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ARA0400 - TEORIA E 
PRÁTICA DA RECREAÇÃO, 
FOLCLORE E DANÇA
Marcia Mayumi Ninomiya
Ementa:
A RECREAÇÃO: DIMENSÃO CONCEITUAL E PROCEDIMENTAL; 
COMO ÁREA DE CONHECIMENTO NO CONTEXTO CULTURAL E SOCIAL 
OS JOGOS: DIMENSÃO CONCEITUAL, PROCEDIMENTAL E ATITUDINAL;
DANÇA: DIMENSÃO CONCEITUAL, PROCEDIMENTAL E ATITUDINAL;
DANÇAS REGIONAIS E FOLCÓRICAS (CRÉDITO DIGITAL);
PROJETOS DE INTERVENÇÃO PROFISSIONAL: DIMENSÃO DO LAZER. 
OBJETIVOS DA DISCIPLINA:
• Identificar os parâmetros da ludicidade e os meios da sua integração educacional, com base no
conhecimento das atividades corporais, dos jogos e brincadeiras tradicionais, considerando as
expressões espontâneas da cultura regional e nacional, para sua aplicação como instrumento de prática
da corporeidade enquanto fenômeno sociocultural.
• Elaborar atividades recreativas, com base no planejamento e execução de projetos de recreação, para
a promoção da integração através do trabalho em equipe, com espírito inovador e criativo.
• Reconhecer a dança como instrumento educacional, com base nos estudos da criatividade e
consciência corporal como fatores transformadores, para aplicar seus princípios como ferramenta de
intervenção para a educação física.
• Identificar a relevância do ensino do folclore, através das suas vivências procedimentais e atitudinais,
para contribuir na ampliação da linguagem e cultura corporal dos seus adeptos.
• Experimentar a recreação, o folclore a dança como ferramentas para o lazer, promoção da saúde e
educação, com base no estudo de programas e projetos, para a intervenção no ambiente formal e não
formal da educação física.
1. A RECREAÇÃO COMO ÁREA DE CONHECIMENTO NO CONTEXTO CULTURAL E SOCIAL: Dimensão conceitual, procedimental e atitudinal
1.1 Objetivo e histórico
1.2 Lúdico e ludicidade
1.3 Características e formas
1.4 Desenvolvimento das atividades
2. OS JOGOS: Dimensão conceitual, procedimental e atitudinal 
2.1 Definição, classificação e padrão de organização do jogo
2.2. Jogos tradicionais populares e simbólicos
2.3 Estafetas e contestes
2.4 Cooperativos e competitivos
2.5 Inclusivos
2.6 Desenvolvimento por faixas etárias
3. DANÇA: Dimensão conceitual, procedimental e atitudinal 
3.1 Apresentações dos fundamentos históricos da dança
3.2 Origem e evolução da dança
3.3 Introduções da dança na Educação Física
3.4 Biodança
4. DANÇAS REGIONAIS E FOLCÓRICAS (CRÉDITO DIGITAL) 
4.1 Origem e teoria do folclore
4.2 Folclore Brasileiro: História, Lendas, Mitos e Contos
4.3 Danças folclóricas juninas
4.4 Introdução didático pedagógica das danças folclóricas brasileiras
5. PROJETOS DE INTERVENÇÃO PROFISSIONAL: DIMENSÃO DO LAZER
5.1 Projetos de gincanas e colônias de férias
5.2 Projetos de dança folclóricas no ambiente formal e não formal
TEMAS DE APRENDIZAGEM
AV1 Contemplará os temas abordados na disciplina até a sua realização e será assim composta:
• Prova individual com valor total de 7 (sete) pontos;
• Atividades acadêmicas avaliativas com valor total de 3 (três) pontos.
Para esta atividade acadêmica avaliativa, os alunos, divididos em grupos, deverão 
elaborar e apresentar um resumo crítico sobre os seguintes assuntos:
1. Colaboração e apoio dos jogos no crescimento biológico, psicológico e social dos aderentes ou
praticantes;
2. Diversidades ou diferenças entre jogos cooperativos e jogos competitivos;
3. Atividades recreativas e os jogos no contexto da cultura popular: a dança e o folclore como fonte de
ludicidade.
As atividades propostas estão associadas aos conteúdos dos planos das aulas 3, 4 e 5;
Será atribuído até 1 (um) ponto para cada um dos assuntos propostos na atividade, totalizando até
3 (três) pontos.
AVALIAÇÕES
AV2 Contemplará todos os temas abordados pela disciplina e será composta por uma prova teórica
no formato PNI Prova Nacional Integrada com pontuação de 0 a 5,0.
+
AVD Avaliação digital do(s) tema(s) / tópico(s) vinculado(s) ao crédito digital no valor total de 10
(dez) pontos ou AVDs: Avaliação digital do(s) tema(s) / tópico(s) vinculado(s) ao crédito digital no
valor total de 10 (dez) pontos.
As demais atividades acadêmicas avaliativas devem somar 5 (cinco) pontos.
Para esta atividade acadêmica avaliativa os alunos, divididos em grupos, deverão 
elaborar e apresentar através da dimensão procedimental o 
projeto de gincanas ou de colônia de férias que englobem os conteúdos relacionados à recreação, a 
dança e o folclore, como vivências para serem desenvolvidas no âmbito escolar, institucional e/ou 
comunitário. O grupo deverá escolher em que ambiência ele poderá aplicar o projeto. A atividade 
proposta estão associada aos conteúdos das aulas do tema 5. 
AV3 Contemplará todos os temas abordados pela disciplina. Será composta por uma prova no formato PNI -
Prova Nacional Integrada, com total de 10 pontos, substituirá a AV1 ou AV2 e não
poderá ser utilizada como prova substituta para a AVD.
+
AVDS
Para aprovação na disciplina, o aluno deverá, ainda:
Atingir resultado igual ou superior a 6,0, calculado a partir da média aritmética entre os graus das
avaliações presenciais e digitais, sendo consideradas a nota da AVD ou AVDs e apenas as duas maiores
notas obtidas dentre as três etapas de avaliação (AV1, AV2 e AV3). A média aritmética obtida será o
grau final do aluno na disciplina;
Obter grau igual ou superior a 4,0 em, pelo menos, duas das três avaliações presenciais e em uma das
avaliações digitais (AVD ou AVDs);
Frequentar, no mínimo, 75% das aulas ministradas. 
Bibliografia:
CARRASCO, Walcyr. Lendas e fábulas do folclore brasileiro, v.2. São Paulo: Manole, 2009.
CONE, T. P. Ensinando dança para crianças.. 3. ed. Barueri, SP : Manole, 2015. 
DIAS, C. Organização de atividades de lazer e recreação. 1. ed. São Paulo, 2014.
GIGUERE, M. Dança moderna: fundamentos e técnicas. Barueri, SP:: Manole,, 2016.
GONÇALVES, P. da S. Recreação e lazer. Porto Alegre: SAGAH, 2018.. Porto Alegre: SAGAH, 2018
RODRIGUES, M.C. da S. Dança.. Porto Alegre: SAGAH,, SAGAH, 2018
TAKATSU, M. Jogos de recreação. São Paulo, SP: Cengage, 2016. 
MNHA BIBLIOTECA - SIA
1. A RECREAÇÃO COMO ÁREA DE CONHECIMENTO NO CONTEXTO CULTURAL E SOCIAL:
Dimensão conceitual, procedimental e atitudinal
1.1 Objetivo e histórico
1.2 Lúdico e ludicidade
1.3 Características e formas
1.4 Desenvolvimento das atividades
OBJETIVOS DA AULA:
Reconhecer os principais conceitos e marcos da evolução histórica da recreação baseado na literatura
específica do tema para elaborar atividades recreativas de valor durante a atividade profissional.
Identificar os conceitos básicos da recreação e do lazer nas áreas culturais e sociais, a partir da análise
da literatura, para aplica-los nas atividades de recreação e lazer durante a atividade profissional.
O QUE É LAZER? 
O QUE É ÓCIO?
O QUE É RECREAÇÃO?
O QUE É BRINCADEIRA?
O QUE É JOGO?
O QUE É LÚDICO?
O QUE É LUDICIDADE?
A recente evolução das tecnologias digitais e a
consolidação da internet modificaram tanto as
relações na sociedade quanto as noções de
espaço e tempo.
Se antes levávamos dias ou até semanas para
saber de acontecimentos e eventos distantes,
hoje temos a informação de maneira quase
instantânea.
Essa realidade possibilita a ampliação do
conhecimento. No entanto, é necessário pensar
cada vez mais em formas de aproximar as
pessoas de pessoas, de conteúdos relevantes e
de qualidade.
“nenhum homem é uma ilha” - John Donne
Ao proferi-la, Donne referia-se à característica natural do homem de ser um indivíduo social, isto
é, que necessita estar em contato com seus pares, formando uma sociedade. A convivência
social é influenciada, entre diversos fatores, pelo comportamento e pelas relações entre os
sujeitos.
Assim, para que funcione da melhor maneira possível, é necessário que a sociedade esteja
organizada em dimensões.
A dimensão temporal, por exemplo, é regulada em momentos de trabalho — quando o
indivíduo está ocupado produzindo algo material —, de ócio (entendido comoa cessação do
trabalho ou folga) e, ainda, de lazer, que é um momento específico e valoroso, em que o sujeito
aproveita o tempo livre para ocupar-se com atividades prazerosas, nas quais há repouso,
diversão e aprendizado.
O lazer é uma necessidade humana, caracterizado pela vivência lúdica de manifestações 
culturais. 
Relacionar e identificar as 
possibilidades de atuação do 
profissional de educação física, como 
agente ativo no pleno 
desenvolvimento do tempo de lazer 
das pessoas, é fundamental para que 
você desempenhe seu papel da 
melhor forma possível.
Os profissionais que estejam atuando junto às atividades de recreação, que podem
atuar em diferentes espaços, como em colônias de férias, hotéis, cruzeiros ou festas e
espaços kids, ambientes hospitalares, etc., precisam compreender todas as
particularidades do lazer e da recreação, para que em suas práticas tenham a
qualidade suficiente para desenvolver esses aspectos nos alunos/clientes.
Assim, espera-se que o recreacionista tenha como competências: a facilidade de
comunicação, para que possa se comunicar e propor atividades com toda a equipe;
e a escuta-experimentação, por meio da qual será possível conhecer mais e melhor os
seus alunos, compreender suas realidades e, por meio disso, propor intervenções mais
precisas e específicas para seus alunos/clientes/praticantes.
DIMENSÕES: CONCEITUAL – PROCEDIMENTAL E ATITUDINAL
Situação QUEBRA GELO: você foi convocado para atuar em uma colônia de férias e que, para
isso, deverá propor atividades para um grupo de jovens. Para que você atue de maneira mais
segura, é importante que conheça bem o local onde irá atuar, as possibilidades de atividade,
os espaços e os ambientes, bem como conheça a turma da qual ficará responsável, sabendo
idade, local onde moram, atividades que tradicionalmente desempenham e a origem do
grupo.
Caso 1: Grupo que é formado por estudantes de uma mesma escola, provavelmente já têm
uma relação entre eles.
Caso 2: Grupo é formado por alunos de diversas escolas, ou por filhos de funcionários de uma
mesma empresa.
Razão etimológica da palavra lazer, que tem origem
no latim licere, que significa aquilo que é lícito,
permitido, o que pode ser feito.
Outra palavra que influenciou na organização e no
desenvolvimento do lazer ao longo do tempo deriva
do latim otium, que pode ser melhor entendido ao
discutir sua relação oposta a outro termo latino, o
negotium.
Portanto, etimologicamente, o lazer tem origem em 
ações que são permitidas, consideradas lícitas e que 
estão intimamente ligadas ao período de descanso, 
de ócio (otium), que tradicionalmente ocorre após a 
atividade laboral, ao serviço, ao trabalho, aos 
negócios (negotium). 
Requixa (1974) o lazer se diferencia do ócio, isto é, uma ideia contraditória à dos demais autores 
apresentados até então, pois, segundo o autor, o lazer não é um vazio, um “não fazer”. 
A prática de lazer exige ações que respondem ao indivíduo de forma biológica e psicológica. 
Uma prática de lazer exige movimento, criação, expressão e interação social.
O LAZER tem uma função significante porque transfere uma ação à prática, dessa forma, se 
diferenciando do ócio. (Trabalho – Ócio – Lazer)
CONCEITOS
O LAZER uma atividade realizada no tempo livre (ou de não trabalho). É um tempo ou período que o
indivíduo reserva para a busca de atividades de desenvolvimento pessoal, de forma autônoma, livre e gratuita.
Pretende descarregar energia, distensão de acúmulos da vida profissional, política e familiar e compensar
desejos de satisfação pessoal.
Desenvolvem o indivíduo em sentido físico, psicológico e social, buscando a satisfação pessoal por meio do
prazer de práticas coletivas ou individuais que podem, ainda, ajudar a formar um indivíduo mais crítico.
Atividades de leitura, práticas esportivas, viagens, passeios e visitas a museus são atividades que constituem a
esfera do lazer, isto é, a busca humana por ocupação prática e crítica do tempo livre.
OBJETIVOS DOS PRATICANTES: Desenvolvimento físico, ou o Desenvolvimento cultural e emocional, ou descanso
Pensando no aspecto do descanso, embora a imagem mental de uma pessoa deitada em uma
cama seja a primeira a vir em nossa mente, é possível ir além e se pautar nesse objetivo do lazer para
compreender as práticas de contemplação e apreciação:
Observar um parque bem arborizado e contemplar a natureza ou assistir alguma apresentação de
balé e contemplar o desempenho de um ser humano em ação, dentre outras possibilidades.
As práticas de descanso, ainda, podem se dar por meio da introspecção, isto é, atividades com o
objetivo de refletir sobre sua vida, suas experiências e seus dilemas, ocorrendo por meio das práticas
corporais introspectivas, como ioga, tai chi chuan e meditação.
O lazer como prática de desenvolvimento do ser 
humano, capaz de transmitir emoções, tensões, 
diversão e entretenimento. 
HISTÓRICO
A preocupação com esses conceitos começou
quando a carga de trabalho passou por uma
profunda transformação, aumentando o tempo livre
diário e semanal dos trabalhadores.
A partir disso, surge a questão de como ocupar esse
tempo de forma criativa e capaz de trazer interesse
na busca dessas atividades, até mesmo porque o
período destinado ao não trabalho era considerado
de menor importância, pois existia uma santidade
atribuída ao trabalho, considerado a essência do
homem.
Histórico:
O lazer vai atingir seu ápice de função social no período denominado revolução industrial, que
ocorreu entre 1760 até aproximadamente 1830.
A revolução industrial foi uma série de mudanças econômicas e sociais que ocorreram na Europa
durante os séculos XVIII e XIX, sendo marcado principalmente pela substituição dos trabalhos
artesanal e manual realizados por pessoas para o trabalho manufaturado.
Se, de um lado, essas mudanças causaram uma grande revolução econômica, tendo em vista
que foi um período de grande desenvolvimento tecnológico e econômico, é importante
também relembrar que esse período foi marcado pelas jornadas de trabalho intensas, com ritmo
de 16 horas diárias, além da utilização de mulheres e crianças em alguns processos da
produção, sendo que toda essa classe operária atuava sem nenhum direito trabalhista e em
péssimas condições de trabalho.
A partir dessas condições se originaram os primeiros movimentos trabalhistas, lutando por 
melhores condições de trabalho, entre as quais as reduções na jornada de trabalho.
Com o avanço dessas lutas trabalhistas e as reduções nas jornadas 
de trabalho, há, como consequência, o aumento do tempo livre, 
isto é, a redução da carga horária diária relacionada ao negotium
gera uma maior quantidade de tempo que pode ser destinada ao 
otium. 
Lazer e sua importância social 
Dumazedier (1973), mostra que, durante a metade do século XIX e o 
século XX (1850-1950), o lazer era considerado uma banalidade 
porque se aproximava do ócio e do período de não trabalho. 
A partir do aumento do tempo livre as pessoas passaram a buscar 
outras atividades para se ocuparem, que tinham por objetivo 
Descansar, Divertir e se Desenvolver em algum aspecto. 
Classificou como atividades:
• de recuperação (Descansar), 
• de entretenimento (Divertir) 
• e de formação pessoal (Desenvolver). 
É importante destacar que a classificação dos 3Ds 
proposta por Dumazedier
não tem o intuito de segregar as práticas e seus 
respectivos objetivos, isto é, definir o que são 
atividades de diversão, descanso ou 
desenvolvimento, e sim exatamente o oposto, pois, 
a partir da identificação de tais objetivos, é possível 
observar e desenvolver práticas que atinjam os três 
objetivos em conjunto.
A realização de uma brincadeira ou algum jogo dentro das aulas de
educação física, em que uma criança pode se desenvolver tanto
fisicamente, em razão da intensidade da tarefa, quanto do ponto de
vista conceitual, por meio da utilização do artificio lúdico para aquisição
de conhecimentossobre a(s) modalidade(s) que a atividade deriva.
Se desenvolve também do ponto de vista emocional e atitudinal, pois
fortalece a compreensão e as atitudes a serem seguidas quando em
equipe, diante de regras que, por vezes, podem impedi-la de realizar
certas coisas.
Em relação ao divertimento, se observa que este é claramente atingido
ao reparar na quantidade de risos e sorrisos que ocorrem durante a
realização dessas atividades.
O mesmo pode ser pensado a partir de uma prática
esportiva, como uma partida de futebol, na qual o
praticante se diverte ao realizar seu esporte favorito,
se desenvolve do ponto de visto físico e, ao mesmo
tempo, descansa.
Mesmo enquanto pratica um esporte que envolve
elevado gasto energético, que envolve alta
demanda aeróbica e anaeróbica, o indivíduo
descansa, pois é importante pensar o descanso não
somente no aspecto físico, mas também no aspecto
emocional.
Esse novo espaço de lazer ajudou a desenvolver um
conjunto de ocupações em que o sujeito se entrega
voluntariamente e de forma desinteressada, capaz de
desenvolver habilidades cognitivas, críticas e sociais,
recuperando-se de forma liberada de suas obrigações
profissionais, sociais e familiares.
A partir disso, começou a se perceber que o lazer não
pode ser considerado como um elemento menor no
centro da cultura social e surge então o binômio
trabalho/ lazer, em que o lazer passou a ser visto como
desenvolvedor do corpo produtivo de trabalho e se
tornou um produto oferecido em larga escala com
diversos objetivos importantes, além de simplesmente
servir para ocupar o tempo livre
Google en Zurich (Suiça)
Duas classificações relacionadas a lazer trarão mais esclarecimento em torno do tema. 
São os tipos: lazer passivo e lazer ativo (TAKATSU, 2015). 
• Lazer passivo é o lazer que as pessoas quase não gastam energia. 
O lazer passivo, pode ser entendido como uma forma de "alienar" o individuo, ou seja, 
geralmente ele esta envolvido na promoção da indústria da cultura, que direciona ao indivíduo o 
que ele deve fazer para "se divertir".
• Lazer ativo é o lazer que usa atividades desenvolvidas com criatividade que contribuem 
para a melhora da qualidade da vida e da saúde das pessoas.
Camargo (1989) afirma que este é uma prática não
remunerada, ou seja, que não busca nenhum tipo
de compensação que não seja a satisfação, o
desenvolvimento pessoal e o prazer da prática,
porém, é uma busca com algum interesse e,
portanto, não inteiramente gratuita, isto é,
eventualmente requer algum investimento.
Ou seja, ao excluir o caráter remunerado da prática
do lazer (quem faz, não recebe por isso), se mantém
a prática da atividade afastada do serviço.
Porém, em diversos momentos, para que ocorra a
atividade, o praticante necessita investir, além de
seu tempo, também investimento financeiro, que
pode ser pouco ou muito.
Como exemplo para tornar essa diferenciação
mais clara, podemos pensar a partir de dois
casos fictícios, o de Arthur e o de Alfredo.
Arthur é um rapaz que gosta muito de esportes
e, por isso, está sempre envolvido em partidas
com seus amigos e colegas, porém, para jogar,
Arthur precisa de uma série de equipamentos,
desde o tênis adequado, passando pela bola
até o espaço, sendo que geralmente se aluga
uma quadra esportiva por determinados
períodos de tempo, o que é um exemplo claro
de otium.
Já Alfredo, que também gosta muito de
esporte, somente joga campeonatos nos quais
ele é remunerado para jogar, isto é, Alfredo tem
sua prática vinculada diretamente a uma
contrapartida financeira, portanto, para Alfredo,
que eventualmente pode jogar contra Arthur
por algum campeonato, o esporte é um
negotium.
Continuando ainda nas discussões propostas por Camargo (1989), o lazer é compensatório 
porque determina o desenvolvimento e a liberação das tensões da vida social, podendo ainda 
ser classificado como:
• Lazer esportivo: busca na prática esportiva baseada em regras que se assemelham à prática 
estruturada do esporte regulamentado, mas que pode sofrer alterações para garantir a 
participação dos praticantes; 
• Lazer cultural que se manifesta a partir de arte, estudos, leitura, contemplação da natureza, 
turismo, etc.; 
• Lazer recreativo exercido livremente. 
Classificação das atividades de lazer 
• Atividades fi ́sico-esportivas
• Atividades arti ́sticas
• Atividades manuais 
• Atividades intelectuais 
• Atividades sociais 
Portanto, como discutido até então, o lazer se
caracteriza por uma ação realizada no tempo de
não trabalho, de forma não remunerada, com
objetivo de desenvolvimento, diversão ou
simplesmente descanso.
Quando pensados na prática, ler um livro,
contemplar um espaço da natureza, ver um filme ou
até mesmo estudar sobre algo do seu interesse
podem ser atividades de lazer, porém, geralmente o
lazer é relacionado com práticas esportivas ou
jogos, com uma atividade prazerosa e lúdica,
aspectos que caracterizam a principal forma de
lazer, a recreação.
O lazer é um conceito que surge e é observado de forma natural, abrigando dentro de si a 
recreação e a busca por divertimento, rituais sagrados e entretenimentos. 
A recreação aparece como ferramenta de oferta ao lazer, ao passo que sua estrutura é 
desenvolvida para isso. 
O lazer é algo intrínseco que remete ao desenvolvimento pessoal, enquanto a recreação é 
extrínseca e pode garantir esse desenvolvimento.
A recreação, no entanto, é uma 
atividade que está compreendida 
dentro do lazer, pois tem caráter de 
desenvolvimento humano, e se 
relaciona com a prática. 
É responsável por preencher 
momentos de entretenimento, no 
entanto, pode ser utilizada em 
momentos dedicados ao trabalho e às 
obrigações como forma de 
ferramenta criativa
A recreação pode estar ligada a mais de um ambiente e não necessariamente ao 
tempo livre do praticante. 
Pode ser uma ferramenta educacional que, inserida em determinados períodos, pode 
atuar de maneira intelectual por meio da resolução de problemas de forma criativa. 
Tem como objetivo repouso, distração, entretenimento e brincadeira, que são 
atividades que dão prazer por meio de sua prática. 
A recreação é um tipo de atividade que 
compreende as práticas de lazer, portanto, apesar 
do senso comum, não pode ser considerada um 
sinônimo de lazer. 
Podemos compreender melhor essa relação se 
considerarmos que o voleibol não define o que é 
esporte, mas, sim, que voleibol é um tipo de esporte. 
O mesmo se aplica à recreação, que não é o lazer, 
mas, sim, um tipo de lazer. 
Porém, se recreação é um tipo de lazer, o que, 
afinal, é recreação? 
A palavra tem origem no latim recreare, que 
significa restaurar, renovar, recuperar ou “recriar”. 
A partir de sua definição, é importante se 
compreender o que está danificado ou estragado, 
ou está danificando/estragando, se observa uma 
clara oposição ao tempo de trabalho, o qual é 
“responsável” por danificar. 
Classificac ̧ão das atividades recreativas 
(RIBEIRO, 2014)
• Jogo
• Brincadeira 
• Gincana
• Atividades de sociabilizac ̧ão
• Rodas cantadas
• Jogos cooperativos (JC) 
• Jogos semicooperativos
Brincadeira
E ́ uma atividade com o u ́nico objetivo do prazer.
A principal e fundamental diferença entre jogo e brincadeira é que nessa não há
vencedores; ela acontece e se desenvolve enquanto dela advier motivação.
Por isso, se houver regras, elas são mais flexíveis e podem ser modificadas durante a
brin- cadeira. A brincadeira não tem final predeterminado; ela prossegue enquanto
houver interesse por parte dos participantes. Uma brincadeira pode terminar,
ainda, por ocorre ̂ncia de fatores externos a ela, como o término do tempo
reservado para a atividade ou a chuva etc.
Jogo
E ́ uma atividade em que há competição entre dois ou mais participantes
e busca-se a vitória. (Exceto o cooperativo).
No jogo sempre havera ́ regras e normas a serem cumpridas.
Não existe jogo sem pelo menosuma regra.
O jogo tem seu final previsto, quer seja por pontos, por tempo, por
nu ́mero de repetições ou por tarefas cumpridas (caso da gincana).
Gonçalves (2018), Recrear significa brincar, se divertir, se distrair ou, ainda, proporcionar
divertimento e entretenimento para si ou terceiros.
Nesse aspecto, a recreação está muito próxima do lúdico, que, por sua vez, é intimamente 
relacionado ao jogo. 
Huizinga (1993), tentando explicar a natureza do jogo como elemento da cultura, nos mostra
que essa prática é irracional e mais antiga que a própria cultura. A busca por prazer por meio
da diversão é uma busca natural não exclusiva do homem. O autor lembra que animais
buscam o “brincar” sem que sejam ensinados a isso.
Isso atribui uma característica autônoma ao jogo dentro da sua realidade capaz de
demonstrar que o jogo, quando tratado como conceito, não foi criado pelo homem, e sim
sistematizado por meio da busca do prazer e do divertimento.
Algumas suposições sobre o JOGO podem ser feitas para explicar: como a descarga de
energia, a distensão do lado sério da vida, a compensação de desejos e até mesmo a
necessidade de competir com um adversário.
O fato é que a busca pelo prazer e pelo divertimento é o que garante o significado do
jogo e dá sentido à ação. Isso, por si, já garante um aspecto de desenvolvimento do
homem por meio da prática do lazer e da busca por relaxamento, que dá sentido à
pratica.
Isso nos mostra que o jogo é uma busca voluntária e natural do homem, o que poderia
caracterizá-lo como uma função da vida humana que transcende aspectos biológicos ou
fisiológicos.
O jogo significa algo maior, que tem um significado que está ligado às emoções que 
darão sentido a sua prática, como a alegria, a tensão e o divertimento. 
Por meio de jogos, brincadeiras e, portanto, recreação, o indivíduo conhece aspectos 
inerentes a exploração do mundo, conhecimento pessoal, valores morais atribuídos a 
regras do jogo e aspectos relacionados à cultura e à formação de cultura.
Dentro desse espectro, podem ser formados ou reconhecidos processos cognitivos 
como tomada de decisão, autocontrole, autocrítica e valores de convívio social. 
O jogo tem regras que podem ser pré-definidas ou acordadas e essas regras têm a 
característica de garantir o funcionamento da atividade, bem como formar ou 
esclarecer valores morais e éticos de quem o pratica.
momentos simbólicos de descobertas
convivência social e formação moral
A construção histórica da palavra “lúdico” vem de uma 
variação da palavra ludus, que, no latim, significa jogo, exercício 
ou imitação. 
Assim, o que tem se percebido nas pesquisas recorrentes acerca 
do tema é que, em muitas vezes, o conceito de ludicidade está 
diretamente relacionado ao jogo, no seu sentido amplo, ou seja, 
uma atividade dotada de participação voluntária e em que 
ocorrem diversas expressões de sentimentos.
Durante a infância, as atividades lúdicas são promotoras da 
construção da inteligência, da linguagem e das interações 
sociais. 
Na fase adulta e com o envelhecimento, possibilitam o combate 
às patologias associadas ao avanço da idade, atividades físicas 
prazerosas e uma série de outros elementos fundamentais ao 
bem-estar geral. 
Dados os contextos históricos da época, o jogo era visto como uma possibilidade de aperfeiçoar as 
habilidades de comunicação e oratória, elementares para a formação intelectual, sem que estas 
fossem introduzidas na criança de maneira forçada. 
Assim, Platão abordava o jogo a partir de dois conceitos: 
• como um passatempo, servindo apenas para divertimento;
• como objetivos pedagógicos, com o objetivo de desenvolvimento da sociedade.
A queda do Império Romano, que deu origem à
Idade Média, no século V, proporcionou uma
ruptura na construção que vinha ocorrendo a
partir dos pensadores gregos e romanos.
Inicialmente, a influência judaico-cristã negava
as atividades prazerosas, incutindo-as um sentido
avesso à elevação espiritual da sociedade.
Assim, as crianças eram vistas como adultos em
miniatura (ARIÈS, 2006), precisando se dedicar
desde cedo às tarefas árduas do trabalho.
O tempo e os espaços para as atividades
lúdicas, então, foram sendo deixados de lado.
Somente ao final do século XV houve 
novamente uma preocupação com o
aprendizado, por meio da criação de escolas 
populares, internatos e externatos. Os jogos 
educativos e as atividades lúdicas, então, 
voltavam à tona como sendo algo essencial à 
infância e ao aprendizado.
Huizinga (2008) define o conceito de ludus como as 
atividades típicas da infância, a recreação, os jogos teatrais, 
as competições esportivas, as apresentações dramatúrgicas 
e, ainda, os jogos de azar. 
Importante ressaltar que o conceito desse autor traz uma 
abordagem que extrapola a fase da infância, sendo possível 
também entendê-lo a partir de atividades que são 
desenvolvidas por indivíduos adultos, sendo apresentado pelo 
autor como o conceito de homo ludens. 
Nesse mesmo sentido, Brougère (2003) aponta que o
oposto a ludus, em latim, era a palavra serius.
Nesse conceito, o jogo é entendido como aquelas
atividades que são opostas ao trabalho, ou seja,
uma forma de utilizar o tempo de descanso em
momentos que o indivíduo possa se revigorar, antes
de retomar as atividades laborais.
Nessa perspectiva, o jogo não está diretamente
associado ao prazer e ao lazer, mas como uma
função compensatória ao estado de trabalho.
Ainda na perspectiva de buscar os 
conceitos de ludicidade a partir da
etimologia das palavras, Lopes 
(2004) aborda os elementos que 
corriqueiramente são apontados 
como constituintes de atividades 
lúdicas, os quais podem ocorrer 
concomitantemente. 
Dessa forma, a autora busca expor 
uma breve conceituação acerca 
do brincar, do jogar, do brinquedo, 
do recrear e do lazer (Quadro 1).
Massa (2015) aborda as compreensões de lúdico a 
partir dos principais intelectuais de cada área da 
ciência (Quadro 2).
Há uma variação de conceitos que tratam acerca da ludicidade.
Esses conceitos partem da ótica da área do conhecimento que os abordam. 
O jogo pode estar presente:
• Nos diversos espaços, como escolas, instituições de educação não formal e empresas; 
• Com diversos sujeitos, como crianças, adolescentes, adultos trabalhadores e idosos; 
• Ser abordado a partir de muitos objetivos, como de instruir, entreter, socializar ou movimentar, 
buscando um estilo de vida mais saudável. 
Assim, a ludicidade assume não apenas uma possibilidade, compreendendo a diversas facetas 
em que ela se apresenta, de tal modo que muitos elementos podem se encontrar em um único 
jogo, em uma única atividade, comparando-se a um caleidoscópio, em que as possibilidades e 
os elementos, unidos, se arranjam de forma única e originam um aspecto singular da ludicidade.
A LUDICIDADE vem do lúdico, pois depende do que é humano, do lúdico para desenvolver 
a ludicidade. 
A ludicidade habita o espaço do lúdico, espaço conceituado por Winnicott (1975) como 
espaço potencial responsável pela capacidade da psique humana de poder abrir espaço 
para a aquisição do símbolo, sendo as atividades lúdicas, os jogos, as brincadeiras, a cultura 
e a criatividade expressões deste espaço.
A ludicidade é o desenvolvimento da sensibilidade, inteligência e das emoções 
Nem sempre a atividade lúdica proporcionará o prazer, por envolver seres humanos em 
processo de ensino e aprendizagem, sendo estes possuidores de sentimentos, o ato de jogar 
e brincar pode despertar igualmente sentimentos como o choro, a insegurança, o medo, 
entre outros (AGUIAR, 2018). 
BRINCADEIRA É COISA SÉRIA
Questão 1:
Como visto no conteúdo, qual das afirmativas abaixo faz referência a definição de RECREAÇÃO? Marque a
alternativa correta:
A. São atividades de entretenimento, tendo o seu espaço de lazer, utilizado nos momentos livres.
Utilizam-se atividades lúdicas para incentivar a prática de atividades físicas,de uma forma divertida e
descontraída, promovendo a sensação de prazer. Essencial para o desenvolvimento afetivo, cognitivo,
motor e social.
B. São atividades esportivas, tendo o seu espaço de lazer, utilizado nos momentos livres. Utilizam-se
várias modalidades que possuem regras para incentivar a prática de atividades físicas, de uma forma,
lúdica, para promover um trabalho mental ou físico.
C. São atividades que manifestam a criatividade, inteligência, imaginação e habilidades, tendo a sua
interação com o meio. Desenvolvendo assim um melhor conhecimento de si e o processo de
socialização.
D. São atividades culturais, que possuem características comuns a intenção de expressão e
comunicação. Utilizam-se atividades para incentivar o refinamento dos movimentos, da localização
espacial e expressão corporal, por meio do lúdico.
E. São atividades lúdicas, esportivas e de entretenimento, utilizado nos momentos livres. Utilizam-se
como atividades físicas promovendo o lado afetivo, cognitivo, motor e social.

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