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Tema 3 - Habilidades e Competências Complexas da Prática Profissional do Psicólogo

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DESCRIÇÃO
Competências e habilidades necessárias à prática profissional do psicólogo e sua relação com
sujeitos e contextos.
PROPÓSITO
A Psicologia é uma ciência multifacetada, portanto, conhecer as possibilidades e os limites do
fazer do psicólogo torna-se essencial para o alinhamento com as demandas do mercado de
trabalho e a inserção do profissional em diversas áreas de atuação.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
Analisar as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) do curso de Psicologia
MÓDULO 2
Identificar competências e habilidades necessárias ao psicólogo empreendedor
MÓDULO 3
Avaliar possibilidades de atuação do psicólogo em equipes multidisciplinares
MÓDULO 4
Reconhecer situações de desigualdades e violação dos direitos humanos
INTRODUÇÃO
A Psicologia é uma ciência que permite ao profissional muitas possibilidades de atuação, pois
relaciona-se com várias áreas, como a clínica, a hospitalar, a jurídica, a escolar, entre outros
contextos. Tal diversidade coloca você diante de múltiplos caminhos, o que demandará a sua
atenção especial no planejamento e desenvolvimento de sua carreira. Esse investimento
passa, inevitavelmente, pelo conhecimento da profissão e do mercado de trabalho em que ela
está inserida.
Assim, neste conteúdo, convidamos você a refletir e dialogar sobre as normas e regras da
profissão que escolheu, além de identificar os caminhos necessários para atuar no mercado de
trabalho.
Nessa caminhada, você acessará a “bússola de carreira”, ferramenta desenvolvida para
auxiliar no planejamento da sua trajetória. Ao desenhar o seu projeto, você logo perceberá que
é fundamental pensar o seu fazer profissional em redes. Assim, não perca de vista a
perspectiva multidisciplinar e foque no desenvolvimento de habilidades socioemocionais.
Antes de iniciar o nosso percurso, é preciso ter atenção para outro ponto não menos
importante e que atravessa toda a temática: os diversos públicos e contextos com os quais
você irá lidar. Nesse sentido, você será orientado a reconhecer e adotar medidas cabíveis para
preservar a autonomia dos sujeitos que estiverem sob os seus cuidados.
MÓDULO 1
 Analisar as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) do curso de Psicologia
DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS
PARA O CURSO DE PSICOLOGIA E AS
COMPETÊNCIAS NA PRÁTICA
PROFISSIONAL
Você conhece as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) da Psicologia? Nesta primeira parte
do conteúdo, você aprenderá a analisá-las e compreenderá a lógica da sua matriz curricular, ou
seja, a importância de percorrer determinadas trilhas de aprendizagem no processo formativo.
O Conselho Nacional de Saúde (CNS), em sua Resolução nº 597, de 13 de setembro de 2018,
cumprindo os dispositivos legais previstos na Constituição Federal de 1988, apresenta
recomendações à proposta de Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) do curso de graduação
em Psicologia. Anteriores a essas recomendações, temos as DCN de 2011, que a partir da
Resolução CNE/CES nº 5, de 15 de março de 2011, publicada no Diário Oficial da União de 16
de março de 2011, passou a instituir as DCN para muitos dos cursos de graduação em
Psicologia ainda vigentes.
Neste conteúdo, apresentaremos especialmente as DCN de 2018 e, quando for necessário,
faremos observações que permitam comparar e entender as particularidades de cada uma.
Para compreender o porquê das DCN, é importante checar os objetivos da referida resolução
nº 597, conforme descrito a seguir:
A PRESENTE PROPOSTA VISA O FORTALECIMENTO
DOS PRINCÍPIOS FUNDANTES E ORIENTADORES DE
UMA FORMAÇÃO QUE CONTEMPLE A PLURALIDADE,
A COMPETÊNCIA E O COMPROMISSO COM O
APERFEIÇOAMENTO DA SOCIEDADE, PAUTADA
NUMA PERSPECTIVA DE DIREITOS CIDADÃOS
PLENOS. O CARÁTER HÍBRIDO E PLURAL DA
PSICOLOGIA EFETIVA-SE EM UMA PROPOSTA DE
FORMAÇÃO GENERALISTA, CRÍTICA, REFLEXIVA,
ÉTICA E TRANSFORMADORA, QUE CONTEMPLA O
CARÁTER MULTIFACETADO DA CIÊNCIA
PSICOLÓGICA, APONTANDO UMA DIVERSIDADE DE
POSSIBILIDADES TANTO NO QUE SE REFERE ÀS
SUAS BASES EPISTEMOLÓGICAS E
METODOLÓGICAS, QUANTO ÀS SUAS ÁREAS DE
ATUAÇÃO.
(BRASIL, 2018, p. 199)
Para além de aportes teóricos e inserção do psicólogo nas mais diversas áreas de atuação, é
preciso levar em conta a necessidade de aproximação de outros saberes relacionados ao
nosso fazer profissional, em perspectiva transdisciplinar, assim como as políticas públicas que
o atravessam. Dessa forma, a formação em Psicologia considera desde o início formatos de
integração teórico-prática e caminha na direção de olhar o sujeito como um ser
biopsicossocial.
BIOPSICOSSOCIAL
Modelo que considera o sujeito desde uma perspectiva biológica, psicológica e social, em
contraposição ao modelo biomédico que apenas considera os fatores biológicos.
A seguir você acessará os pontos principais dessa Resolução, mas lembre-se da importância
de conhecer o documento na íntegra, pois ele é um norteador para a sua formação acadêmica,
além de respaldar a sua prática profissional em um futuro breve.
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EIXOS ESTRUTURANTES DO CURSO DE
PSICOLOGIA
Para começar, o que o curso de Psicologia assegura ao estudante?
O curso promove uma formação científica, pautada na ética, na crítica e na reflexão, com
respeito aos direitos humanos e fundamentada no compromisso com a diversidade de
perspectivas epistemológicas e teórico-metodológicas, além de contemplar o diálogo
permanente com diversas áreas do saber que alcancem os fenômenos psicológicos em sua
complexidade e multideterminação.
Os componentes curriculares do curso são pautados em sete eixos estruturantes:
Observe que esses eixos que dão sustentação à formação em Psicologia garantem ao aluno a
apropriação do conhecimento de forma transversal a fim de que ele desenvolva competências
capazes de inseri-lo no mercado de trabalho, de forma segura, ética e socialmente
responsável.
DESENVOLVIMENTO DE COMPETÊNCIAS NA
FORMAÇÃO EM PSICOLOGIA
Para o desenvolvimento das competências, a formação tem caráter generalista e se compõe
de uma base comum, composta de conhecimentos, habilidades e atitudes. Essa base se
complementa a partir da realização de ênfases curriculares. Assim, de acordo com as
recomendações propostas pelas DNC, em seu artigo 9º, ao final do curso, você deverá estar
apto a enfrentar os desafios impostos ao egresso do curso, a exemplo de analisar
possibilidades e limites dos diversos campos de atuação profissional.
Assim, é fundamental compreender o sujeito que busca o serviço do profissional de Psicologia,
em sua integralidade, inserido em contextos de variáveis sociais, econômicas e culturais. Esse
caminho deve estar alinhado à postura ética e responsável no exercício profissional.
 RECOMENDAÇÃO
Ao acolher uma demanda de atendimento psicológico, o profissional deve valer-se de escuta
sensível, a fim de identificar e analisar as necessidades trazidas pelo sujeito, levantar hipóteses
diagnósticas e, quando julgar necessário, fazer uso de instrumentos e técnicas de avaliação,
sempre considerando o indivíduo inserido em um contexto, além de contemplar a perspectiva
de um olhar multidisciplinar.
Durante ou mesmo ao final do processo de acolhimento, orientação, aconselhamento
psicológico, psicoterapia ou mesmo mediação, o profissional da Psicologia deve estar apto a
elaborar registros de evolução do processo e produzir documentos resultantes da prestação de
serviços, como laudos, relatórios e pareceres técnicos.
Você consegue perceber a dimensão e a importância do trabalho do profissional de Psicologia?
A seguir conheceremos algumas especificidades da jornada acadêmica que podem auxiliá-lo
no direcionamento dos estudos e nas escolhas profissionais.
ÊNFASES CURRICULARES
De acordo com o artigo 10 das DNC, a formação em Psicologia contempla o desenvolvimento
de habilidades para produções científicas, metodológicas, sempre inseridas em parâmetros e
critérios da ciência e da ética. O primeiro passo para a produção científica é dado na academia,
quando o estudante estabelece conexões entre o aporteteórico e a realidade do mercado de
trabalho.
Nesse sentido, o curso de Psicologia contempla em seus projetos pedagógicos as ênfases
curriculares que consistem em um subconjunto de saberes e práticas, dentre aqueles que
compõem a base curricular do curso, alinhados com os condicionantes da região, do contexto e
das características da própria instituição. Devem ser oferecidas duas ênfases curriculares, no
mínimo, a fim de possibilitar a escolha por parte do aluno.
 ATENÇÃO
Não confunda ênfase curricular com área de atuação do psicólogo, ou mesmo procedimentos
de trabalho. As ênfases são definidas em termos de processos de trabalho, ou seja, estão
relacionadas à prática dos profissionais da Psicologia.
Dentre os processos de trabalho reconhecidos atualmente, destacam-se os de acolhimento, de
acompanhamento, de avaliação, educativos, formativos, de mobilização social, organizativos,
psicoterapêuticos, investigativos, dentre outros que compõem o fazer do profissional de
Psicologia.
PESQUISA NA FORMAÇÃO EM PSICOLOGIA
A pesquisa deve ser inserida no processo formativo vinculada a atividades de ensino e
extensão que são realizadas no decorrer do curso. Esse formato considera importante o
alinhamento da teoria à prática, além de fomentar no estudante o perfil investigativo.
Características como transversalidade, interdisciplinaridade, criticidade, comprometimento,
bem como elementos que compõem a dinâmica da relação do sujeito com o ambiente que o
cerca, devem ser consideradas quando do desenvolvimento de pesquisas acadêmicas e
científicas.
Vale salientar que os projetos de pesquisa desenvolvidos durante o curso de graduação devem
ser aprovados pelo Conselho de Ética em Pesquisa (CEP) e homologados pela Comissão
Nacional de Ética em Pesquisa (Conep).
ESTRUTURA E METODOLOGIAS
A ESTRUTURA DO CURSO DE PSICOLOGIA É
COMPOSTA POR:
QUANTIDADE DE HORAS
Quatro mil

QUE DEVEM SER CUMPRIDAS
Em, no mínimo, cinco anos

NO FORMATO
Presencial
As atividades acadêmicas são realizadas individualmente e em grupo, visando ao
desenvolvimento de competências e habilidades do aluno alinhado aos saberes e às práticas
necessários ao exercício da profissão.
O uso de metodologias ativas nos contextos educacionais emergiu para fazer frente aos
desafios impostos à educação para o século XXI e tem contribuído bastante para o processo
formativo, uma vez que posiciona o estudante como protagonista no processo de
aprendizagem, estando o docente no papel de mediador/facilitador.
Ressalta-se que não se trata de abandonar por completo os modelos que foram utilizados até
aqui, mas sim de agregar valor a eles. Assim, às metodologias tradicionais somam-se às
metodologias ativas como situações-problema, gamificação, seminários, palestras,
conferências, sala de aula invertida, ensino híbrido, estudos de caso, dentre outras ferramentas
metodológicas e tecnológicas que ampliam e enriquecem as possibilidades de ensino-
aprendizagem, em um formato de rede, viabilizando relações dialógicas permanentes e
promotoras do desenvolvimento de todos os atores envolvidos.
VEJAMOS QUAIS SÃO AS PRINCIPAIS ATIVIDADES
ACADÊMICAS QUE UM ESTUDANTE DE PSICOLOGIA
TERÁ DE DESENVOLVER.
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO (TCC)
O TCC compõe o rol de atividades acadêmicas da sua formação e pode ser produzido em
diversos formatos, como artigo científico, monografia ou relatório. É preciso esclarecer, no
entanto, que o relatório de estágio não substitui o TCC.
Você se recorda que no início deste conteúdo foram apresentados os eixos estruturantes do
curso de Psicologia? Agora abordaremos as atividades de extensão, que consistem em
práticas interdisciplinares e intersetoriais, envolvendo atores como professores, estudantes e
comunidades, e são propostas com base nos eixos estruturantes.
ATIVIDADES DE EXTENSÃO
As extensões são propostas com o objetivo de fomentar o protagonismo desses atores ―
professores, estudantes e comunidades ― em seus contextos de atuação, de forma articulada
e visando à promoção dos direitos humanos e sociais e à qualidade de vida das populações
atendidas, numa perspectiva de prevenção e cuidado face a situações de sofrimento. Vale
destacar que essas atividades são obrigatórias, realizadas sob supervisão de um docente, e
ocupam 10% da carga horária total do curso sem se sobreporem aos estágios.
ESTÁGIOS OBRIGATÓRIOS
Os estágios obrigatórios são constituídos de atividades práticas, que ocorrem em grau
crescente de complexidade e têm o objetivo de garantir o entrelaçamento entre os
componentes curriculares, as práticas e a demanda do contexto em que a instituição de ensino
está inserida.
Os estágios são estruturados em dois níveis: estágios do núcleo comum (ou estágios básicos)
e estágios específicos. Devem ocupar, no mínimo, de 20 a 25% da carga horária total do curso
e podem ser realizados em campo interno ou externo à instituição. Alguns cursos podem
manter ainda a carga horária total dos estágios curriculares apenas acima de 15%, conforme
orientação das DCN de 2011. Essa é uma das diferenças existentes entre as DCN de 2011 e
as de 2018.
A instituição de ensino deve contemplar em seu projeto de curso, um serviço-escola de
Psicologia, a fim de garantir um espaço adequado para atendimentos, supervisões, bem como
guarda e sigilo dos documentos resultantes dos atendimentos.
A supervisão dos estágios obrigatórios deve ser realizada por docente vinculado à instituição
de ensino, com formação em Psicologia, inscrição ativa e regular no Conselho Regional de
Psicologia (CRP) da jurisdição onde é prestado o serviço, além de qualificação específica na
área de estágio.
ATIVIDADES COMPLEMENTARES
Além de todas as atividades acadêmicas descritas até aqui, o aluno do curso de Psicologia
precisa cumprir certa carga horária com atividades complementares. Ressalta-se que essas
atividades devem ser validadas por uma comissão de docentes, designada pela coordenação
do curso. De acordo com as DNC, cabe à instituição de ensino proporcionar ao aluno suporte,
acolhimento e apoio psicossocial e pedagógico, bem como incentivar a participação nas
discussões sobre a sua formação, bem como a sua organização política.
Nesse caso, o coordenador se encarrega de promover a participação e realização de
atividades como: seminários, congressos, colóquios, oficinas, encontros, festivais, palestras,
exposições, cursos de curta duração, cursos on-line, projetos ligados à prática de consultoria
empresarial, entre outras. Assim, o aluno pode ter uma melhor compreensão das relações
existentes entre a prática social e o trabalho acadêmico, a integração teoria/prática e a
integração universidade/sociedade, de modo a complementar a sua formação.
GESTÃO DO CURSO DE PSICOLOGIA
Toda a estrutura acadêmica apresentada até aqui é gerida pela coordenação do curso de
graduação em Psicologia, e o ocupante do cargo deve ter formação em Psicologia, inscrição
ativa e regular no CRP da jurisdição onde o curso está instalado.
O Projeto Pedagógico de Curso (PPC) é concebido, acompanhado, consolidado e avaliado
pelo Núcleo Docente Estruturante (NDE), que atua também no apoio à gestão.
FORMAÇÃO DE DOCENTES
Dentre as propostas das DCN, está a formação e o aperfeiçoamento do corpo docente do
curso, de forma complementar, com o objetivo de adequar a prática pedagógica às demandas
do mercado, que incluem propostas de educação inclusiva, adaptação ou inserção de novas
tecnologias de ensino-aprendizagem, além de aderência às políticas públicas que
regulamentam a educação superior.
O conteúdo apresentado a você até aqui dá a dimensão do quão rica e complexa é a nossa
área de formação e demonstra como a graduação em Psicologia é amparada por marcos
legais que lhe garantem uma formação segura e de qualidade.
A seguir, apresentaremos ideias e reflexões acerca de estratégias que você pode adotar para
planejar a sua carreira de Psicólogo, focando a sua área de interesse.
AS DIRETRIZES CURRICULARES
NACIONAISDO CURSO DE PSICOLOGIA
Neste vídeo, a especialista Tatiana Oliveira reflete sobre a importância e as características das
DCN de Psicologia, destacando o tempo mínimo de formação, a estrutura do curso e a
relevância dos estágios curriculares.
VEM QUE EU TE EXPLICO!
Ênfases curriculares no curso de Psicologia
Atividades Complementares - definição e importância das Atividades Acadêmicas
Complementares
VERIFICANDO O APRENDIZADO
HABILIDADES SOCIAIS E
EMPREENDEDORISMO
Para tornar-se um profissional bem-sucedido na carreira escolhida, existem alguns passos
importantes para os quais você deverá voltar a sua atenção. Elaborar um planejamento e
estabelecer metas são ações fundamentais para alcançar seus objetivos profissionais. Neste
material, serão apresentadas estratégias importantes e uma bússola de carreira, ferramenta
criada para nortear sua trajetória profissional.
MÓDULO 2
 Identificar competências e habilidades necessárias ao psicólogo empreendedor
Antes de iniciar o percurso, conheceremos uma proposta com três pilares básicos para pensar
o seu projeto de vida: autoconhecimento, conhecimento da profissão e conhecimento do
mercado.
AUTOCONHECIMENTO
Esse pilar ajudará você a conhecer o seu perfil, suas características de personalidade,
identificação com determinadas áreas de atuação e com outras não, bem como o seu
comportamento nas relações interpessoais.
CONHECIMENTO DA PROFISSÃO
Consiste em adentrar o universo da sua área de interesse, ou seja, conhecer as atividades do
cotidiano de trabalho, os principais desafios e as várias possibilidades de investigação.
CONHECIMENTO DO MERCADO
Esse pilar requer de você a capacidade de analisar cenários, conjunturas, condicionantes
econômicos, políticos, sociais, bem como ameaças e oportunidades que se descortinam na
área de atuação que você escolheu.
Agora você consegue perceber a importância de um planejamento bem estruturado e pautado
nesses três pilares?
A seguir, vamos resgatar um pouco da história e, em paralelo, traremos alguns cenários
contemporâneos, para contextualizá-lo e auxiliá-lo na construção da sua bússola de carreira.
PSICOLOGIA 4.0
Você já ouviu essa expressão alguma vez?
Trata-se de uma alusão aos quatro momentos da Revolução Industrial. Quando usamos o
termo “Psicologia 4.0” estamos alinhando a profissão ao contexto atual.
OS QUATRO MOMENTOS DA REVOLUÇÃO
INDUSTRIAL
PRIMEIRA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
Foi marcada pela invenção da máquina a vapor, e a vantagem competitiva foi conferida aos
ingleses.
SEGUNDA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
O mundo contou com a chegada da energia elétrica, e esse período ficou conhecido como
aquele em que emergiu a produção em massa. Nesse contexto, o trabalho em linhas de
montagem e o sistema capitalista ganharam força no cenário econômico mundial.
TERCEIRA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
Ficou marcada pelos processos de automação, ou seja, aconteceu quando houve grande
avanço tecnológico e as máquinas começaram a substituir a mão de obra humana.
QUARTA E ATUAL REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
É aquela caracterizada por um recurso primordial: a informação.
É sobre a Quarta Revolução Industrial que debruçaremos o nosso olhar. Essa é a era da
inteligência artificial, responsável por reduzir ainda mais as diferenças entre homem e
máquina.
O economista Klaus Schwab (2019) apresenta reflexões acerca dos desafios da
contemporaneidade, no que se refere aos avanços tecnológicos e às novas formas de viver em
sociedade, o que requer de cada indivíduo o desenvolvimento de competências, habilidades e
atitudes que favoreçam o seu posicionamento nas mais diversas áreas de sua vida, a exemplo
da sua trajetória profissional. O trecho a seguir confirma essa percepção:
AINDA PRECISAMOS COMPREENDER DE FORMA
MAIS ABRANGENTE A VELOCIDADE E A AMPLITUDE
DESSA NOVA REVOLUÇÃO. IMAGINE AS
POSSIBILIDADES ILIMITADAS DE BILHÕES DE
PESSOAS CONECTADAS POR DISPOSITIVOS MÓVEIS,
DANDO ORIGEM A UM PODER DE PROCESSAMENTO,
RECURSOS DE ARMAZENAMENTO E ACESSO AO
CONHECIMENTO SEM PRECEDENTES. OU IMAGINE A
ASSOMBROSA PROFUSÃO DE NOVIDADES
TECNOLÓGICAS QUE ABRANGEM NUMEROSAS
ÁREAS: INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL, ROBÓTICA,
INTERNET DAS COISAS, VEÍCULOS AUTÔNOMOS,
IMPRESSÃO EM 3D, NANOTECNOLOGIA,
BIOTECNOLOGIA, CIÊNCIA DOS MATERIAIS,
ARMAZENAMENTO DE ENERGIA E COMPUTAÇÃO
QUÂNTICA, PARA CITAR APENAS ALGUNS. MUITAS
DESSAS INOVAÇÕES ESTÃO APENAS NO INÍCIO, MAS
JÁ ESTÃO CHEGANDO A UM PONTO DE INFLEXÃO DE
SEU DESENVOLVIMENTO, POIS JÁ CONSTROEM E
AMPLIFICAM UMAS ÀS OUTRAS, FUNDINDO AS
TECNOLOGIAS DO MUNDO FÍSICO, DIGITAL E
BIOLÓGICO.
(SCHWAB, 2019, p. 11)
E o que a Quarta Revolução Industrial tem a ver com a Psicologia 4.0? É essa relação que
estudaremos a seguir.
ÁREAS DE ATUAÇÃO DO PROFISSIONAL DA
PSICOLOGIA
Até pouco tempo atrás, quando pensávamos em um psicólogo, logo vinha à mente a imagem
de um consultório, com um divã fazendo parte do mobiliário e um paciente falando sobre si e
sobre suas demandas para o psicólogo. O cenário da contemporaneidade não eliminou o
formato clínico tradicional, mas o exercício da profissão de psicólogo ganhou novos contornos
e, concomitantemente, novos desafios, o que demandou o desenvolvimento de novas
competências e habilidades.
Atente para o fato de que esse fenômeno não é exclusivo da Psicologia, está relacionado a
todas as profissões no contexto atual. Assim, ao pensar em sua carreira, é importante investir
na aquisição de novas habilidades. A imagem a seguir apresenta exemplos de habilidades
requeridas pelo mercado de trabalho na contemporaneidade:
 Novas habilidades para o mercado de trabalho.
Considerando que você agora já consegue identificar as habilidades que precisa desenvolver
ao longo do seu processo formativo, vamos fazer uma pausa para uma pequena reflexão em
forma de atividade.
A partir da imagem a seguir e posicionando-se no dia de hoje, faça uma projeção para daqui a
cinco anos e outra para daqui a dez anos. Pergunte a si mesmo: como vejo minha carreira
daqui a cinco anos? E daqui a dez anos? Em seguida faça o mesmo em relação à sua
profissão: como estará a Psicologia daqui a cinco anos? E daqui a dez anos? Faça suas
anotações e guarde-as, pois usaremos em uma atividade mais à frente.
LINHA DO TEMPO RUMO AO ADMIRÁVEL MUNDO 4.0
A Psicologia contempla múltiplas áreas de atuação, e essa diversidade requer dos profissionais
da área um olhar para os espaços de trabalho que vêm emergindo ao longo do tempo. A
urgência do cotidiano nos grandes centros urbanos tem provocado a busca por serviços de
psicologia para o atendimento de demandas pontuais, que sejam solucionadas em curto prazo.
Esse fenômeno tem levado o profissional da Psicologia a se reinventar, a romper paradigmas e
a permitir-se outras formas de prestação de serviço, entretanto, sem deixar de observar as
questões éticas e de respeito aos direitos humanos que lastreiam o seu fazer laboral.
EMPREENDEDORISMO
Podemos entender o empreendedorismo como um processo de criação, inovação e aporte de
novas tecnologias. Pode-se afirmar que esse movimento feito por todos os profissionais da
contemporaneidade confere dinamismo às suas carreiras, além de caracterizar a própria
ressignificação da sua atividade de trabalho.
A seguir, você encontrará algumas áreas de atuação do psicólogo, com atividades
relacionadas, para que constate a diversidade de oportunidades de inserção no mercado de
trabalho. É importante ressaltar que esses são apenas alguns exemplos, mas as possibilidades
de entrelaçamentos com outras áreas do saber ou mesmo de variações dentro da sua prática
profissional são inúmeras.
ÁREAS DE ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO
NEUROPSICOLOGIA
Avaliação neuropsicológica
Acompanhamento de pacientes em processo demencial
Acompanhamento de pacientes com TDAH
Acompanhamento de vítimas de AVC
Estudos de Neuroplasticidade
Estudo das relações do cérebro com o comportamento
Reabilitação Neuropsicológica
PSICOLOGIA AMBIENTAL
Estudo da interação entre as pessoas e o ambiente físico ou natural
Participaçãode planejamento de áreas urbanas
Concepção de equipamentos e áreas de lazer para melhoria da qualidade de vida
Participação de projetos de construção de ciclovias
Busca de sustentabilidade
Acolhimento e acompanhamento de vítimas de desastres ambientais
PSICOLOGIA CLÍNICA
Atendimento individual, de casais, família ou grupos
Elaboração de luto
Psicopatologias
Atendimento on-line
Orientação profissional
Avaliação psicológica
PSICOLOGIA DAS EMERGÊNCIAS E DESASTRES
Acolhimento de vítimas de emergências e desastres
Primeiros cuidados psicológicos
Planos de intervenção
Ações humanitárias
Elaboração de luto
Intervenções em situações de transtorno de estresse pós-traumático
Acolhimento dos profissionais de Saúde que atuam em situações de emergências e
desastres
PSICOLOGIA DO ESPORTE
Acompanhamento do desempenho de atletas de alto rendimento e performance
Preparo emocional para competições / derrotas
Avaliação psicológica
Orientação profissional
PSICOLOGIA DO TRÂNSITO
Avaliação psicológica
Ações educativas
Ações socioeducativas com motoristas infratores, pedestres e ciclistas
Estudo do comportamento no trânsito
Atendimento de profissionais que atuam no trânsito
PSICOLOGIA ESCOLAR E EDUCACIONAL
Planejamento escolar
Educação disruptiva/Metodologias ativas
Desempenho acadêmico
Mediação de conflitos
Formação de docentes
Transtornos de aprendizagem
Orientação profissional
Educação inclusiva
PSICOLOGIA HOSPITALAR
Pré-natal psicológico/Psicologia neonatal
Emergência hospitalar
Equipes multidisciplinares
Psicoprofilaxia cirúrgica
Cuidados paliativos
Morte no contexto hospitalar
Psico-Oncologia
Atendimento em UTI
Reabilitação
Saúde mental
PSICOLOGIA JURÍDICA
Avaliação psicológica de envolvidos em processos
Assessoramento da atividade jurídica
Prevenção e combate à violência
Políticas de cidadania e direitos humanos
Processos de adoção
Atuação na área criminal
Programas de aconselhamento, orientação e encaminhamento
Mediação de conflitos
PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL E DO TRABALHO
Recrutamento, seleção e desenvolvimento de pessoas
Avaliação de desempenho
Clima organizacional
Mediação de conflitos
Liderança desenvolvedora
Orientação de carreira
Motivação
Qualidade de vida no trabalho
Entrevista de demissão
PSICOLOGIA SOCIAL
Atendimento institucional: vulnerabilidade social
Publicidade e propaganda
Atendimento a presidiários
Centros de atendimento a crianças e adolescentes
Atendimento a idosos institucionalizados
Atendimento em ONG
Ensino e pesquisa
PSICOMOTRICIDADE
Educação, reeducação, terapia psicomotora
Auxílio no desenvolvimento, prevenção e reabilitação
Planejamento de atividades das clínicas de reabilitação
Parecer psicomotor
Desenvolvimento de atividades para pessoas com deficiência
Orientações para famílias das pessoas com deficiência
PSICOPEDAGOGIA
Processos de aprendizagem
Garantia da compreensão de conteúdos e facilitação o aprendizado
Detecção de dificuldades e realização das devidas intervenções
Redução de casos de evasão escolar
Empresas: melhoria e assimilação dos conteúdos e performance dos funcionários – RH
Clínicas e consultórios
Atendimento hospitalar – questões ligadas à falta de memória
PLANEJAMENTO DE CARREIRA
Após reunir informações sobre as áreas de atuação do profissional da Psicologia, bem como as
habilidades requeridas no cenário atual e futuro, você está apto a construir o seu plano de
carreira. Retome as anotações que fez na atividade da linha do tempo, pois você precisará
delas para o preenchimento do seu plano.
Este tópico apresenta a ferramenta bússola de carreira, desenvolvida para auxiliá-lo na
estruturação e organização do seu plano de carreira. Ressalta-se que o preenchimento dessa
ferramenta não se esgota em si nem é rígido ao ponto de impossibilitar alterações. Gerir a
carreira é um processo dinâmico, flexível e passível de retirar ou agregar novos elementos, a
todo o momento.
A seguir, são apresentadas as orientações para o preenchimento da bússola de carreira, com
explicações de cada elemento que a compõe. Depois de conhecer os componentes da
ferramenta, escolha uma área de interesse a partir da atividade da linha do tempo que você
elaborou na etapa anterior e, com base nessa escolha, preencha a sua bússola. Se você tem
dúvidas entre duas ou mais áreas de atuação, preencha uma bússola para cada área de
interesse.
CONHECIMENTOS
Nesse campo, você deve colocar todo o aporte teórico-epistemológico e metodológico que
precisará para seguir a área de interesse. Assim, informações como cursos necessários à
atuação, graduação, especializações, mestrado, doutorado, pesquisas, entre outros percursos
do universo do saber.
Para isso, pergunte-se:
Quais os conhecimentos necessários para atuar no campo que escolhi?
Além da graduação, que títulos preciso obter?
Quais são os saberes necessários?
Quais cursos preciso realizar?
HABILIDADES TÉCNICAS
Refere-se ao saber fazer. Esse campo pode ser preenchido com dados relativos às práticas, a
exemplo dos estágios (remunerados ou voluntários), das visitas técnicas, dos grupos de
discussão de casos clínicos, das entrevistas com profissionais mais experientes, dos trabalhos
de campo, entre outras possibilidades de aproximação da aplicação dos conhecimentos.
HABILIDADES SOCIOEMOCIONAIS
Para o preenchimento desse campo, é fundamental você se autoconhecer, ou seja, identificar
quais são os seus potenciais e quais são os seus limites quando se trata de relações
interpessoais.
Nesse caso, pergunte-se:
Para atuar nessa área de interesse, quais ferramentas internas disponho para utilizar a
meu favor?
Quais são os meus limites?
Qual o melhor lugar para trabalhar?
Prefiro um cotidiano de trabalho com atividades em grupo ou me realizo mais trabalhando
isoladamente?
VALORES
Quando viemos ao mundo, o nosso primeiro convívio acontece no núcleo familiar e, aos
poucos, nossas relações sociais vão se intensificando nos mais diversos ambientes de
convívio. A partir dessa díade primária, absorvemos marcas que nos acompanham ao longo do
nosso desenvolvimento e vão se solidificando ou se fragilizando conforme nossas vivências.
Nesse sentido, quando escolhemos uma profissão ou uma área de atuação, essa escolha vem
carregada de simbolismos da nossa história. Ao preencher esse campo, você deve se
questionar: quais valores dentre os que me constituem enquanto sujeito, julgo
importantes e potencializadores para a minha performance profissional?
NETWORKING
Ao ingressar no universo acadêmico, você se depara com inúmeros desafios e possibilidades
de crescimento. Quando despertar o interesse por determinada área, busque aprofundar-se
não apenas nos conhecimentos teóricos, ainda que sejam fundamentais para a sua formação.
Esteja atento ao cotidiano de trabalho dos profissionais que atuam na sua área de interesse.
Verifique quem é o profissional referência na área em questão, estabeleça conexões,
demonstre desejo em seguir os seus passos, marque uma conversa com ele, diga-lhe do seu
interesse, solicite a ele a oportunidade de realizar um estágio, mesmo que não seja
remunerado. Fazer networking é estabelecer relacionamentos que farão parte da sua
trajetória profissional.
MERCADO
Analisar cenários econômicos, sociais, políticos o coloca alguns passos adiante e lhe confere
um diferencial competitivo enquanto profissional. Ao fazer esse movimento, você consegue
identificar as ameaças e as oportunidades que o mercado está sinalizando. Assim, ao
conhecer as ameaças, você pode se antecipar para minimizar os impactos em sua atividade.
Acerca das oportunidades, quando você capta esse sinal do mercado, consegue aproveitá-las
a seu favor.
Um exemplo claro de análise de cenário foi vivenciado pelos profissionais de Psicologia
durante a pandemia da covid-19: de repente, em duas semanas, todos nós fomos levados ao
isolamento social e, aqueles que se anteciparam, conseguiram transformar a ameaça em
oportunidade, por meio doatendimento on-line, que se impôs por uma necessidade, mas agora
faz parte dos serviços prestados por nós.
TENDÊNCIAS DA ÁREA DE ATUAÇÃO
Para preencher esse campo, você deve posicionar a sua profissão no mercado. Mais uma vez,
retome as anotações que realizou na atividade da linha do tempo e observe como você vê a
Psicologia hoje, daqui a cinco anos e daqui a dez anos. Essa análise deve ser realizada,
tomando como base a análise de cenário que você fez no campo mercado e as habilidades
socioemocionais identificadas em você e que dão conta de seus limites e potenciais. Ao situar
a Psicologia dentro dessa lógica dinâmica, você terá a chance de se posicionar enquanto
profissional também. Por exemplo, há determinadas áreas da Psicologia que, em decorrência
de pesquisas, estudos, condicionantes ambientais e mudanças de comportamento, têm
ganhado relevo e provocado maior demanda por parte dos usuários dos nossos serviços.
Estarmos atentos a esse movimento também contribui para bons resultados na carreira.
ATUALIZAÇÕES
Quando iniciamos a nossa vida de estudantes, desde a mais tenra idade, não nos damos conta
de que ali tem início uma jornada que percorrerá todas as fases do nosso desenvolvimento.
Então, ao concluir a graduação, é necessário zelar pela qualidade da nossa carreira. Atentar
para o campo atualizações na bússola de carreira implica identificar pontos a aprimorar no
seu desempenho.
Essas lacunas podem ser preenchidas de variadas formas: participação em congressos,
palestras, debates, mesas redondas, formações, eventos de curta duração, mas suficientes
para apontar caminhos e dar respaldo para as tomadas de decisão.
Agora é a sua vez! A bússola de carreira consiste em um círculo dividido em oito partes, cada
uma delas alusiva a um segmento do seu projeto de vida, que você poderá preencher
conforme as orientações anteriores. Lembre-se: essa é uma ferramenta dinâmica, que pode
sofrer alterações por exclusão ou inclusão de novos elementos, durante a sua trajetória
profissional. Ela funcionará como um norte para o seu processo formativo e o fato de ter todas
as informações reunidas em um só instrumento ajudará você a se organizar e tomar as
melhores decisões.
BÚSSOLA DE CARREIRA
Neste vídeo, a especialista Tatiana Oliveira reflete sobre a importância e a utilidade de planejar
a sua carreira, bem como sobre as particularidades da Psicologia como profissão e seu
mercado de trabalho para o preenchimento da bússola de carreira proposta.
VEM QUE EU TE EXPLICO!
O entendimento da Psicologia 4.0
Áreas de atuação do profissional da Psicologia – mercado de trabalho do psicólogo na
contemporaneidade
VERIFICANDO O APRENDIZADO
MÓDULO 3
 Avaliar possibilidades de atuação do psicólogo em equipes multidisciplinares
O TRABALHO MULTIDISCIPLINAR NAS
DIVERSAS ÁREAS DE ATUAÇÃO
Kurt Lewin (apud SCHOSSLER; CARLOS, 2006), ao conceber a teoria do campo, afirma
que todos os momentos de nossas vidas ocorrem no interior de grupos, cuja característica
essencial que os define é a interdependência de seus membros, ou seja, não importa a soma
das características dos membros, mas a resultante do processo que ali ocorre.
Quando batemos um bolo, misturamos todos os ingredientes e, depois de pronto, o que temos
é a resultante do processo da forma como foi definida por Kurt Lewin, ou seja, não
identificamos os ingredientes separadamente, mas saboreamos o resultado da mistura.
Ao atuarmos em equipes de Saúde, é fundamental nos percebermos como o bolo pronto, isto
é, como resultante do processo e não como parte separada, pois apenas dessa forma
conseguiremos alcançar a dimensão biopsicossocial dos sujeitos que demandam os nossos
serviços.
Nesse sentido, o nosso fazer profissional deve estar coordenadamente entrelaçado com outros
campos do saber, lançando um olhar para o sujeito inteiro, numa perspectiva de clínica
ampliada.
Nos tópicos a seguir você avaliará as múltiplas possibilidades de atuação em equipes de
Saúde e dará conta de que a resultante de um processo de acolhimento, diagnóstico e
intervenção é mais exitosa quando percebida sob diversos olhares e perspectivas do saber.
CENÁRIOS EM ATENÇÃO À SAÚDE
A fragmentação disciplinar do conhecimento em especialidades e subespecialidades está
alinhada ao modelo biomédico que já deu indicativos de ineficácia, tendo em vista a
centralização do atendimento do indivíduo em uma única área do saber, além de evidenciar as
patologias e não o sujeito em sua integralidade.
A percepção fragmentada do demandante dos serviços de Saúde tem sua origem em um viés
equivocado que se direciona ao conceito de saúde, ou seja, em acreditar que é possível
alcançar o bem-estar absoluto, que não reconhece saúde e doença como processos que fazem
parte da vida de todos nós.
A distorção no conceito de saúde parece atender a interesses que se afastam do bem-estar
dos indivíduos. A indústria farmacêutica, por exemplo, não deseja uma sociedade saudável,
porque dessa forma estaria desejando a sua sucumbência.
O contexto contemporâneo acaba por fortalecer essa fragmentação. Não raro, deparamo-nos
com situações em que os indivíduos têm dificuldade de enfrentar perdas e frustrações e, por
essa razão, acabam tendo que lidar com um vazio existencial sem precedentes. Estando nessa
condição, esses indivíduos perdem a capacidade de questionar a própria realidade e
ingressam em uma busca frenética para preencher o que lhes falta, não havendo possibilidade
de admitir a existência da doença.
O documentário SOS Saúde , do cineasta Michael Moore, lançado em 2007, aborda o
sucateamento do sistema de Saúde nos Estados Unidos e faz um comparativo com outros
países que entendem o conceito de saúde de maneira diferenciada, observando todos os
fatores condicionantes que estão no entorno da vida humana, isto é, considerando a
perspectiva de um sujeito biopsicossocial, inserido em um contexto econômico, social, político
e cultural. O filme nos convida a uma reflexão acerca do quão frágil se torna o sistema de
Saúde quando coordenado sob um olhar unidirecional.
Nesse sentido, compreender que a dor, o sofrimento, a perda são de fundamental importância
para a ressignificação de trajetórias de vida já implica um avanço na direção de conceber
saúde e doença como processos dinâmicos, em movimento constante, cuja característica
principal é a instabilidade.
NÍVEIS DE ATENÇÃO À SAÚDE
O sistema de Saúde do Brasil apresenta composição hierarquizada, e os serviços são
prestados conforme o grau de complexidade de cada caso. Esse formato organiza o acesso
aos serviços de Saúde desde atendimentos ambulatoriais até aqueles que requerem
especialidades ou maior nível de tecnologia. Assim, o nível de atenção é reconhecido de
acordo com o direcionamento do paciente, por um sistema de regulação.
ATENÇÃO PRIMÁRIA
É o nível em que ocorre o primeiro contato com o usuário; é considerado de alta
complexidade, baixo incremento tecnológico e é o de maior frequência de demanda. A alta
complexidade se deve ao fato de que é nesse nível de atenção que há maior exigência de
habilidades e coordenação das equipes.

ATENÇÃO SECUNDÁRIA
É o nível em que se inicia o direcionamento para as especialidades e subespecialidades; é de
complexidade e incremento tecnológico intermediário.

ATENÇÃO TERCIÁRIA
O terceiro e último nível de atenção é o terciário, que requer alto incremento de tecnologia.
O trabalho nos níveis de atenção demanda coordenação de excelência, e a atuação em
equipes respalda os atores intervenientes. No tópico a seguir, você conhecerá as
possibilidades de configurações das equipes de Saúde.
PROCESSOS EM EQUIPES DE SAÚDE
Os processos em equipes de Saúde acontecem segundo estratégias de integração disciplinar,
cujo objetivo é reunir possibilidades de produção de conhecimento, para acolhimento,
diagnóstico e intervenção voltados para os usuários que demandam tais serviços. Sua
configuração pode ser multidisciplinar, pluridisciplinar,interdisciplinar e transdisciplinar
(JANTSCH; BIANCHETTI, 2000). Vale ressaltar que qualquer campo do saber é passível de
contemplar graus de interação maiores ou menores. Essa dinâmica fortalece a visão de
integralidade do sujeito.
O esboço gráfico de configurações de equipes, proposto por Jantsch e Bianchetti (2000),
exposto a seguir, apresenta a dimensão das possibilidades estratégicas de integração entre
equipes, que vão desde atividades justapostas, sem enriquecimento explícito dos saberes
envolvidos, passando por interações centralizadas, interações mais articuladas, até chegar ao
formato que vislumbra interações recíprocas, com conexões em rede inseridas em um sistema
total, que é o transdisciplinar:
 Configurações de equipes.
Ressalta-se que o modelo transdisciplinar não tem o objetivo de se sobrepor aos outros
modelos. Observe que a diferença está nas relações, que são mais abertas, propiciando dessa
forma um aumento exponencial nas possibilidades de ampliar o conhecimento, agregando
valor ao fazer profissional de cada um. Os incrementos tecnológicos da contemporaneidade
favoreceram sobremaneira essas conexões. Paralelo a isso, hoje lidamos com uma gama de
informações e com níveis de complexidade cada vez mais altos que atuar em rede de forma
colaborativa tornou-se uma questão de sobrevivência.
Observe a seguir o poema Por quem os sinos dobram , escrito pelo poeta inglês John Donne
em 1624, e reflita acerca da importância do outro em nossa vida pessoal ou profissional:
O caminho tomado pela ciência na contemporaneidade nos conduz ao entendimento de que
fazemos parte de um todo, e esse todo não existiria sem uma das partes que o compõe, por
menor que ela seja. Nesse sentido, ao lançar o olhar sobre as possibilidades de atuação em
equipes de Saúde, lembre-se da importância do seu trabalho e da importância do trabalho de
seus pares; mas, acima de tudo, lembre-se de que há um sujeito inteiro, inserido em um
contexto que espera que você o perceba como tal.
Até aqui você estudou sobre os processos em equipes de Saúde, mas provavelmente ficou
com a impressão de que esses formatos de equipes estão mais adequados para unidades de
Saúde, como hospitais, unidades básicas de Saúde, em outras palavras, locais com boa
estrutura que possibilite essa interconexão que acabamos de relatar, correto?
Você se lembra da bússola de carreira que construiu no módulo anterior? Ela pode auxiliá-lo no
caminho de estabelecer conexões que possibilitem formatos transdisciplinares, mesmo que
você atue em consultório particular. Quando você for demandado para a prestação de serviços
psicológicos, é importante que tenha um bom networking, que atue de forma colaborativa, pois
dessa maneira poderá formar uma rede de conhecimentos compartilhados, e o paciente/cliente
será contemplado em sua integralidade.
Veja o exemplo de caso clínico (fictício), elaborado para auxiliar você na compreensão da
importância de uma equipe transdisciplinar:
SUPONHA QUE VOCÊ RECEBEU UMA DEMANDA DE
AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA DE UM ADOLESCENTE DE
15 ANOS, QUE APRESENTA QUEIXA DE MUITA
SONOLÊNCIA, EMBOTAMENTO AFETIVO SEM CAUSA
QUE O JUSTIFIQUE, GANHO DE PESO
CONSIDERÁVEL NOS ÚLTIMOS 6 MESES, DESÂNIMO
PARA AS ATIVIDADES COTIDIANAS E
AGRESSIVIDADE NO AMBIENTE FAMILIAR. AO
INICIAR A ANAMNESE, NO RELATO DA GENITORA,
QUE O ACOMPANHOU NA PRIMEIRA SESSÃO, FOI
ESTABELECIDA RELAÇÃO DA MUDANÇA DE
COMPORTAMENTO COM O FATO DE O FILHO TER
MUDADO DE ESCOLA NO MEIO DO SEMESTRE,
MOTIVADA POR DIFICULDADES FINANCEIRAS NA
FAMÍLIA. A GENITORA COMENTOU SOBRE O SÚBITO
AUMENTO DE PESO DO FILHO. VOCÊ QUESTIONA SE
O JOVEM SE SUBMETEU A EXAMES DE
LABORATÓRIO NO ÚLTIMO MÊS, A FIM DE
INVESTIGAR AS CONDIÇÕES DE SAÚDE FÍSICA DELE,
QUANDO ELE RESPONDE NEGATIVAMENTE. NESSE
MOMENTO VOCÊ, QUE FAZ PARTE DE UMA EQUIPE
TRANSDISCIPLINAR, LEMBROU-SE DE UM CASO
SEMELHANTE, QUE OCORREU COM UMA JOVEM E O
ENDOCRINOLOGISTA QUE FAZ PARTE DA EQUIPE
HAVIA SINALIZADO QUE A MUDANÇA DE
COMPORTAMENTO DA JOVEM FOI PROVOCADA POR
UMA DISFUNÇÃO NA TIREOIDE E QUE A SITUAÇÃO
DE NORMALIDADE SERIA RESTABELECIDA APÓS
INTERVENÇÃO COM MEDICAMENTO E
ACOMPANHAMENTO TERAPÊUTICO E NUTRICIONAL.
COM BASE NESSA INFORMAÇÃO RELACIONADA A
OUTRO CASO CLÍNICO, VOCÊ ENCAMINHOU O SEU
PACIENTE PARA UMA AVALIAÇÃO COM
ENDOCRINOLOGISTA.
Observe que o caso clínico relatado acima demonstra a importância de uma ação coordenada
e colaborativa. Observe que a atuação de um profissional não exclui a de outro; ao contrário, o
paciente, que é visto sob várias vertentes do saber, de forma conjunta, e coordenada, sente-se
mais seguro e acolhido em sua inteireza.
CLÍNICA AMPLIADA
Entende-se por clínica ampliada uma das estratégias da Política Nacional de Humanização.
Ampliar a clínica implica colocar o usuário do sistema de Saúde no lugar de protagonista do
cuidado consigo, por meio do combate à fragmentação do conhecimento, ao foco no
diagnóstico/remediação e à centralidade da figura do médico. O modelo da clínica ampliada
baseia-se no conceito de saúde integral. A passagem a seguir confirma esse entendimento:
PROPOMOS QUE NÃO PREDOMINE NEM A POSTURA
RADICALMENTE ‘NEUTRA’, QUE VALORIZA
SOBREMANEIRA A NÃO-INTERVENÇÃO, NEM
AQUELA, TÍPICA NA PRÁTICA BIOMÉDICA, QUE
PRESSUPÕE QUE O SUJEITO ACOMETIDO POR UMA
DOENÇA SEJA PASSIVO DIANTE DAS PROPOSTAS.
OUTRA FUNÇÃO TERAPÊUTICA DA HISTÓRIA
CLÍNICA ACONTECE QUANDO O USUÁRIO É
ESTIMULADO A QUALIFICAR E SITUAR CADA
SINTOMA EM RELAÇÃO AOS SEUS SENTIMENTOS E
OUTROS EVENTOS DA VIDA (MODALIZAÇÃO).
EXEMPLO: NO CASO DE UM USUÁRIO QUE
APRESENTA FALTA DE AR, É INTERESSANTE SABER
COMO ELE SE SENTE NAQUELE MOMENTO: COM
MEDO? CONFORMADO? AGITADO? O QUE MELHORA
E O QUE PIORA OS SINTOMAS? QUE FATOS
ACONTECERAM PRÓXIMO À CRISE? ISSO É
IMPORTANTE PORQUE, CULTURALMENTE, A DOENÇA
E O CORPO PODEM SER VISTOS COM UM CERTO
DISTANCIAMENTO E NÃO É INCOMUM A PRODUÇÃO
DE UMA CERTA ‘ESQUIZOFRENIA’, QUE LEVA MUITAS
PESSOAS AO SERVIÇO DE SAÚDE COMO SE ELAS
ESTIVESSEM LEVANDO O CARRO AO MECÂNICO: A
DOENÇA E O CORPO FICAM DISSOCIADOS DA VIDA.
NA MEDIDA EM QUE A HISTÓRIA CLÍNICA TRAZ PARA
PERTO DOS SINTOMAS E QUEIXAS ELEMENTOS DA
VIDA DO SUJEITO, ELA PERMITE QUE HAJA UM
AUMENTO DA CONSCIÊNCIA SOBRE AS RELAÇÕES
DA ‘QUEIXA’ COM A VIDA. QUANDO A DOENÇA OU OS
SEUS DETERMINANTES ESTÃO ‘FORA’ DO USUÁRIO,
A CURA TAMBÉM ESTÁ FORA, O QUE POSSIBILITA
UMA CERTA PASSIVIDADE EM RELAÇÃO À DOENÇA E
AO TRATAMENTO.
(BRASIL, 2009, p. 49)
O modelo de clínica ampliada considera os condicionantes que estão no entorno do usuário
dos serviços como: sociais, biológicos, psicológicos, ambientais e políticos, traduzindo-se numa
proposta que está para além dos muros das instituições ou dos consultórios, visto que fortalece
a atenção ao sujeito, não apenas com foco na recuperação ou reabilitação, mas atua também,
e principalmente, na prevenção e na promoção à saúde.
Como funciona a clínica ampliada e qual a sua relação com as equipes de Saúde?
Ao buscar o serviço de Saúde, o indivíduo é acolhido, mesmo que a queixa apresentada não
tenha relação direta com o diagnóstico. Nesse sentido, a escuta qualificada e sensível habilita
o profissional a ouvir o inaudível, ou seja, o que está por trás do que é verbalizado pelo
paciente e do que é percebido diretamente pelo profissional.
A fábula Os sons da floresta (KIM; MAUBORGNE, 1992, p. 86), reproduzida a seguir,
apresenta a dimensão de uma percepção aguçada e de uma escuta sensível, voltada para o
sujeito inteiro:
OS SONS DA FLORESTA
Um rei mandou seu filho estudar no templo de um grande mestre, com o objetivo de prepará-lo
para ser um grande governante.
Quando o príncipe chegou ao templo, o mestre o mandou sozinho para uma floresta. Ele
deveria voltar um ano depois, com a tarefa de descrever os sons da floresta.
Retornando ao templo, após um ano, o mestre lhe pediu para descrever os sons de tudo aquilo
que conseguira ouvir.
Disse o príncipe: "Mestre, pude ouvir o canto dos cucos, o roçar das folhas, o alvoroço dos
beija-flores, a brisabatendo na grama, o zumbido das abelhas, o barulho do vento cortando os
céus".
Ao terminar o relato, o mestre pediu ao príncipe que retornasse à floresta para ouvir todos os
sons possíveis. Apesar de intrigado, o jovem obedeceu. Seguiu pensando: "Acho que já
escutei todos os sons da floresta".
Durante uma semana o rapaz permaneceu sozinho ouvindo, ouvindo, ouvindo... mas não
conseguiu distinguir nem um som novo, além dos sons mencionados ao mestre. Então, certa
manhã, começou a distinguir sons vagos, diferentes de tudo que já ouvira antes. Quanto mais
atenção prestava, mais claros os sons se tornavam.
Uma sensação de encantamento tomou conta do rapaz. Pensou: "Esses devem ser os sons
que o mestre queria que eu ouvisse". E, sem pressa, ficou ali ouvindo e ouvindo
pacientemente. Queria ter certeza de que estava no caminho certo.
Quando retornou ao templo, o sábio mestre o aguardava. O mestre, então, lhe perguntou o que
mais conseguira ouvir. O jovem foi logo dizendo:
"Mestre, quando prestei mais atenção, pude ouvir o inaudível som das flores se abrindo, o som
do Sol aquecendo a Terra e da grama bebendo o orvalho da manhã.
O mestre sorriu: seu discípulo estava pronto!
(KIM; MAUBORGNE, 1992, p. 86)
Quando o sujeito se posiciona como protagonista dos cuidados com a sua saúde, ele é
partícipe do processo e atua junto com a equipe de profissionais, na evidência de causas do
adoecimento, ou mesmo no direcionamento de possibilidade de prevenção ou promoção da
saúde. Vale ressaltar que o diagnóstico e a medicação são contemplados na clínica ampliada,
mas não são totalizantes, porque, como já abordamos, sai de cena a centralidade do médico.
As equipes de Saúde manejam a abordagem por meio da investigação de condições de vida
do sujeito e configurações familiares, realização de grupos terapêuticos, práticas de atividades
físicas, manualidades, recreações, dentre muitas atividades interativas que, a partir de recursos
simbólicos, possibilitam a emergência de conteúdos para serem elaborados.
A seguir, são apresentados alguns benefícios da clínica ampliada:
Melhorias na saúde como um todo.
Protagonismo do paciente no cuidado da saúde — autonomia e responsabilidade.
Desenvolvimento de estratégias para mais qualidade de vida.
Equipes de Saúde especializadas em diversas áreas.
Maior proximidade na relação entre paciente e profissional de Saúde.
Interações entre profissionais para diagnóstico e proposta terapêutica — convergência de
saberes.
O módulo a seguir tratará da atenção às desigualdades, aos direitos humanos e às diferenças
segundo faixa etária.
A CLÍNICA AMPLIADA E A PRÁTICA DO
PSICÓLOGO.
Neste vídeo, a especialista Tatiana Oliveira reflete sobre a clínica ampliada, como ela surge, a
sua utilidade e a sua importância, seus benefícios e suas implicações na prática do profissional
de Psicologia.
VEM QUE EU TE EXPLICO!
Níveis de atenção à saúde – definição dos níveis de atenção em Saúde
Processos em equipes de Saúde – os processos em equipes de Saúde e as configurações de
equipes, proposto por Jantsch
VERIFICANDO O APRENDIZADO
ATENÇÃO ÀS DESIGUALDADES, AOS
DIREITOS HUMANOS E ÀS DIFERENÇAS
SEGUNDO FAIXA ETÁRIA
QUERO UMA PSICOLOGIA QUE SE METAMORFOSEIE
O TEMPO TODO, ACOMPANHANDO AS MUDANÇAS
MÓDULO 4
 Reconhecer situações de desigualdades e violação dos direitos humanos
DA REALIDADE SOCIAL DE NOSSO PAÍS. NÃO
PODEMOS QUERER UMA PSICOLOGIA QUE SEJA A
CRISTALIZAÇÃO DE UMA MESMICE DE NÓS MESMOS.
(BOCK, 1999, p. 328)
Até aqui você navegou por mares que o levaram a continentes que, ainda que separados,
compõem um todo significativo da sua profissão. Compreender o processo formativo do
psicólogo, sua inserção no mercado de trabalho e as relações que permeiam a sua atuação é
de fundamental importância para uma carreira de sucesso.
Com o objetivo de conferir um encadeamento lógico para a compreensão deste conteúdo,
agora você identificará as interfaces possíveis entre a Psicologia e os condicionantes sociais e
econômicos que se apresentam como determinantes na vida de cada sujeito. Em outras
palavras, cabe a nós questionar em que medida a Psicologia está atenta à observância das
desigualdades e do consequente respeito aos direitos humanos.
O FAZER DA PSICOLOGIA FRENTE ÀS
DESIGUALDADES
Antes de iniciarmos a exploração deste tópico, ouça a música Hey Joe , cuja letra se encontra
a seguir, e reflita sobre as conexões possíveis entre os fatores intervenientes nas condições de
desigualdade e desrespeito aos direitos humanos, presentes nas sociedades contemporâneas,
e a nossa prática profissional:
HEY JOE - O RAPPA
Hey Joe 
Onde é que você vai 
Com essa arma aí na mão? 
Hey Joe 
Esse não é o atalho 
Pra sair dessa condição! 
Dorme com tiro acorda ligado 
Tiro que tiro 
Trik-trak boom 
Para todo lado 
Meu irmão, é só desse jeito 
Consegui impor minha moral... 
Eu sei que sou caçado 
E visto sempre como um animal 
Sirene ligada os homi 
Chegando trik-trak 
Boom boom 
Mas eu vou me mandando 
Hey Joe 
Assim você não curte o brilho 
Intenso da manhã 
Acorda com tiro dorme com tiro 
Hey Joe 
O que o teu filho vai pensar 
Quando a fumaça baixar 
Fumaça de fumo 
Fogo de revólver 
E é assim que eu faço
E faço a minha história 
Meu irmão, aqui estou por causa dele
E vou te dizer 
Talvez eu não tenha vida 
Mas é assim que vai ser 
Armamento pesado 
O corpo é fechado 
Eu não quero é mais ver
Mas vai ser difícil me deter 
Hey Joe 
Muitos castelos já caíram 
E você tá na mira 
Hey Joe 
Muitos castelos já, e você tá na mira 
Também morre quem atira 
Menos de 5% dos caras do local 
São dedicados a alguma atividade marginal 
E impressionam quando aparecem nos jornais 
Tapando a cara com trapos 
Com uma Uzi na mão 
Parecendo árabes árabes árabes do caos 
Sinto muito cumpadi 
Mas é burrice pensar 
Que esses caras 
É que são os donos da biografia 
Já que a grande maioria 
Daria um livro por dia 
Sobre arte, honestidade e sacrifício 
Sacrifício... 
Arte, honestidade e sacrifício 
Também morre quem atira
A música Hey Joe retrata uma das facetas de um país rico em desigualdades, que
inegavelmente afetam mais diretamente grupos mais vulneráveis, dos quais fazem parte em
maior número negros, mulheres, índios, imigrantes, desempregados e pessoas com
deficiência. Todos eles compõem o tecido social, cujos fios da trama se entrelaçam e o tornam
impermeável, impedindo o acesso ao mínimo do que lhes é de direito: comida, saúde,
educação, segurança.
A dinâmica intensa e perversa que dá forma a esse cenário provoca danos de proporções
estruturais e revela a ausência do Estado no seu papel de regulador e promotor do estado de
bem-estar social.
O modelo econômico do neoliberalismo, presente na maioria das nações de sistema capitalista,
tem como premissa básica a atuação do mercado em uma livre concorrência. Nas economias
desenvolvidas, em determinadas situações, quando o estado de bem-estar social mostra-se
vulnerável, o Estado entra em cena, como ente regulador, até que o equilíbrio seja
restabelecido. Um exemplo recente desse cenário ocorreu durante a pandemia da covid-19, em
que um grave problema de saúde ameaçou a ordem. Nessa situação, muitos Estados agiram,
visando amparar a população com recursos econômicos e de biossegurança, a fim de proteger
a vida de seus cidadãos e atuar na busca da situação de normalidade.
No cenário brasileiro, um país em desenvolvimento, observou-se que a emergência de outras
questões de ordem econômica, política e social conduziu o país ao aumento das
desigualdades, tornando crônicas situações vivenciadas pela população e evidenciando um
quadro de mazelas sociais sem precedentes.
Observa-se que o país possui marcos legais que dão sustentação às políticas públicas
voltadas para a redução dessas desigualdades, no entanto a sua aplicação mostra-se frágil, o
que abre espaço para corrupção, violência, adoecimento da população, falta de acesso à
educação, aumentando cadavez mais o abismo que separa ricos e pobres.
PSICOLOGIA E DIREITOS HUMANOS
Você conhece a Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH)? Como ela foi
concebida?
TODOS OS SERES HUMANOS NASCEM LIVRES E
IGUAIS EM DIGNIDADE E EM DIREITOS. 
 
TODO SER HUMANO TEM CAPACIDADE PARA GOZAR
OS DIREITOS E AS LIBERDADES ESTABELECIDOS
NESTA DECLARAÇÃO, SEM DISTINÇÃO DE
QUALQUER ESPÉCIE, SEJA DE RAÇA, COR, SEXO,
IDIOMA, RELIGIÃO, OPINIÃO POLÍTICA OU DE OUTRA
NATUREZA, ORIGEM NACIONAL OU SOCIAL,
RIQUEZA, NASCIMENTO OU QUALQUER OUTRA
CONDIÇÃO. 
 
TODO SER HUMANO TEM DIREITO À VIDA, À
LIBERDADE E À SEGURANÇA PESSOAL.
(DECLARAÇÃO..., 2009, p. 4-5)
Os três parágrafos mencionados são fragmentos da Declaração Universal dos Direitos
Humanos. Vamos conhecer um pouco da sua história e as motivações da sua construção.
A vida em sociedade necessita de normas e valores que organizem as relações humanas e
possibilitem a convivência harmônica entre os povos. A inexistência dessas normas nos
posicionaria no mesmo patamar dos nossos longínquos ancestrais, os quais, nos tempos da
barbárie, lutavam pela sobrevivência e muitas vezes eram levados a ceifarem a vida de seus
semelhantes, como solução para os conflitos.
Os direitos humanos consistem em normas que garantem aos humanos direitos
considerados inalienáveis, como o direito à vida, à liberdade, à justiça, à igualdade, aos
quais fazemos jus desde que nascemos.
 ATENÇÃO
Nem sempre foi assim. A nossa história só passou a contar com a observância dos direitos
humanos a partir do século XX, quando a humanidade se deparou com os horrores praticados
nas guerras mundiais.
Foi então que, após a Segunda Guerra Mundial, em 1945, foi criada a Organização das
Nações Unidas (ONU), instituição composta por 50 países, dentre os quais está o Brasil, com o
objetivo de manter a paz e a segurança mundial. Com base nessas premissas, em 1948, a
Assembleia Geral das Nações Unidas, em sua Resolução nº 217, elaborou a Declaração
Universal dos Direitos Humanos (DUDH), tida como um marco importante para o Direito
Internacional, visto que estabelece princípios e valores universais a serem respeitados por
todos os povos.
Afinal, o que a Psicologia tem a ver com os direitos humanos? Qual é a parte que lhe cabe?
Você sabia que a Declaração Universal dos Direitos Humanos é a base do código de ética da
nossa profissão? Ela é referência fundamental para a nossa prática. É o nosso horizonte ético.
Agora você percebe a dimensão do nosso trabalho? A Psicologia precisa legitimar o seu lugar
de compromisso social e esse passo depende de cada um de nós, à medida que lançamos um
olhar para além do espaço circunscrito ao atendimento do sujeito que busca os serviços da
Psicologia. Assim, faz-se necessário o posicionamento crítico e atuante nos diversos espaços
de inserção do fazer da Psicologia.
A Comissão de Direitos Humanos do Conselho Federal de Psicologia (CFP), órgão
representante da nossa categoria profissional, tem como principais objetivos e atribuições:
Fomentar o debate contínuo acerca dos direitos humanos, durante e após o processo
formativo do profissional da Psicologia.
Avaliar processos excludentes e o sofrimento psíquico deles decorrentes.
Engajar-se nos desafios para garantia do respeito aos direitos humanos e apoiar
movimentos nessa direção, no Brasil ou em âmbito internacional.
Buscar soluções para os casos de omissão do Estado, no que se refere ao respeito aos
direitos humanos.
Observe o alinhamento da nossa prática profissional com a observância dos direitos humanos.
Essa comissão prioriza quatro eixos de ação, pautados no acolhimento, no cuidado e na
prevenção, e difunde essa estratégia por todo o território nacional mediante as representações
regionais, que ficam a cargo dos Conselhos Regionais de Psicologia (CRP). Confira a seguir
quais são esses quatro eixos de ação:
O tópico a seguir apresenta algumas possibilidades de inserção da Psicologia em atividades
que objetivam garantir os direitos humanos e reduzir as desigualdades.
A PSICOLOGIA EM PROL DA GARANTIA DOS
DIREITOS HUMANOS
SE PODES OLHAR, VÊ. SE PODES VER, REPARA.
(SARAMAGO, 1995, p.9)
Situações de vulnerabilidade colocam seres humanos diante da possibilidade de terem a sua
vida ameaçada ou mesmo as condições que garantem o mínimo de estabilidade para a
sobrevivência. Há muitas possibilidades de atuação do psicólogo, nos mais diversos contextos
e voltadas para diferenciados públicos.
A frase de autoria de José Saramago traduz a necessidade de entrega do profissional da
Psicologia em sua trajetória profissional. Essa entrega refere-se ao desnudar-se de si, do
arcabouço teórico que trouxe da academia, das ambições profissionais, do caminho de
sucesso traçado nos planos e estar de corpo e alma presentes, disponível para aquele sujeito
que demanda simplesmente o seu acolhimento e o seu olhar.
De acordo com Freire (2003, p. 14), o trabalho do psicólogo no atendimento aos usuários que
demandam seus serviços, assemelha-se a uma “hospitalidade oferecida aos habitantes de um
mundo inóspito”. Observe a poesia contida no olhar do autor ao referir-se ao processo de
atendimento:
OFERECER UM LUGAR PARA O OUTRO ― LUGAR
ESTE QUE DESDE SEMPRE JÁ SERIA DELE ―,
ABRINDO PORTAS E JANELAS PARA SUA VISITAÇÃO,
OFERECENDO O MELHOR CÔMODO, GARANTINDO-
LHE UM ESPAÇO DE HABITUALIDADE, OU SEJA, UM
ETHOS , UMA MORADA CONFIADA E SERENA ONDE
ELE POSSA RENOVAR-SE PARA RETORNAR SUAS
DORES NO MUNDO.
(FREIRE, 2003, p.14)
Assim, é possível constatar a importância da atuação do profissional da Psicologia em
contextos de vulnerabilidade, nos quais os indivíduos têm ameaçada a garantia dos direitos
humanos. A seguir, encontram-se relacionadas algumas possibilidades de atuação em
situações de desigualdades, vulnerabilidades e consequente risco de violação aos direitos
humanos:
PSICOLOGIA DAS EMERGÊNCIAS E DESASTRES
As mudanças climáticas, que têm ocupado os pesquisadores nas últimas décadas, têm causas
que se originam de fenômenos naturais, mas também, e principalmente, decorrem da ação
humana. Tais eventos têm ganhado relevância social e científica. Uma nova área da Psicologia
vem sendo requisitada para o atendimento das vítimas e, com isso, temos a Psicologia das
Emergências, cuja premissa de trabalho está voltada para a emergência do humano. Em
outras palavras, a atuação ocorre onde há sofrimento humano decorrente dessas catástrofes,
com o objetivo de reduzir os seus efeitos desastrosos. O profissional atua como parte
integrante da equipe da Defesa Civil e foca o seu trabalho não apenas na resposta e na
recuperação, mas também na preparação e na prevenção.
TRABALHOS EM CONTEXTOS DE AÇÕES
HUMANITÁRIAS
A atuação em contextos de ajuda humanitária, a exemplo do trabalho realizado pela
organização Médicos sem Fronteiras, nos conduz a pensar em um trabalho de que viabilize o
provimento de alimentos, moradia e atendimento para as dores físicas. É importante ressaltar a
importância do atendimento psicológico para cuidar das dores de alma, de pessoas que estão
submetidas a condições de miséria humana, com perda de dignidade e desvalorização da vida.
TRABALHOS COM MULHERES VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA
DOMÉSTICA
Um recorte possível para atuação do profissional da Psicologia nos casos de violência
doméstica pode se voltar para o acolhimento de mulheres vítimas de violência física,
psicológica, sexual, financeira, entre outras formas que acabam por tirar a sua autonomia e
poder de decisão sobre a própria vida. A independência financeira pode ser o primeiro passo
para encorajar as mulheres a saírem de situações de violência. E como a Psicologia pode
auxiliar nessas situações? Um processo de orientação profissional, por exemplo, pode
apresentar às vítimas possibilidades de inserção no mercado de trabalho e consequente
liberdade de escolha sobre os caminhos a seguir.
TERAPIA DE GRUPO COM IDOSOS
A conjuntura contemporânea traz em seu cenário o fenômeno de aumento da longevidade
atrelado aoincremento de tecnologia. Dados do IBGE de 2013 revelam, numa projeção até
2030, uma inversão na relação entre taxa de fecundidade e taxa de envelhecimento, o que
aponta para um crescimento da população idosa e, concomitantemente, a demanda por
serviços de equipes de Saúde que atendam esse público. Nesse caso, o trabalho do
profissional de Psicologia volta-se para a promoção de um envelhecimento autônomo,
colocando o idoso na posição de protagonista de sua história, minimizando os condicionantes
que ameacem os seus direitos humanos.
Apresentamos aqui alguns exemplos de trabalhos que podem ser desenvolvidos por
psicólogos, fazendo frente à redução das desigualdades e potencializando a proteção aos
direitos humanos. Salientamos que o campo é muito vasto e rico de possibilidades, podendo se
estender a públicos e contextos variados.
Agora é a sua vez. Pesquise, reúna informações, explore possibilidades de caminhos a serem
seguidos, construa seu plano de carreira e tome decisões que garantam uma trajetória
profissional de excelência.
O PSICÓLOGO FAZENDO FRENTE À
REDUÇÃO DAS DESIGUALDADES
Neste vídeo, a especialista Tatiana Oliveira reflete sobre a importância das ações do
profissional psicólogo e ilustra, em diversos contextos, o enfrentamento às desigualdades e a
prestação de serviço a populações vulneráveis.
VEM QUE EU TE EXPLICO!
Psicologia e direitos humanos
A Comissão de Direitos Humanos do Conselho Federal de Psicologia (CFP)
VERIFICANDO O APRENDIZADO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Retomando o que vimos até aqui, é possível estabelecer conexões entre os pontos abordados,
que trataram da formação profissional do psicólogo e seus marcos regulatórios,
desenvolvimento de habilidades e competências, planejamento de carreira, trabalho em
equipes de Saúde em várias configurações e, finalmente, a observância das desigualdades,
das violação aos direitos humanos e o fazer do profissional da Psicologia inserido nesse
contexto.
CONCLUSÃO
Você teve contato com uma série de informações que têm utilidade prática para a sua trajetória
profissional. Nesse sentido, é importante que você reflita sobre todo o material relativo a essa
temática e construa o seu plano de carreira. Assim você estará apto a adotar estratégias para
tomar decisões mais seguras em relação à sua trajetória.
 PODCAST
Agora, a especialista Tatiana Oliveira encerra o tema falando sobre a diversidade de
habilidades e competências fundamentais na prática do profissional de Psicologia.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
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compromisso social. Estudos de Psicologia, v. 4, n. 2, p. 315-329, 1999. Consultado na internet
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BRASIL. Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. Resolução nº 597, de 13 de
setembro de 2017. Diário Oficial da União: seção 1, Brasília, DF, ano 155, n. 230, p. 199-202,
30 nov. 2018.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Política Nacional de
Humanização da Atenção e Gestão do SUS. Clínica ampliada e compartilhada. Brasília, DF:
Ministério da Saúde, 2009. (Série B. Textos Básicos de Saúde).
CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA. CFP. Cartilha: os direitos humanos na prática
profissional do psicólogo. 2003. Consultado na internet em: 10 ago. 2021.
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FREIRE, J. C. A Psicologia a serviço do outro: Ética e Cidadania na prática psicológica.
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HEY Joe. Intérpretes: Falcão, Marcelo D2. Compositor: Billy Roberts. Versão: Ivo Meirelles,
Marcelo Yuka. In : RAPPA Mundi. Intérprete: Falcão. Rio de Janeiro: Warner Music, 1996. 1
CD, faixa 5.
JANTSCH, A. P.; BIANCHETTI, L. (Orgs.). Interdisciplinaridade: para além da filosofia do
sujeito. Petrópolis, RJ: Vozes, 2000.
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86-7, 28 out. 1992.
ROLLENBERG, M. Nenhum homem é uma ilha. Jornal da USP, abril de 2020. Consultado na
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SARAMAGO, J. Ensaio sobre a Cegueira. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.
SCHOSSLER, A. B.; CARLOS, S. A. Por uma visualização do processo grupal. Psico, v. 37,
n. 2, 2006.
SCHWAB, K. A quarta revolução industrial. São Paulo: Edipro, 2019. Livro eletrônico.
SILVA, D. J. O paradigma transdisciplinar: uma perspectiva metodológica para a pesquisa
ambiental. In : PHILIPPI JUNIOR, A. et al. (Eds.) Interdisciplinaridade em Ciências
Ambientais. São Paulo: Signus, 2000. Consultado na internet em: 24 set 2021.
EXPLORE+
Assista ao filme SOS saúde, em que o cineasta Michael Moore analisa as crises do
sistema de Saúde americano e observa por que milhões de americanos continuam sem
seguro saúde adequado para tratamentos. Ele explica como o sistema se tornou
problemático e visita outros países que recebem tratamentos gratuitos, tais como
Canadá, França e Reino Unido. Disponível no YouTube.
Leia o artigo Âncoras e valores sob diferentes perspectivas da gestão da carreira,
publicado na Revista Brasileira de Gestão de Negócios, v. 18, n. 59, 2016. A pesquisa
realizada pelos autores Rodrigo Cunha da Silva e colaboradores constatou a necessidade
de considerar a análise de características geracionais na proposta de estruturas de
trabalho para profissionais da geração Y. Você pode encontrar o artigo na plataforma
SciELO.
Assista ao vídeo O tecido e o tear, produzido pelo Conselho Regional de Psicologia de
São Paulo e disponível no YouTube, para saber mais sobre a temática dos direitos
humanos na prática profissional do psicólogo.
Consulte o guia Primeiros cuidados psicológicos: guia para trabalhadores de
campo, disponível no site PAHO.
Assista à entrevista realizada por doutor Drauzio Varella a Ionara Rabelo, psicóloga
do Médicos sem Fronteiras (MSF), disponível no canal do médico. Psicólogos são
essenciais para dar suporte ao atendimento direto em áreas de atuação da MSF. A
psicóloga Ionara Rabelo relata suas experiências em missões na Palestina, na Síria e no
Equador, incluindo uma missão de alto risco na Libéria para conter surtos de ebola.
CONTEUDISTA
Tatiana Oliveira

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