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1 MORFO 8 MÓD 3 – TRG 2022/2 PATOLOGIAS HIPOTÁLAMO-HIPOFISÁRIAS E PINEAL GLÂNDULA PITUITÁRIA OU HIPÓFISE: é uma pequena glândula localizada em um espaço ósseo chamado sela túrcica. A hipófise está conectada diretamente ao hipotálamo, proporcionando um elo entre o cérebro e o sistema endócrino. A glândula pituitária é dividida em 2 partes: a anterior e a posterior, cada uma com funções diferentes. Hipófise Anterior/adeno-hipófise (pars distalis e intermedia): normalmente tem policromatismo hormônios crescimento (GH), estimulante da tireoide (TSH), adrenocorticotropina, luteinizante (LH), folículo estimulante (FSH) e prolactina. A pars distalis apresenta cordões de céls e sinusoides. Já a pars intermedia é a região de transição p/ neuro-hipófise e nela temos cistos de coloide (reminiscência da bolsa de Rathke, lembrando a tireoide) Craniofaringioma: neoplasia que nasce dessa região e tem prolongamento hipotalâmico. - Complexo PORTA-HIPOFISÁRIO: nutre a adeno-hipófise (venoso, menor fluxo). Se choque, há ↓ irrigação hipófise (necrose) Sd Sheehan (puerpério e perda da placenta) Hipófise Posterior/neuro-hipófise (SB): prolongamento do hipotálamo. Libera vasopressina/ADH e ocitocina (produzidos no hipotálamo). Os tumores raramente se formam na pituitária posterior. Temos os pituícitos, axônios amielínicos, corpos de Herring e tecido conjuntivo e vasos sanguíneos - Relações anatômicas: Sela túrcica (“bercinho”); Osso esfenoide; Quiasma óptico e NCs (III, IV, V, VI); Polígono de Willis; Seios cavernosos. - Lesões hipófise: geralmente fazem efeito de massa Borram/ fazem erosão na sela túrcica, compressão quiasma óptico (Hemianopsia bitemporal). - HIPERPITUITARISMO (lesão da adeno-hipófise): sds endócrinas 2ª a um ↑ produção e secreção de hormônios hipofisários. Causas: Adenoma hipofisário (benigno); Hiperplasia hipofisária (geralmente fisiológica); Adenocarcinoma hipofisário (diferencia do adenoma por aqui ter presença de metástases!!). ADENOMAS HIPOFISÁRIOS : Afecções + comuns da hipófise. 10% neoplasias ICs e 22% em materiais de autópsia (microadenomas). Muitos são localmente invasivos, porém com baixa atividade proliferativa. Presentes em sds familiares (neoplasia endócrina múltipla tipo 1, sds de Carney e de McCune-Albright). Epidemiologia: Todas as faixas etárias (raros na infância e mais frequentes na 3ª e 6ª décadas de vida). Ambos os sexos igualmente afetados. Classificação: Quanto ao tamanho (10mm de diâmetro). Quanto ao quadro clínico (padrão secretório). Quanto ao aspecto radiológico e aspecto cirúrgico. Padrão de secreção hormonal: Geralmente secretam apenas um tipo de hormônio. Associação mais comum: GH e PRL (prolactina). Adenomas pluri-hormonais são raros. Podem ser hormônio-negativos (não secretores). -- QC: Anormalidades endócrinas: Hiperpituitarismo (adenomas funcionantes): Clínica segundo hormônio em excesso (hiperprolactinemia, acromegalia / gigantismo, sd Cushing e hipertireoidismo). Hipopituitarismo (adenomas silenciosos): Compressão do parênquima normal por adenomas hipofisários (principalmente os não-funcionantes). Efeitos de massa: Anormalidades radiológicas da sela túrcica: Expansão, erosão óssea e alterações do diafragma da sela. Alterações no campo visual: Hemianopsia bitemporal. ↑ PIC: Cefaléia, náuseas e vômitos. Apoplexia hipofisária: Hemorragia aguda em adenoma. -- MICROSCOPIA: Monomorfismo celular: Células poligonais uniformes. Núcleo uniforme ou pleomórfico. Atividade mitótica modesta. Citoplasma uniforme, com aspecto tintorial único. Tecido conjuntivo esparso (rede de reticulina diminuída). 2 MORFO 8 MÓD 3 – TRG 2022/2 OUTROS TUMORES HIPOFISÁRIOS: Adenocarcinomas: raros (< 1%). Maioria produtora hormônios (PRL e ACTH), com repercussão clínica da secreção. Metástases p/ hipófise (pan-hipopituitarismo): Prevalência 3-5% (necrópsias). Sítios: Mama (mulheres) e pulmão (homens). Localização: Hipófise posterior (mais vascularizada que a adeno-hipófise). PROLACTINOMA: Epidemiologia: Adenoma hipofisário + frequente (30%). Predomina no sexo feminino (2-4:1). Pico entre 5ª e 6ª décadas de vida. Níveis séricos de PRL >150- 200ng/mL é altamente sugestivo de prolactinoma. Alterações endócrinas: Mulheres: Hiperprolactinemia (sd amenorréia-galactorréia / Forbes Albright) e Infertilidade. Homens: ↓ testosterona (perda da libido) e Impotência e infertilidade (oligo e azoospermia). ADENOMA SECRETOR DE GH: Epidemiologia: 2º tipo + comum. Alterações endócrinas: Gigantismo: ↑ generalizado do corpo, com desproporção de membros. Acromegalia: Crescimento em pele, vísceras e ossos da face (prognatismo) e das mãos e pés (dedos em “salsicha”). Epidemiologia: Predomina em mulheres, com idade média de 30 anos. Em sua maioria, microadenomas. Alterações endócrinas: Sd Cushing; Sd Nelson (melanose progressiva e adenoma da hipófise 2º à remoção cirúrgica das adrenais). OUTROS ADENOMAS HIPOFISÁRIOS: Secretores TSH; Secretores de gonadotrofinas; Secretores GH e prolactina; Pluri-hormonais; De céls nulas (não funcionais); Invasivo. - HIPOPITUITARISMO: ↓ secreção de hormônios hipofisários, geralmente associada à perda de parênquima hipofisário. A clínica depende da deficiência hormonal. Mecanismos: Congênito (sd da sela vazia); Compressivo (efeito de massa ou HIC); Necrótico (hemorragia ou isquemia); Outros (lesões hipotalâmicas, inflamações). Principais causas: Compressivas (efeitos de massa – tumores selares, cistos da fenda de Rathke / HIC – hemorragia subaracnóide, TCE e meningite); Necrose hipofisária: Hemorrágica (apoplexia); Isquêmica (anemia falciforme, CIVD, pós-parto – síndrome de Sheehan); Hipofisite (linfocítica, sarcoidose). - PITUICITOMA/ INFUNDIBULOMA (neuro-hipófise): Glioma raro, H > M. A maioria relacionada à alterações na secreção de ADH e a principal causa são lesões hipotalâmicas. Caracteriza-se, microscopicamente, por neoplasia de céls fusiformes, em padrão estoriforme, sem corpúsculos de Herring. NEOPLASIAS HIPOTALÂMICAS: Cursam c/ alterações hormonais adeno-hipófise e/ou sds da neuro-hipófise. Principais lesões: (1) Glioma; (2) Craniofaringiomas Glioma: astrocitoma, oligodendromiomas Craniofaringiomas: neoplasias dos remanescentes vestigiais da fenda de Rathke. 1- 5% dos tumores ICs. Incidência bimodal (5-15 anos e após 65 anos). Dx dif: adenoma hipofisário não funcionante. Características morfológicas: Geralmente císticos (podendo ser encapsulados e sólidos). Variantes histológicas: Adamantinomatoso (cças): Cistificação, calcificações, áreas de queratina lamelar (células fantasmas ou “queratina úmida”) e ninhos / cordões de epitélio estratificado pavimentoso com paliçada periférica e retículo esponjoso interno. Cisto com líquido em aspecto de “óleo de motor”. Papilar (adultos): Epitélio em aspecto papilar e ausência de queratina, calcificações e cistos. GLÂNDULA PINEAL: é um diminuto órgão, localizado entre os colículos superiores, na base do cérebro. Histologia: Ninhos de céls: Parenquimatosas neuronais (pinealócitos). Gliais. Neuroendócrinas. Estroma fibroconjuntivo, ricamente vascularizado. Calcificações lamelares concêntricas (corpora arenacea). Função: Principal produto secretório: Melatonina (controle dos ritmos circadianos, incluindo o ciclo de sono-vigília). - PATOLOGIAS DA PINEAL: Principais entidades são neoplásicas: 1% tumores ICs nos adultos e 3% – 8% cças. Geralmente comprimem aqueduto de Sylvius, gerando hidrocefalia obstrutiva. Principais neoplasias: Germinomas e outros tumores de céls germinativas. Pinealomas: Pineoblastomas (cças). Pineocitomas (adultos). Outros.
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