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Dar ênfase á frequência aumentada de limpeza de superfícies mais tocadas, como por exemplo: bancadas de trabalho e maçanetas.
1.1. CONCEITOS
Infecção: Resultado da presença de agentes infecciosos (micróbios) específicos no organismo humano ou animal. Divide-se em: ENDÓGENA (causada pela própria doença do paciente) e EXÓGENA (proveniente do ambiente hospitalar, através do ar, artigos hospitalares, falta de higienização do ambiente e artigos e principalmente das mãos).
Limpeza: Remoção da sujidade do local por meios mecânicos (fricção), físico (temperatura) ou químico (saneantes). O uso de desinfetante limita-se a presença de matéria orgânica. 
A escolha da técnica de limpeza e desinfecção está diretamente relacionada ao tipo superfície a ser limpa e desinfetada, a quantidade e o tipo de matéria orgânica presente.
Os processos de limpeza de superfícies em serviço de saúde envolvem a limpeza concorrente (diária) e limpeza terminal.
Limpeza Concorrente: É o procedimento de limpeza realizado, diariamente, em todas as unidades dos estabelecimentos de saúde com a finalidade de limpar e organizar o ambiente, repor os materiais de consumo diário e sempre que necessário. Ainda, durante a realização da limpeza concorrente é possível à detecção de materiais e equipamentos não funcionantes, auxiliando as chefias na solicitação de consertos e reparos necessários.
Limpeza Terminal: Trata-se de uma limpeza mais completa, incluindo todas as superfícies horizontais e verticais, internas e externas. 
O procedimento inclui a limpeza de paredes, pisos, tetos, equipamentos, todos os mobiliários como bancadas, portas, janelas, vidros, luminárias, filtros e grades de ar condicionado. Pode ser programadas devem ser realizadas no período máximo de 15 dias quando em áreas críticas. Em área se micríticas e não críticas realiza-se a cada 30 dias, nesta clinica realiza-se a cada 15 dias.
Tabela 1. Limpeza Concorrente
	Classificação das áreas
	Frequência 
	Observação 
	Críticas 
	2x por dia
	Data e horário pré-estabelecido, e sempre que necessário.
	Semicrítica
	1x por dia
	Data e horário pré-estabelecido, e sempre que necessário.
	Não crítica
	1x por dia ou dias alternados
	Data e horário pré-estabelecido, e sempre que necessário. 
Tabela 2. Limpeza Terminal
	Classificação das áreas
	Frequência 
	Observação 
	Críticas 
	Quinzenal
	Data e horário pré-estabelecido, e sempre que necessário.
	Semicrítica
	Quinzenal
	Data e horário pré-estabelecido, e sempre que necessário.
	Não crítica
	Quinzenal
	Data e horário pré-estabelecido, e sempre que necessário. 
Define-se a AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA – ANVISA, matéria orgânica todas as substâncias que contenham sangue ou fluidos corporais. São exemplos: fezes, urina, vômito, escarro e outros.
1.2. PROCESSO DE DESINFECÇÃO
1.2.1. Níveis de Desinfecção
Os desinfetantes são classificados em três níveis de ação baseado na suscetibilidade dos microrganismos.
Desinfecção de baixo nível: elimina a maioria das bactérias vegetativas, alguns vírus e fungos, não destrói esporos, bacilo da tuberculose e a maioria dos vírus e fungos. O agente que realiza esse tipo de desinfecção é o quaternário de amônia, fenóis e álcool.
Desinfecção de nível intermediário: elimina bactérias vegetativas, micobactérias, a maioria dos vírus e dos fungos pouco resistentes; mas não destrói bactérias esporuladas. Os agentes capazes de realizar esse nível de desinfecção são: cloro, iodo, fenol e álcool. 
Tais agentes são os mais empregados para desinfecção de superfícies e de artigos não críticos.
Desinfecção de alto nível: elimina micobactérias, enterovírus, bactérias vegetativas, fungos e vírus pouco resistentes. Os agentes que realizam desinfecção de alto nível incluem os compostos á base de glutaraldeído e de ácido peracético, peróxido de hidrogênio e orftaldeído.
1.2.2. As Soluções Utilizadas na Realização da Desinfecção deste Estabelecimento
· Álcool á 70%: É utilizado na limpeza concorrente e após a limpeza terminal.
Realizam-se três (3) aplicações consecutivas com fricção rigorosa, com intervalo para cada aplicação de 10 segundos e secagem natural.
· Solução desinfetante: É utilizado na limpeza terminal ou na presença de matéria orgânica. Quando aplicável seguir as instruções do fabricante após padronização pelo estabelecimento. Pode ser utilizado o hipoclorito de sódio a 1%.
1.3. ADOTAR AS SEGUINTES PRECAUÇÕES NA UTILIZAÇÃO DOS AGENTES QUÍMICOS 
1.3.1. Padronização de Saneantes
A responsabilidade na seleção, escolha e aquisição dos produtos deve ser do serviço de saúde, utilizando critérios garantindo a qualidade que atenda os requisitos básicos exigidos pela legislação em vigor (RDC da Anvisa n°184, de 22 de outubro de 2001.
Descrição
· O saneante a ser padronizado será colocado em teste em áreas envolvidas em sua possível aquisição; 
· Será avaliada a natureza da superfície a ser limpa ou desinfetada e o seu comportamento perante o produto;
· A possibilidade de corrosão da superfície a ser limpa, tipo e grau de sujidade e a sua forma de eliminação; 
· Tipo de contaminação e sua forma de eliminação (microrganismos envolvidos com ou sem matéria orgânica presente);
· Recursos disponíveis e métodos de limpeza adotados;
· Grau de toxicidade do produto;
· Método de limpeza e desinfecção, tipos de máquinas e acessórios existentes; 
· Concentração de uso preconizado pelo fabricante;
· Segurança na manipulação e uso de produtos; 
· Princípio ou componente ativo, estabilidade frente ás alterações de luz, temperatura de armazenamento e matéria orgânica;
· Incompatibilidades.
Ainda, deve ser exigido do fornecedor a comprovação de que o produto está notificado ou registrado na Anvisa com as características básicas de aprovação e, se, necessário, no caso de produtos com ação antimicrobiana e laudo de testes.
No rótulo dos produtos saneantes deverá constar o nome do produto; modo de utilização, destacando o tempo de contato do produto; precações de uso quanto á toxicidade e necessidade de uso de EPI; restrições de uso; composição do produto; frases relacionadas ao risco do produto; prazo de validade; data de fabricação; informações referentes à empresa fabricante, como nome da empresa, endereço e cadastro nacional de pessoa jurídica (CNPJ); nome do responsável e número de conselho de classe; número do registro na Anvisa.
1.3.2. Medidas de Biossegurança
As medidas de biossegurança evitam os riscos inerentes ao uso de produtos químicos e materiais biológicos. Tem a finalidade de minimizar os riscos envolvidos no uso de
materiais, pelos profissionais da instituição. Incluem procedimentos para aquisição, armazenamento, transporte e manuseio desses produtos.
A utilização de precauções básicas auxilia os profissionais nas condutas técnicas adequadas à prestação dos serviços, por meio do uso correto de EPI, de acordo com a NR nº 6, da Portaria nº 3.214, de 08 de junho de 1978 (BRASIL, 1978). Essas medidas devem gerar melhorias na qualidade da assistência e diminuição de exposição do trabalhador.
Recomendações
· Impedir contato com os olhos, pele e roupa durante o manuseio;
· Uso de equipamento de proteção individual;
· Não misturar com água na embalagem original e nem misturar com produtos químicos, não reutilizar a embalagem vazia;
· Utilização de produtos saneantes fora do período de validade;
· Manuseio do produto saneante sem o uso de EPI apropriados;
· Todos os produtos saneantes utilizados devem estar devidamente registrados ou notificados na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA);
· Assegurar adequado manejo dos produtos de acordo com o PGRSS.
1.3.3. Principais Causas e Sintomas
· Inalação: respiração acelerada, tosse e olhos irritados; 
· Ingestão: mudança na cor dos lábios, dor, sono, confusão mental, diarréia, convulsões e cheiros estranhos no corpo ou na boca; 
· Contato: manchas na pele, coceira, dor de cabeça e olhos irritados.
1.3.4. Ações em Casos de Acidentes
· Em contato com pele e olhos lavar cuidadosa e abundantemente com água corrente por15 minutos, caso de intoxicação procurar atendimento médico imediatamente;
· Em caso de ingestão acidental não provocar vômitos, tente descobrir a fonte da intoxicação (em caso de remédios e produtos químicos a bula pode ter instruções de como agir), não faça respiração boca a boca;
· Em caso de intoxicação por inalação leve a vítima para um local arejado e encaminhe para o atendimento médico;
· Caso necessário, procurar o Pronto Atendimento mais próximo, levando a embalagem ou rótulo do produto.

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