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UNIP – UNIVERSIDADE PAULISTA 
CAMPUS DE ARARAQUARA 
CURSO DE DIREITO 
 
 
 
 
 
JENIFER NATALIA N RAMOS (T912733) 
TAINÁ CRISTINA ROSENDO (N281952) 
 
 
 
 
ART 647, PARÁGRAFO ÚNICO DO 
CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 ARARAQUARA-SP 
 OUTUBRO DE 2022
JENIFER NATALIA N RAMOS (T912733) 
TAINÁ CRISTINA ROSENDO (N281952) 
 
 
 
 
ART 647, PARÁGRAFO ÚNICO DO 
CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. 
 
 
 
 
 
 
 
 
AVALIAÇÃO DA APS – ATIVIDADE 
PRÁTICA SUPERVISIONADA, A SER 
ENTREGUE PARA A PROF.ª KARINA 
GRANADO COMO REQUISITO DE 
CONCLUSÃO DA DISCIPLINA. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ARARAQUARA-SP 
 OUTUBRO DE 2022
INTRODUÇÃO 
 
 
O presente trabalho, aborda como tema principal a aplicação do Artigo 647, 
parágrafo único do Código de Processo Civil que é bem claro com relação aos 
herdeiros poderem usufruir de determinados bens até o final do inventário, desde que 
ao final do processo, este bem integre a cota do herdeiro a ele seja atribuído os ônus 
e bônus decorrente do usufruto do mesmo e cumpridos todos os requisitos 
necessários, ou ainda, se os herdeiros estiverem de acordo e isso não os cause 
nenhum prejuízo, o herdeiro poderá usufruir do bem sem que isso que lhe cause 
prejuízos ou custos. 
E baseado no ordenamento jurídico, faremos a resolução de um conflito 
com fundamento no disposto no Código de Processo Civil, artigo 647, parágrafo único 
juntamente com pesquisas de comentários doutrinários a respeito e ainda julgados 
dos tribunais estaduais brasileiros que tenham decidido conflitos com fundamento no 
mesmo. 
 
PROBLEMA APRESENTADO 
 
 
Sofia Rita reside em um apartamento de seus pais. Ela tem dois irmãos que 
residem com os pais, só ela vive sozinha em um imóvel de propriedade do casal. O pai 
dela faleceu recentemente e a família iniciou o inventário. Sofia Rita pretende requerer 
que o apartamento em que reside continue sendo sua morada e sem pagar aluguel, 
como fazia antes do falecimento de seu pai. Os irmãos são contrários a isso, querem 
que ela saia do imóvel para que ele seja alugado ou, que ela pague aluguel em valores 
de mercado. Sofia Rita procurou assessoria de advogados que lhe apontaram que a 
solução está no disposto no Código de Processo Civil, artigo 647, parágrafo único. 
Para esta atividade o Grupo deverá: 
2.1. Pesquisar o artigo e comentários doutrinários a respeito dele; 
2.2. Pesquisar, ainda, julgados dos tribunais estaduais brasileiros que tenham 
decidido conflitos com fundamento nesse artigo; 
2.3. O texto para resposta dos itens anteriores deverá mencionar eventuais 
obras e portais jurídicos consultados
ARTIGO 647 DA LEI Nº 13.105 DE 16 DE MARÇO DE 2015 
 
 
O dispositivo autoriza o Juiz, em “decisão fundamentada, deferir 
antecipadamente a qualquer dos herdeiros o exercício dos direitos de usar e de fruir de 
determinado bem, com a condição de que, ao término do inventário, tal bem integre a 
cota desse herdeiro, cabendo a este, desde o deferimento, todos os ônus e bônus 
decorrentes do exercício daqueles direitos”, conforme disposto a seguir: 
Art. 647. Cumprido o disposto no art. 642, § 3º, o juiz facultará às 
partes que, no prazo comum de 15 (quinze) dias, formulem o pedido 
de quinhão e, em seguida, proferirá a decisão de deliberação da 
partilha, resolvendo os pedidos das partes e designando os bens que 
devam constituir quinhão de cada herdeiro e legatário. 
Parágrafo único. O juiz poderá, em decisão fundamentada, deferir 
antecipadamente a qualquer dos herdeiros o exercício dos direitos de 
usar e de fruir de determinado bem, com a condição de que, ao 
término do inventário, tal bem integre a cota desse herdeiro, cabendo 
a este, desde o deferimento, todos os ônus e bônus decorrentes do 
exercício daqueles direitos. 
 
Com tal inovação, foi possibilitado que, em inventários judiciais, os herdeiros 
requeiram a aplicação do dispositivo para que o destinatário usufrua desde logo de um 
bem, arcando com as despesas para sua manutenção e os impostos. Caso realizada 
essa partilha antecipada, o bem deverá integrar, obrigatoriamente, o quinhão do herdeiro 
beneficiado. 
O STJ definiu que: 
“o fato de o art. 647, parágrafo único, do novo CPC, prever uma 
hipótese específica de tutela provisória da evidência evidentemente 
não exclui da apreciação do Poder Judiciário a pretensão 
antecipatória, inclusive formulada em ação de inventário, que se funde 
em urgência, ante a sua matriz essencialmente constitucional. A 
antecipação da fruição e do uso de bens que compõem a herança é 
admissível: (i) por tutela provisória da evidência, se não houver 
controvérsia ou oposição dos demais herdeiros quanto ao uso, fruição 
e provável destino do referido bem a quem pleiteia a antecipação; 
(ii) por tutela provisória de urgência, independentemente de eventual 
controvérsia ou oposição dos demais herdeiros, se presentes os 
pressupostos legais” (Recurso Especial nº 1.738.656, J. 03/12/2019). 
 
O Juiz não está adstrito ao deferimento do pedido, pois deverá analisar as 
circunstâncias de tal pleito, para que não haja desigualdades entre os herdeiros, 
considerando os tipos de bens que pertencem ao Espólio. O pedido pode ser feito em 
conjunto ou por um dos herdeiros. 
A partilha antecipada pode ser benéfica tanto para o herdeiro interessado no 
bem, que poderá usar e fruir de sua parte na herança antes da finalização do inventário, 
como para o Espólio, que ficará desonerado do pagamento de despesas como IPVA, 
IPTU, manutenção e conservação do acervo partilhável. 
 
 
DECISÕES 
 
 
O julgamento do Recurso especial 622472, entendeu que os herdeiros 
poderiam exigir o pagamento de aluguel, caso algum outro herdeiro esteja desfrutando 
do imóvel, desde que se mostre resistência do ocupante à fruição concomitante do imóvel 
ou oposição, judicial ou extrajudicial, por parte dos demais herdeiros, conforme disposto 
a seguir: 
Superior Tribunal de Justiça STJ - Recurso Especial: Resp 
622472 RJ 2004/0011075-6 
O julgamento do Resp 622472 , entendeu-se que seria possível um 
herdeiro exigir o pagamento de aluguel daquele que ocupa com 
exclusividade o imóvel. Entretanto, foi imposta uma condição para 
o surgimento desta obrigação: considerou-se que seria necessário 
demonstrar resistência do ocupante à fruição concomitante do imóvel 
ou oposição, judicial ou extrajudicial, por parte dos demais herdeiros. 
Na hipótese sob julgamento, o recorrido sustentou na petição inicial 
que notificou o recorrente, na pessoa de sua representante legal, para 
que fosse depositado em sua conta o equivalente à metade de um 
aluguel e que o recorrente permaneceu inerte, sem 
dar aproveitamento econômico ao imóvel (fls. 3). 
O recorrente, em sua contestação, deixou de refutar estes fatos, não 
se desincumbindo, portanto, do ônus da impugnação específica. Com 
isso, em conformidade com o disposto no art. 302 do CPC, presume-
se verdadeira a afirmação do recorrido de que notificou o recorrente 
extrajudicialmente. 
Incontroversa a ocorrência da notificação, conclui-se que houve, por 
parte do recorrido, oposição à ocupação exclusiva e manifestação 
expressa e inequívoca da vontade de dar ao imóvel aproveitamento 
econômico. Assim, considerando a oposição extrajudicial do recorrido 
e a notória resistência do recorrente, deve ser reconhecido o dever de 
pagar pelos frutos que poderiam advir do aluguel do imóvel, sendo 
irrelevante, nesta circunstância, o fato invocado no recurso especial 
de que o bem não produzia rendimento antes da abertura da 
sucessão. 
Ultrapassada a questão do cabimento da pretensão do recorrido de 
receber pagamento a título de aluguel, necessário definir o termo 
inicial da obrigação imposta ao recorrente. Na sentença, confirmada 
pelo acórdão recorrido, ficou estabelecido que o recorrente deveria 
pagar “valor a título de aluguel desde a data da abertura da sucessão. 
Contudo, a obrigação de pagar pelos frutos,na hipótese, surgiu com 
a oposição do recorrido cristalizada com a notificação extrajudicial do 
recorrente. Dessa forma, o termo inicial para o pagamento do valor 
estipulado na sentença deve ser a data da efetiva notificação do 
recorrente e não o momento da abertura da sucessão. 
Forte em tais razões, conheço em parte do recurso especial e nesta 
parte lhe dou provimento para reformar o acórdão recorrido, 
estabelecendo que o pagamento do valor a título de aluguel deve ser 
feito desde a data da notificação do recorrente. 
Em outro julgamento, desta vez no processo 0195833-64.2011.8.26.0100, um 
imóvel, pertencente à mãe falecida, foi partilhado por inventário, entre quatro irmãos e o 
cônjuge, mas apenas um deles reside há mais de 10 anos e os demais irmãos buscaram 
o pagamento de aluguel dos últimos cinco anos em ação judicial, conforme disposto a 
seguir: 
JULGADO TJ/SP PROCESSO : 0195833-64.2011.8.26.0100 
Em julgado recente do TJ/SP, um imóvel, pertencente à mãe falecida, 
foi partilhado por inventário, entre quatro irmãos e o cônjuge, mas 
apenas um deles reside há mais de 10 anos e os demais irmãos 
buscaram o pagamento de aluguel dos últimos cinco anos em ação 
judicial. 
O desembargador Walter Piva Rodrigues, que julgou o caso, 
entendeu que 
"a pretensão inicial de cobrança tem nítida natureza de ressarcimento 
de danos, pela não fruição por todos os proprietários do imóvel". 
Assim, deixou claro que o herdeiro deve realizar o pagamento de 
aluguéis sim aos demais herdeiros autores da ação, no caso concreto, 
em R$7.500,00 a cada irmão. 
Lembrando que os demais herdeiros que não receberão nenhum 
valor, porque não promoveram esta ação judicial. 
 
ACORDAM, em 9a Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça 
de São Paulo, proferir a seguinte decisão: "Negaram provimento ao 
recurso do réu e deram parcial provimento ao recurso dos autores. V. 
U. Houve sustentação oral do Doutor Cristiano Fogaça.", de 
conformidade com o voto do Relator, que integra este acórdão. 
O julgamento teve a participação dos Exmo. Desembargadores 
COSTA NETTO (Presidente sem voto), GALDINO TOLEDO JÚNIOR 
E JOSÉ APARÍCIO COELHO PRADO NETO. 
São Paulo, 4 de setembro de 2018. 
Piva Rodrigues RELATOR Assinatura Eletrônica APELAÇÃO No 
0195833-64.2011.8.26.0100 
COMARCA: São Paulo 15a Vara Cível do Foro Central VOTO: 31203 
Apelação. Ação com pedidos declaratório e condenatório. 
Arbitramento de aluguéis por uso exclusivo de bem comum. Sentença 
de parcial procedência. Inconformismo das partes. 
Registro: 2018.0000687893 
fls. 4 
Cerceamento de defesa não verificada. Inocorrência de prescrição. 
No mérito, restou demonstrado o uso exclusivo de bem comum pelo 
réu, devendo este indenizar os autores pelo período de utilização do 
bem desde o apontado na inicial. Contrato de comodato apresentado 
pelo réu claramente não possui validade alguma, pois consta como 
comodante pessoa que nenhuma relação possui com o imóvel. 
Necessidade de sentença líquida, ainda mais considerando que o 
próprio réu apresentou avaliação do preço do aluguel do imóvel, com 
concordância dos autores. Fixados os alugueis em quinze mil reais, 
devendo os autores serem indenizados em suas devidas proporções. 
Ausência de pedido na inicial de condenação do réu ao ressarcimento 
dos valores pagos a título de IPTU. Litigância de má-fé não verificada. 
Recurso do réu não provido, parcialmente provido o dos autores. 
 
 
 
 
Em outro julgamento, também se falou na possibilidade de arbitrar um aluguel 
para o herdeiro que esteja usufruindo de forma isolada, de bem imóvel que é de direito 
de todos os herdeiros, conforme disposto a seguir: 
PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARANÁ 11ª CÂMARA 
CÍVEL – Autos nº. XXXXX-09.2019.8.16.0000 AGRAVO DE 
INSTRUMENTO. DIREITO DAS SUCESSÕES. INVENTÁRIO. BEM 
COMUM. UTILIZAÇÃO E FRUIÇÃO EXCLUSIVA. 
ADMISSIBILIDADE. INTELIGÊNCIA DO ARTIGO 647, § ÚNICO DO 
CPC. ALUGUEL. ARBITRAMENTO. POSSIBILIDADE. ARTIGO 
1319, DO CÓDIGO CIVIL. RECURSO CONHECIDO E 
PARCIALMENTE PROVIDO 
.1. Não há óbice ao deferimento antecipado de uso e fruição de bem 
do espólio, desde que o bem integre, posteriormente, a cota do 
herdeiro, do artigo 647, parágrafo único, do Código de Processoex vi 
Civil). 
2. Quando o bem pertencente ao espólio se encontra na posse 
exclusiva de um dos herdeiros, é possível o arbitramento de aluguel.3. 
Recurso conhecido e parcialmente provido. (TJPR - 11ª C.Cível - 
XXXXX-09.2019.8.16.0000 - Ribeirão do Pinhal - Rel.: 
Desembargador Fábio Haick Dalla Vecchia - J. 31.07.2019). 
 
No recurso especial 570.723, a Ministra Nancy Andrighi, afirmou o disposto a 
seguir: 
RECURSO ESPECIAL nº 570.723/RJ 
A ministra Ministra Nancy Andrighi, em julgamento de Recurso 
Especial nº 570.723/RJ, afirmou: 
"Aquele que ocupa exclusivamente imóvel deixado pelo falecido 
deverá pagar aos demais herdeiros valores a título de aluguel 
proporcional, quando demonstrada oposição à sua ocupação 
exclusiva." 
 
A análise aos julgados nos faz verificar que o arbitramento de aluguel no caso 
de herdeiros que estejam desfrutando de imóvel pertencente a outros herdeiros também, 
e esses estejam sendo prejudicados de alguma forma, depende dos próprios herdeiros, 
pois se concordarem com o disposto no parágrafo único do Art. 647 do CPC, esse imóvel 
fará parte do quinhão do herdeiro e as custas com impostos como IPTU, não farão parte 
do espólio, será de responsabilidade única e exclusiva desse herdeiro, porém, se não 
concordarem, eles deveram acionar o judiciário para que esse herdeiro pague pelo uso 
do mesmo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://stj.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/15656/recurso-especial-resp-570723
https://stj.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/15656/recurso-especial-resp-570723
COMENTÁRIOS 
 
 
A deliberação da partilha, ultimada a expropriação dos bens inventariados, as 
partes terão o prazo comum de quinze dias para requererem o seu quinhão. Após, o juiz 
proferirá decisão de deliberação da partilha, de modo a dividir o quinhão cabível a cada 
herdeiro. 
O que se pode observar também do dispositivo, é que o legislador facultou às 
partes a possibilidade de realizar a partilha amigável, embora o inventário tenha sido 
judicial. Nesse sentido, podem as partes apresentar em conjunto o esboço da partilha 
amigável ou um dos herdeiros apresentar sua proposta individual. Entretanto, não 
havendo proposta amigável dos herdeiros, caberá ao juiz deliberar sobre a partilha. 
Com relação ao bem antecipado, o herdeiro que foi beneficiado da fruição de 
determinado bem, o juiz determinará, ao término do inventário, que este bem seja 
incorporado ao quinhão cabível ao herdeiro. 
O Enunciado 181 do Fórum Permanente de Processualistas Civis diz que: “A 
previsão do parágrafo único do art. 647 é aplicável aos legatários na hipótese do inciso I 
do art. 645, desde que reservado patrimônio que garanta o pagamento do espólio”. 
O Enunciado 182 do Fórum Permanente de Processualistas Civis dia que: 
“Aplica-se aos legatários o disposto no parágrafo único do art. 647, quando ficar 
evidenciado que os pagamentos do espólio não irão reduzir os legados”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONCLUSÃO 
 
 
Conclui-se, com isso, que o herdeiro que ocupa exclusivamente imóvel 
deixado pelo falecido deverá pagar aos demais aluguel proporcional. 
Desta forma, o nosso ordenamento prevê a possibilidade de que se algum 
herdeiro estiver usufruindo de forma exclusiva de algum dos bens sem autorização dos 
demais, deve pagar um valor a título de aluguel, independentemente de estar esse 
herdeiro residindo no local ou alugando a um terceiro. 
Cabe aqui esclarecer que o herdeiro ocupante deve ser notificado quanto a 
insatisfação dos demais herdeiros em relação a sua ocupação de forma exclusiva, o que 
pode ser feito através de uma notificação extrajudicial com a devida comprovação da 
entrega. 
Ainda importante mencionar que o aluguel só será devido a partir da 
notificação do herdeiroque está ocupando o bem, pois ele pode começar a pagar aluguel 
a partir deste momento ou desocupar o imóvel. Mas caso ele não faça isso, os demais 
herdeiros podem se valer da chamada ação de arbitramento de aluguel, requerendo ao 
juiz que condene o herdeiro ao pagamento de aluguel considerando o valor de mercado 
e também deve assumir todas as despesas do imóvel. 
Outro ponto que merece destaque é que o companheiro ou companheira 
sobrevivente que já residia no imóvel não se aplica essa cobrança, pois tem o chamado 
direito real de habitação.
REFERÊNCIAS 
 
 
ALMADA, Ney de Mello. Petição de herança no Novo Código civil. In Revista 
Literária de Direito. São Paulo. Volume 42, 2002. 
 
ALMEIDA, José Luiz Gavião de. Código Civil Comentado. Volume XVIII. São 
Paulo: Atlas, 2003. 
 
ARRUDA ALVIM; ARAKEN DE ASSIS; ARRUDA ALVIM, Eduardo. 
Comentários ao Código de Processo Civil. São Paulo: Revista dos Tribunais, 
2014. 
 
AZEVEDO, Flávio Olímpio de. Seção VIII – Da Partilha (art. 647 a 658). 
Disponível em <https://www.direitocom.com/novo-cpc-comentado/secao-viii-da-
partilha/amp>. Acesso em 20 out. 2022. 
 
BARBOSA MOREIRA, José Carlos. O Novo Código Civil e o Direito 
Processual. Disponível na internet: < http://www.tex.pro.br/home/artigos/59-
artigos-nov-2008/5866-o- novo-codigo-civil-e-o-direito-processual/>. Acesso em 
25 out. 2022. 
 
BEZERRA, Fabrício Fontoura. Jurisprudência. Disponível em 
<https://www.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/tj-df/1236874843>. Acesso em 23 
out. 2022. 
 
VECHIA, Fábio Haick Dalla. Jurisprudência. Disponível em 
<https://www.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/tj-pr/835017555>. Acesso em 23 
out. 2022. 
 
 
https://www.direitocom.com/novo-cpc-comentado/secao-viii-da-partilha/amp
https://www.direitocom.com/novo-cpc-comentado/secao-viii-da-partilha/amp
https://www.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/tj-df/1236874843
https://www.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/tj-pr/835017555

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