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Pediatria Febre sem Sinais de Localização (FSSL) e Febre de Origem Indeterminada (FOI) em Pediatria CONCEITOS – FEBRE Sinal em resposta a um estímulo – fisiológico, patológico, ambiental. Temperatura axilar é muito menos precisa que a temperatura retal. conceito – febre sem sinais localizatórios (fssL) Pode durar até 7 dias. História clínica não revela nada, mesmo sintomática. Até 36 meses é mais comum, acima dessa idade a FSSL é uma condição rara. conceito – infecção bacteriana grave Meningite: 30% de mortalidade. Causa mais comum: infecção urinária. conceito – bacteremia oculta S. pneumoniae é o maior causador de IVAS. A incidência diminuiu após a vacinação em massa. conceito – febre de origem indeterminada - Febre persistente, com duração maior que 8 dias a 3 semanas (varia conforme a referência), sem conclusão diagnóstica após investigação clínica inicial. - A maioria das FOI na infância tem uma causa infecciosa, mas em alguns casos, são diagnosticadas condições neoplásicas, reumatológicas ou inflamatórias subjacentes. Ao pesquisar, não existe nenhuma causa aparente para a febre. conceito – integração importância – fssl etiologias – fssl Bacteremia oculta – pode ser sepse, sempre investigar. ETIOLOGIA – FOI · FOI E VÍRUS: Queixa presente na clínica médica. · ETIOLOGIA BACTERIANA – FOI: Endocardite bacteriana, osteomielite, artrite séptica. · POR TEMPO DE FEBRE: - Infecções. - Doenças inflamatórias não infecciosas. - Neoplasias. - Miscelânia. - Não diagnosticados. fisiopatologia da febre Pirógenos exógenos (estímulos externo) ativa mecanismos que levam a ativação de macrófagos e pirógenos endógenos e estes chegam no centro da febre (hipotálamo) para começar a modular a resposta. - Acelera atividade enzimática. - Acelera migração de leucócitos para os tecidos. - Potencializada atividade bactericida dos macrófagos. - Estimulação de linfócitos e anticorpos. - Redução da disponibilidade de ferro limitando proliferação bacteriana. avaliação clínica - Conhecer os fatores de risco que levam esta criança a ter uma infecção bacteriana grave. - Avaliar: estado geral, idade, temperatura, situação vacinal, instabilidade de sinais vitais, toxemia. Toxemia: prostrado, apático, sonolência, gemente, cinza, olhar encovado, palidez cutaneomucosa. · IDADE E SITUAÇÃO VACINAL: BO: bacteremia oculta. Perigoso – por trás de bacteremia oculta pode ter uma sepse. avaliação laboratorial · URINA 1: · PROVAS DE FASE AGUDA E RX DE TÓRAX: Procalcitonina: faz diagnóstico, estratifica o paciente (leve, moderado e grave) e ainda pode ser dosada para avaliação da efetividade do antibiótico. · PESQUISA DE VÍRUS RESPIRATÓRIO: protocolos de atendimento Protocolo de: Baraff e Rochester HU da USP/SBP · SINAIS DE TOXEMIA: Criança chega com febre, faz medicação com antitérmico, avalia novamente, se a criança não apresentar melhora pensa em toxemia e abre o protocolo dela. Alto risco de morbidade e mortalidade. Toxemia: prostrado, apático, sonolência, gemente, cinza, olhar encovado, palidez cutaneomucosa. · CRIANÇA SEM TOXEMIA: PVR: pesquisa de vírus respiratório. SLIDE 32 Tax < 39°C: Tax > 39°C: alto risco para infecção bacteriana grave e sepse. Slide 33 Para os grupos é obrigatório colher urina 1. · QUANDO ENTRAR COM ANTIBIÓTICO EMPÍRICO: Ultimo quadro: bacteremia oculta. Bacteremia oculta pode ser sepse. Febre em menos de 7 dias História clínica não reveladora Exame físico normal Crianças menores de 36 meses Diversas etiologias Toxemia Exames laboratoriais Hemocultura, urocultura, LCR, RX de tórax Antibiótico empírico Sem febre!!! Taquicardia Taquipneia Tempo de enchimento capilar > 3 seg Sinais de desidratação Alteração de nível neurológico < 30 dias Internação Exames 1 a 3 meses PVR, HMG e U1 Avaliar risco ATB empírico Crianças toxemiadas Recém-nascidos 1 a 3 meses com alto risco 3 a 36 meses - ITU e pneumonia oculta 3 a 36 meses - leucócitos ≥ 20.000 neutrófilos ≥ 10.000 Bacteremia Infecção urinária Pneumonia Risco de Morbidade e Mortalidade Meningite Artrite séptica Osteomielite Sepse Hemocultura positiva Criança com febre Sem infecção localizada Bom estado geral Incidência de 5% em não vacinados Haemophilus influenzae tipo B Streptococcus pneumoniae Infecção bacteriana Grave Bacteremia oculta FSSL < 7 dias FOI ≥ 8 dias Febre 25% de todas as consultas FSSL 20% dos casos Até 36 meses ITU Infecção bacteriana mais comum 8 a 10% Meninas < 24 meses Bacteremia oculta Haemophilus influenzae S. pneumoniae ITU oculta E. coli Sem interferência de vacina Infecções virais Autolimitadas Benignas Não vacinadas Fase prodrômica Infecção bacteriana grave Sepse Meningites Osteomielites Artrite séptica Celulites Reação orgânica complexa Pirógenos Exógenos Infecciosa e não-infecciosa Macrófagos e pirógenos endógenos Centro da febre: hipotálamo Sinal clínico Elevação da temperatura basal Resposta a estímulo Temperatura retal > 38-38,3°C Brasil: temperatura axilar > 37,3°C Meta principal Fatores de risco Infecção bacteriana grave Sinais clínicos Estado geral Idade Temperatura Situação vacinal Instabilidade de sinais vitais Toxemia < 3 meses Risco aumentado Imaturidade imunológica > 3 e < 36 meses Risco diminuído Febre > 39°C - risco de BO > 36 meses Risco cai bastante Protocolos se restringem < 36 meses Quadro clínico inespecífico Situação vacinal: Pneumococo e Haemofilo Hemograma Urina 1 ou EAS RX de tórax Prova de fase aguda Pesquisa de vírus respiratório Hemograma > 3 meses Leucócitos > 20.000/mm³ Neutrófilos > 10.000/mm³ Hemograma < 3 meses Leucócitos > 15.000 ou < 5.000/mm³ Características Leucocitúria Esterase leucocitária Nitrito Padrão ouro: urocultura Provas de fase aguda PCR Mais usada IBG: > 20 mg/dl Procalcitonina Mais sensível e específica Maior custo IBG: 0,5 ng/dl RX de tórax Não é necessário em todas as crianças Alteração da frequencia respiratória Queda da saturação Febre > 39°C com leucócitos > 20.000/mm³ Secreção de nasofaringe Testes rápidos Características Herpes 6, Adenovírus, Influenza, VSR e SARS-Cov-2 FSSL de 0 a 36 meses Toxemia < 30 dias 1 a 3 meses 3 a 36 meses
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