional 
de Design de Interiores:
Os profissionais da Área de Design de Interiores percebem uma procura 
significativa dos clientes por ambientes vistos em cenários de programas 
de televisão, sendo solicitado aos profissionais ambientes completamente 
inspirados em determinados cenários, ou utilizando peças de mobiliário 
específicas vistas na televisão. Assim, procura-se entender a composição 
dos cenários, a maneira como eles são elaborados e o que o cenário pre-
tende comunicar ao público. (CANOLA; SADE, 2019, p. 32)
A seguir, podemos observar alguns cenários de Programas de Televisão. Na Figura 22, 
é possível observar a utilização de painel de fundo com formatos geométricos e cores em 
tom pastel, além de um fundo com imagem.
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A utilização de poucos elementos de composição e cores neutras resulta em um cená-
rio mais limpo. 
Na Figura 23, o balcão é o centro do Projeto, e tem função de apoio para a exposição 
de produtos. Comparando as duas imagens, é possível observar a diferença nas alturasdos mobiliários, que devem ser definidas de acordo com o uso deles. 
Figura 22 – Cenário Programa de Televisão
Fonte: Getty Images
Figura 23 – Cenário Programa de Televisão
Fonte: Getty Images
Produzir os espaços cenográficos para Programas demanda do profissional a criação 
de ambientes visualmente agradáveis e funcionais para quem os utiliza. 
Alguns itens devem ser priorizados na produção desses espaços, sendo que a organi-
zação das bancadas de trabalho e a escolha dos materiais de acabamento auxiliam um 
visual mais harmônico.
O profissional que atua na área de Design de Interiores é responsável não 
só por tornar agradável um ambiente ou espaço, como também por so-
lucionar, na maioria dos casos, alguns problemas encontrados na com-
posição de um cômodo. Para isso é importante levar em consideração 
a estética, o conforto e a funcionalidade, a partir da escolha correta de 
acabamentos, materiais, revestimentos, cores, composições de tecidos e a 
distribuição dos móveis, respeitando a circulação e ergonomia indicados 
para o Projeto e seus ocupantes. (CANOLA; SADE, 2019, p. 42)
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UNIDADE A Cenografia e a Arquitetura Efêmera
Objetos de decoração devem ser pensados com cuidado. Escolher uma peça de desta-
que pode ajudar a organizar o ambiente, mas ela deve ter relação com o tema do assunto 
ou do cenário a ser produzido. 
Estampas, cores e texturas também são elementos que ajudam a construir os ambientes. 
O Projeto de Iluminação, atrelado aos demais elementos de composição escolhidos para 
o Projeto, deve completar a ambientação, permitindo dar destaque a algum elemento, ou 
apenas simular uma iluminação natural, por exemplo.
Os temas são definições importantes para a conceituação do Projeto de Cenografia.
As imagens a seguir trazem duas situações. 
Na primeira (Figura 24), é possível conhecer o tema a partir dos elementos de com-
posição utilizados no cenário: máquina de costura, caixas de sapatos, moldes e outros, 
que nos trazem a informação de confecção de sapatos de forma artesanal. 
No box a seguir, a imagem faz referência ao Programa ArtAttack, desenvolvido para 
atividades lúdicas e artesanais para crianças: tintas, canetinhas, lápis, pincéis e muitas 
cores traduzem o universo infantil e permitem uma referência direta ao tema.
Programa Infantil, disponível em: https://bit.ly/3vBqfzP
Figura 24 – Programa de artesanato e costura
Fonte: Getty Images
Ainda em relação aos temas, são muitos os canais no YouTube, no Instagram, no TikTok 
e em outros e os cenários buscam traduzir a imagem dos produtos a serem comercializados.
Um importante canal do YouTube e website, o “Manual do Mundo”, de Iberê Thenório e 
Mariana Fulfaro, tem conteúdo educativo especializado em experiências científicas, desa-
fios, receitas e outros. No vídeo, Iberê apresenta a montagem do novo cenário, explicando 
os materiais utilizados e outros elementos. Assista Será que desta vez acertamos o novo 
painel. Disponível em: https://youtu.be/0x6TY7tCibg
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Com a Pandemia, surge necessidade de adaptação dos Meios de Comunicação e os 
Programas de Televisão passam a criar cenários em residências, assim como aulas e 
Cursos remotos ou on-line, portanto, a Cenografia no Design de Interiores passa a ter 
destaque na construção desses espaços.
Além disso, o uso da Informática e das Novas Tecnologias abre espaços para a Evo-
lução Cenográfica.
Figura 25 – Cenário montado em Estúdio
Fonte: Getty Images
Figura 26 – Cenário montado na própria residência
Fonte: Getty Images
Enfim, atualmente, com a necessidade de se reinventar no momento da Pandemia, 
os cenários também sofrem modificações, tendência que poderá ser mantida ou, ainda, 
será referência para novas maneiras de pensar a construção dos cenários. 
A Figura a seguir traz um cenário criado pela Prefeitura Municipal de Uberlândia, 
em Minas Gerais, para conteúdos do programa Escola em Casa, numa tentativa de criar 
aulas remotas mais atraentes para as crianças.
Figura 27 – Programa Escola em Casa 
Fonte: uberlandia.mg.gov
Na próxima Unidade, daremos continuidade aos exemplos de aplicações de Cenografia 
destacando o papel do Design de Interiores. 
Explore o Material Complementar, assista aos vídeos e explore as sugestões de links
para aperfeiçoar o conteúdo abordado na Unidade. Até a próxima!
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UNIDADE A Cenografia e a Arquitetura Efêmera
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Vídeos
Dicas Legais para Montar um Cenário!!! 
https://youtu.be/DSuyoI6dxjI
GTM na Expo Revestir 2018
https://youtu.be/IosN_ZyuOSA
TMAISP – Making Of Montagem Stand PORTOBELLO
https://youtu.be/N1osV1Hrw-I
Paleta Stands – Montagem estande Mercedes-Benz | Evento Transpúblico 2013
https://youtu.be/dF6pVCAnqls
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23
Referências
CANOLA, M. G.; SADE, A. P. C. Sociedade e os Cenários dos Programas Televisivos, 
Revista Contemporânea: Revista Unitoledo: Arquitetura, Comunicação, Design e Edu-
cação, v. 4, n. 1, p. 32- 46, jan./jun. 2019.
CARVALHO, K. S. Arquitetura Efêmera em Feiras e Exposições: um laboratório de 
ideias. II Colóquio Internacional Sobre Comércio e Cidade: Uma Relação se Origem. 
Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP Departamento de Projeto LabCom – La-
boratório de Comércio e Cidade. São Paulo, 03/2008. 
GTM Cenografia. Estandes Grupo Duratex. ArchDaily Brasil. 21/04/2018. Acesso 
em: 10/03/2021. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/892729/estandes-
-grupo-duratex-gtm-Cenografia>.
LYNCH, P. UNStudio constrói estrutura perolada para a maior feira comercial de Arqui-
tetura do mundo. Tradução de Romullo Baratto. ArchDaily Brasil. 14/02/2017. Acesso 
em: 14/03/2021. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/805240/unstu-
dio-constroi-estrutura-perolada-para-a-maior-feira-comercial-de-Arquitetura-do-mundo>.
MONASTERIO, C. M. C. T. O Processo de Projeto da Arquitetura Efêmera vin-
culada a feiras comerciais. 2006. 248f. Dissertação de Mestrado pela Faculdade de 
Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo da Universidade Estadual de Campinas. 
Campinas, 2006. Disponível em: <http://www.repositorio.unicamp.br/handle/REPO-
SIP/257851>. Acesso em: 07/06/2021.
PAZ, D. Arquitetura efêmera ou transitória. Esboços de uma caracterização. Arquitextos, 
São Paulo, Vitruvius, ano 9, n. 102.06, nov. 2008. Disponível em: <https://vitruvius.
com.br/revistas/read/arquitextos/09.102/97>.
RAWN, E. Um laboratório de Arquitetura: a história das exposições mundiais. Tradução 
de Matheus Pereira. ArchDaily Brasil. 21/05/2018. Acesso em: 14/03/2021. Dispo-
nível em: <https://www.archdaily.com.br/br/894771/um-laboratorio-de-Arquitetura-a-
-historia-das-exposicoes-mundiais>.
TRAPP, F. A. The Universal Exhibition of 1855. The Burlington Magazine, v. 107, 
n. 747, p. 300-305, jun. 1965.
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