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Unidade II COMPLEMENTOS DE ANÁLISE MATEMÁTICA Prof. Gastón Henriquez Conceito de derivada de um ponto. Função derivável num ponto. Propriedades da derivada. Função derivável num intervalo. Teoremas principais. Fórmula de Taylor. Aplicações da fórmula de Taylor. Introdução Definição Devida em um Ponto Acréscimo do argumento e acréscimo da função: Se x0 e x1 são valores do argumento x e y0 = f(x0) e y1 = f(x1), os valores correspondentes da função Y= f(x), então, ∆x = x1 – x0 é denominado do acréscimo do argumento x no segmento [x0 x1] e ∆y = y1 – y0 ou ainda, ∆y = f(x1) – f(x0) = f(x0 + ∆x) – f(x0) é denominado de acréscimo da função y neste mesmo segmento [x0x1]. Conceitos básicos Observando o gráfico acima (no qual ∆x = MA e ∆y = AN) e considerando que: tgα = representa o coeficiente angular da secante MN do gráfico da função; y = f(x), esta razão é denominada de velocidade média de variação da função y no segmento [x0x0 + ∆x]. Conceitos básicos Observando a reta secante MN, tem-se que: Como a tgα é o limite da função no ponto, temos: “Aproximar a função nas proximidades de um dado ponto”. Conceitos básicos Sejam (isto é, x0 é um ponto de acumulação de X pertencente a R). Diz-se que f é derivável no ponto x0 quando existir o limite No caso afirmativo, o limite f(x0) chama-se derivada de f no ponto x0. Sejam Diz-se que f é derivável no conjunto X quando existir a derivada de f em todos os pontos Conceitos básicos Teorema: se existe a derivada f(x0), então f é contínua no pontox0. De fato, se existe o Limite então existe também o Limite Logo, f é contínua no ponto x0. Conceitos básicos Sabemos que é possível mostrar que se a derivada à direita existe, então f é contínua à direita de x0, isto é: De forma similar, se a derivada á esquerda existe, então f é contínua à esquerda de x0, isto é: Assim, em particular, para que a f seja contínua no ponto x0, basta que existam as duas derivadas laterais e que esses valores sejam iguais. Continuidade não implica derivabilidade, mas derivabilidade implica continuidade. Conceitos básicos Dado F: Na função é possível afirmar: a) f é derivável em 1. b) f é contínua em 1. c) f não é contínua em 1. d) f não é derivável em 1. e) As alternativas “a” e “b” estão corretas. Exemplo Resposta Logo, o limite existe, ou seja, f é derivável em 1. Como f derivável em 1, ela é contínua neste ponto. Observe o gráfico abaixo: Resposta Finalmente podemos afirmar que a alternativa certa é a letra “e”. A função é contínua e derivável em 1. Resposta Teorema Sejam f, g : X → R deriváveis no ponto Então, se f ± g, : f.g e f / g (caso g(x0) ≠ 0) são deriváveis nesse mesmo ponto, tem-se: Teorema Teorema (Regra da Cadeia) Sejam y = f(x) e x = g(y0) duas funções deriváveis, com a Então, fog é derivável e vale: Supondo y = f(x) derivável em x0 e x = g(y) derivável em y0, sendo x0 = g(y0). Para isso, vamos considerar uma função linear T, tangente ao gráfico de f em (x0 f(x0) dada por: T(x) = f(x0) + f(x0)(x-x0) Teorema Observando o gráfico abaixo: f(x) = T(x) + A(x) f(x) = f(x0) + f ´(x0)(x – x0) + A(x) f(x) – f(x0) = f ´(x0)(x – x0) + A(x) Teorema Teorema (Regra da Cadeia) Sejam y = f(u) e u = g(x) duas funções deriváveis, com Então a derivada da função composta y = f(g(x)) é deriváveis e vale: (Derivada da função inversa) Seja uma função que possui inversa Se f é derivável no ponto e g é contínua em y0 = f(x0), então g é derivável em y0 se, e somente se, f(x0) ≠ 0. No caso afirmativo: Teorema Demonstração A continuidade de g no ponto y0 é consequência da continuidade de f no ponto x0, quando f for contínua em todos os pontos de X. Como g é contínua no ponto x0, é possível afirmar que: Além disso, Logo, Teorema Assim, Logo g´(y0) existe e é igual , quando f(x0) ≠ 0. Seja f : X → R derivável á direita no ponto . Se f(x0)+ > 0, então existe um ∂ > 0 tal que Teorema Se, Existe um numero real positivo tal que para qualquer e, portanto, f(x) – f(x0) > 0. Teorema Supondo as funções abaixo representadas em seus Domínios convenientes, assinale a alternativa falsa. Interatividade Resposta: alternativa “c”. Para se verificar a alternativa “a”, é necessário obter a derivada da função f (x) = K, k é constante. Diz-se que f é derivável quando existir o limite: Resposta II) Para se verificar a alternativa “b”, é necessário obter a derivada da função f(x) = x+b, a,b constantes: Diz-se que f é derivável quando existir o limite: Resposta Para se verificar as alternativas “c” e “d”, é necessário utilizar função composta Teorema (Regra da Cadeia). Verificando a alternativa “c”: Portanto, esta alternativa é a solução da questão Assim, a questão falsa é a “c”. Verificando a alternativa “d”: Resposta III) Para se verificar a alternativa “e”, é necessário obter a derivada da função f(x) = senx. Diz-se que f é derivável quando existir o limite: Utilizando a relação trigonométrica: Tem-se: f´(x) = cosx Resposta Um ponto x1 em um intervalo [a,b] é chamado ponto de mínimo de f neste intervalo se f(x1) f(x) para todo x [a,b]. Um resultado importante relacionado aos extremos de uma função é o Teorema de Weierstrass: se f é contínua em um intervalo [a,b], então existem neste intervalo ao menos um ponto de máximo e um ponto de mínimo. Com os conhecimentos que você acabou de adquirir, analise o gráfico abaixo: Funções deriváveis num intervalo Admitindo o resultado de Weierstrass, vamos admitir que f tenha um máximo em isto é, a função atinja o ponto máximo num ponto interno do intervalo [a,b]. Então a derivada em x0 é dada por Independentemente de x x0, pela direita ou pela esquerda. Supondo f(x) > 0, então para todo x suficientemente próximo de x0, Se x estiver á direita de x0, isto é, não é ponto de máximo. Funções deriváveis num intervalo Supondo f(x) < 0, então para todo x suficientemente próximo de Se x estiver à esquerda de x0, neste caso x0 não é ponto de máximo. Portanto, se f (x) > 0 e f(x) < 0, possibilidade então e f(x0)=0. Seja f : [a,b] → R. se f é derivável em (a,b) e atinge para um ponto um valor máximo (ou mínimo), então necessariamente f(x0) = 0. Funções deriváveis num intervalo Seja f ; [a,b] →R contínua, tal que f(a) = f(b). Se f é derivável em (a,b), então existe um ponto x0 ∈ (a,b), em que f(x0) = 0. Como f(x) é contínua, ela tem um máximo e um mínino em [a,b]. No entanto, existem duas possibilidades em relação a f(x): A função é constante no intervalo [a,b], qualquer x0 ∈ (a,b) serve para demonstrar o teorema, uma vez que a derivada de uma constante é zero. Existe algum x0 ∈ (a,b) tal que f(x) ≠ f(x0). Neste caso, existe um máximo ou um mínimo interno ao intervalo [a,b]. Teorema de Rolle Demonstrar que a função f(x) = x – x3 satisfaz as condições do Teorema de Rolle nos segmentos -1 ≤ x ≤ 0 e 0 ≤ x ≤ 1. Encontrar os valores correspondentes para x0. Como a função é um polinômio, ela é contínua para todos os valores de x. Além disso, f(-1) = f(0) = f(1) = 0 O que complementa as exigências de aplicabilidade do teorema. Para encontrarmos os correspondentes x0: f´(x) = 1-3x2 f´(x0) = 1-3x0 2 1-3x0 2 = 0 Logo, Teorema de Rolle: exemplo Teorema do Valor Médio (Lagrange) Seja f : [a,b] → R contínua. Se f é derivável em (a,b), existe um ponto c ∈ (a,b) tal que: Se uma função contínua f: [a,b] → R possui derivada nula em todos os pontos x ∈ (a,b), então f é constante. Teorema de Lagrange Geometricamente,é possível visualizar a situação acima: Teorema de Lagrange: exemplo Como o coeficiente angular da reta s é: e o coeficiente angular da reta tangente à função f é f´(c), então: Teorema de Lagrange: exemplo Para verificar a validade das condições do Teorema de Lagrange na função: f(x) = x – x3 no segmento [-2,1] O valor intermediário “c” válido é: a) 0 b) -1 c) 1 d) 2 e) -2 Exemplo Sabemos que Pela fórmula de Lagrange: Assim, tomando c = 1, tem-se: -2 < e < 1, o que satisfaz as condições do teorema. Resposta Seja a soma dada pela expressão: vale: a) b) c) d) e) Funções: séries Resposta: alternativa “c”. Funções Funções Propriedades do somatório 1. é uma constante 2. Outras propriedades do somatório 1. 2. 3. 4. Funções Funções Seja a soma dada pela expressão: O vale: a) a b) b) c) c) d) d) e) f Funções Funções O intervalo [-2,4] é dividido em n subintervalos de igual comprimento Seja ck o ponto médio do K-ésimo subintervalo. A expressão do limite como integral é: a) a) b) b) c) c) d) d) e) e) Funções Resposta: alternativa “b”. Como os pontos médios ck foram escolhidos a partir dos intervalos da partição, esta expressão pode ser entendida como limite das somas de Riemann. Logo, a expressão que está sendo integrada é f(x) = 4x2 – 2x + 6 ao longo do intervalo [-2,4] Funções Dada f : [0,4] → R, f(x) = 6 – x, o valor médio de f e o ponto do domínio dado em que assume este valor é: a) b) c) d) e) Interatividade Resposta: alternativa “a”. Teorema (do Valor Médio para Integral): seja uma função contínua f: [a,b] → R. Então existirá pelo menos um ponto em [a,b] tal que: Logo, como f(x) = 6 – x é contínua em todo seu domínio (função polinomial): Resposta A Integral de Riemann Sobre SUP e INF Seja a função real f: [a,b] → R, e limitada neste intervalo. Logo, existem números reais m e M, tais que m ≤ f(x) ≤ M, para todo x ∈ [a,b] tal que o menor dos intervalos que contém os valores de f(x), x ∈ [a,b] é dado por m = inf{f(x); x ∈ [a,b]} e M = sup{f(x); x ∈ [a,b]}. Portanto, seja a função real f: [a,b] → R, para que ela seja limitada em [a,b] é necessário e suficiente que exista um k > 0, tal que lf(x) ≤, para todo x ∈ [a,b] Riemann Soma Inferior e Soma Superior da função em relação a uma partição P Denominando a soma inferior como s(f,P) e a soma superior como s(f,P): e Se m representa o ínfimo e M o supremo da função em [a,b], então: para toda participação P do intervalo [a,b]. Soma inferior e superior em P Introdução de Riemann O conceito de integral definida está intimamente ligado à noção de área. Diferentemente do que sugere a disposição dos livros didáticos, este conceito é anterior à noção de diferencial e remonta aos matemáticos gregos. Para se entender o encaminhamento dado em sua constituição, vamos considerar uma função contínua, conforme a figura abaixo. Integral de Riemann Vamos supor t, um ponto qualquer no intervalo [a,b]. Logo, a área da figura relativa ao intervalo [a,b] depende de t, isto é, é uma função de t. Chamando esta função de A(t) e calculando sua derivada ao tomarmos um ponto próximo t + h: Integral de Riemann Sendo h > 0 e se considerarmos m o menor valor da função no intervalo [t+h] e por M seu maior valor, a área relativa ao intervalo [t+h], que obviamente é a diferença A(t+h) – A(t), estará compreendida entre as áreas dos retângulos de base h e altura M e o retângulo de base h e altura m. Ou seja, m.h ≤ A(t + h) – A(t) ≤ M.h Integral de Riemann Assim, quando h → , m e M vão tender a f(t), logo: ou chama-se primitiva de uma função f: [a,b] → R a uma função derivável F : [a,b] → R, tal que F´= f. Integral de Riemann Funções integráveis Seja f: [a,b] → R uma função limitada e os Sup. Mi e o Inf mi tomados em relação as partições, com amplitude hi, do intervalo [a,b]: Funções integráveis Considerando F : [a,b] → R uma função limitada: Denominado como integral inferior, temos: Observação: a integral é o supremo das somas inferiores. Denominado como integral inferior, temos: Observação: a integral é o ínfimo das somas . Uma função limitada f : [a.b] → R e dita integrável quando: Funções integráveis Soma Integral. Seja uma função limitada f : [a,b] → R e a = x0 < x1< ... < xn = b, uma divisão arbitrária deste segmento em n partes. A soma da forma em que recebe o nome de Soma Integral da função f(x) em [a,b]. Integral Definida. O limite da Sn, quando o número de partes n de divisões tende ao infinito e a maior das diferenças h: tende a zero, chama-se Integral definida da função f(x) entre os limites x = a e x = b, isto é, Funções integráveis 1. Dada a função f : [1,10] → R, obter a soma integral de f(x) = 1 + x. Funções integráveis: exemplo Funções integráveis: exemplo Sabemos que: Funções integráveis: exemplo A área limitada pelo arco da parábola Y = x2 pelo eixo X e pela Reta x = a, (a > 0) é: a) a3 b) a/3 c) a2/3 d) a3/3 e) a2 Interatividade Resposta: alternativa “d”. Resposta Utilizando a fórmula da soma dos quadrados dos números inteiros: Fazendo t = n -1 Resposta Resposta Teorema do Valor para Integral Seja uma função contínua f: [a,b] → R. Então existirá pelos menos um ponto c em [a,b] tal que Teorema do valor médio Dada f : [0,4] → R , f(x) = 6 – x, o valor médio de f e o ponto do domínio dado em que assume este valor é: a) b) c) d) e) Teorema do valor médio: exemplo Teorema (do Valor Médio para Integral). Seja uma função contínua f: [a,b] → R. Então existirá pelo menos um ponto c em [a.b] tal que: Logo, como f(x) = 6 - x é contínua em todo seu domínio (função polinomial). Exemplo Então, o valor médio de f(x) = 6 -x ao longo do intervalo [0,4] é 4. A função assume esse valor quando 4 = 6 - x ou x = 2. Observe o gráfico a seguir: A alternativa correta é “a”. Exemplo Teorema Fundamental do Cálculo Se uma função integrável f: [a,b] → R possui uma primitiva F : [a,b] →R, então: ou, se uma função F : [a,b] → R possui derivada integrável, então: Teorema fundamental do cálculo Sejam f, g :[a,b] → R integráveis. Então: a) Para a < c < b, |[a,c] e f|[c,b] são integráveis e se tem Reciprocamente, se f|[a,b] e f|[c,b] são integráveis, então f é integrável, e vale a igualdade acima. Propriedades da integral Demonstração Sejam: Então: Propriedades da integral Propriedades da integral b) Para todo c ∈ R, c.f é integrável e c) f + g é integrável e d) Se f(x) ≤ g(x) para todo x ∈ [a,b], então, Propriedades da integral Em particular, se f(x) ≤ 0 para todo x ∈ [a,b], então: e) f(x) é integrável e tem-se Observação: como consequência de “d” e “e” tem-se que, se |f(x)| ≤ K para todo x ∈ [a,b], então: f) O produto de f.g é integrável. Propriedades da integral Dada a função f[-1,3] → R. A soma integral de f(x) = 4 é igual a: a) a) b) b) c) c d) As alternativas “a” e “b” são equivalentes. e) A alternativa “a” está parcialmente correta. Exemplo Resposta O intervalo [-2,4] é dividido em n subintervalos de igual comprimento Seja Ck o ponto médio do K-ésimo subintervalo. A expressão do limite como integral é: a) a) b) b) c) c) d) d) e) e) Interatividade Resposta: alternativa “b”. Como os pontos médios Ck foram escolhidos a partir dos intervalos da partidão, esta expressão pode ser entendida como limite das somas de Riemann. Logo, a expressão que está sendo integrada é f(x) = 4x2 - 2x + 6 ao longo do intervalo [-2,4]. De fato: Resposta ATÉ A PRÓXIMA!
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