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DESCRIÇÃO Conhecimento teórico-prático sobre o estágio em Psicologia, com abordagem em quatro áreas principais: Psicologia Clínica, Psicologia da Saúde, Psicologia Organizacional e Psicologia Escolar. PROPÓSITO As práticas de estágio supervisionado em Psicologia podem ocorrer em diferentes contextos, contribuindo para uma visão mais ampla e ao mesmo tempo especializada da profissão. Essas são experiências muito importantes para o aprimoramento das habilidades técnicas e socioemocionais do perfil profissional do psicólogo. PREPARAÇÃO Antes de iniciar seu estudo, pesquise e acesse a Carta de serviços sobre estágios e serviços- escola, disponível no site do Conselho Federal de Psicologia, para entender mais sobre ética e responsabilidades durante o estágio supervisionado da graduação. OBJETIVOS MÓDULO 1 Reconhecer conceitos teóricos e práticos da Psicologia Clínica aplicadas ao estágio supervisionado MÓDULO 2 Distinguir os cenários de atuação profissional da Psicologia da Saúde dentro do panorama nacional MÓDULO 3 Identificar os aspectos históricos e sua influência na aplicabilidade da Psicologia Organizacional MÓDULO 4 Reconhecer as áreas de atuação e as funções da Psicologia Escolar INTRODUÇÃO O período do estágio supervisionado é muito esperado pelos estudantes de graduação em Psicologia. É um momento de aprimoramento e mediação do conhecimento teórico recebido durante todo o curso, sendo também uma oportunidade de lapidar o perfil profissional com a escuta e a comunicação nos atendimentos práticos. O estágio em Psicologia pode ocorrer em diferentes contextos, como na clínica, na área da saúde, nas empresas e nas escolas. Enfim, o estágio para muitos estudantes de graduação é considerado como um rito de passagem rumo à identidade profissional. Por isso, essa é a sua oportunidade de aprimoramento e constatação da necessidade de ampliação de seu ferramental terapêutico com vivências e estudo contínuo. Que seja esse um tempo de evolução na sua formação em Psicologia. MÓDULO 1 ASPECTOS DA PSICOLOGIA CLÍNICA Você sabia que a Psicologia Clínica está inserida no campo da Psicologia como uma área ligada ao tratamento de problemas humanos complexos? Pois é, a Psicologia Clínica é um ramo da Psicologia que se debruça com interesse no tratamento da doença mental, observa e avalia comportamentos anormais, até problemas psiquiátricos. Essa área tem se tornado uma opção de carreira interessante para psicólogos, pois ela é muito gratificante, apesar de ser desafiadora. Nos dias de hoje, a Psicologia Clínica continua sendo um dos subcampos mais populares dentro da Psicologia. Encontramos na formação de um psicólogo clínico requisitos educacionais e profissionais bastante rigorosos. Os psicólogos clínicos muitas vezes trabalham em instituições, ambientes médicos e consultórios particulares e também em carreiras acadêmicas como professores e pesquisadores de universidades e faculdades. Por outro lado, alguns psicólogos clínicos preferem trabalhar diretamente com os clientes em consultórios, atendendo, muitas vezes, sujeitos que sofrem incômodos e até graves distúrbios psiquiátricos. A Psicologia apresenta uma característica original e extremamente importante para o método científico: a capacidade de integrar a teoria e a prática na sua aplicação. Isso faz com que haja um avanço contínuo no campo da Psicologia. Esse perfil científico aparece principalmente em psicólogos que trabalham como pesquisadores, sendo a pesquisa qualitativa muito presente na área da Psicologia Clínica. Reconhecer conceitos teóricos e práticos da Psicologia Clínica aplicadas ao estágio supervisionado PSICOLOGIA CLÍNICA E SUA EVOLUÇÃO Os documentos indicam que a Psicologia Clínica começou a ser aplicada em 1896, por Lightner Witmer, a partir da abertura da primeira clínica psicológica na Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos. A avaliação psicológica, na primeira metade do século XX, se transformou no tema central da Psicologia Clínica, mas não havia muito interesse e curiosidade sobre o tratamento das patologias. Contudo, a partir da década de 1940, depois da Segunda Guerra Mundial, encontramos uma demanda grande por médicos treinados no mercado, ocasionando um aumento significativo no número de novos profissionais de saúde. Atualmente, os psicólogos clínicos são considerados, na atuação da psicoterapia, como especialistas na aplicação de testes psicológicos e encaminhamento de diagnóstico de doenças mentais (CAMPOS, 1992). Eles geralmente podem atuar em três campos teóricos: PERSPECTIVA HUMANISTA Desenvolvida a partir da obra de pensadores humanistas, tais como Abraham Maslow e Carl Rogers, é focada em temas como a autorrealização. Essa abordagem ajuda as pessoas a atingirem seu potencial pleno, sendo o paciente atendido de forma holística. PERSPECTIVA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL Desenvolvida a partir das escolas comportamentais e cognitivas de pensamento, tem interesse na mudança de pensamentos e comportamentos que contribuem para diminuir o sofrimento psicológico. ABORDAGEM PSICODINÂMICA Surgiu do trabalho do psicanalista Sigmund Freud e da ideação de que a mente inconsciente desempenha um papel importante em nosso comportamento. Essa abordagem utiliza técnicas como a livre associação na investigação da consciência e das motivações inconscientes do paciente. PAPEL DO PSICÓLOGO CLÍNICO E SUAS ÁREAS DE ATUAÇÃO Você gosta de trabalhar com pessoas de modo a auxiliar na promoção de saúde mental, desenvolvimento de potencialidades e poder oferecer suporte no gerenciamento de adaptações mais favoráveis ao bem-estar? Se afirmativo, a Psicologia Clínica pode ser uma excelente escolha para o seu estágio. Existe um enorme campo de atuação para profissionais capacitados nessa área. Como já vimos, a Psicologia Clínica engloba diversos contextos de atuação, que podem incluir desde atendimento para crises de curto prazo, eventos relacionados a rebeldia adolescente ou eventos mais graves de doenças crônicas, como a esquizofrenia. Outros tratamentos podem ser relacionados a problemas específicos, como: traumas, fobias ou depressão clínica, por exemplo. Alguns psicólogos clínicos se concentram em populações específicas, por exemplo, minorias étnicas, jovens e idosos. VOCÊ SABIA Apesar de a Psicologia Clínica ser a área mais escolhida pelos profissionais da Psicologia, inclusive no período de estágio supervisionado, é importante sabermos que o campo de trabalho para psicólogos é amplo, diversificado e está crescendo. Desta forma, podemos considerar diversas especializações e campos de atuação por parte do profissional psicólogo, tais como: Psicologia Forense, do Esporte, Social, além da Psicologia Escolar, da Saúde e Organizacional e do Trabalho. ESTÁGIO DO PSICÓLOGO CLÍNICO Você já está organizando seu estágio supervisionado e escolhendo a modalidade de abordagem para a sua prática? Saiba que ela é obrigatória e oferecida aos estudantes de Psicologia na graduação para a obtenção do título de psicólogo. Caso você escolha a Psicologia Clínica para o estágio supervisionado, é importante conhecer as clínicas-escolas. Após a regulamentação da profissão de psicólogo em 1962, pela Lei 4.119 (Conselho Federal de Psicologia [CFP], 2001), a constituição de clínicas-escolas passou a ser um requisito exigido pelo Ministério da Educação para o funcionamento regular dos cursos de Psicologia. Tradicionalmente, as clínicas-escolas são espaços que abrigam consultórios destinados ao atendimento psicológico e podem oferecer diferentes abordagens teóricas. Nesse ambiente, os alunos fazem seu estágio supervisionado quando já adquiriram uma maior bagagem teórica e prática, quase sempre nos últimos semestres do curso. De modo geral, o modelo de referência nas clínicas-escolas é a Psicologia Clínica, e seu atendimento alcança a comunidade universitária atendendo os possíveis conflitos psíquicos enfrentados por essa população (SILVA; COELHO; PONTES,2019). PRESENÇA DA PSICANÁLISE NAS CLÍNICAS- ESCOLAS De acordo com Silva, Coelho e Pontes (2019), as pesquisas da ANPEPP (Associação Nacional de Pesquisa e Pós-graduação em Psicologia) realizadas com psicólogos, no período entre 1980 e 2008, indicaram que a psicanálise continua sendo, mesmo no século XXI, a orientação com maior número de psicólogos no Brasil. A universidade oferece modalidades de estágio clínico supervisionado em Psicologia, e uma delas é a prática de atendimento clínico com orientação psicanalítica. A práxis realizada por psicanalistas formados nas instituições psicanalíticas apresenta, no entanto, diferenças com a prática e a formação do psicólogo clínico. Caso seja do seu interesse profissional, saiba que nessas instituições especializadas recomenda-se uma formação na teoria e na técnica exclusivamente neste campo, exigindo análise pessoal, ou seja, estudo e supervisão de casos clínicos para um psicanalista iniciar a prática como analista. ATENÇÃO Na universidade, muitas vezes a abordagem da Psicanálise é disponibilizada como disciplina do curso de Psicologia ou como estágio. Isso pode ser feito sem que os alunos tenham vivenciado uma experiência de análise pessoal e complementando com outras disciplinas e áreas de atuação. ESTÁGIO É TEMPO DE DESENVOLVIMENTO DAS HABILIDADES SOCIAIS Saber atender um paciente, ouvi-lo e poder construir com empatia a relação paciente-terapeuta é algo forjado pelas qualidades de comunicação de um psicólogo e suas habilidades sociais. Esse é um tema relevante para ser abordado no estágio na Psicologia Clínica. Por muitas vezes, jovens psicólogos se sentem inseguros no estágio em razão dessa exposição e de algumas escolhas que serão feitas a partir das zonas de conforto de cada um. Alguns estudos investigaram as habilidades sociais de estudantes de Psicologia, suas expectativas, autopercepção em relação ao atendimento terapêutico e suas preferências. Os resultados mostraram uma preferência em psicólogos pela clínica e o atendimento de crianças ou adultos. Outros aspectos indicaram que a escolha da clientela, na percepção do psicólogo, está associada a aspectos positivos, sendo influenciados pelas impressões sobre habilidades, capacidades e facilidades do cliente. Também atuam sobre as escolhas dos psicólogos as expectativas pessoais destes sobre o processo terapêutico (SILVA; COELHO; PONTES, 2019). Não foram identificados critérios de escolha dos estudantes de Psicologia baseados em características da clientela, como: importância, gravidade e possibilidade de melhora. Esses resultados evidenciam a relevância dos fatores pessoais dos psicólogos nas escolhas da clientela e colocam luz na importância de se promoverem habilidades sociais profissionais como um dos aspectos a serem aperfeiçoados na formação de terapeutas. RECOMENDAÇÃO Para você que está começando o estágio supervisionado, aproveite esse tempo para desenvolver suas habilidades sociais nos atendimentos individuais e nas atividades de grupos em colaboração. SUPERVISÃO E BENEFÍCIOS DA EXPERIÊNCIA DO ESTÁGIO Como já vimos, a caminhada do processo terapêutico é feita em compartilhamento. Saiba que os aspectos da supervisão no tempo de estágio são de grande importância. Eles atuam como instrumento essencial no desenvolvimento de competências terapêuticas. Assim, durante o tempo do estágio supervisionado, você deve ficar ainda mais atento a essa reflexão, destacando as experiências vivenciadas com a supervisão e o caráter dialógico do processo. Sobre a supervisão clínica, alguns autores discutem a importância desse processo compartilhado no desenvolvimento de três competências para o manejo clínico: (I) conhecimento, (II) habilidade técnica e (III) habilidade de inter-relação. Foram elencados pelos autores também outros tópicos e fatores essenciais na relação com a supervisão: a discussão de caso, a relação supervisor-supervisionando, o formato da supervisão e as atividades formativas (DIEGUEZ, 2019). RECOMENDAÇÃO Com esse conhecimento, saiba que você deve seguir seu percurso de estágio valorizando o supervisor e extraindo dele conhecimentos úteis para trilhar o início da prática clínica. Mantenha as conversas de forma colaborativa com os colegas. A participação dos colegas no grupo de supervisão suscita sentimentos de companheirismo e aumenta seu repertório de casos e observações do comportamento humano. POSTURA ÉTICA PROFISSIONAL DO PSICÓLOGO NO ESTÁGIO Você já pensou na sua postura ética como profissional de Psicologia? Saiba que o estágio será um momento muito importante para aplicar suas convicções e agir sob norma e condutas do grupo de profissionais do qual você fará parte. Como indivíduo em sociedade, essa conduta inclui o compromisso com princípios que visem à promoção de uma sociedade mais equitativa, plural e respeitosa, com dignidade, liberdade e integridade do ser humano. O Código de Ética Profissional da Psicóloga (CFP, 2005) serve de guia para instaurar a reflexão ética sobre nosso agir como psicólogos. Devemos colocar princípios que visam assegurar práticas desenvolvidas que estejam de acordo com as demandas sociais, exercitando a autorreflexão da práxis, norteada por padrões técnicos e pela existência de normas éticas. ATENÇÃO Assim, para uma realização de muita satisfação e grande experiência no estágio supervisionado em Psicologia, além da compreensão a respeito ao Código de Ética, é imprescindível que o/a estudante de Psicologia disponha de entendimentos teóricos, atendendo a uma formação continuada, com o propósito de conduzir suas decisões técnicas da melhor forma possível, consultando sempre sua supervisão. VAI COMEÇAR O SEU MELHOR TEMPO DE ESTÁGIO! O estágio para muitos estudantes de graduação é considerado como um rito de passagem rumo à identidade profissional do psicólogo, sendo uma grande oportunidade de perceber a necessidade de ampliar o ferramental terapêutico com o aprimoramento dos estudos. O estágio em clínica para muitos estudantes parece ser um “momento da verdade”. Um tempo de ratificar se o que foi aprendido é suficiente para atuar clinicamente. RECOMENDAÇÃO No começo da prática, é muito desafiador para os alunos compreender empaticamente os pacientes durante os atendimentos, escutando-os de forma atenta e diferenciada de uma conversa cotidiana de senso-comum. Não se esqueça de que a vivência junto da sua supervisão vai oferecer uma sensação apaziguadora de conquista de habilidades terapêuticas. PARTICULARIDADES E IMPORTÂNCIA DA SUPERVISÃO NO ESTÁGIO DE PSICOLOGIA CLÍNICA A especialista Crismarie Hackenberg propõe a seguir uma reflexão sobre as particularidades e a importância da supervisão no estágio em Psicologia Clínica. Vamos lá! VEM QUE EU TE EXPLICO! A presença da Psicanálise nas clínicas-escolas Postura ética profissional do psicólogo no estágio VERIFICANDO O APRENDIZADO ASPECTOS DA PSICOLOGIA DA SAÚDE Você sabia que a Psicologia da Saúde é compreendida como um fenômeno social? O conceito de saúde pode variar de cultura para cultura e sofrer influências do entendimento sobre o ser humano e a sua relação com o meio ambiente. O importante é sabermos que a Psicologia da Saúde é uma área da Psicologia que surge dessa necessidade de promover conhecimento e pensar o processo saúde/doença como um fenômeno social. RESUMINDO Podemos entender que a Psicologia da Saúde tem a prioridade de promover a manutenção da saúde, bem como prevenir o tratamento de doenças. MÓDULO 2 Distinguir os cenários de atuação profissional da Psicologia da Saúde dentro do panorama nacional A Psicologia da Saúde tem seu fundamento no modelo biopsicossocial, rompendo com o modelo linear de saúde, de causa e efeito. Ou seja, os fatores psicossociais, como gênero, idade, hábitos de vida, status socioeconômico, raça e comportamentos têm relações funcionais com outros fatores, como a etiologia, o diagnóstico e o prognóstico de doenças e disfunções (DELEVATI;SOUZA, 2013). PSICOLOGIA E SAÚDE: HÁ DIFERENÇAS ENTRE ESSAS ÁREAS DE CONHECIMENTO? O campo da saúde tem uma forte influência do método cartesiano; contudo o que prevalece é o modelo biomédico. A principal característica desse modelo considera aspectos observáveis do organismo doente, mas não os aspectos sociais, psicológicos, culturais e ambientais para elaborar a avaliação e o diagnóstico. Em 1948, a definição de saúde, que até então era descrita como “a ausência de doenças”, foi colocada à prova com uma nova significação proposta pela Organização Mundial de Saúde - OMS. A saúde passa a ser considerada como o estado completo de bem-estar físico, mental e social, e não somente ausência de enfermidade ou invalidez. Contudo, esse novo conceito foi criticado inicialmente, pois não conseguia definir a existência de um "estado completo de bem- estar". No início das décadas de 1970 e 80, a luta pela saúde continuava liderada pelo movimento sanitarista e pela conquista de uma sistematização de seus princípios e diretrizes, consolidando as bases da Reforma Sanitária. Contudo, foi por meio da Constituição Federal de 1988, conhecida como "Constituição Cidadã", que a saúde passou ser considerada como um direito social (DANELUCI, 2013). O conceito de saúde pôde ser ampliado ao longo do tempo e passou a ser visto na atualidade como o "resultado de vários fatores determinantes e condicionantes, como alimentação, moradia, saneamento básico, meio ambiente, trabalho, renda, educação, transporte, lazer, acesso a bens e serviços essenciais" (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2009, apud DANELUCI, 2013, p. 19). COMENTÁRIO Em função dessa visão multidisciplinar de saúde, você já pode perceber como a área da saúde está integrada a vários conhecimentos. Torna-se imprescindível hoje que o trabalho na área da saúde seja consolidado e compartilhado por diferentes profissionais e diversas áreas do saber. SURGIMENTO DO PSICÓLOGO DA SAÚDE Sobre a inserção do psicólogo nas áreas da saúde, dois fatores foram preponderantes. O primeiro fator foi a crise econômica e social que aconteceu nos anos 1980. Os serviços dos psicólogos ficaram muito caros, afastando dos consultórios a classe média, e as oportunidades de serviços públicos em Psicologia passaram a ser atrativas tanto para recém-formados quanto para os mais experientes. O segundo fator foi a participação política da área da saúde na luta pela democracia e a relevância que ganhou a área da atenção psicológica, o que favoreceu a inclusão dessa prática nas instituições públicas. DIFERENCIAÇÃO DE SAÚDE E SAÚDE MENTAL O processo de institucionalização da Psicologia da Saúde na América Latina ocorreu por volta dos anos 1980, porém o Brasil é um dos poucos países que têm a especialidade “Psicologia Hospitalar" (Resolução do Conselho Federal de Psicologia - CFP nº 14/00. 2000). Com esse avanço e essa convergência de saberes entre profissionais que trabalham juntos em instituições, notaremos uma divisão entre os profissionais. Frequentemente, veremos psicólogos ou instituições declarando como título de especialidade o termo profissional de saúde mental, sem a problematização dos significados embutidos nessa terminologia. (DANELUCI, 2013) Você sabia que a Psicologia da Saúde é compreendida como um fenômeno social? O termo saúde mental, dentro do ideário da reforma psiquiátrica, deveria apontar para compreensões mais ampliadas sobre a visão de saúde. Contudo, esse termo ainda costuma nos colocar no campo da patologização e da ideia de tratamento para a doença mental. Assim, o psicólogo é visto como o profissional de saúde mental. Na prática, em equipes multidisciplinares, as atividades dos psicólogos são direcionadas para demandas do campo psíquico, distinguindo-se assim o atendimento dos profissionais de saúde mental e os da saúde. javascript:void(0) PATOLOGIZAÇÃO A patologização foca a atribuição de status de doença a problemas psicológicos, baseando-se no enquadramento necessário para “doenças mentais” a serem resolvidas por meio do modelo biomédico. Sobre a identidade desse psicólogo da saúde, já sabemos que, por seu caráter interdisciplinar de conhecimentos e atuações em equipe, surge um novo campo de saber que se afasta dos campos e abordagens conhecidas. Uma delas é a Psicologia Clínica tradicional, que não considera as relações concretas e históricas do paciente e é fortemente marcada por uma abordagem de trabalho individual. Dentro da evolução dessa identidade do psicólogo da saúde, Spink (1992) afirma que a Psicologia da Saúde deveria ser considerada como Psicologia Social da Saúde, uma vez que o psicólogo que trabalha nesse campo tem como característica uma postura mais crítica. O papel de atuação do psicólogo na área da saúde evoca um "pesquisador" que esboça um profissionalismo que não costuma fugir de problemas complexos e tem habilidades para transitar entre questões institucionais e políticas. PAPEL DO PSICÓLOGO DA SAÚDE E ÁREAS DE ATUAÇÃO A integração da Psicologia em instituições de saúde vem do início do século XX e tem como seu principal objetivo integrar o campo da Psicologia e o trabalho de psicólogos com a Educação Médica. O psicólogo no campo da saúde adotou inicialmente o modelo médico de atendimento fundamentado no método cartesiano, sendo sua atuação voltada à humanização nos atendimentos. Nesse período, as principais doenças que atingiam a população geral eram as doenças infecciosas como pneumonia e tuberculose. O trabalho do psicólogo no campo da atenção básica envolve uma série de aspectos. São eles: Elaborar uma articulação entre saberes que tradicionalmente são oferecidos separadamente (Psicologia Clínica, Social, Organizacional, entre outras). Resgatar o aprendizado de muitos campos de saber que não constaram na sua formação (Gestão de Serviços, Trabalho em Equipe, Saúde Coletiva, entre outros). Desenvolver-se para realizar trabalhos em equipes multidisciplinares. Delegar e arbitrar as ações intersetoriais. Construir uma relação dialógica com a comunidade. Sobre a rede básica de saúde no Brasil, psicólogos podem atuar na organização dos serviços de saúde que são oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) que representa uma rede composta por unidades básicas de saúde, rede de ambulatórios e de hospitais, com um sistema de serviços integrado e regionalizado. Como já mencionamos, no Brasil existe a Psicologia Hospitalar, especialidade que organiza a atuação do psicólogo em uma instituição com pacientes que estão vivenciando períodos de adoecimento, tratamento e internação (DANELUCI, 2013). Nos atendimentos em centros de saúde, podem ser realizados vários tipos de intervenções. Destacam-se entre eles: a orientação de mães, a psicoterapia de adulto, a psicoterapia de adolescentes e a ludoterapia. Ainda podem ser organizados grupos de apoio para: alcoolistas, aidéticos, toxicômanos, hansenianos, tuberculosos, entre outros. No campo da prevenção, o psicólogo da saúde pode atuar com planejamento familiar, orientação a puérperas, sexualidade dos adolescentes, qualidade de vida à terceira idade, acompanhamento ao desenvolvimento infantil, entre outras ações (GIOIA-MARTINS E ROCHA JÚNIOR, 2001). PSICOLOGIA DA SAÚDE E NÍVEIS DE ASSISTÊNCIA EM SAÚDE Durante muito tempo, o campo da saúde e suas aplicações não receberam a importância adequada nos programas de formação de psicólogos. A compreensão da natureza biopsicossocial no processo de saúde-enfermidade oferece um entendimento mais amplo sobre a promoção de saúde e a prevenção de enfermidades. Isso pode mostrar novas intervenções ao psicólogo e a inserção deste no campo multidisciplinar da saúde. Com este propósito, é possível que esse profissional atue tanto no sistema público de saúde como em outros sistemas sociais onde caibam as assistências. ATENÇÃO Destacam-se nesse campo dois sistemas: o Sistema Único de Saúde (SUS) e o Sistema Único de Assistência Social (SUAS). ESTÁGIO EM PSICOLOGIA DA SAÚDEESTÁGIO NO SISTEMA ÚNICO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL (SUAS) Um psicólogo, no contexto do Sistema Único de Assistência Social (SUAS), deve se apoiar na Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS). Nesse contexto, o processo de estágio se desenvolve em atividades na Assistência Social e irá contar com uma equipe interdisciplinar para a construção das propostas de atuação. A atuação deve estar voltada para programas de atenção e prevenção de situações de risco, ou seja, de vulnerabilidade, com o objetivo de fortalecer os vínculos familiares e comunitários, desenvolvendo as competências e habilidades, tanto pessoais como coletivas. SAIBA MAIS O estágio também pode ser realizado no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), onde os trabalhos são desenvolvidos levando-se em consideração a prevenção de situações de violência, vulnerabilidade dos sujeitos e visando fortalecer a família e a comunidade. ESTÁGIO NO CONTEXTO DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (SUS) Um sistema de saúde pública é muito complexo, pois engloba uma gama de ações e serviços na área da saúde, como a atuação em um Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), em um hospital ou pronto atendimento. A criação do SUS foi um marco importante que ocorreu na história do Brasil. Por meio dele, diferentes ações e serviços são realizados diariamente para garantir a saúde da população brasileira. Muitos países não têm políticas como o SUS, por exemplo, o que faz com que a saúde não seja garantia para todos. Isso não ocorre no Brasil, pois, após a criação do SUS, a saúde se tornou um direito de todas as pessoas. A qualidade desse serviço deve ser aprimorada constantemente, para que esse atendimento universal alcance a excelência. A política prevê equidade, universalidade e integralidade dos serviços prestados à população brasileira. Embora em algumas localidades e regiões do Brasil existam falhas e dificuldades no acesso ao serviço, não devemos deixar de reconhecer o quão importante é o sistema para toda a população, de norte a sul do país. PRÁTICAS DE ESTÁGIO E NÍVEIS DE COMPLEXIDADE Durante o processo de estágio de futuros psicólogos na área da saúde, muitas inseguranças e fantasias podem aparecer, mesmo com todo o preparo realizado pelo estagiário durante o percurso de formação acadêmica. Essa etapa pode tanto prejudicar como auxiliar, dependendo da forma como o estagiário vai lidar com essas questões no cotidiano. Muitas vezes a dificuldade está na mediação entre fatores ligados à teoria e ao conflito com a prática. Outro ponto é a qualidade das relações interpessoais. Todo estagiário vai se deparar durante esse percurso com dúvidas e anseios. Assim será de grande importância a qualidade do ambiente, de preferência acolhedor e propício, para gerar crescimento pessoal e técnico para os futuros profissionais (DIEGUEZ, 2019). EM UM PROCESSO ESTRUTURADO, AS PRÁTICAS DE SAÚDE DE UM PSICÓLOGO ESTÃO ENQUADRADAS POR NÍVEIS DE COMPLEXIDADE: PRIMÁRIO, SECUNDÁRIO E TERCIÁRIO. (DANELUCI, 2013) Vamos conhecer os papeis de atuação em cada ambiente e nível de complexidade? PRIMEIRO NÍVEL DE ATENÇÃO DE SAÚDE Estão preconizadas as assistências de promoção de saúde e de prevenção de doenças; contudo não existe muita tradição de assistências realizadas por psicólogos nessa etapa. Recomendam-se práticas multiprofissionais e interdisciplinares; contudo este nível é identificado como um estágio no qual são apresentados os maiores problemas de inadequação das intervenções. SEGUNDO NÍVEL DE ATENÇÃO DE SAÚDE Já deve estar instalada uma doença, então são orientadas as assistências curativas, prevenção do agravamento e tratamento da doença. A atenção de saúde oferecida pelo psicólogo pode ser assistir a saúde mental em todos os três níveis; entretanto o foco no tratamento de doenças deve ser feito no segundo nível de assistência de saúde. TERCEIRO NÍVEL DE ATENÇÃO DE SAÚDE Assistências mais complexas. Nesta etapa, estão relacionadas as assistências exclusivamente no hospital geral e em rede de assistências e no apoio ao tratamento dos doentes mentais. Aprofunda-se a investigação dos processos biopsicossociais relacionados aos comportamentos doentios, a observação dos estilos de vida que agregam valor à saúde ou à doença, à qualidade de vida, e outros temas. Importante lembrar que a saúde mental deve ser assistida em todos os níveis de assistência na rede de saúde da sua ação de estágio, mantido o foco na observância do nível de complexidade e o tipo de intervenção a ser escolhido. Ou seja, a lógica para se entender e desenvolver a assistência não é a doença, mas observar com interesse o nível de atenção da saúde definido. NÍVEIS DE COMPLEXIDADE DAS PRÁTICAS DE SAÚDE DE UM PSICÓLOGO A especialista Crismarie Hackenberg propõe a seguir uma reflexão sobre as práticas de saúde de um psicólogo enquadradas por níveis de complexidade. Vamos lá! VEM QUE EU TE EXPLICO! Diferenciação de Saúde e Saúde Mental O Papel do Psicólogo da Saúde e as áreas de atuação VERIFICANDO O APRENDIZADO IMPORTÂNCIA DO TRABALHO E SOCIALIZAÇÃO EM NOSSA VIDA Todos nós sabemos que o trabalho é uma fonte de paradoxos para as pessoas ao longo do tempo em nossa sociedade. Você sabia que no século XXI existe um diálogo sendo travado por duas áreas sobre o tema do trabalho? Na atualidade, existe uma arena transdisciplinar facilitando o diálogo sobre as relações humanas e o meio do trabalho. Essa cooperação é realizada entre duas ciências: a social e a comportamental. As pessoas podem ficar sem emprego e, muitas vezes, sem a viabilidade de trabalhar. Se pensarmos sobre isso, existe algo que afete mais fortemente a nossa vida e da nossa família do que o trabalho? MÓDULO 3 Identificar os aspectos históricos e sua influência na aplicabilidade da Psicologia Organizacional Conforme afirma Zanelli (2004), nos processos de socialização percebemos que o trabalho possibilita que cada indivíduo atenda suas necessidades e possa assumir um papel de identidade em um grupo maior. Essa importância pode explicar e justificar a inserção do psicólogo em organizações e no trabalho. HISTÓRICO SOBRE A PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL E DO TRABALHO Em uma perspectiva histórica, o aparecimento da Psicologia Organizacional e do Trabalho — POT se desenvolveu com o tempo e tornou-se uma das contribuições para o desenvolvimento na administração dos negócios e da qualidade de vida mais significativa no meio corporativo. Se compararmos o ontem e o agora, percebemos que na era da Revolução Industrial havia uma necessidade de equilíbrio entre a sociedade e o poder econômico vigente das corporações, sobretudo a adaptação do desempenho humano ao fluxo acelerado de produção. Se olharmos para os tempos atuais, dentro da segunda década do século XXI, observaremos que o medo do desemprego é predominante, bem como a necessidade de se manter talentos na empresa fomentando a autogestão das próprias competências, criação de propósitos, vínculos e desenvolvendo carreiras. Percebemos que se faz necessário um domínio mais profundo e sistematizado para atuar sobre a relação entre os fluxos de produção econômica e o contexto humano e social (ZANELLI, 2004). SURGIMENTO DA PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL NO BRASIL Até os anos 1960 no Brasil, a identidade do psicólogo organizacional e do trabalho estava centrada no campo da gestão de recursos humanos, mais especificamente na ação de seleção de pessoal. A atividade central dessa atividade era oferecer uma avaliação psicológica para orientar e identificar candidatos potencialmente adequados aos cargos na empresa. Nos anos seguintes, em 1970 e 1980, surge um movimento crítico que questionava o modelo de atuação profissional do psicólogo, causando muito impacto e reflexão na área da POT. O psicólogo organizacional, que nessa época ainda atuava nos moldes do psicólogo industrial, foi muito criticado. O autor Zanelli (2004) ressalta que a Psicologia Organizacional foi o campo mais criticado de atuação profissionalda Psicologia até hoje, em virtude do questionamento sobre o descomprometimento ético das demandas sociais no ambiente de trabalho. Esse dilema do psicólogo inserido nas organizações foi retratado no livro organizado por Silvia Lane e Wanderley Codo, intitulado Psicologia social: o homem em movimento, lançado em 1984. O livro alcançou uma grande repercussão nacional, pois expôs o paradoxo existente para o psicólogo de não se posicionar entre os direitos do ser humano e os interesses da organização. O texto alertou pesquisadores e profissionais sobre a falta de um modelo de atuação e a importância de não se defender exclusivamente as necessidades da empresa e do capital no ambiente de trabalho. Na atualidade, esse dilema ainda é uma inquietação que existe na área: encontrar o equilíbrio entre os agentes do ambiente de trabalho como o trinômio qualidade, produtividade e competitividade e mediar os modelos da gestão (controle de pessoas e políticas) e as necessidades dos trabalhadores (saúde, bem-estar e qualidade de vida) de uma forma integrada. PAPEL DO PSICÓLOGO ORGANIZACIONAL ATUALMENTE Como vimos, existe um grande desafio na área da Psicologia Organizacional: afinal, qual então seria a sua tarefa central? Segundo Zanelli (2004), o foco mais importante da POT se caracteriza em explorar, analisar e compreender como se relacionam as dimensões que integram as relações humanas nas empresas. A partir do reconhecimento dos grupos e da organização, podem ser feitas ações para promover, preservar e restabelecer a qualidade de vida e o bem-estar das pessoas, sem deixar de lado a produtividade e os modelos de gestão de recursos humanos de uma empresa. Nos três campos de conhecimento (veja figura), a Psicologia do Trabalho, a Psicologia das Organizações e a Gestão de Pessoas, encontraremos muitos fenômenos que ampliam o interesse pela pesquisa nessa área e ainda podem abrir o campo de ação e intervenções para o psicólogo organizacional e do trabalho. Campos intradisciplinares que configuram a Psicologia Organizacional e do Trabalho. Esses três campos, a Psicologia do Trabalho, a Psicologia Organizacional e a Gestão de Pessoas, devem atuar integrados, e não de forma independente. Por exemplo, um tema que pode ser abordado de forma integrada em POT é a avaliação de desempenho. Esta é uma ferramenta de gestão e está relacionada com modelos de gestão pessoas que controla o trabalho de um indivíduo e suas condições de execução. Contudo, os processos psicossociais existem e representam um domínio a ser observado na avaliação de desempenho, pois a dinâmica das relações interpessoais (Psicologia Organizacional) e intraorganizacionais oferecem repercussões no trabalho (Psicologia do Trabalho). Ao longo do tempo, a Psicologia vem estudando e intervindo de forma organizada no ambiente individual e de grupos. Os demais âmbitos, apesar de não muito destacados na formação do psicólogo, devem ser vistos como indispensáveis para uma compreensão integral e sistêmica dos processos comportamentais nas organizações. É muito importante o desenvolvimento de novas estratégias de intervenção e ainda mais adequadas à complexidade das empresas e das organizações. COMENTÁRIO Para um estudante em estágio na Psicologia Organizacional, é fundamental saber que outros inúmeros campos científicos devem fazer parte da formação intelectual dessa área, como as ciências sociais aplicadas, as ciências da saúde e algumas disciplinas tecnológicas. Então, podemos concluir que na Psicologia Organizacional não existem fronteiras de conhecimento que separam outras disciplinas dessa área de atuação. O saber é prática constante nessa área ampla de formação e atuação no mercado de trabalho. ESTÁGIO DO PSICÓLOGO NAS ORGANIZAÇÕES E NO TRABALHO Os estágios nos contextos organizacional e do trabalho podem abarcar uma variedade de práticas, tais como recrutamento, seleção, treinamento e avaliação psicológica. Devemos refletir sobre o contexto de trabalho, a partir de uma perspectiva crítica com relação às estruturas das organizações, abarcando análise institucional, olhares para a segurança e saúde ocupacional, entre outras possibilidades. Na contemporaneidade, tem-se colocado em evidência o trabalho da Psicologia no que se refere às questões de saúde mental dos trabalhadores, particularmente quanto aos assédios no contexto do trabalho, precarização do trabalho, burnout (esgotamento profissional), entre outros. ÁREAS DE ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO ORGANIZACIONAL E DO TRABALHO Destacam-se as seguintes áreas de atuação: RECRUTAMENTO E SELEÇÃO Nesta etapa, são aplicados testes psicológicos, entrevistas individuais e dinâmicas de grupo na empresa. Os profissionais de RH costumam avaliar possíveis candidatos para empresa, considerando, além dos aspectos técnicos, características de personalidade e valores humanos, considerando-se o alinhamento destes com a visão e missão da empresa. CULTURA ORGANIZACIONAL A observação do clima organizacional e a formatação de um modelo para a cultura organizacional são parâmetros importantes que podem determinar o entendimento entre a produtividade e bem-estar dos funcionários. Essa atuação consegue identificar problemas nas organizações e propor soluções para a promoção de um ambiente de trabalho mais saudável. Em virtude dessa interlocução positiva entre áreas, é muito importante o diálogo dos profissionais de Psicologia Organizacional com a equipe do RH da empresa. GESTÃO DE CONFLITOS O gerenciamento de conflitos pode promover uma comunicação assertiva até uma comunicação não violenta ajustada, melhorando o clima organizacional. Conflitos entre áreas e pessoas como os ruídos de comunicação podem atrapalhar muito a harmonia das equipes, afetando a entrega das tarefas e prejudicando a saúde mental dos funcionários. BENEFÍCIOS Estas são condições a que o profissional de Psicologia Organizacional deve estar muito atento, pois a restituição e recebimento de benefícios afetam diretamente a saúde e o bem-estar dos profissionais em uma empresa. Benefícios variados e acessíveis podem ajudar a construção do clima organizacional, com bem-estar e a valorização dos funcionários. TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO Os treinamentos e capacitações são responsáveis por inúmeras ações positivas na empresa, pois direcionam habilidades técnicas e comportamentais, promovem o autoconhecimento e dão coordenadas para novos caminhos profissionais internos, fortalecendo o desenvolvimento de carreira. CARGOS E SALÁRIOS Esta área também pode receber a atuação do psicólogo organizacional, o qual deve ser responsável por avaliar o organograma da empresa para a elaboração de salários, benefícios e as funções de cada cargo. A elaboração de um plano de cargos e salários proporciona muito reconhecimento aos funcionários e uma visão com perspectiva de crescimento na carreira. LIÇÕES APRENDIDAS: AS EXPERIÊNCIAS DE ESTÁGIO O estágio me ajuda a conhecer o mercado? O estágio supervisionado em Psicologia Organizacional é uma ótima maneira de conhecer o mercado de trabalho nas empresas. Saiba que é um espaço muito bom para exercitar suas habilidades e competências profissionais em coletividade. Nesse período, você deve estar muito disposto a revelar e desenvolver seu perfil profissional. Aproveite para se dedicar e aprender com as experiências, pois as organizações devem oferecer sempre oportunidades de estágio para investigar novos potenciais humanos qualificados que adentrarão o mercado de trabalho (CAMPOS, 2009). O estágio pode me deixar inseguro sobre a profissão? Muito pelo contrário, os programas de estágios são grandes oportunidades na vida de um futuro psicólogo. Nesse período, um estagiário deve ter um acompanhamento qualificado oferecido pela instituição de ensino que o oriente na sua prática. Saiba que você pode atenuar nesse período possíveis dúvidas na sua vida acadêmica e alguns anseios com a vida profissional. Podemos achar que o estágio éapenas uma articulação entre a teoria e a prática, mas para jovens psicólogos, os estágios curriculares e as práticas supervisionadas são momentos muito importantes (CAMPOS, 2009). O estágio deve ser um momento para o florescimento das competências interpessoais mais importantes para a vida pessoal e profissional. Possivelmente, uma boa experiência de estágio terá importantes repercussões para a própria qualidade de vida e da população que esse profissional pretende atender. Os estagiários que sobretudo optarem por fazer o estágio na Psicologia Organizacional irão perceber o que vários autores estão discutindo na atualidade – a profissão, que está ligada a uma mudança considerada muito relevante e urgente. Novos caminhos são discutidos para a Psicologia Organizacional e do Trabalho no século XXI, dentre outras atuações para a profissão. São possíveis novos desafios: afirmar o compromisso constante de (re)pensar as relações entre homem e trabalho; apurar o pensamento teórico e a prática sobre as pessoas na/da organização; desenvolver programas de longo prazo para a administração do estresse; criar projetos de retenção de talentos (rotatividade/retenção de pessoas); pensar no local de trabalho como um espaço de significado e significante. O autor Campos (2009) nos apontou que a atuação em Psicologia do Trabalho é, no momento, uma grande oportunidade para atuar com pessoas e enriquecer os ambientes de trabalho com valores humanos. Cada vez mais os psicólogos que optam por trabalhar nas organizações estão atuando na área da Psicossociologia das Organizações, o que seria um “avanço” na Psicologia do Trabalho. Essa evolução da área será fruto das observações das novas gerações. DICA Se você ficou interessado na atuação de estagiários em Psicologia Organizacional, saiba mais sobre essa experiência com grupos em empresas, pois ela pode ser muito enriquecedora com a sua contribuição para a pesquisa da teoria e prática, bem como para a construção da sua identidade na prática social. ÁREAS DE ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO ORGANIZACIONAL E DO TRABALHO A especialista Crismarie Hackenberg propõe a seguir uma reflexão sobre as diversas áreas de atuação do psicólogo organizacional e do trabalho. Vamos lá! VEM QUE EU TE EXPLICO! O surgimento da Psicologia Organizacional no Brasil O papel do psicólogo organizacional atualmente VERIFICANDO O APRENDIZADO MÓDULO 4 Reconhecer as áreas de atuação e as funções da Psicologia Escolar ASPECTOS DA PSICOLOGIA ESCOLAR A Psicologia Escolar é uma área da Psicologia que apresenta relações estabelecidas com o contexto da escola, facilitando assim o desenvolvimento humano. Essa área ainda permanece pouco conhecida para muitas pessoas, inclusive pelos próprios psicólogos. Vamos saber um pouco mais sobre isso. UMA PERSPECTIVA HISTÓRICA Desde o século XIX existe a prática de formular e realizar diagnósticos classificatórios dentro da escola. Assim já eram selecionadas e encaminhadas crianças para classes especiais que atendessem melhor suas realidades e limitações pedagógicas. Com o surgimento da Psicologia no final do século XIX, sua organização como área de conhecimento, pesquisa e prática profissional promoveu uma articulação com a Educação que se consolidou como um dos campos de atuação dos psicólogos. Durante muito tempo a atuação do psicólogo escolar foi restritiva, porque era focalizada no atendimento do “aluno- problema” (DIAS; PATIAS; ABAID, 2014). Essa prática diagnóstica era realizada com a aplicação de testes e laudos aplicados com o objetivo de identificar quais aspectos estariam relacionados ao fracasso escolar. Assim, o psicólogo escolar poderia emitir um parecer sobre os alunos avaliados, e muitas vezes os alunos e suas famílias eram considerados os únicos responsáveis pelo não aprendizado na escola. UMA VISÃO RENOVADA E SISTÊMICA A partir da década de 1980, esse modelo de atuação profissional passou a ser muito criticado dentro da escola, porque o psicólogo escolar não contribuía para o desenvolvimento humano nem para o processo de aprendizagem dos alunos. Nesse período, ocorreu uma ressignificação da atuação do profissional de Psicologia Escolar. A prática desse profissional que mantinha um foco individualista se transforma em uma ação global voltada para todo o contexto escolar. Passam a ser privilegiadas, a partir dos anos 1980, as relações humanas envolvidas na instituição escolar, levando o olhar do psicólogo escolar no interesse pelo desenvolvimento integral da comunidade escolar (GUZZO, 1996). A partir desse ponto, a Psicologia Escolar, por meio dos conhecimentos psicológicos, passa a ser um instrumento de prevenção e promoção de saúde na comunidade escolar, além de favorecer a qualidade e eficiência do processo educacional. ] Nessa perspectiva, Martins (2003) afirma que “a Psicologia Escolar é uma área da Psicologia na qual o profissional assume o papel de agente de mudanças dentro da instituição escolar” (MARTINS, 2003, p.40). Esse profissional atua como um mediador e interlocutor de reflexões e como um conscientizador de papéis representados pelos vários grupos, levando em consideração o meio social e as relações inseridas na instituição escolar. PAPEL DO PSICÓLOGO ESCOLAR E SUAS ÁREAS DE ATUAÇÃO Como vimos, os novos tempos trouxeram novas formas de análise e novas funções, e assim a Psicologia Escolar se renovou. Sua visão atualmente já não é simplista e rotuladora como era a tradicional. Todos os sujeitos que estão dentro do contexto escolar, isso é, professores, alunos, diretores e outros funcionários, estão envolvidos e relacionados. Chamamos isso de um processo biopsicossocial. Com essa ampliação e integração de ações na atuação do psicólogo escolar, podemos destacar paralelamente dois importantes cenários: o contexto escolar e o educacional. Alguns autores consideram que a Psicologia Escolar e Educacional está vinculada a uma área só de atuação do profissional psicólogo, e que as duas distinções (escolar e educacional) unidas fazem parte da mesma área específica da Psicologia. Já outros autores mencionam a Psicologia Educacional direcionando a profissionais e campos da educação exclusivamente (mais relacionada com a Pedagogia), enquanto a Psicologia Escolar estaria relacionada ao campo de atuação profissional do psicólogo escolar. CONSTRUÇÃO DA RELAÇÃO PSICOLOGIA- EDUCAÇÃO Se pensarmos sobre essa ótica, a aplicação da Psicologia no contexto das instituições educacionais atualmente oferece um novo patamar de conhecimentos inter-relacionados, tanto na Pedagogia como na Psicologia. Parece que no contexto escolar as duas áreas caminham sempre em direção ao mesmo objetivo, sendo este o desenvolvimento das pessoas dentro do âmbito educacional. A escola é um ambiente muito propício para entendermos o que é uma perspectiva interdisciplinar. Então, é natural pensarmos que a Psicologia Escolar também deveria estar incluída nesse sistema. Devemos olhar com mais interesse para a importância da relação entre a Psicologia e a Pedagogia, já que esses dois campos trabalham por um objetivo comum e são fundamentais para as ciências humanas. IDENTIDADE DO PSICÓLOGO ESCOLAR: O LÓCUS Podemos agora olhar mais de perto e entender a identidade do psicólogo escolar. Dentro de uma escola, um psicólogo vai se interessar pelo clima institucional e a relação pedagógica que está presente no ambiente escolar e em outros contextos educativos, observando particularmente as interações humanas e as relações de poder. É importante ressaltar que a atuação específica do psicólogo escolar está mais relacionada ao campo profissional, ao contexto da escola, do que aos saberes delimitados de uma abordagem teórica e/ou metodológica. Na sua atuação, esse profissional pode utilizar múltiplos conhecimentos, que podem ser organizados em diferentes áreas da Psicologia. Esse conhecimento pode contribuir com o desenvolvimento humano e os processos de aprendizagem queocorrem no contexto escolar. INTERVENÇÃO COMO MODELO DE ATUAÇÃO O psicólogo pode colaborar muito com a propagação de informações, ações de promoção de saúde e o compartilhamento de conhecimentos atendendo toda a comunidade escolar com uma abordagem de prevenção. Esse profissional deve atuar de forma organizada, com estratégias de intervenção que possam conscientizar as funções, os papéis e as responsabilidade de cada autor do processo escolar (GUZZO, 2002). São algumas das dimensões de intervenção institucional do psicólogo escolar e educacional: Planejar e assessorar as relações interpessoais e o trabalho coletivo no contexto educativo. Acompanhar o processo de ensino e as avaliações de aprendizagem. Realizar uma observação sistemática da dinâmica de sala de aula e de outros contextos educativos. Integrar uma análise coparticipativa com o professor sobre a produção escolar. Conscientizar os papéis, funções e responsabilidades dos participantes no contexto escolar. Aplicar ações orientadas por uma escuta psicológica nos atores do contexto e comunidade escolar. Pautar sua atuação por meio de ações intencionalmente planejadas. DESTACANDO AS SEIS FUNÇÕES ELEMENTARES DE ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO ESCOLAR As seis funções elementares de atuação do psicólogo escolar são: ENTENDER A INSTITUIÇÃO DE ENSINO O psicólogo deve compreender o cenário escolar. É fundamental que ele tenha uma visão integrada do âmbito escolar para que assim seu trabalho seja realmente efetivo. ACOMPANHAR ALUNOS E PAIS A orientação psicológica não deve ser entendida como psicoterapia, pois esta não é função do psicólogo escolar. Ele deve desenvolver ações interventivas em colaboração com outras áreas e profissionais da escola. ORIENTAR ALUNOS NAS QUESTÕES PESSOAIS E PROFISSIONAIS FUTURAS A orientação é uma das principais funções do psicólogo no acompanhamento de alunos no ambiente escolar, principalmente no ensino médio. Esse profissional pode trabalhar com questões de reflexão como a orientação sexual dos alunos e a elaboração de planos futuros e projetos para suas próprias vidas. CRIAR UMA REDE DE APOIO PARA OS PROFESSORES Com experiência e conhecimento, o psicólogo escolar pode atuar no desenvolvimento emocional e na prática da análise social, dando orientações aos professores para que possam desenvolver de forma mais efetiva seu trabalho, contribuindo na formação de novas habilidades. PARTICIPAR DA CONSTRUÇÃO DO PROJETO PEDAGÓGICO Em um âmbito escolar, o psicólogo é o único profissional que pode elaborar e atender terapeuticamente questões reflexivas sobre o desenvolvimento cognitivo, emocional e social dessa comunidade. Dessa forma, ele deve estar presente na construção do projeto pedagógico na escola, fortalecendo o bom trabalho multidisciplinar. ELABORAR PROJETOS NO CONTEXTO ESCOLAR A escola deve desenvolver, por meio das habilidades e formação do psicólogo escolar, a reflexão dos alunos sobre seus futuros, sobre a vida e as relações sociais. Pode ser alcançado o amadurecimento das questões emocionais e relacionais entre alunos e professores. EXPERIÊNCIAS DO ESTÁGIO DO PSICÓLOGO ESCOLAR Algumas dificuldades podem ser encontradas durante a experiência do estágio supervisionado de Psicologia Escolar. Vamos apresentar algumas experiências de estágio compiladas por Dias, Patias e Abaid (2014), que podem nos oferecer relevantes informações. DESAFIO DO ESPAÇO FÍSICO NA ESCOLA Muitas vezes não existe um espaço reservado para escuta durante alguns turnos na escola. As intervenções ocorrem nas salas de aula, na sala dos professores, nos corredores, na sala da direção, de acordo com as possibilidades da escola. Para os estagiários, essa dificuldade pode ser considerada um grande desafio. Será necessário desconstruir a idealização de que o psicólogo precisa de um espaço físico específico para exercer sua função. A circulação do psicólogo escolar pela instituição ajuda esse profissional a ter uma visualização melhor, podendo integrar a equipe de trabalho e inclusive fortalecer a sua própria identidade profissional perante a comunidade escolar. MUDANÇA DE FOCO DO PSICÓLOGO Uma das atuações na Psicologia Escolar está relacionada ao diagnóstico e ao encaminhamento de problemas e queixas escolares na comunidade da escola. O desafio para o psicólogo escolar diz respeito à mudança do seu foco de interesse: da doença para a saúde. No ambiente escolar, o foco do fracasso deverá mudar para o sucesso, e o olhar para os distúrbios e dificuldades deverá se deslocar para as competências e qualidades. Por exemplo: é papel do psicólogo da escola acompanhar casos de alunos com maiores dificuldades em relação à escolarização. Contudo, o papel desse profissional é muito mais amplo do que isso. É importante que o estágio possa ampliar essa percepção e sejam investigadas causas contextuais, ou seja: o ambiente escolar, a sala de aula, a relação do professor-aluno e pais- professores-escola, que no acompanhamento psicológico são relevantes para o psicólogo escolar. ORIENTAÇÃO DA COMUNIDADE ESCOLAR O foco principal do psicólogo escolar é a saúde, e não a doença. Nesse sentido, as prevenções primárias, secundárias e terciárias podem ser realizadas pelos psicólogos no ambiente escolar englobando ações voltadas a grupos pequenos ou grupos amplos. A prevenção primária antecede o aparecimento de problemas psicológicos, e suas ações propiciam o bem-estar e a qualidade de vida dos sujeitos. Já a prevenção secundária é voltada para populações que já exibem sinais precoces de problemas psicológicos. Por fim, a prevenção terciária busca minimizar os efeitos e reduzir as consequências de uma doença já instalada. Concluindo, a Psicologia Escolar é uma área com desafios, como outras, mas que está em muita expansão, sobretudo se ampliarmos o foco de atuação, pesquisa e produção de conhecimento para além da escola. O sistema educacional pode enriquecer com o trabalho desenvolvido por profissionais de saúde e mais ainda para aqueles voltados à interface Psicologia-Educação. Esperamos que você possa construir com ações diferenciadas e transformadoras durante o seu estágio, promovendo o desenvolvimento e a aprendizagem de todos os envolvidos no cotidiano escolar. OS DESAFIOS E EXPERIÊNCIAS NO ESTÁGIO DE PSICOLOGIA ESCOLAR A especialista Crismarie Hackenberg propõe a seguir uma reflexão sobre os diversos desafios e experiências no estágio de Psicologia Escolar. Vamos lá! VEM QUE EU TE EXPLICO! Uma visão renovada e sistêmica As seis funções elementares de atuação do psicólogo escolar VERIFICANDO O APRENDIZADO CONSIDERAÇÕES FINAIS Como vimos, o estágio em Psicologia pode ser realizado em quatro contextos: clínica aplicada a uma linha terapêutica (psicodinâmica, cognitivo-comportamental, humanista), saúde e assistência social (SUS, CRAS, CAPS), organizações (empresas, indústrias) e educação (universidades, escolas, creches etc.). Neste conteúdo, apresentamos esses campos de atuação e ressaltamos os temas mais relevantes para cada um deles. Destacamos a importância da supervisão no estágio da Psicologia Clínica, tanto no direcionamento teórico e aprimoramento das habilidades sociais como no desenvolvimento do diálogo supervisão-terapeuta na construção da postura ética. Mencionamos a importância da formação intelectual de saberes e prática em ambientes de complexidade no psicólogo da saúde, assim como a relevância de trabalhar bem em equipes multidisciplinares. Apreciamos a formação teórico-crítica do psicólogo organizacional, seu olhar sistêmico para as organizações e o conhecimento histórico ao longo do tempo sobre o homem como sociedade e o valor do trabalho. Também conhecemos os desafios do psicólogo escolar dentro de um sistema educacional, a importância da mediação de saberes entre Psicologia e CONCLUSÃO Educação e como as adaptações do ambiente físico compartilhado e da mentalidade flexível para as mudanças de foco serão grandes desafios para sua atuaçãono contexto da escola. Assim, pudemos refletir como em cada contexto do estágio em Psicologia existe uma forma de elucidar questões pertinentes a cada cenário. Abordamos algumas questões históricas, as limitações do campo das competências, práticas e lições aprendidas presentes da literatura e oferecemos esse conteúdo para uma maior visão sobre as áreas de aplicação do seu estágio. PODCAST Para encerrar, a especialista Crismarie Hackenberg reflete sobre a importância da escolha do campo de estágio na formação acadêmica dos futuros psicólogos e sua contribuição na construção da identidade profissional. AVALIAÇÃO DO TEMA: REFERÊNCIAS CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA. CFP. Quem é o psicólogo brasileiro? Brasília, 2001. CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA. CFP. Código de ética Profissional do Psicólogo. Brasília, 2005. CAMPOS, F. C. B. Psicologia e Saúde: repensando práticas. São Paulo: Hucitec, 1992. CAMPOS, D. C. de. Atuação de estagiários em Psicologia do Trabalho com grupos. Ribeirão Preto: Revista SPAGESP. v. 10, n. 1, p. 53-59, 2009. DANELUCI, R. de C. Psicologia e saúde como campo de interrogações. Campo Grande: Rev. Psicol. Saúde. v. 5, n. 1, p. 18-24, 2013. DELEVATI, D. M.; SOUZA, A. R. B. de. O fazer do psicólogo na saúde. Alagoas: Caderno de Graduação - Ciências Biológicas e da Saúde - UNIT [S. l.], v. 1, n. 2, p. 79–87, 2013. DIAS, A. C. G., PATIAS, N. D.; ABAID, J. L. W. Psicologia Escolar e possibilidades na atuação do psicólogo: algumas reflexões. Psicologia Escolar e Educacional [online]. v. 18, n. 1, 2014. DIEGUEZ, A. O estágio em Psicologia na perspectiva do estagiário. Uniceub, Brasília, v.1, n.1, 2019. GIOIA-MARTINS, D.; ROCHA JÚNIOR. A Psicologia da saúde e o novo paradigma: novo paradigma? Psicologia: Teoria e Prática, 3, 35-42. 2001. GUZZO, R. S. L. Formando Psicólogos Escolares no Brasil: Dificuldades e Perspectivas. In: S. M. WECHSLER. (Org.). Psicologia escolar: pesquisa, formação e prática. 1 ed. v.1. Campinas, São Paulo: Alínea, 1996, p. 75-92. GUZZO, R. S. L. Novo paradigma para a formação e atuação do psicólogo escolar no cenário educacional brasileiro. In: R. S. L. Guzzo (Org.), Psicologia escolar: LDB e educação hoje. Campinas: Alínea, 2002, p. 131- 144. MARTINS, J. A atuação do Psicólogo Escolar: Multirreferencialidade, implicação e escuta clínica. Psicologia em Estudo. Maringá, 2003. v. 8, n.2, p. 39-45. SCHULTZ, D. História da psicologia moderna. 12. ed. São Paulo: Cultrix, 2000. SILVA, J. C.; COELHO, M. T.; PONTES, S. Estágio Supervisionado em Psicologia Clínica com Orientação Psicanalítica: Uma Revisão de Literatura. Psicologia: Teoria e Pesquisa. 35. 2019. Consultado na internet em: 8 nov. 2021. SPINK, M. J. P. Psicologia da Saúde: a estruturação de um novo campo do saber. In: CAMPOS (org.). Psicologia e Saúde repensando práticas. Hucitec: São Paulo, 1992. ZANELLI, J. C.; BASTOS, A. V. B.; BORGES-ANDRADE, J. E. (Org.) Psicologia, Organizações e Trabalho no Brasil. Porto Alegre: Artmed, 2004. EXPLORE+ Saiba mais sobre o que os alunos de Psicologia pensam sobre o estágio clínico neste relato em forma de artigo científico: Relato de Experiência sobre Psicologia Clínica: Estudo das percepções de alunos sobre o estágio em Psicologia Clínica processo da pesquisa (Fernanda Doretto Barbosa, Maria Aparecida Laurenti e Miguel Mello Silva). Os dados encontrados e discutidos podem ajudar você a entender melhor essa etapa do estágio. Neste relato de experiência no estágio em Psicologia da Saúde, você vai saber um pouco mais sobre essa área de atuação com alunos de psicologia: Estágio supervisionado em Psicologia da Saúde durante a pandemia da covid-19 no Hospital Santa Casa de Misericórdia do Pará (Andresa dos Santos Moraes e colaboradores). Conheça a experiência de estágio em Psicologia Organizacional que se transformou em artigo científico: Relato de experiência sobre Psicologia Organizacional: Grupo dos Novos - Relato de uma experiência de estágio com grupos de acolhimento de trabalhadores em um Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest) (Jaquelina Maria Imbrizi, Isabel Lopes do Santos Keppler e Marcelo Soares Vilhanueva). Conheça mais os desafios no estágio em Psicologia Escolar neste artigo que relata a experiência na voz de estagiários: O que pode fazer um estagiário de Psicologia na escola? Problematizando prática e a formação profissional (Naiana Dapieve Patias, Josiane Lieberknecht Wathier Abaid). CONTEUDISTA Crismarie Hackenberg
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