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RESUMO DE DIREITO COMERCIAL I - PROPRIEDADE INDUSTRIAL: MARCA, PATENTE, DESENHO INDUSTRIAL E - DIREITO EMPRESARIAL E DIREITO CONCORRENCIAL - PUCCAMPINAS

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RESUMO — DIREITO COMERCIAL — PROVA 2
PROPRIEDADE INDUSTRIAL
Propriedade intelectual.
Denominação: propriedade intelectual ou
imaterial.
Conceito: conjunto de direitos derivados
do trabalho intelectual humano (somente
bens incorpóreos). Ex.: invenção
As normas de propriedade intelectual
regulamentam como o criador ou terceiros
podem usar estes bens. Algumas delas
constam na CF e em outras leis
2 espécies de propriedade intelectual:
● Propriedade autoral (lei de direitos
autorais - LDA) - não será tratada
● Propriedade industrial (lei de
propriedade industrial - LPI)
Propriedade Industrial.
4 bens industriais previstos na LPI:
1. invenção;
2. modelo de utilidade;
3. marca;
4. desenho industrial
Esses bens industriais integram o
estabelecimento do empresário.
É garantido uso exclusivo da propriedade
industrial ao titular do bem industrial
Se o bem foi registrado em outro país,
deve cumprir regras de leis e tratados
internacionais.
É preciso considerar o seu interesse
social x desenvolvimento tecnológico e
econômico do país.
Bens imateriais.
Bens industriais são imateriais e
considerados móveis
INPI.
INPI: Instituto Nacional da Propriedade
Industrial
Autarquia vinculada ao Ministério da
Indústria, Comércio Exterior e Serviços,
responsável pelo aperfeiçoamento,
disseminação e gestão do sistema
brasileiro de concessão e garantia de
Direitos de propriedade intelectual para a
indústria
Principais serviços: registros de marcas,
desenhos industriais, indicações
geográficas, softwares e topografias de
circuitos integrados, concessões de
patentes e as averbações de contratos de
franquia e das distintas modalidades de
transferência de tecnologia.
Patente
Direito conferido pelo Estado aos
inventores (PF ou PJ) para a exploração
exclusiva de determinada tecnologia.
Há 2 espécies de patente.
(a) Invenção.
Está implícita na LPI
Conceito: criação intelectual de
tecnologia, para produto ou processo, que
até então não existia (ALGO NOVO).
Difere de descoberta: algo já existente na
natureza, e apenas revelado pelo homem
(JÁ EXISTIA).
(b) Modelo de utilidade.
Denominação: modelo de utilidade ou
pequena invenção
Conceito: aperfeiçoamento de invenção já
existente, consistente em verdadeira
evolução para ser protegida pela LPI
Ex.: utensílio melhorado por alterações na
forma pode ser patenteado como modelo
de utilidade
Há 4 requisitos da patente.
1. novidade;
2. atividade inventiva;
3. aplicação industrial e;
4. não estar impedido pela lei.
(a) Novidade.
Quando a criação for desconhecida dos
cientistas especializados, quem primeiro
descrever o funcionamento do objeto será
considerado seu inventor.
@atamarapimentel
https://www.instagram.com/atamarapimentel/
RESUMO — DIREITO COMERCIAL — PROVA 2
Para uma invenção ser considerada nova,
não pode estar compreendida no estado
da técnica (é o que já existe e o intelecto
humano já conseguiu alcançar). O que já
é de conhecimento público não pode ser
patenteado.
(b) Atividade inventiva.
Quando a invenção não parecer óbvia
para um técnico no assunto (não pode
estar compreendido no estado da técnica
e deve ser resultado de um verdadeiro
engenho.
(c) Aplicação Industrial.
A invenção precisa ser passível de ser
criada: bens industriais que não são
passíveis de fabricação não podem ser
patenteados (invenções tão avançadas ao
estado da técnica que nem mesmo
podem ser fabricadas).
Caso a patente dependa de outras
invenções inexistentes, mesmo que
previsíveis de serem criadas, está
ausente a aplicação industrial
(d) Impedimentos legais.
Se houver impedimento legal que proíba a
patente do bem industrial, mesmo que
preenchido os requisitos acima, não pode
ser patenteado
Carta patente.
Conceito: documento que comprova a
titularidade da patente de invenção ou
modelo de utilidade ao criador.
Sequência para concessão da
carta-patente:
1. INPI verifica se foram preenchidos
os requisitos legais e afastadas as
hipóteses de impedimento
2. Após deferido o pedido e
comprovado o pagamento da
retribuição correspondente, INPI
expede carta-patente
Prazo de duração de uma patente
Patente de invenção: 20 anos contados
da data de depósito
Patente de modelo de utilidade: 15 anos
contados da data de depósito
O uso exclusivo da patente é garantido ao
titular da patente (PF ou PJ) e impede que
terceiros, não autorizados, utilizem a
patente, dando direito a buscar
indenização pelo uso indevido
Cessão da patente.
A patente é bem móvel que pode ser
transferida por meio de cessão.
A cessão pode ocorrer
1. por ato inter vivos
2. por sucessão.
A cessão deve ser averbada no INPI para
que os efeitos erga omnes sejam
produzidos.
Os direitos de propriedade imaterial são
indivisíveis e não podem ser fracionados
sem alteração do uso a que se destinam.
Já a titularidade da cessão pode ser total
ou parcial, sendo o INPI responsável por
fazer as anotações necessárias.
Licença da patente.
Titular, herdeiros ou sucessores do pedido
depositado, ou patente poderão conceder
licença para a respectiva exploração a
terceiro.
Cessão: transfere a propriedade industrial
Licença: transfere o direito de usar e
explorar a propriedade industrial (como
um aluguel)
Licença exclusiva: quando o próprio titular
é excluído do direito de exploração
Licença não exclusiva: quando o titular
fornece várias licenças a diferentes
pessoas ou companhias, podendo
concomitantemente explorar a patente por
si próprio, caso seja possível e
conveniente.
Há 2 tipos de licenças:
1. voluntária
2. compulsória
(a) Licença voluntária.
O licenciado torna-se titular de todos os
poderes para agir em defesa da patente.
@atamarapimentel
https://www.instagram.com/atamarapimentel/
RESUMO — DIREITO COMERCIAL — PROVA 2
Na concessão da licença deverão estar
presentes as condições de remuneração,
de exploração do privilégio e o contrato de
licença deverá ser averbado no INPI
O titular da patente terá o direito de
receber royalties (remuneração paga pelo
detentor da licença pelo direito da
exploração)
(b) Licença compulsória.
Denominação: licença compulsória ou
quebra de patente
Conceito: quando o INPI obriga o titular
da patente a licenciar seu uso em favor de
terceiros interessados, a fim de se evitar
abusos no exercício do direito conferido
pela patente. Pode ocorrer de maneira
não exclusiva e sem permissão de
sublicenciamento e apenas ocorrerá após
03 anos da concessão da patente
Há 4 tipos de licenças coativas
(compulsórias):
1. exercício abusivo de direitos ou
abuso de poder econômico
(comprovado por decisão
administrativa ou judicial)
2. inércia do titular (insuficiência de
exploração do objeto da patente
no território brasileiro por falta de
fabricação, fabricação incompleta
do produto ou falta de uso integral
do processo patenteado (salvo
casos de inviabilidade econômica,
quando será admitida a
importação)
3. a comercialização não satisfaz a
necessidade do mercado
4. dependência de uma patente em
relação a outra (quando a
exploração da patente depende de
utilização do objeto de patente
anterior, e o titular não entra em
acordo com o titular da patente
dependente para exploração da
patente anterior)
Também pode ser concedida licença
compulsória quando:
1. reconhecimento de estado de
calamidade pública após
emergência nacional ou
internacional, interesse público
declarados em lei ou em ato do
Poder Executivo federal,
reconhecimento de estado de
calamidade pública de âmbito
nacional pelo Congresso Nacional.
Pode ser declarada, nesse caso,
de ofício, temporária e não
exclusiva, para a exploração da
patente ou do pedido de patente,
sem prejuízo dos direitos do
respectivo titular, desde que seu
titular ou seu licenciado não
atenda a essa necessidade
2. razões humanitárias e nos termos
de tratados internacionais do qual
o Brasil seja parte. Apenas de
produtos destinados à exportação
a países com insuficiente ou
nenhuma capacidade de
fabricação no setor farmacêutico
para atendimento de sua
população. Ex.: para o tratamento
do HIV/AIDS foi decretada a
licença compulsória mediante
Decreto.
Extinção da patente.
É quando a patente caiem domínio
público e o titular perde direito de uso
exclusivo de sua invenção ou modelo de
utilidade. Ex.: remédios genéricos. Todas
as indústrias farmacêuticas podem
fabricar aquele remédio, mas não sua
marca (sendo protegida também pela LPI)
Pode ocorrer por CRAFT:
1. caducidade
2. renúncia do titular (salvo direito de
terceiros)
3. acabar o prazo de vigência
4. falta de pagamento da retribuição
anual, nos prazos previstos na LPI
5. titular domiciliado no exterior, não
tiver procurador devidamente
qualificado e domiciliado no País,
@atamarapimentel
https://www.instagram.com/atamarapimentel/
RESUMO — DIREITO COMERCIAL — PROVA 2
com poderes para representá-lo
administrativa e judicialmente,
inclusive para receber citações.
Segredo industrial.
Possibilidade de o empresário manter sua
invenção ou modelo de utilidade sem o
registro no INPI do bem industrial. Mas
significa que o inventor abriu mão da
consequente proteção legal do bem
industrial.
Marca
Sinal distintivo perceptível que diferencia
produtos ou serviços, protegida pela LPI.
É um bem imaterial essencial para o
agente econômico.
Quanto à sua natureza:
1. de produtos e serviços
2. de certificação
3. coletiva
1. Marca de produto ou serviço.
Usada para que terceiros possam
distinguir produto ou serviço de outro
idêntico, semelhante ou afim, de origem
diversa. Evita o desvio de clientela
(concorrência desleal)
Ex.: Ford x Fiat (produto) Netflix x
Amazon Prime ou Itaú x Bradesco
(serviço)
2. Marca de certificação.
Usada para atestar conformidade de
produto ou serviço com determinadas
normas ou especificações técnicas,
notadamente quanto à qualidade,
natureza, material utilizado e metodologia
empregada.
Ex.: INMETRO, ISO 9000, ABNT, ABIC
3. Marca coletiva.
Usada para identificar produtos ou
serviços provindos de membros de uma
determinada entidade ((associação,
cooperativa, sindicato, consórcio,
federação, confederação, entre outros)
Ex.: Coopertêxtil, cocamar
Quanto à forma de apresentação:
1. nominativa
2. figurativa
3. mista
4. tridimensional
1. Marca nominativa
Formada por palavras, neologismos e
combinações de letras e números
2. Figurativa
Formada por desenho, imagem,
ideograma, forma fantasiosa ou figurativa
de letra ou algarismo, e palavras
compostas por letras de alfabetos como
hebraico, cirílico, árabe etc.
3. Mista
Combina imagem e palavra
4. Tridimensional
Forma de um produto, capaz de
distingui-lo de outros produtos
semelhantes
Registro de marca.
Toda marca nova pode ser registrada
(salvo se sinal distintivo estiver no rol do
artigo 124 da LPI ou se for igual ou imitar
elemento característico de outra no
mesmo Estado). O registro da marca
permite o uso exclusivo pelo seu titular
Há 3 princípios fundamentais que
regem o direito das marcas.
1. Territorialidade
2. Especialidade
3. Sistema atributivo.
@atamarapimentel
https://www.instagram.com/atamarapimentel/
RESUMO — DIREITO COMERCIAL — PROVA 2
1. Princípio da territorialidade.
O titular da marca tem proteção de seu
uso exclusivo em todo território nacional,
salvo se marca notória (ela pode
extrapolar territórios)
2. Princípio da especialidade.
A proteção assegurada à marca recai
sobre produtos ou serviços
correspondentes à atividade do
requerente, visando a distingui-los de
outros idênticos ou similares, de origem
diversa.
(i) Marca de alto renome.
Desde que a marca esteja devidamente
registrada no INPI, se considerada de alto
renome será assegurada proteção
especial (o INPI fará a anotação
correspondente em seus cadastros e toda
reprodução ou imitação da marca,
suscetível de causar confusão ou prejuízo
para sua reputação, será proibida.
(ii) Marca notória.
Não há obrigatoriedade de registro prévio
no INPI. Se considerada notória, deve
observância ao disposto no artigo 6 bis da
Convenção da União de Paris.
3. Princípio atributivo.
Significa dizer que a proteção ao uso
exclusivo da marca depende,
necessariamente, de seu registro no INPI
que terá por fim declarar a propriedade da
marca ao seu titular
Quem primeiro depositar um pedido terá
prioridade ao registro. Exceção: direito do
usuário anterior (quando o usuário de
boa-fé que comprovar a utilização
anterior, há pelo menos 6 meses, de
marca idêntica ou semelhante, para o
mesmo fim, capaz de causar confusão ou
associação indevida.
Cessão e licença de marca.
Ao titular da marca ou ao depositante é
ainda assegurado o direito de
1. Ceder seu registro ou pedido de
registro para terceiro com a
transmissão de propriedade
2. Licenciar seu uso para terceiro
sem, no entanto, o titular ceder
sua propriedade sobre a marca
3. Zelar pela sua integridade material
ou reputação utilizando-se de
todas as medidas legais para sua
proteção.
Extinção da marca.
Com a extinção da marca o titular perderá
o direito de uso exclusivo e outro poderá
reivindicá-la
A extinção do registro de marca pode
ocorrer por
1. Caducidade
2. Renúncia total ou parcial
3. Acabar o prazo de vigência (10
contados da data da concessão do
registro, prorrogável por períodos
iguais e sucessivos, mas pode vir
a não ser renovada pelo titular;
4. Titular domiciliado no exterior não
tiver procurador devidamente
qualificado e domiciliado no País,
com poderes para representá-lo
administrativa e judicialmente,
inclusive para receber citações.
Desenho industrial
É o design de um produto (bidimensional
ou tridimensional). O registro protege a
aparência que diferencia o produto dos
demais. Ex.: design de veículo, modelo
de telefone celular, ou máquina de lavar
roupa, etc.
Não se considera desenho industrial obra
de caráter puramente artístico.
Não são protegidos pelo registro de
desenho industrial:
1. funcionalidades
2. vantagens práticas e materiais
3. formas de fabricação
4. cores ou associação de cores a
um objeto.
@atamarapimentel
https://www.instagram.com/atamarapimentel/
RESUMO — DIREITO COMERCIAL — PROVA 2
Há 4 Requisitos do desenho industrial.
1. Novidade.
2. Originalidade.
3. Aplicação Industrial.
4. Impedimentos legais.
1. Novidade.
Para o desenho industrial ser considerado
novo, não pode estar compreendida no
estado da técnica (é o que já existe e o
intelecto humano já conseguiu alcançar).
2. Originalidade.
Quando do desenho industrial resultar
uma configuração visual distintiva, em
relação a outros objetos ou padrões
conhecidos, podendo o resultado visual
original ser decorrente da combinação de
elementos conhecidos.
3. Aplicação Industrial.
O desenho industrial deve poder ser
reproduzido industrialmente, em todos os
seus detalhes. No Brasil, não são
protegidas partes de um objeto que não
sejam objetos independentes. Por
exemplo, não são aceitos pedidos que
reivindiquem apenas a cabeça de uma
escova de dentes, já que esta é
geralmente fabricada com o cabo. Por
outro lado, seria plenamente possível o
pedido de um pneu de automóvel, já que
este consiste em um objeto autônomo,
passível de ser fabricado separadamente.
4. Impedimentos legais.
Se houver impedimento legal que proíba o
desenho industrial, mesmo que
preenchido os requisitos acima, não pode
ser registrado
3. Extinção do desenho industrial.
Com a extinção do registro do desenho
industrial, o titular perde direito de uso
exclusivo.
A extinção do registro de desenho
industrial pode ocorrer por:
1. acabar o prazo de vigência:
10anos contados da data do
depósito, prorrogável por 3
períodos sucessivos de 5 (cinco)
anos cada.
2. renúncia de seu titular (salvo
direito de terceiros;
3. falta de pagamento da retribuição
prevista na LPI
4. titular domiciliado no exterior, não
tiver procurador devidamente
qualificado e domiciliado no País,
com poderes para representá-lo
administrativa e judicialmente,
inclusive para receber citações.
DIREITO CONCORRENCIAL
Introdução — Direito concorrencial
Princípio da livre concorrência.
Decorre do princípio da livre iniciativa e
serve de fundamento à ordem econômica
A liberdade de iniciativa e atuação
empresarial deve ser exercida com vistas
ao lucro, mas também como instrumento
de realização da justiça social, como
forma de assegurar a todosuma
existência digna.
Direito Concorrencial.
Decorre dos princípios da livre iniciativa e
livre concorrência, e estuda os três
interesses protegidos pelas normas de
concorrência:
● interesse dos consumidores
● interesse dos participantes do
mercado (concorrentes)
● interesse institucional da ordem
concorrencial
Seu estudo é dividido em:
1. concorrência desleal: tutela
individual (entre empresários)
protegida pelo Estado por normas
penais e civis, previstas na LPI
(será estudado agora)
2. infração à ordem econômica: tutela
coletiva (entre sociedades)
protegida pelo Estado por normas
@atamarapimentel
https://www.instagram.com/atamarapimentel/
RESUMO — DIREITO COMERCIAL — PROVA 2
penais, civis e administrativas
(CADE), previstas na lei antitruste
(só no próximo semestre)
Concorrência
Livre concorrência.
Conceito: efetivação de uma estrutura
econômica democrática, que impõe uma
disputa legal e igual na exploração de
uma atividade negocial (competição
honesta entre empresários
Objetivo da competição empresarial:
aumentar a clientela, realizando
concorrência às empresas dedicadas ao
mesmo segmento de negócio.
Há 3 identidades da concorrência.
1. tempo – a concorrência deve estar
acontecendo na mesma época
(sem distância temporal)
2. objeto – através da concorrência
direta (mesmo produto ou serviço -
chocolate) ou concorrência indireta
(produtos / serviços semelhantes,
onde o original pode ser
substituído - chocolate em pó por
achocolatado em pó).
3. mercado – a identidade espacial
do mercado atingido pelo produto
ou serviço.
As identidades estão presentes tanto na
concorrência lícita (concorrência leal)
quanto na ilícita (concorrência desleal).
Na concorrência leal, o empresário se
utiliza de meios lícitos para atração da
clientela, enquanto na desleal os meios
são ilícitos.
Há 2 elementos essenciais da livre
concorrência.
1. intervenção estatal nas relações
econômicas: para coibir abusos, e
preservar o livre jogo dos
mercados
2. honestidade na competição:
obedecendo leis de mercado e
normas jurídicas que as
disciplinam
Concorrência desleal
Qualquer ato de concorrência contrário
aos usos honestos em matéria negocial,
para desviar a clientela do concorrente.
2. Crime de concorrência desleal - LPI
Detenção, de 3 meses a 1 ano, ou multa,
para quem:
1. publica, por qualquer meio, falsa
afirmação, em detrimento de
concorrente, com o fim de obter
vantagem;
2. presta ou divulga, acerca de
concorrente, falsa informação, com
o fim de obter vantagem;
3. emprega meio fraudulento, para
desviar, em proveito próprio ou
alheio, clientela de outrem;
4. usa expressão ou sinal de
propaganda alheios, ou os imita,
de modo a criar confusão entre os
produtos ou estabelecimentos;
5. usa, indevidamente, nome
comercial, título de
estabelecimento ou insígnia
alheios ou vende, expõe ou
oferece à venda ou tem em
estoque produto com essas
referências;
6. substitui, pelo seu próprio nome ou
razão social, em produto de
outrem, o nome ou razão social
deste, sem o seu consentimento
atribui-se, como meio de
propaganda, recompensa ou
distinção que não obteve; vende
ou expõe ou oferece à venda, em
recipiente ou invólucro de outrem,
produto adulterado ou falsificado,
ou dele se utiliza para negociar
com produto da mesma espécie,
embora não adulterado ou
falsificado, se o fato não constitui
crime mais grave;
@atamarapimentel
https://www.instagram.com/atamarapimentel/
RESUMO — DIREITO COMERCIAL — PROVA 2
7. dá ou promete dinheiro ou outra
utilidade a empregado de
concorrente, para que o
empregado, faltando ao dever do
emprego, lhe proporcione
vantagem;
8. recebe dinheiro ou outra utilidade,
ou aceita promessa de paga ou
recompensa, para, faltando ao
dever de empregado, proporcionar
vantagem a concorrente do
empregador;
9. divulga, explora ou utiliza-se, sem
autorização, de conhecimentos,
informações ou dados
confidenciais, utilizáveis na
indústria, comércio ou prestação
de serviços, excluídos aqueles que
sejam de conhecimento público ou
que sejam evidentes para um
técnico no assunto, a que teve
acesso mediante relação
contratual ou empregatícia,
mesmo após o término do
contrato;
10. divulga, explora ou utiliza-se, sem
autorização, de conhecimentos ou
informações a que se refere o
inciso anterior, obtidos por meios
ilícitos ou a que teve acesso
mediante fraude; ou vende, expõe
ou oferece à venda produto,
declarando ser objeto de patente
depositada, ou concedida, ou de
desenho industrial registrado, que
não o seja, ou menciona-o, em
anúncio ou papel comercial, como
depositado ou patenteado, ou
registrado, sem o ser e; divulga,
explora ou utiliza-se, sem
autorização, de resultados de
testes ou outros dados não
divulgados, cuja elaboração
envolva esforço considerável e
que tenham sido apresentados a
entidades governamentais como
condição para aprovar a
comercialização de produtos.
Repressão civil à concorrência desleal.
Modalidade da propriedade industrial que
visa principalmente manter a atividade
econômica e seus direitos, sem prejudicar
indevidamente a concorrência
Há 2 fundamentos
1. contratual
2. extracontratual
1. Contratual.
Vedações de concorrência previstas em
cláusulas contratuais
Ex.: quando um fornecedor se obriga a
não fornecer determinado produto para
um concorrente do contratante, mesmo
após o término do vínculo contratual.
Caberá também aos contratantes
delimitarem as penalidades pelo
descumprimento da clausula de não
concorrência como multa, indenizações,
limites de responsabilidade etc.
Quando houver alienação de
estabelecimento, na omissão do contrato
de trespasse, haverá implícita cláusula de
não concorrência, por 5 anos, do
alienante para com o adquirente, nos
termos do artigo 1.147 do Código Civil
Extracontratual.
Não decorre do contrato, mas sim de atos.
Pode ser típica ou atípica
(i) Típica.
Ocorre por ato tipificado como crime de
concorrência desleal previstos na LPI
(ii) Atípica.
Ocorre por ato não tipificado como crime,
mas é garantido ao prejudicado o direito
de perdas e danos pelos prejuízos
causados por atos de violação de direitos
de propriedade industrial e atos de
concorrência desleal não previstos na LPI,
mas que podem prejudicar a reputação ou
os negócios alheios, a criar confusão
entre estabelecimentos comerciais,
industriais ou prestadores de serviço, ou
@atamarapimentel
https://www.instagram.com/atamarapimentel/
RESUMO — DIREITO COMERCIAL — PROVA 2
entre os produtos e serviços postos no
comércio
Proteção judicial.
Tanto nas ações típicas ou atípicas, o
prejudicado, independentemente da ação
criminal, poderá intentar as ações cíveis.
Tutela provisória.
Para evitar dano irreparável ou de difícil
reparação, o juiz pode conceder tutela de
urgência para cessar a violação ou ato
que a enseje, antes da citação do réu,
mediante, caso julgue necessário, caução
em dinheiro ou garantia fidejussória.
Nos casos de reprodução ou de imitação
flagrante de marca registrada, o juiz
poderá determinar a apreensão de todas
as mercadorias, produtos, objetos,
embalagens, etiquetas e outros que
contenham a marca falsificada ou imitada
Ressarcimento de danos.
Se for constatada a concorrência desleal,
o prejudicado pode ser indenizado pelos
benefícios que teria obtido se a violação
não tivesse ocorrido.
Os lucros cessantes são obtidos pelo
critério mais favorável ao prejudicado,
dentre:
1. os benefícios que o prejudicado
teria obtido se a violação não
tivesse ocorrido; ou
2. os benefícios obtidos pelo autor da
violação do direito;
3. a remuneração que o autor da
violação teria pago ao titular do
direito violado pela concessão de
uma licença que lhe permitisse
legalmente explorar o bem.
@atamarapimentel
https://www.instagram.com/atamarapimentel/

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