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Manual de Endodontia

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PÁGINA 1
PÁGINA 2
ORGANIZADORES: 
RACHEL REINALDO ARNAUD
MARCOS AURÉLIO VASCONCELOS LIMA JUNIOR
ORGANIZADORES: 
RACHEL REINALDO ARNAUD
MARCOS AURÉLIO VASCONCELOS LIMA JUNIOR
EQUIPE DE PROFESSORES: 
MANUELA GOUVÊA CAMPÊLO DOS SANTOS, 
PATRÍCIA GUERRA PEIXE GONÇALVES, 
MARIA AUXILIADORA GOMES DO NASCIMENTO, 
FERNANDA DE ARAÚJO TRIGUEIRO CAMPOS, 
JÚLIO CÉZAR NASCIMENTO SOUZA, MARIA 
CRISTINA TAVARES DE MEDEIROS HONORATO, 
CONSUELO FERNANDA MACEDO DE SOUZA 
EQUIPE DE ALUNOS: 
CARLOS ALBERTO OLIVEIRA DOS SANTOS, 
LARISSA BRAZ PONTES, RENALLY FRANÇA DE 
OLIVEIRA, RHAYSSA KAREN MARQUES DE MELO, 
FLAVIANA LAÍS PEREIRA DOS SANTOS, THAYSE 
TARGINO DE MORAIS, NICOLE FERNANDES 
TEIXEIRA, CYNÁRA LIANE JALES ATAÍDE DE MELO
PROJETO GRÁFICO 
NÚCLEO DE PUBLICAÇÕES INSTITUCIONAIS (NPI)
RAIFF PIMENTEL FÉLIX ALMEIDA
E56 
Endodontia/ Organizado por Rachel Reinaldo Arnaud, Marcos 
Aurélio Vasconcelos Lima Junior. Unipê: João Pessoa, 
2018.132p. v. II
Coleção: Manuais Aplicativos em Clínica Odontológica
ISBN 978-85-87868-52-7
1. Odontologia. 2. Endodontia. 3. Cirurgia de acesso I. Título.
UNIPÊ / BC CDU 616.314.163 
 
COMO MELHOR UTILIZAR ESTE LIVRO:
Este e-book foi desenvolvido com intenção de facilitar o acesso à 
informação. Baixe o arquivo e visualize-o na tela do seu computador 
ou celular sempre que necessitar. Utilize as setas, as teclas Page Up 
e Page Down do teclado ou o Scroll do mouse para navegar pelo livro. 
Não desperdice papel, imprima somente se necessário.
PREFACIO
Endodontia é a especialidade que tem como objetivo a 
preservação do dente por meio de prevenção, diagnóstico, 
prognóstico, tratamento e controle das alterações da polpa e dos 
tecidos perirradiculares.
Teve uma grande evolução nos últimos anos, tendo conseguido 
obter um elevado grau de desenvolvimento não só em suas 
bases biológicas como também no desenvolvimento de técnicas, 
instrumentos, soluções e materiais.
Esses avanços tecnológicos têm possibilitado o desenvolvi-
mento de novas perspectivas para a Endodontia, vislumbrando pre-
paro de canais radiculares de forma mais segura, mais eficaz e mais 
rápido, auxiliando no processo de recuperação e manutenção dos 
elementos dentários e, consequentemente, elevando a qualidade de 
vida associada à saúde bucal.
As áreas de competência para atuação da Endodontia incluem: 
procedimentos conservadores da vitalidade pulpar; procedimentos 
cirúrgicos no tecido e na cavidade pulpares; procedimentos cirúrgicos 
paraendodônticos e tratamento dos traumatismos dentários.
Estes tratamentos são ensinados desde a graduação, ficando 
as técnicas mais avançadas, como as que utilizam instrumentos 
rotatórios, por exemplo, sob a responsabilidade dos cursos 
de educação continuada, sobretudo os aperfeiçoamentos e 
especializações.
Atualmente, a população tem buscado o tratamento 
endodôntico com maior tranquilidade, compreendendo a importância 
e reconhecendo neste tratamento a possibilidade de preservação dos 
dentes e manutenção do sorriso e atividade mastigatória. O sistema 
público de saúde brasileiro já tem a ciência incorporada em suas 
práticas cotidianas, e os conhecimentos que permeiam as técnicas 
não são mais tão restritos aos especialistas. Um bom clínico geral 
necessita saber avaliar as condições endodônticas e referenciar e 
contra-referenciar os pacientes nas redes de assistência, de forma 
eficaz e ágil, no sentido de favorecer a viabilidade do tratamento. 
O tratamento de canal, normalmente, inicia-se nos serviços 
e consultórios de odontologia básica, onde os agravos aos tecidos 
pulpares são diagnosticados e as medidas preliminares, como 
a neutralização de condutos e eliminação quadro doloroso são 
executadas. 
Este volume, faz parte da série de Manuais Aplicativos em 
Clínica Odontológica, desenvolvido pelo Curso de Graduação em 
Odontologia do Centro Universitário de João Pessoa – UNIPÊ, e 
tem como objetivo, nortear as práticas na clínica endodôntica de 
aprendizado, consolidando as técnicas eleitas pela equipe docente 
como escolha para esta fase da aprendizagem. Foi construído 
conjuntamente por docentes e estudantes colaboradores e constitui 
importante roteiro de estudos e execução das técnicas endodônticas 
na clínica cotidiana.
Prof. Marcos Aurélio V. Lima Junior
Coordenador dos Cursos de Graduação e Educação Continuada – UNIPÊ
Especialista em Educação e Mestre em Odontologia
PÁGINA 5
4 - CIRURGIA DE 
ACESSO 
1 - DIAGNOSTICO DAS 
ALTERAÇÕES PULPARES E 
PERIRRADICULARES 
5 - SUBSTANCIAS 
QUÍMICAS AUXILIARES DA 
INSTRUMENTAÇÃO
2 - ASPECTOS ANATÔMICOS 
DA CAVIDADE PULPAR 
6 - ODONTOMETRIA
9 - OBTURAÇÃO DOS 
CANAIS RADICULARES 
3 - INSTRUMENTOS 
ENDODÔNTICOS 
7 - PREPARO DO CANAL 
RADICULAR 
10 - MEDICAÇÃO SISTÊMICA 
EM ENDODONTIA 
8 - MEDICAÇÃO 
INTRACANAL 
11 - MANUAL DE BANCADA 
47
06
57
25
70
103
36
77
114
90
127
PÁGINA 6
DIAGNÓSTICO DAS ALTERAÇÕES 
PULPARES E PERIRRADICULARES
MANUELA GOUVÊA CAMPÊLO DOS SANTOS | RACHEL REINALDO ARNAUD | LARISSA BRAZ PONTES
CAPÍTULO 1
Uma correta indicação do tratamento é de suma importância para o clínico o estabelecimento de um diagnóstico 
clínico/radiográfico da alteração patológica pulpar aguda ou crônica o mais preciso possível, uma vez que é este 
diagnóstico a base fundamental para a instituição da terapêutica correta. No exame clínico endodôntico, são 
fundamentais: Anamnese, inspeção dentária, percussão dentária, palpação, sondagem periodontal, mobilidade 
dentária e exames complementares.
Fonte: LEMOS, E. M., 2001
DIAGNÓSTICO
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PÁGINA 7
ANAMNESE
INSPEÇÃO
O exame clínico do paciente inicia-se com a anamnese que representa o segmento subjetivo do exame para 
obtenção de informações que possam auxiliar na definição do diagnóstico e das modalidades de tratamento, além de 
servir para formalizar os registros legais. Compreende informações obtidas do paciente ou de responsável a respeito 
da história médica, queixa principal, condição dental atual, hábitos e vícios. 
 
 
A fase de inspeção do exame clínico extra e intraoral (Figura 1 e 2) devem ser realizadas de maneira sistemática. 
Para se obter um adequado exame visual, este deve ser realizado em condições adequadas, sendo indispensável 
boa iluminação, secar-se as áreas ao examiná-las, afastar as estruturas, cooperação do paciente, conhecimento de 
fisiologia e estar com os sentidos aguçados.
Figura 2: Exame intra-oral
Fonte: LOPES, SIQUEIRA, 2015.
Figura 1: 
Exame extra-oral 
PÁGINA 7
Após um cuidadoso exame visual externo, 
realiza-se o exame intraoral, procurando 
anormalidades nos tecidos moles e duros. Lábios, 
mucosa jugal, língua, palato, assoalho, gengivas 
e orofaringe devem ser examinados, observando 
alterações de cor e contorno dos tecidos moles, 
fístulas ou áreas de vermelhidão ou edema 
envolvendo os tecidos de sustentação. A presença 
de fístula pode indicar uma infecção periapical 
que resultou da necrose pulpar e deve ter seu 
curso rastreado com um cone de guta-percha para 
localizar sua origem.
PÁGINA 8
O teste da percussão não 
fornece indicação sobre a integridade 
do tecido pulpar, mas apresenta 
importância para avaliar-se o grau 
de comprometimento dos tecidos 
periapicais e se existe inflamação no 
tecido periodontal, auxiliando, desta 
forma, no diagnóstico de patologias 
periapicais e/ou periodontais por 
intermédio da percussão dentária 
vertical ou horizontal.
 A percussão deve ser iniciada 
com delicadeza, iniciando-se com o 
dedo indicador (Figura 3) percutindo 
a coroa do dente, investigando 
a resposta com leves toques, 
verticalmente e horizontalmente. 
Se o pacientenão relatar dor, aí sim 
fica indicada a utilização do cabo de 
espelho para realizar o teste (Figura 
4). 
Figura 3: Percussão com o dedo indicador.
Figura 4: Percussão com o cabo do espelho.
Percussão Horizontal
Percussão Horizontal
Percussão Vertical
Percussão Vertical
PERCUSSÃO 
Fonte: LOPES, SIQUEIRA, 2015.
PÁGINA 9
Na palpação, por meio do tato e compressão ou preensão 
digital do dedo indicador (Figura 5), colhem-se sinais sobre a porção 
superficial e, ao mesmo tempo, exacerba-se os sintomas locais. Na 
palpação apical, examina-se a região apical do elemento dentário 
com o dedo indicador, observando se há alguma resposta dolorosa 
ou a presença de alterações patológicas, como edema periapical 
(mole a palpação), aumento de volume apical endurecido, perda de 
continuidade na integridade do osso geralmente, acompanhada de 
uma ligeira depressão. 
O exame periodontal é importante para distinguir as lesões 
de origem periodontal daquelas de origem endodôntica. Os testes 
de vitalidade pulpar, juntamente com a sondagem periodontal e as 
radiografias, são essenciais para essa diferenciação. Se a lesão for 
de origem periodontal, a polpa dental poderá estar com vitalidade. 
O dente deve ser verificado pelo menos em três regiões: vestibular, 
lingual e região da furca (Figura 6). 
 Fonte: LOPES, SIQUEIRA, 2015.
Fonte: LOPES, SIQUEIRA, 2015.
Figura 5: Palpação Apical.
Figura 6: Sondagem Periodontal com a Sonda OMS.
PALPAÇÃO APICAL
SONDAGEM PERIODONTAL
PÁGINA 10
O teste de mobilidade dentária é realizado 
empregando-se dois instrumentos metálicos (Figura 
7) apoiados com firmeza na superfície dentária ou 
utilizando um instrumento metálico e um dedo, 
aplicando-se forças laterais alternadas na direção 
vestíbulo-lingual. Também se deve avaliar o grau 
de mobilidade vertical do dente através de sua 
compressão para o interior do alvéolo.
Desse modo, gradua-se a mobilidade da seguinte 
forma:
• Classe I – ligeiramente maior que a normal;
• Classe II – moderadamente maior que a normal;
• Classe III – mobilidade grave vestíbulo-lingual e 
mesio-distal, combinada com deslocamento vertical.
Figura 7: Avaliação da mobilidade dentária 
com um instrumento metálico e o dedo.
Fonte: LOPES, SIQUEIRA, 2015.
MOBILIDADE DENTÁRIA
PÁGINA 11
• TESTE DO FRIO: o profissional utiliza spray refrigerante (-50°C), 
sobre a superfície do dente, com o objetivo de determinar uma 
resposta dolorosa aguda e de curta duração no caso de dentes com 
vitalidade pulpar. Já em casos de polpa necrosada, o dente não vai 
responder a esse estimulo. 
A utilização de gases refrigerantes não pode ser feita diretamente 
sobre o dente, mas através de uma pelota de algodão apreendida 
com pinça (Figura 8), onde vai ser levada á superfície vestibular do 
dente suspeito com duração de 4 segundos. Em caso de necessidade 
de repetição, aguardar pelo menos 5 minutos.
• TESTE DO CALOR: O calor é transferido ao dente através de uma 
substancia ou instrumento previamente aquecido, sendo mais 
utilizado o bastão de guta-percha. A exacerbação da dor pelo calor é 
dada pelo aumento de volume de gases purulentos que pode sugerir 
a presença de micro abscessos pulpares. 
Para realizar o teste pulpar (Figura 9) com o bastão de guta-percha, 
deve-se fazer primeiramente o isolamento do dente, em seguida, 
aplicação da vaselina (gel isolante), evitando que a guta-percha 
fique aderida ao dente. Aquecimento e plastificação da ponta do 
bastão de guta-percha na chama de uma lamparina e aplicação da 
guta-percha sobre a superfície do dente enquanto ainda estiver 
brilhosa. 
Antes de realizar o teste no 
elemento suspeito, faz-se 
em um elemento que esteja 
hígido, para o paciente saber 
diferenciar os dois estímulos.
Figura 8: Teste pelo frio com gás refrigerante.
Figura 9: Aplicação da guta-percha aquecida. 
Fonte: LOPES, SIQUEIRA, 2015.
TESTES DE SENSIBILIDADE PULPAR
PÁGINA 12
O teste de cavidade ou mecânico é um método adicional, representando o último teste a ser aplicado sobre um dente para 
verificação da vitalidade pulpar, estando indicado quando os demais não oferecem respostas satisfatórias. Pode seu usado para 
identificar o dente causador do problema por meio do acesso na face palatina dos dentes anteriores ou oclusal dos posteriores, 
sem o emprego de anestesia, com brocas de pequenas dimensões.
Para diagnóstico correto das condições periapicais, a radiografia é um recurso insubstituível. Com a radiografia 
periapical, observam-se a largura, o comprimento e o raio da curvatura radicular, além das alterações perirradiculares 
resultantes do comprometimento da polpa dental, elementos determinantes no planejamento do tratamento endodôntico. 
Com a radiografia inicial, observam-se a coroa dental e o segmento 
cervical da raiz, podendo observar melhor a relação de proximidade 
entre a polpa dental e as restaurações ou cavidades de cárie, assim 
como a deposição irregular de dentina ou calcificações que possam 
modificar a morfologia da câmara pulpar. 
 A radiografia panorâmica pode ser útil para uma avaliação das 
estruturas anexas, como seio maxilar e canal mandibular, com elementos 
endodonticamente comprometidos. Em casos de lesões extensas, em que 
a radiografia periapical não consiga mostrar toda a extensão do processo 
patológico circundado por tecido sadio. 
TESTES DA CAVIDADE
EXAME RADIOGRÁFICO
Canino superior com
lesão periapical.
Fonte: LOPES, SIQUEIRA, 2015.
PÁGINA 13
 O diagnóstico é a essência da estruturação do tratamento endodôntico. O processo e sua obtenção englobam a 
tabulação, interpretação e identificação de sinais e sintomas característicos de uma alteração tecidual. Dificuldade 
de chegar ao correto diagnóstico, especialmente nas alterações pulpares, pois a polpa encontra-se envolta por 
paredes inelásticas de dentina, tecido que ela mesma formou. 
 Os principais agentes etiológicos das doenças da polpa e do periápice são os microrganismos da cárie dental 
(Figura 11). As bactérias presentes provocam uma resposta pulpar, inicialmente com um processo inflamatório 
reversível e, havendo persistência dos agentes agressores, essa inflamação evolui para um processo irreversível, 
que se não tratado em tempo hábil, poderá levar à necrose do tecido pulpar. A partir daí as substâncias liberadas do 
tecido necrótico e a consequente proliferação dos microrganismos no sistema de canais radiculares, culminam no 
desenvolvimento das doenças do periápice. 
Fonte: www.google.com.br
PÁGINA 14
Figura 11: Dinâmica dos processos patológicos pulpar e perirradicular tendo como início um processo de cárie. 
Fonte: LOPES, SIQUEIRA, 2015.
PULPITE REVERSÍVEL. A medida que a cárie avança na dentina em direção a polpa, aumenta a gravidade do processo 
inflamatório pulpar. 
PULPITE IRREVERSÍVEL. Após exposição pulpar por cárie, a agressão exercida diretamente por microrganismos é intensa 
e gera inflamação severa e irreversível. 
PULPITE IRREVERSÍVEL E NECROSE PARCIAL. A infecção avança no canal em direção apical. D, Necrose e infecção de 
praticamente toda a polpa radicular, como resultado do avanço apical dos eventos compartimentalizados de agressão, 
inflamação, necrose e infecção. 
Estabelecida a infecção na porção mais apical do sistema de canais radiculares. 
O processo inflamatório se estende para os tecidos perirradiculares e uma lesão osteolítica se estabelece. 
A
B
C
E
F
PÁGINA 15
 A polpa dental é um tecido conjuntivo 
frouxo encontrado no interior da cavidade pulpar 
(câmara pulpar e canal radicular) que contém 
grande número de vasos sanguíneos, vasos 
linfáticos, fibras nervosas e células. Entre estas, 
estão os odontoblastos, os quais diferenciam 
o tecido pulpar dos demais tecidos conjuntivos 
presentes em outras regiões do corpo. 
 Por possuir um metabolismo intenso, a 
polpa dental apresenta boa capacidade de reparo. 
Por ser um tecido conjuntivo, quandodiante de 
um agente agressor ocorrem fenômenos vasculo 
exsudativos, caracterizando a inflamação. Em 
virtude de a polpa dental estar circundada por 
paredes dentinárias rígidas, quando ocorrem 
a inflamação pulpar e, consequentemente, o 
aumento de volume desse tecido, há a compressão 
de fibras nervosas, gerando dor. Além disso, 
o aumento do volume pulpar pode dificultar a 
circulação sanguínea local e o retorno de sangue 
venoso via forame apical, o que prejudica a 
capacidade de defesa do tecido pulpar.
CARACTERÍSTICAS DAS ALTERAÇÕES PULPARES
PÁGINA 16
Resposta pulpar aos testes mecânicos
Polpa Normal Polpa Inflamada
Frio
Vasoconstricção Vasoconstricção
Diminuição da pressão interna Diminuição da pressão interna
Dor (resposta imediata) Alívio da dor*
Calor
Vasodilatação Vasodilatação
Aumento da pressão interna Aumento da pressão interna
Dor Dor (resposta tardia
Diagnóstico clínico/ radiográfico e tratamento da Pulpite Aguda Reversível.
 DIAGNÓSTICO PULPITE AGUDA REVERSÍVEL
Características da dor Presente, provocada, localizada e aguda
Frequência da dor Intermitente
Inspeção clínica Cárie ou restauração fraturada ou exposição dentinária
Palpação / Percussão Ausência de dor
Teste de sensibilidade Positivo
Características radiográficas Ausência de lesão periapical
Tratamento Conservador – Capeamento
PÁGINA 17
Diagnóstico clínico/ radiográfico da Pulpite aguda em fase de transição. 
 DIAGNÓSTICO PULPITE AGUDA EM FASE DE TRANSIÇÃO
Características da dor Presente, espontânea ou provocada, localizada
Frequência da dor Intermitente
Inspeção clínica Cárie ou restauração fraturada
Palpação / Percussão Ausência de dor
Teste de sensibilidade Positivo
Características radiográficas Ausência de lesão periapical
Tratamento * Conservador (capeamento ou pulpotomia) 
Ou Radical (Endodôntico) 
*de acordo com os sinais e sintomas clínicos e/ou características macroscópica da polpa
Diagnóstico clínico/ radiográfico e tratamento da Pulpite aguda Irreversível. 
DIAGNÓSTICO PULPITE AGUDA IRREVERSÍVEL
Características da dor Presente, espontânea, localizada, as vezes difusa e/ou reflexa, contínua, lancinante, pulsátil
Frequência da dor Intermitente
Inspeção clínica Cárie ou restauração fraturada
Palpação / Percussão Ausência de dor (pode apresentar dor em alguns casos)
Teste de sensibilidade Positivo
Características radiográficas Ausência de lesão periapical ou espessamento do ligamento
Tratamento Endodôntico
PÁGINA 18
Diagnóstico clínico/ radiográfico e tratamento da necrose pulpar.
 DIAGNÓSTICO NECROSE PULPAR
Características da dor Ausente
Inspeção clínica Pode apresentar escurecimento da coroa
Palpação / Percussão Ausência de dor
Teste de sensibilidade Negativo
Características radiográficas Ausência de lesão periapical
Tratamento Endodôntico
O processo progride por 
compartimentos até que os tecidos 
periapicais sejam atingidos e as 
lesões perirradiculares apareça. A 
patologia perirradicular é uma resposta 
inflamatória (aguda) e imunológica 
(crônica) com o objetivo de conter o 
avanço da infecção.
Periodontite Apical Aguda
CARACTERÍSTICAS DAS ALTERAÇÕES PERIRRADICULARES
PÁGINA 19
 Diagnóstico clínico/ radiográfico e tratamento da Periodontite Apical Aguda. 
 
 DIAGNÓSTICO PERIODONTITE APICAL AGUDA 
Características da dor Localizada, pulsátil, contínua, exacerbada ao toque vertical
Inspeção clínica Presença de cárie
Palpação Leve sensibilidade dolorosa 
Percussão vertical Exacerbação da dor
Percussão horizontal Ausência de dor
Teste de sensibilidade Negativo
Características radiográficas Ligamento periodontal normal ou ligeiramente espessado
Tratamento Endodôntico 
• PERIODONTITE APICAL AGUDA:
PÁGINA 20
 Diagnóstico clínico/ radiográfico e tratamento do Abscesso dentoalveolar Agudo.
DIAGNÓSTICO ABSCESSO DENTOALVEOLAR INICIAL
ABSCESSO 
DENTOALVEOLAR EM 
EVOLUÇÃO
ABSCESSO DENTOALVEOLAR 
EVOLUÍDO
Características da dor Intensa, localizada/ difusa, pulsátil, contínua, espontânea
Difusa, pulsátil, contínua, 
espontânea
Difusa, moderada, pulsátil, 
contínua, espontânea
Inspeção clínica Presença de cárie Presença de cárie Presença de cárie
Palpação Positiva Positiva Positiva
Percussão vertical Exacerbação exagerada da dor Positiva Positiva
• ABSCESSO PERIRRADICULAR AGUDO:
PÁGINA 21
Percussão horizontal Positiva Positiva Positiva
Extrusão e mobilidade 
dentária Presentes Presentes Presentes
Teste de sensibilidade Negativo Negativo Negativo
Inchaço intra ou 
extraoral Ausente
Presente, difuso, firme, 
sem ponto de flutuação e 
aquecido
Presente, com ponto de 
flutuação
Características 
radiográficas
Ligamento periodontal normal 
ou ligeiramente espessado
Ligamento periodontal 
normal ou ligeiramente 
espessado
Ligamento periodontal 
normal ou ligeiramente 
espessado
Tratamento Endodôntico, drenagem via forame apical Endodôntico Endodôntico
Diagnóstico clínico/ radiográfico e tratamento do Abscesso Dentoalveolar Crônico 
 DIAGNÓSTICO ABSCESSO DENTOALVEOLAR CRÔNICO 
Características da dor Ausente
Inspeção clínica Presença de cárie; fistula pode ou não ser visualizada
Palpação Pode apresentar sintomatologia dolorosa
Percussão vertical Ausência de dor
Percussão horizontal Ausência de dor
Teste de sensibilidade Negativo
Características radiográficas Rarefação apical difusa
Tratamento Endodôntico
PÁGINA 22
Rastreamento da fístula
 
Fonte: LOPES, SIQUEIRA, 2015.
Diagnóstico clínico/ radiográfico e tratamento do Granuloma periapical e Cisto periodontal apical. 
DIAGNÓSTICO GRANULOMA
Características da dor Ausente
Inspeção clínica Presença de cárie
Palpação Pode apresentar sintomatologia dolorosa
Percussão vertical Ausência de dor
Percussão horizontal Ausência de dor
Teste de sensibilidade Negativo
Características radiográficas Rarefação apical circunscrita
Tratamento Endodôntico
PÁGINA 23
ALTERAÇÕES PERIAPICAIS CRÔNICAS QUE AGUDECEM
Mudanças da microbiota
Queda da resistência do hospedeiro
Invasão bacteriana na região periapical
*Diagnóstico diferencial: presença radiograficamente de lesão periapical
ABSCESSO FÊNIX
REFERÊNCIAS
PÁGINA 24
BERGEHHOLTZ, G.; HORSTED-BINDSLEY, P. REIT, C. Endodontia. 1. ed. Rio de Janeiro, Guanabara-Koogan, 2006. 338p. 
COHEN, S.; HARGREAVES, K.M. Caminhos Da Polpa: Endodontia. 10. ed. Elsevier, 2011.
ESTRELA,CARLOS. Endodontia Laboratorial e Clínica. São Paulo: Artes Médica, 2013.
LAURETTI, M. B. Manual de Técnica Endodôntica. 1. ed. São Paulo: Ed. Santos, 2005. 256p. 
LEMOS, E. M., 2001<http://www.endo-e.com/> 2013. Acesso em: 2 abril 2018.
LEONARDO, MR. Endodontia: tratamento de canais radiculares. São Paulo: Artes Médicas, 2005. 1491p. 
LOPES, H.P.; SIQUEIRA JUNIOR, J.F. Endodontia: Biologia e Técnica. 15. ed. Elsevier, 2015.
MACHADO, MEL. Endodontia – da Biologia à Técnica. São Paulo: Editora Santos, 2007. 484p. 
RAMOS, C. A. S.; BRAMANTE, C. M. Odontometria - Fundamentos e Técnicas. 1. ed. São Paulo: 2005. 130p. 
ZUOLO, M. L et al. Reintervenção em Endodontia. 1. ed. Rio de Janeiro: Gen/Guanabara Koogan, 2010. 276p 
REFERÊNCIAS
http://www.endo-e.com/
PÁGINA 25
ASPECTOS ANATÔMICOS 
DA CAVIDADE PULPAR
RACHEL REINALDO ARNAUD | FLAVIANA LAÍS PEREIRA DOS SANTOS
CAPÍTULO 2
A adequada intervenção endodôntica 
requer o conhecimento detalhado da 
configuração interna dental.O estudo 
detalhado da cavidade pulpar de cada dente, 
seus aspectos normais, bem como as variações 
anatômicas mais frequentes, é de extrema 
importância. Entretanto, devemos considerar 
que a radiografia, elemento que dispomos 
para observação da cavidade pulpar durante a 
terapia endodôntica, fornece apenas a imagem 
bidimensional, muitos detalhes poderão 
passar despercebidos. 
PÁGINA 26
 
Dividida em duas partes: a câmara pulpar e o canal radicular, localizadas 
na coroa e na raiz, respectivamente;
O contorno da câmara pulpar e do canal radicular acompanha o contorno 
da face externa do dente;
Com a idade ou em consequência de agressões físicas, químicas ou 
bacterianas, a cavidade pulpar vai reduzindo seu tamanho em decorrência de 
deposição de dentina secundária ou da formação de dentina terciaria. 
O tamanho da câmara e dos canais radiculares nos indivíduos jovens é 
sensivelmente maior que nos idosos;
 
 
 
CAVIDADE PULPAR
COMPOSIÇÃO PULPAR O canal radicular não é único, divide-se em canal 
dentinário e canal cementário, além disso, várias 
ramificações podem ser encontradas na região da 
raiz dentária.
CDC – Limite cemento-
dentina-canal 
Constricção do canal 
dentinário com o 
cementário.
Fonte: Estrela, 1999.
Fonte: SOARES, 2011.
A - Assoalho 
C – Cornos pulpares 
T - Teto 
P - Paredes
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SISTEMA DE CANAIS RADICULARES
Delta Apical - múltiplas terminações do canal principal e 
que originam o aparecimento de vários forames.
O forame apical nem sempre coincide com o 
ápice anatômico, por isso, a importância de 
se respeitar o limite de 1mm.
Fonte: Lemos, 2001.
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INCISIVO CENTRAL SUPERIOR 
Raiz única, podendo encontrar dois canais; 
Cíngulo proeminente, câmara se apresenta mais 
ampla e pode encontrar cornos pulpares evidentes;
Forma triangular.
INCISIVO CENTRAL SUPERIOR 
 
Normalmente inclinação para distal e palatina; 
Maiores variações anatômicas: dents invaginatos 
e fusão. 
Raiz única, possibilidade de acidentes, pois ela 
tende a apresentar curvaturas acentuadas para 
distal e lingual.
ANATOMIA INTERNA DOS GRUPOS DENTAIS
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1º PRÉ-MOLAR SUPERIOR
CANINO SUPERIOR
 
Dente mais longo 
Maior dimensão na norma vestibulolingual; 
Inclinação em ângulos para os sentidos mesiodistal e 
vestibulopalatino; 
Coroa em forma pentagonal.
Geralmente duas raízes, uma vestibular e uma ligual; podendo apresentar três, duas vestibulares e uma lingual.
Apresenta dois canais radiculares;
Morfologia de um rim- achatamento mesio distal.
Coroa aproximadamente cuboide
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2º PRE-MOLAR SUPERIOR 
 
 
MOLAR SUPERIOR
Geralmente uma raiz e um canal, que é muito largo;
O forame apical frequentemente coincide com o ápice do dente.
Três raízes e três canais, duas 
vestibulares e uma lingual, a raiz 
lingual tem a maior dimensão;
A raiz mesio vestibular sofre maior 
variações morfológicas , a lingual mais 
reta e volumosa, e a disto vestibular 
mais curva.;
Coroa tetracuspidada e câmara 
trapezoidal .
Raízes mais retas e tendem a fusão; 
 Três raízes e três canais; 
Câmara pulpar tem forma retangular. 
PRIMEIRO 
MOLAR SUPERIOR
SEGUNDO 
MOLAR SUPERIOR 
PÁGINA 31
Menor dente da arcada;
Cavida INCISIVOS INFERIORES de 
pulpar muito grande, vista sentido 
vestibulolingual.;
Coroa forma trapeizoidal;
Raiz achatada mesiodistal;
Forame apical pode abrir no 
centro da raiz, para vestibular ou 
lingual.
Câmara pulpar e o canal radicular são maiores em todas 
as dimensões.
Curvatura na porção apical, preferencialmente para 
vestibular;
O formae apical abre no ápice radicular, na mesial ou distal;
Raiz única, geralmente achatada no sentido mésio distal.
INCISIVO 
CENTRAL INFERIOR 
INCISIVO 
LATERAL INFERIOR 
CANINO INFERIOR 
 INCISIVOS INFERIORES CANINO INFERIOR
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PRÉ-MOLARES INFERIORES
Um canal, podendo possuir dois;
Frame apical localiza no apice 
radicular, desviado para vestibular e 
lingual;
Coroa com forma de cubo;
Raiz com secção ovoide, achatada no 
sentido mésio distal.
Uma raiz, um canal, possibilidade de dois 
canais, que podem desviar para distal.
PRIMEIRO PRÉ MOLAR INFERIOR SEGUNDO PRÉ MOLAR INFERIOR
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MOLAR INFERIOR
 Três condutos, podendo aparecer o quarto na raiz distal;
 Duas raizes, uma distal e uma mesial, achatadas no sentido 
mésio distal e amplas no sentido vestibulo lingual;
A raiz mesial habitualmente, tem uma curvatura acentuada, 
já a distal pode ser levemente encurvada ou reta;
Mais volumoso dos dentes;
Possui cinco cúspides, três vestibulares e duas linguais; 
Câmara com forma de cubo.
Conduto na forma de “C”;
Quatro cúspides, geralmente 
duas raizes;
PRIMEIRO 
MOLAR INFERIOR
SEGUNDO 
MOLAR INFERIOR
PÁGINA 34
TERCEIROS 
MOLARES 
REFERÊNCIAS
BERGEHHOLTZ, G.; HORSTED-BINDSLEY, P. REIT, C. Endodontia. 1. ed. Rio de Janeiro, Guanabara-Koogan, 2006. 338p. 
COHEN, S.; HARGREAVES, K.M. Caminhos Da Polpa: Endodontia. 10. ed. Elsevier, 2011.
ESTRELA,CARLOS. Endodontia Laboratorial e Clínica. São Paulo: Artes Médica, 2013.
LAURETTI, M. B. Manual de Técnica Endodôntica. 1. ed. São Paulo: Ed. Santos, 2005. 256p. 
LEMOS, E. M., 2001. <http://www.endo-e.com/> 2013. Acesso em: 2 abril 2018.
 Por possuirem grandes variações anatômicas, tanto em 
relação a forma, como ao número de canais, dificulta a 
descrição de um modelo padrão anatômico.
PÁGINA 35
LEONARDO, MR. Endodontia: tratamento de canais radiculares. São Paulo: Artes Médicas, 2005. 1491p. 
LOPES, H.P.; SIQUEIRA JUNIOR, J.F. Endodontia: Biologia e Técnica. 15. ed. Elsevier, 2015.
MACHADO, MEL. Endodontia – da Biologia à Técnica. São Paulo: Editora Santos, 2007. 484p. 
RAMOS, C. A. S.; BRAMANTE, C. M. Odontometria - Fundamentos e Técnicas. 1. ed. São Paulo: 2005. 130p. 
ZUOLO, M. L et al. Reintervenção em Endodontia. 1. ed. Rio de Janeiro: Gen/Guanabara Koogan, 2010. 276p 
PÁGINA 36
INSTRUMENTOS ENDODÔNTICOS
 
 
PATRÍCIA GUERRA PEIXE GONÇALVES | RHAYSSA KAREN MARQUES DE MELO
CAPÍTULO 3
O conhecimento das características dos instrumentais a serem utilizados na prática endodôntica possibilita ao 
aluno/profissional a atendimento coerente e ágil, selecionando-os de acordo com a etapa clínica do procedimento. 
Disporemos neste capítulo os instrumentos utilizados na prática laboratorial e clínica do UNIPÊ de acordo com a 
etapa operatória.
 
MATERIAIS E INSTRUMENTOS UTILIZADOS NA ETAPA DE ACESSO CORONÁRIO 
O diagnóstico e a indicação de tratamento endodôntico devem ser realizados por meio de kit clínico composto 
por bandeja, pinça, sonda no 5 e espelho plano no 5 (Figura 1), e métodos complementares. 
No início do procedimento endodôntico, a anestesia se faz necessária na maioria dos casos, usando seringa 
carpule (Figura 1), anestésico e agulhas curtas ou longas. 
O acesso coronário é composto pela fase de abertura coronária e pelo refinamento do preparo. A abertura 
coronária é realizada por ponta diamantada esférica (Figura 2A) e broca carbide esférica (Figura 2B) para alta 
rotação, de haste curta ou longa. Na fase de refinamento, as brocas a serem usadas: Endo Z ou ponta diamantada no 
3083 (Figura2C).
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 Figura 1: Bandeja metálica com kit clínico e seringa carpule. Figura 2: Brocas e Pontas diamantadas usadas no acesso coronário.
 
MATERIAIS E INSTRUMENTOS UTILIZADOS NO ISOLAMENTO ABSOLUTO E NA 
LOCALIZAÇÃO DOS CANAIS 
Ao término do acesso coronário, o isolamento absoluto deve ser realizado. Para este procedimento, os 
instrumentos usados são: o arco de Ostby (Figura 3A) ou arco dobrável (figura 3B); grampos para incisivos, pré-
molares e molares (Figuras 4A, 4B E 4C); perfurador de Ainsworth, parte ativa com 5 furos, com função de furar o 
lençol de borracha de acordo com o diâmetro do dente (Figura 5); e a pinça porta-grampo de Palmer (Figura 6A) e de 
Brewer (Figura 6B), com função de levaro grampo ou conjunto grampo, lençol de borracha e arco ao dente.
PÁGINA 38
Figuras 3 e 4: Instrumentos para isolamento absoluto: figura 3A – Arco de Ostby, figura 3B – Arco dobrável, figura 4A – Grampos para incisivos (210, 211e 212), 
figura 4B – Grampos para pré-molares (0, 206 e 208), e figura 4C – Grampos para molares (200, 202, W8A e 26).
 
Figuras 5 e 6:Instrumentos para isolamento absoluto: figura 5A – Perfurador de Ainsworth, figura 6A – Pinça porta-grampo de Palmer, e figura 6B – Pinça 
porta-grampo de Brewer.
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A remoção de calcificações pulpares, localização dos condutos e a permanência dos mesmos visíveis é obtida 
pela sonda exploradora reta, item que deve fazer parte da bandeja para atendimento endodôntico (Figura 7).
 
Figura 7: Sonda exploradora reta.
MATERIAIS E INSTRUMENTOS UTILIZADOS NA ETAPA DO PREPARO QUÍMICO-
MECÂNICO
Os instrumentos endodônticos agem nesta etapa como agentes mecânicos, tendo ação direta nas paredes do 
canal radicular. São utilizados para explorar, remover matéria orgânica e ajudar no saneamento e preparo do sistema 
de canais radiculares. 
Conhecer as características de cada instrumento, permite que o aluno/profissional possa selecionar corretamente 
os instrumentos que serão usados de acordo com o caso. Sobre a classificação dos instrumentos, observe a Tabela 1.
Tabela 1: Classificação dos instrumentos endodônticos de acordo com o desenho, secção, tipo de acionamento e fabricação.
Forma do Instrumento Desenho do Instrumento Tipo de Acionamento Fabricação
Farpado Manual Usinagem
Tipo K Manual ou Mecanizado Torção ou Usinagem
Hedstrom Manual Usinagem
Especiais Mecanizado Usinagem
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Os instrumentos endodônticos apresentam partes diferentes, estas são denominadas:
 
1 – Cabo
2 – Haste de Fixação
3 – Corpo
4 – Intermediário
5 – Parte de Corte ou de Trabalho
6 – Ponta
As dimensões dos instrumentos são categorizadas através do comprimento, diâmetro e conicidade. Os 
instrumentos padronizados obedecem a norma ISO 3630-1, que estabelece o comprimento variando entre 21, 25 e 31 
mm na extensão do corpo do instrumento. A parte ativa do instrumento (parte de corte ou trabalho) tem medida fixa 
de 16 mm, variando o tamanho do intermediário. Normalmente são divididos em 4 séries (Tabela 2): especial (06, 08, 
10), 1ª série (15, 20, 25, 30, 35, 40), 2ª série (45, 50, 55, 60, 70, 80) e 3ª série (90, 100, 110, 120, 130, 140). 
O diâmetro da ponta é denominado D0, e junto ao intermediário, D16. Em D0 os instrumentos podem apresentar 
desde 0,06 a 1,40 mm, por serem instrumentos padronizados, há uma tolerância no aumento do diâmetro a cada 
milímetro ao longo da parte de trabalho, sendo tolerado o aumento de 0,02 mm dos instrumentos de número 06 ao 60, 
e do 70 ao 140, tolerância de 0,04mm (Tabela 2).
PÁGINA 41
Tabela 2: Instrumentos endodônticos padronizados.
Os usos de instrumentos especiais também estão presentas no preparo mecânico do canal. Os formatos variam, 
bem como o tipo de liga, haste de fixação ou cabo, tamanho, conicidade (Figura 8). 
Figura 8: Instrumentos especiais – 8A: Gates Glidden (do número 1 ao 6]; 8B: Largo (do número 1 ao 6); 8C: Protaper Manual; e 8D: Protaper Rotatória.
 São recomendados para o preparo químico-mecânico instrumentos tipo K e Protaper manual (figura 9) na 
clínica-escola, porém há diversos sistemas de instrumentos, na sua maioria mecanizado, sendo acionado a motor 
(Tabela 3 e 4). 
PÁGINA 42
Figura 9: Protaper manual: Instrumentos modeladores Sx, S1 e S2; Instrumentos para acabamento F1 ao F5. 
Note que o comprimento do Sx é menor (19mm) em relação aos outros (25mm).
 
 
Tabela 3: Instrumentos com padronização ISO: Tipo de liga, apresentação comercial, secção transversal, padronização, tamanhos e indicação.
PÁGINA 43
 
Tabela 4: Instrumentos especiais: Tipo de liga, apresentação comercial, padronização, tamanhos e indicação.
PÁGINA 44
Além dos instrumentos endodônticos, nesta etapa operatória são utilizados: caixa perfurada com o objetivo de 
organizar os instrumentos; réguas: plástica e milimetrada (simples e calibradora); para o sistema de irrigação e 
aspiração, cânula de sucção, seringa e agulhas para irrigação; e o tamborel, para colocar as limas que estão em uso.
Materiais usados na etapa do preparo químico mecânico. Figura 9A e 9B – Caixa perfurada para organização dos 
instrumentos; Figura 10A – Régua Plástica para medição do dente na radiografia; Figura 10B e 10C – Régua milimetrada 
simples e calibradora; Sistema de irrigação e aspiração – figura 11 – cânula de sucção, Figura 12 e 13 – agulha e seringa 
para irrigação; e Figura 14 – tamborel.
PÁGINA 45
INSTRUMENTO UTILIZADO PARA MEDICAÇÃO INTRACANAL 
Entre consultas, após o preparo químico-mecânico, pode ser indicado a colocação de medicação intracanal 
Calen ou Calen PMC. Para inserção da medicação, é usada seringa endodôntica para Calen (Figura 15).
Figura 15: Seringa endodôntica para Calen.
MATERIAIS E INSTRUMENTOS UTILIZADOS NA OBTURAÇÃO DO SISTEMA DE 
CANAIS RADICULARES 
Na etapa de obturação do sistema de canais radiculares são utilizadas: espátula 24 e placa de vidro para 
manipulação do cimento endodôntico (figura 16); espaçadores, na técnica de condensação lateral (figura 17); e 
calcadores de Paiva, na condensação vertical (figura 18). 
 
Instrumentos utilizados na obturação dos sistemas de canais radiculares: 
16 – placa de vidro e espátula 24; 17 – espaçadores digitais; figura 18 – calcadores de Paiva.
PÁGINA 46
REFERÊNCIAS
COHEN, S.; HARGREAVES, K.M. Caminhos Da Polpa: Endodontia. 10. ed. Elsevier, 2011.
LEMOS, E. M., 2001<http://www.endo-e.com/> 2013. Acesso em: 2 abril 2018.
LEONARDO, MR. Endodontia: tratamento de canais radiculares. São Paulo: Artes Médicas, 2005. 1491p. 
LOPES, H.P.; SIQUEIRA JUNIOR, J.F. Endodontia: Biologia e Técnica. 15. ed. Elsevier, 2015.
MACHADO, MEL. Endodontia – da Biologia à Técnica. São Paulo: Editora Santos, 2007. 484p. 
http://www.endo-e.com/
PÁGINA 47
CIRURGIA DE ACESSO
Ato operatório no qual expõe a câmara pulpar; 
Possibilita a chegada ao interior da cavidade pulpar;
Compreende: Abertura coronária; Esvaziamento da câmara pulpar; Localização e o preparo da entrada dos 
canais e o preparo do terço cervical.
CIRURGIA DE ACESSO
 
 
RACHEL REINALDO ARNAUD | FLAVIANA LAÍS PEREIRA DOS SANTOS
CAPÍTULO 4
ACESSO BEM 
REALIZADO 
MELHOR LUMINOSIDADE 
DA CÂMARA PULPAR E 
ENTRAADA DOS CANAIS
FACILITA 
INSTRUMENTAÇÃO!
PÁGINA 48
PRINCIPIOS QUE 
REGEM A ABERTURA 
CORONÁRIA
Acesso direto 
em linha reta ao 
canal radicular
Remoção de 
restaurações 
defeituosas 
Acesso através 
das superfícies 
linguais e 
oclusais
Remoção de 
todo o teto da 
câmara pulpar;
Tecido cariado 
deve ser 
removido por 
completo
Conservar 
a estrutura 
dentaria;
Preservar o 
 assoalho;
Incluir cornos 
pulpares, 
saliência e 
retenções do 
teto da câmara 
pulpar
PÁGINA 49
ETAPAS OPERATÓRIAS DA ABERTURA CORONÁRIA
PÁGINA 50
INCISIVOS 
PONTO DE ELEIÇÃO: 
2 a 3mm próximo ao cíngulo em direção incisal. 
DIREÇÃO DE TREPANAÇÃO: 
com a broca esférica diamantada perpendicular a face 
lingual realiza desgaste em esmalte. Em seguida, a broca 
carbide paralela ao longo eixo do dente.
FORMA DE CONTORNO: remoção do teto da câmara: 
Broca esférica - tração de dentro para fora. 
Ligeiramente inclinada para vestibular em relação 
ao longo eixo do dente e colocada na câmara, 
através de suaves movimentos de tração para 
ampliar a abertura e dar a forma adequada. 
Verificar se ainda tem presença de remanescente 
(Alteração de cor da coroa dental) da parede 
vestibular da câmara com a sonda exploradora 
angulada.
Fo
nt
e:
 S
oa
re
s,
 2
01
1.
PÁGINA 51
FORMA DE CONVENIÊNCIA: alisar as paredes com a Endo Z. 
 
 
Forma triangular com base voltada para incisal. Fonte: Soares, 2011.PÁGINA 52
CANINOS
PONTO DE ELEIÇÃO: ponta 
diamantada esférica, nas 
proximidades do cíngulo. No 
canino superior, 2 a 3mm 
abaixo do cíngulo e no inferior, 
2 a 3mm acima do cíngulo.
DIREÇÃO DE TREPANAÇÃO: 
broca diamantada desgasta o 
esmalte, perpendicular a face 
lingual. Em seguida, a carbide, 
no sentido do longo eixo do 
dente até “cair no vazio”.
FORMA DE CONTORNO: 
remoção do teto 
da câmara pulpar. 
Confirmar com a sonda 
exploradora.
FORMA DE CONVENIÊNCIA: 
usa a Endo Z para regularizar as 
paredes. Forma final losangular 
de lança para canino superior e 
oval para o inferior. 
PÁGINA 53
PRÉ-MOLARES
 
PONTO DE ELEIÇÃO: área central da face 
oclusal. No inferior, com uma discreta 
tendência para mesial do dente. 
DIREÇÃO DE TREPANAÇÃO: broca diamantada desgasta 
esmalte, no sulco central. A broca carbide, no superior, 
faz uma pequena inclinação para a lingual até atingir a 
câmara pulpar, no inferior, a broca fica em direção vertical 
paralela ao longo eixo do dente, com pequena inclinação 
da haste da broca para lingual para atingir a parte mais 
volumosa da câmara pulpar.
FORMA DE CONTORNO: com a Endo Z remove o teto 
da câmara pulpar. Nos pré-molares superiores faz 
movimentos pendulares, no sentido vestíbulo lingual, 
para remover o teto. Confirma a remoção do teto com o 
auxílio de uma sonda exploradora n°5.
PÁGINA 54
 
MOLARES 
FORMA DE CONVENIÊNCIA: regula 
as paredes da câmara com a Endo Z. 
A forma final do pré molar superior 
é oval, com achatamento no sentido 
mésio distal; e do inferior, oval ou 
circular.
PONTO DE ELEIÇÃO: no centro do sulco principal, 
na fosseta central, para a mesial da ponte de 
esmalte, no molar superior e no molar inferior, 
no centro do sulco principal, na fosseta central.
DIREÇÃO DE TREPANAÇÃO: broca diamantada realiza desgaste 
no esmalte, no centro do sulco oclusal. Com a carbide, no 
molar superior, com leve inclinação para raiz lingual e no 
molar inferior, com leve inclinação para raiz distal.
PÁGINA 55
 
	
FORMA DE CONTORNO: com suaves 
movimentos de dentro para fora a 
broca vai dando a abertura da forma 
desejada. Regulariza as paredes 
da câmara com a Endo Z e faz 
confirmação se tem remanescente 
com uma sonda exploradora n°5.
FORMA DE CONVENIÊNCIA: remove 
a projeção de dentina da parede 
mesial e promove forma triangular 
ou trapeizoidal com base maior 
voltada para vestibular nos molares 
superiores e voltada para mesial nos 
molares inferiores.
Verificação de teto MS e MI
PÁGINA 56
REFERÊNCIAS
BERGEHHOLTZ, G.; HORSTED-BINDSLEY, P. REIT, C. Endodontia. 1. ed. Rio de Janeiro, Guanabara-Koogan, 2006. 338p. 
COHEN, S.; HARGREAVES, K.M. Caminhos Da Polpa: Endodontia. 10. ed. Elsevier, 2011.
ESTRELA,CARLOS. Endodontia Laboratorial e Clínica. São Paulo: Artes Médica, 2013.
LAURETTI, M. B. Manual de Técnica Endodôntica. 1. ed. São Paulo: Ed. Santos, 2005. 256p. 
LEMOS, E. M., 2001<http://www.endo-e.com/> 2013. Acesso em: 2 abril 2018.
LEONARDO, MR. Endodontia: tratamento de canais radiculares. São Paulo: Artes Médicas, 2005. 1491p. 
LOPES, H.P.; SIQUEIRA JUNIOR, J.F. Endodontia: Biologia e Técnica. 15. ed. Elsevier, 2015.
MACHADO, MEL. Endodontia – da Biologia à Técnica. São Paulo: Editora Santos, 2007. 484p. 
RAMOS, C. A. S.; BRAMANTE, C. M. Odontometria - Fundamentos e Técnicas. 1. ed. São Paulo: 2005. 130p. 
ZUOLO, M. L et al. Reintervenção em Endodontia. 1. ed. Rio de Janeiro: Gen/Guanabara Koogan, 2010. 276p 
http://www.endo-e.com/
PÁGINA 57
O preparo de um canal radicular decorre da interação dos instrumentos endodônticos com as substâncias 
químicas auxiliares e com a irrigação-aspiração com que se completam. A utilização de uma substância química 
auxiliar durante o ato de instrumentação visa facilitar a ação do instrumento e promover auxílio indispensável à 
sanificação do complexo endodôntico.
Protocolos alternativos de desinfecção, abrangendo meios químicos são essenciais ao tratamento 
endodôntico, obtidos pelo emprego de soluções químicas auxiliares de instrumentação e soluções irrigadoras. 
OBJETIVOS 
 
Dissolução de tecidos orgânicos;
Eliminação ou máxima redução de microrganismos;
Lubrificação;
Quelação de íons cálcio;
Suspensão de detritos oriundos da instrumentação.
SUBSTANCIAS QUÍMICAS AUXILIARES DA 
INSTRUMENTAÇÃO 
 
 
MARIA AUXILIADORA GOMES DO NASCIMENTO | RACHEL REINALDO ARNAUD | RENALLY FRANÇA DE OLIVEIRA
CAPÍTULO 5
PÁGINA 58
Tensão superficial
Viscosidade
Solvente de tecidos
Atividade antimicrobiana
Atividade quelante
Lubrificante
Suspensão de fragmentos
Biocompatibilidade
PRINCIPAIS SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS AUXILIARES
 
REQUISITOS
HIPOCLORITO DE SÓDIO
CLOREXIDINA
EDTA - ÁCIDO ETILENODIAMINO
ÁGUA DE CAL
ÁCIDO CÍTRICO
RC - PREP
MTAD
PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO
GLICERINA E OUTRAS SOLUÇÕES
PÁGINA 59
São utilizadas, geralmente, em forma de soluções líquidas. 
 
HIPOCLORITO DE SÓDIO
 
 
 
Fonte: www.google.com.br
Soluções de NAOCL são usadas em concentrações que variam de 0,5% a 6%:
Líquido de Dakin: solução de 0,5%
Líquido de Dausferene: solução de 0,5%
Solução de Milton: solução de 1%
Licor de Labarraque: solução de 2,5%
Soda Clorada: solução de 4-6%
Água Sanitária: 2-2,5%
Amplamente utilizada no tratamento endodôntico de dentes com polpa necrótica e lesões periapicais, assim como 
nos casos de polpa viva.
Composto halogenado;
Utilizado, primeiramente, em limpeza de feridas por Dakin em 1915;
Na endodontia desde 1936
SQA mais usada mundialmente
Substância química auxiliar e solução irrigadora ideal: solução de 2,5% 
PÁGINA 60
 
Atividade antimicrobiana;
Neutralização parcial de produtos tóxico;
Solvente de matéria orgânica;
Desodorizante;
Clareadora;
Lubrificante;
Baixa tensão superficial;
Detergente - Promove a saponificação dos lipídios.
ATIVIDADE SOLVENTE 
Dissolve a parte orgânica da smear layer e o biofilme bacteriano
Todo tecido pulpar deve ser eliminado (vivo ou necrosado)
Complexidade da morfologia interna dos canais
 
A capacidade da ação solvente das soluções cloradas em dissolver 
tecido orgânico vai ser influenciada pela:
Relação entre o volume da solução e a massa de tecido orgânico;
Superfície de contato entre o tecido e a solução de NaOCl;
Tempo de ação;
Temperatura da solução;
PROPRIEDADES:
É a capacidade de dissolução de matéria orgânica
PÁGINA 61
Agitação mecânica;
Concentração da solução;
Frequência da renovação da solução no interior do canal radicular.
AÇÃO ANTIMICROBIANA
Microrganismos e seus produtos tóxicos;
Principais responsáveis pela iniciação e perpetuação das patologias;
Infecção do canal radicular: mista, semiespecífica, anaeróbias;
Eliminação de microrganismos não removidos mecanicamente. 
 
 O cloro exerce uma função antibacteriana sob a forma de ácido hipocloroso não dissociado. Em solução neutra 
ou ácida, o ácido hipocloroso não dissocia, exercendo uma acentuada ação bacteriana. Essa ação ocorre por oxidação 
da matéria orgânica, aonde o cloro substitui o hidrogênio do grupo das proteínas.
 
 HOCl → H+ + OCl -
Liberação de oxigênio nascente; 
 Radicais oxigenados tóxicos
VANTAGENS 
 
 
Relativamente barato Relativamente não tóxico
Rápida atuação Solvente de matéria orgânica
Desodorizante e lubrificante Concentrações facilmente determinadas
Ativ. Antimicrobiana Clareador
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DESVANTAGENS
CLOREXIDINA
Digluconato de clorexidina;
1954 – anti-séptico para ferimentos de pele;
Em Odontologia: utilizada desde 1959 – bochecho
Agente antibacteriano;
Amplo espectro (Gram-Positivas como Gram-Negativas)
O uso da clorexidina a 2% como irrigante endodôntico é 
baseado na sua substantividade e em seu efeito antimicrobiano 
de longa duração que surgeda união com a hidroxiapatita. 
FILHO et al. (2006) avaliaram o efeito residual ou substantividade 
da solução de clorexidina em sistemas de canais radiculares e 
concluíram que a clorexidina proporcionou efeito antimicrobiano até 
doze semanas após a obturação do canal radicular.
Instável ao armazenamento
Ausência de toxicidade relativa;
Não dissolve tecido pulpar;
Substantividade;
Irritante de pele e mucosa
Inativado por matéria orgânica
Capacidade de absorção pelos tecidos dentais;
Não tem ação clareadora;
Biocompatibilidade
Forte odor
Não dissolve partículas inorgânicas
Amplo espectro de ação contra bactérias Gran + /-;
Sabor amargo.
Descora tecidos
Corrosivo Gosto desagradável
São soluções incolores, inodoras, pH 5-8 VANTAGENS
DESVANTAGENS
PÁGINA 63
Associação da clorexidina com o hipoclorito de sódio = forte pigmentação do elemento dentário.
 
 
 
O efeito residual da solução de clorexidina após o uso como solução irrigadora endodôntica desempenha um 
papel importante na desinfecção do sistema de canais radiculares. Entretanto, sua eficácia em regiões não atingidas 
pela preparação biomecânica ainda não é comprovada. Dessa forma, a clorexidina a 2% como irrigante deve ser eleita 
apenas quando há relato de alergias ao hipoclorito de sódio, e também, em dentes com rizogênese incompleta em 
casos de necrose pulpar, devido ao risco de extravasamento da substância para os tecidos perirradiculares.
CLOREXIDINANAOCL
PÁGINA 64
QUELANTES
Em 1957, Ostby - utilização de EDTA;
Instrumentação de canais atresiados 
(ação quelante - promove a remoção de íons cálcio da dentina);
Não é indicado como solução irrigadora.
O EDTA neutro (a concentração de 17%) mostrou um grau mais alto de descalcificação das superfícies dentinárias 
que o RC-Prep (um tipo de gel de EDTA). Recomenda-se o uso do EDTA a 17% combinado com o hipoclorito de sódio na 
irrigação final para a remoção da smear layer, após o PQM dos canais radiculares.
PROTOCOLO
I- Injetar a solução de EDTA com seringa
II- Manter por 3 minutos a 5 min (agitação mecânica) 
III- Irrigar com Hipoclorito a 2,5% (5 ml) 
PÁGINA 65
 
OBJETIVO:
 
 Renovar a substância química no interior do canal radicular e de tornar a limpeza do canal radicular mais efetiva. 
A instrumentação é complementada pela irrigação, sucção e inundação de substâncias ou soluções irrigadoras que 
constitui um processo único, simultâneo e contínuo. 
Para os casos de polpa viva e necrosada: hipoclorito de sódio 2,5%.
 
Aplicação de líquidos no interior
da cavidade pulpar.
Ação de atrair, por sucção, fluidos e 
partículas sólidas de uma cavidade
São fenômenos físicos distintos
Na endodontia são simultâneos
IRRIGAÇÃO ASPIRAÇÃO
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PRINCÍPIOS DA IRRIGAÇÃO
O mais importante na irrigação-aspiração de um canal radicular é a relação existente entre o diâmetro 
da instrumentação apical e o diâmetro da agulha irrigadora. Quanto maior esta relação, melhor a penetração 
da agulha irrigadora em sentido apical e o contato da solução irrigante com o término do canal radicular. 
 
Seringa plástica hipodérmica tipo Luer Lock ou seringas especiais (de 3 ou 5 mL.)
Agulhas irrigadoras Endo-Eze: deve possuir ponta romba e atingir o terço apical do 
canal (3 mm aquém do ápice). A agulha não pode obliterar a luz do canal;
Deve-se irrigar no mínimo 3 ml por canal a cada troca de instrumento. Renovar a 
solução quando a câmara não estiver preenchida ou quando se observar muitos 
detritos;
Durante a irrigação, realizar movimentos de entrada e saída para potencializar o 
refluxo;
Irrigar e aspirar simultaneamente para aumentar o fluxo da solução e em seguida 
inundar a cavidade pulpar a cada sequência de emprego de um mesmo instrumento 
e a cada mudança de instrumento.
1
PÁGINA 67
PROTOCOLO DE IRRIGAÇÃO FINAL:
A irrigação-aspiração final tem como objetivo principal remover traços dos fármacos usados durante o preparo 
do canal ou como medicamento intracanal.
I - 5 ml de Hipoclorito de sódio + EDTA 17% (3 minutos) + 5ml de Hipoclorito de Sódio.
II - Secagem do canal radicular (pontas de papel absorvente até o CRT) compatíveis com o instrumento de memória.
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REFERÊNCIAS
BERGEHHOLTZ, G.; HORSTED-BINDSLEY, P. REIT, C. Endodontia. 1. ed. Rio de Janeiro, Guanabara-Koogan, 2006. 338p. 
COHEN, S.; HARGREAVES, K.M. Caminhos Da Polpa: Endodontia. 10. ed. Elsevier, 2011.
ESTRELA,CARLOS. Endodontia Laboratorial e Clínica. São Paulo: Artes Médica, 2013.
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on postoperative pain following single-visit root canal treatment: a triple-blind randomized clinical trial. International 
Endodontic Journal, v. 51, n. 2, p.11, 2017.
FILHO M.T. et al. In vivo microbiological evaluation of the effect of biomechanical preparation of root canals using 
different irrigating solutions. J. Appl. Oral Sci., v.14, n. 2, 2006.
JUNIOR I.M.I., PESCE J., MEDEIROS H.F. Eficácia de substâncias químicas auxiliares na instrumentação de canais 
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LAURETTI, M. B. Manual de Técnica Endodôntica. 1. ed. São Paulo: Ed. Santos, 2005. 256p. 
LEMOS, E. M., 2001<http://www.endo-e.com/> 2013. Acesso em: 2 abril 2018.
LEONARDO, M. R. Endodontia: tratamento de canais radiculares. 2 ed. São Paulo: Artes Médicas, 2017.
LOPES, H.P.; SIQUEIRA JUNIOR, J.F. Endodontia: Biologia e Técnica. 15. ed. Elsevier, 2015.
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MACHADO, MEL. Endodontia – da Biologia à Técnica. São Paulo: Editora Santos, 2007. 484p. 
MALENTACCA A. et al. The comparative effectiveness and safety of three activated irrigation techniques in the isthmus 
area using a transparent tooth model. International Endodontic Journal, v.51, p. 35-41, 2018.
MARTINS DL et al. Laser de baixa intensidade para tratamento de extravasamentos de hipoclorito de sódio - relato 
de caso. Brazilian journal of surgery and clinical, v. 21, n. 1, p. 82-85, 2018.
PÁGINA 70
 
 
A Odontometria refere-se à medida do 
comprimento do dente. Muitas técnicas têm 
sido empregadas na tentativa de determinar 
clinicamente, com o máximo de precisão, 
o comprimento dos dentes e dos canais 
radiculares. Para tal, são utilizadas fórmulas 
matemáticas, mensurações diretamente nas 
radiografias, e, ainda, meios eletrônicos.
ODONTOMETRIA 
 
 
 
 
FERNANDA DE ARAÚJO TRIGUEIRO CAMPOS | RACHEL REINALDO ARNAUD | THAYSE TARGINO MORAIS
CAPÍTULO 6
OBJETIVOS:
Conhecer a técnica odontométrica e os fatores que 
justificam sua execução; 
Saber determinar o limite apical de trabalho nas 
diferentes situações anatomopatológicas;
Determinar a técnica radiográfica e saber interpretá-la;
Desenvolver sensibilidade táctil e visual.
PÁGINA 71
 
 
 Raio X inicial para diagnostico com uso de posicionadores
 
1
MATERIAL NECESSÁRIO:
SEQUÊNCIA TÉCNICA:
PÁGINA 72
 Determinar o Comprimento aparente do dente (CAD):
Na radiografia inicial, mede-se com o auxílio de uma régua milimetrada transparente e lupa o comprimento 
aparente do dente (CAD), que se estende do ápice radicular ao ponto de referência incisal ou oclusal. Chama-se 
aparente porque pode ter sofrido distorção radiográfica alterando a medida real do dente.
 
 Determinar o Comprimento real do instrumento (CRI):
 
Dessa forma, subtraímos 3 mm da medida inicial que equivale a aproximadamente 2/3 do comprimento da raiz.
CRI= CAD – 3 mm 
2
3
PÁGINA 73
Insere-se uma lima tipo K no interior do canal, ajustada no CRI, de forma que o cursor fique apoiado no ponto de 
referência na coroa. 
 
 
 Realiza-se uma tomada radiográfica com a lima assim posicionada.
 
Mede-se nesta radiografia a Distância ápice- instrumento (DAI), que corresponde à distância da ponta do 
instrumento ao ápice radiográfico.
 
Se a distância da ponta do instrumento até o 
ápice for maior que 4 mm, ajustar o instrumentoem mais 2 mm e repetir a radiografia.
4
5
PÁGINA 74
 Determinar o Comprimento real do dente (CRD):
 Observar através de uma segunda radiografia o nível atingido pelo instrumento. Não precisamos visualizar 
todo dente o mais importante é seu vértice radiográfico;
 Devemos identificar o DAI – é a distância da ponta do instrumento até o vértice radiográfico. Este espaço deve 
atingir até 3 mm aquém do vértice apical;
**Se a distância da ponta do instrumento até o ápice for maior que 4 mm, ajustar o instrumento em mais 2 mm 
e repetir a radiografia.
O comprimento real do dente é dado pela forma:
 
CRD = CRI + DAI
O DAI pode ser ZERO quando a lima 
ficar no limite do forame apical
O DAI pode ser NEGATIVO quando a 
lima ultrapassar o forame apical
6
PÁGINA 75
Comprimento real de trabalho (CRT): é o comprimento final, o qual iremos trabalhar, para isso devemos retirar 
1mm do comprimento real do dente.
O comprimento real do dente é dado pela forma:
 
CRD = CRI + DAI
 CRT = CRD – 1,0mm
6
PÁGINA 76
REFERÊNCIAS
BERGEHHOLTZ, G.; HORSTED-BINDSLEY, P. REIT, C. Endodontia. 1. ed. Rio de Janeiro, Guanabara-Koogan, 2006. 338p. 
COHEN, S.; HARGREAVES, K.M. Caminhos Da Polpa: Endodontia. 10. ed. Elsevier, 2011.
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LEMOS, E. M., 2001<http://www.endo-e.com/> 2013. Acesso em: 2 abril 2018.
LEONARDO, MR. Endodontia: tratamento de canais radiculares. São Paulo: Artes Médicas, 2005. 1491p. 
LOPES, H.P.; SIQUEIRA JUNIOR, J.F. Endodontia: Biologia e Técnica. 15. ed. Elsevier, 2015.
MACHADO, MEL. Endodontia – da Biologia à Técnica. São Paulo: Editora Santos, 2007. 484p. 
RAMOS, C. A. S.; BRAMANTE, C. M. Odontometria - Fundamentos e Técnicas. 1. ed. São Paulo: 2005. 130p. 
ZUOLO, M. L et al. Reintervenção em Endodontia. 1. ed. Rio de Janeiro: Gen/Guanabara Koogan, 2010. 276p 
http://www.endo-e.com/
PÁGINA 77
 
Para se obter sucesso no canal radicular é 
necessário uma sequência de eventos que se inicia 
num diagnóstico correto, para depois atribuir um 
tratamento adequado, sem negligenciar nenhuma 
das suas etapas. Dessa forma, o sucesso da terapia 
endodôntica está essencialmente condicionado a 
desinfecção do sistema de canais e ao selamento 
da cavidade pulpar pelo material obturador e 
restaurador. 
Entretanto, o maior desafio é a limpeza 
biomecânica do sistema de canais radiculares, 
frequentemente dificultada pelas variações da 
anatomia interna do canal e pela presença de 
degenerações cálcicas. 
PREPARO DO CANAL RADICULAR 
 
 
 
JÚLIO CÉZAR NASCIMENTO SOUSA | RACHEL REINALDO ARNAUD | NICOLE FERNANDES TEIXEIRA
CAPÍTULO 7
PÁGINA 78
O êxito da limpeza e desinfecção do espaço endodôntico depende da seleção dos instrumentos endodônticos 
e das técnicas de instrumentação, das substancias químicas auxiliares e métodos de irrigação empregados, e da 
habilidade do operador. A última condição envolve o domínio das técnicas operadoras, o reconhecimento de suas 
indicações e limitações. Estes objetivos são alcançados ao se modelar o canal principal de forma adequada, de tal 
forma, que o canal cirúrgico abrigue o canal anatômico.
TÉCNICAS DE INSTRUMENTAÇÃO DO PREPARO QUÍMICO-MECÂNICO
 
Diante das etapas evolutivas do tratamento encontra-se as técnicas de instrumentação, que possibilitará o 
modelamento de parte do sistema de canais radiculares; a remoção de tecidos moles e duros infectados; favorecendo 
o acesso as substâncias químicas auxiliares, e disponibilizando espaço suficiente para a deposição da guta percha. 
Embora sejam distintos, eles são utilizados de maneira integrativa e conjunta, ou seja, são usados simultaneamente.
 
MOVIMENTO DOS INSTRUMENTOS ENDODÔNTICOS
Os instrumentos endodônticos durante a instrumentação de canais radiculares podem promover o desgaste da 
dentina (ampliação do canal radicular) por meio dos movimentos (limagem, alargamento ou alargamento/ limagem) 
aplicados a eles, obtidos manualmente ou por dispositivos mecânicos.
PÁGINA 79
PÁGINA 80
PÁGINA 81
TÉCNICAS DE INSTRUMENTAÇÃO
TECNICA DE OREGON MODIFICADA (COROA-ÁPICE)
 
Essa técnica consiste em empregar os instrumentos endodônticos em 
ordem decrescente de diâmetro a distâncias maiores para o interior do 
canal radicular. A instrumentação segmentada coroa-ápice antecede 
a instrumentação apical. Essa sequência técnica realiza um preparo 
de cervical para apical, reduzindo assim a extrusão de restos de polpa 
viva ou necrótica e produtos microbianos em direção aos tecidos 
perirradiculares. Além disso, o diâmetro das limas vai reduzindo à medida 
que se aproximam do ápice.
 
 
TÉCNICA 
DE OREGON 
MODIFICADA 
DENTES AMPLOS 
E RETOS
DENTES ESTREITOS 
E/OU CURVOS
TÉCNICA DO 
PROTAPER 
MANUAL
PÁGINA 82
PREPARO DOS TERÇOS CERVICAL E MÉDIO
 
Preparo químico-mecânico para dentes amplos e retos
Executado com gates glidden em ordem decrescente de diâmetro com a medida pré-estabelecida do C.A.D. – 4 mm, 
compatível com o diâmetro do canal radicular.
Posteriormente ao preparo dos terços cervical e médio, realiza-se a odontometria que consiste em determinar 
o comprimento real de trabalho através de manobras e medidas executadas para esse fim. A patência foraminal é 
checada após cada intervenção feita no canal radicular depois da odontometria.
PÁGINA 83
COMPRIMENTO DE PATÊNCIA DO CANAL 
Preparo químico-mecânico para dentes amplos e retos
É a medida obtida de um ponto de referência coronário até a abertura do forame apical na superfície externa 
radicular. Tem como objetivo manter o canal cementário desobstruído.
 
CDR
PÁGINA 84
PREPARO DOS TERÇOS MÉDIO E APICAL
INSTRUMENTOS MANUAIS 
Limas tipo K, em ordem decrescente de diâmetro até chegar no CRT, onde será confeccionado o batente apical
Obs.: Manter a patência foraminal e a irrigação/aspiração
Após cada intervenção no canal radicular 
O Batente Apical é a última etapa do tratamento endodôntico. Ele é realizado após a determinação do I.A.I. 
(Instrumento apical inicial), que é o primeiro instrumento a trabalhar justo no C.R.T. Sua confecção consiste em 
utilizar 3 limas em ordem CRESCENTE de diâmetro, porém no mesmo C.R.T. O último instrumento que será utilizado 
na confecção do Batente Apical é denominado Instrumento memória (I.M.), que servirá como referência para a 
ancoragem do cone de guta percha na obturação do canal radicular. 
1° Instrumento justo no 
CRT = IAI
PÁGINA 85
PREPARO DOS TERÇOS MÉDIO E APICAL
Preparo químico-mecânico para dentes amplos e retos
 Batente apical
Após cada intervenção no c. Radicular, irrigar/aspirar e passar o instrumento apical formainal (I.A.F.) no 
Comprimento real de trabalho (C.R.D.).
PÁGINA 86
TECNICA DO PROTAPER MANUAL UNIVERSAL
Esta técnica propõe o uso dos instrumentos de Níquel-titânio, 
que têm como características peculiares a memória de forma e a 
superelasticidade que lhes permitem penetrar em canais curvos 
e/ou com curvaturas mais severas. O sistema ProTaper manual 
universal é dividido em: instrumentos modeladores e finalizadores.
 Instrumentos Modeladores Instrumentos de Acabamento
 
 
 
 
Irrigar/aspirar com NaOCl após cada intervenção no Canal Radicular.
S2
F1 F2 F3
S1
Sx
PÁGINA 87
SISTEMA PROTAPER UNIVERSAL MANUAL
TÉCNICA DE INSTRUMENTAÇÃO 
Exploração do canal – K# 10 ou #15 no CAD - 3mm
PREPARO DO CORPO DO CANAL –
 SX - Terço cervical
 S1 e S2 – Terço cervical e médio CAD – 3mm 
Movimento de rotação contínua 
(horário / anti-horário) 
Leve pressão apical
Após o Preparo do terço cervical com as limas SX, S1 e S2 no CAD – 3mm, 
realiza-se a Odontometria para determinar o CRD e CRT.
Preparo do Corpo do Canal - S1
Preparar o conduto nas áreas ainda não instrumentadas.
Utilizado até o CT
PÁGINA 88
S1 - Irrigação - Patência Irrigação
SISTEMA PROTAPER UNIVERSAL MANUAL 
Odontometria
CAD - 3mm
RC (DAI + CRI = CRO)
CRT(CRO - 1mm)
Preparo do Corpo do Canal - S2
Utilizada até o CT
Preparar o conduto para o trabalaho do instrumento F1
 
Preparo Apical Final - F1. (K#15) F2. (K#20) F3. (K#25
Entre cada lima F. passar uma lima tipo K nada 
numeração anterior da ISSO,
irrigar/aspirar e passar o IAF no CRD
IM no 
mínimo F2
PÁGINA 89
REFERÊNCIAS
BERGEHHOLTZ, G.; HORSTED-BINDSLEY, P. REIT, C. Endodontia. 1. ed. Rio de Janeiro, Guanabara-Koogan, 2006. 338p. 
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http://www.endo-e.com/
PÁGINA 90
A medicação intracanal se caracteriza pela aplicação de um medicamento no interior dos canais radiculares 
entre as sessões até a conclusão do tratamento endodôntico. Seu uso exerce um papel auxiliar importante em 
determinadas condições clínicas e patológicas.
MEDICAÇÃO INTRACANAL 
 
 
 
MARIA CRISTINA TAVARES DE MEDEIROS HONORATO | MARIA AUXILIADORA GOMES DO NASCIMENTO | RENALLY FRANÇA DE OLIVEIRA 
CAPÍTULO 8
PÁGINA 91
ELIMINAÇÃO DE MICRO-ORGANISMOS DOS SISTEMAS DE CANAIS RADICULARES (LOCAIS INACESSÍVEIS À INSTRU-
MENTAÇÃO): ISTMOS, RAMIFICAÇÕES, DELTA APICAL E IRREGULARIDADES
 
 
IMPEDIR A PROLIFERAÇÃO DE MICRO-ORGANISMOS QUE SOBREVIVERAM AO PQM. APÓS A INSTRUMENTAÇÃO E 
SELAMENTO CORONÁRIO:
Medicamentos devem ser aplicados em toda a extensão do canal radicular;
Atuam como barreira física, impedindo o suprimento de substratos;
Limitam o espaço para a multiplicação microbiana. 
CONTROLAR EXSUDAÇÃO PERSISTENTE
As pastas de hidróxido de cálcio promovem a eliminação de micro-organismos persistentes reduzindo a inflamação 
perirradicular. 
REDUZIR A INFLAMAÇÃO PERIRRADICULAR E CONSEQUENTE SINTOMATOLOGIA
Redução da intensidade da resposta inflamatória;
Efeito analgésico;
Corticosteróides são os mais efetivos;
PÁGINA 92
CLASSIFICAÇÃO QUÍMICA DOS MEDICAMENTOS
Derivados fenólicos Aldeídos Halógenos Bases hidróxidos Corticosteroides Antibióticos
Potentes 
antimicrobianos; 
Ação po contato 
direto e Liberação 
de vapores. 
Eugenol, PMC, 
PMCC (Cânfora), 
cresatina, cresol e 
timol. 
Potencializar 
a atividade 
antimicrobiana e 
Reducir a toxidade. 
Efêmero 48h
Fixadores 
teciduais; potentes 
antimicrobianos 
batericidas por 
contato direto 
(irritantes) e 
liberação de 
vapores ativos. 
Neutraliza 
conteúdos tóxicos. 
Formaldeído + 
cresol = Tricresol 
formalina (90%) ou 
formacresol (19 a 
43%).
Efeitos destrutivos 
sobre vírus e 
bactérias. Cloro ou 
iodo.
Pó branco alcalino 
pouco solúvel em 
água; Atividade 
antimicrobiana 
por contato 
direto; formação 
de barreira 
mineralizada.
Atuam sobre 
processo 
inflamatório e 
possuem efeito 
inibitório sobre 
a exsudação e 
vasodilatação; 
Aplicações tópicas; 
hidrocortisona, 
prednisolona e 
dexametesona. 
*Otosporin 
*Decadron colírio
Inibir o 
desenvolvimento 
ou matar MO. 
*Sensibilidade 
resistência.
PÁGINA 93
DERIVADOS FENÓLICOS
 
Eugenol, PMC, PMCC, cresatina, cresol e timol;
Potentes antimicrobianos;
Ação: contato direto/liberação de vapores;
 
ALDEÍDOS
 
Fixadores teciduais;
Formaldeído – tricresol formalina ou formocresol;
Potentes antimicrobianos;
Ação: contato direto/liberação de vapores;
HALÓGENOS
Cloro ou iodo
Naocl 
Efeitos destrutivos sobre vírus e bactérias
Iodeto de potássio iodetado
 
CORTICOSTERÓIDE
Atuam sobre o processo inflamatório;
Efeito sobre a exsudação e vasodilatação; 
Aplicações tópicas – controle da resposta inflamatória;
Hidrocortisona, prednisolona e dexametasona
PÁGINA 94
BASES OU HIDRÓXIDOS
Ca(oh)2
Pó branco
Alcalino
Atividade antimicrobiana por contato direto
Formação de barreira mineralizada
MEDICAMENTOS UTILIZADOS
PMCC
Atua na redução da toxicidade,
Potencializa a ação antimicrobiana; 
Colocar na cavidade pulpar
(embebido em mecha de algodão, por 48 horas)
Remover bem o excesso.
TRICRESOL FORMALINA OU FORMOCRESOL
Ação antimicrobiana; irritante aos tecidos vivos;
Tricresol: 90% de formalina;
Formocresol: 19 a 43% de formalina;
Não utilizamos na prática endodontica.
PÁGINA 95
ASSOCIAÇÃO CORTICOSTEROIDE- ANTIBIÓTICO
Atenua a intensidade da reação inflamatória;
Otosporin: hidrocortisona + sulfato de polimixina b e sulfato de neomicina;
Grande poder de penetração tecidual (rápida eliminação e eficiente atuação);
HIDRÓXIDO DE CÁLCIO
 
Pó branco 
pH alcalino
Pouco solúvel em água 
Veículos:
 Inertes – soro, água, glicerina, polietilenoglicol;
 Biologicamente ativos – PMCC, clorexidina e iodeto de potássio iodetado;
PROPRIEDADES DO HIDRÓXIDO DE CÁLCIO 
Ação antimicrobiana;
Ação anti-inflamatória; 
Neutralização de endotoxinas;
Indução de reparo por tecido mineralizado;
Barreira física e química.
PÁGINA 96
EMPREGO DOS MEDICAMENTOS PROTOCOLOS UTILIZADOS NA CLÍNICA
BIOPULPECTOMIA
Infecção de dentes com vitalidade pulpar
Restrita à polpa coronária
Meio asséptico
Recomendada obturação imediata do sistema de canais radiculares
Na eventual impossibilidade de obturação, uso de medicação intracanal (MIC) com o objetivo de impedir a 
contaminação entre sessões.
BIOPULPETOMIA - PQM INCOMPLETO - MIC: OTOSPORIN
Acesso e remoção da polpa – medicamento em mecha de algodão na polpa 
coronária
PQM parcial – inunda-se o canal, bombeando com lima de pequeno diâmetro; reduz 
a inflamação do remanescente pulpar
BIOPULPECTOMIA - PQM COMPLETO - MIC: CALEN 
Callen;
Evita ou retarda a contaminação do canal;
7 a 30 dias
Obs.: Sem sintomatologia após PQM, obturar na mesma sessão.
PÁGINA 97
NECROPULPECTOMIA E RETRATAMENTO
Impõe-se o uso de MIC
Desobstrução da smear layer - para facilitar o acesso da MIC
NECROPULPETOMIA
- PQM INCOMPLETO – NaOCl
Mecha de algodão com tamanho compatível com a câmara pulpar;
Umedece em NAOCL 2,5%;
Desinfecção parcial;
Barreira química contra recontaminação.
- PQM COMPLETO
Protocolo de irrigação final: 5 ml de NAOCL + 3 ml de EDTA (3 MIN) 
remoção smear layer + 5 ml de NAOCL;
SECAGEM DO CANAL: 
cone de papel absorvente compatível com o Instrumento memória.
PASTA HPG = CALLEN + PMCC;
Mínimo 15 dias, e no máximo 30 dias.
PÁGINA 98
 
BIOPULPECTOMIA NECROPULPECTOMIA
PQM COMPLETO OBTURAÇÃO CALLEN CALLEN + PMCC
PQM INCOMPLETO OTOSPORIN HIPOCLORITO DE SÓDIO
PÁGINA 99
TÉCNICA DE APLICAÇÃO DO CALEN
APÓS O PQM COMPLETO:
Secagem dos condutos com pontas de papel absorvente estéril;
Com a Seringa Mário Leonardo, que apresenta um êmbolo rosqueável, adapta-se uma agulha longa e um stop 
demarcado a 2mm aquém do CRT;
Colocar primeiramente o tubete de glicerina, rosquear a seringa no sentido horário, deixando cair 3 gotinhas. Esta 
não deve ir aos condutos radiculares, serve apenas para lubrificar a agulha, permitindo um melhor escoamento 
da pasta;
Retirar o tubete de glicerina e colocar o CALEN com ou sem PMCC, de acordo com o caso. Rosquear o êmbolo no 
sentido horário até preencher o(s) conduto(s) radicular(es). É importante que as primeiras gotas do Calen não 
sejam utilizadas dentro dos condutos, estas provavelmente devem estar misturadas com a glicerina. 
Seringa Mario Leonardo
 
 
Agulha longa Pasta de hidróxido de cálcio + glicerina
PÁGINA 100
 
 
Lubrificação da agulha com glicerina Pasta de hidróxido de cálcio
Obs.: Desprezar a primeira gota de Calen.
PÁGINA 101
 
REFERÊNCIAS
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à 2mm aquém do CRT.
PÁGINA 102
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A obturação é a fase final do tratamento endodôntico, tendo como objetivo o selamento tridimensional de toda 
a cavidade endodôntica. Para executar a etapa de obturação é necessário que alguns aspectos sejam levados em 
consideração: 
O canal deve estar corretamente instrumentado e desinfetado;
O dente em tratamento deve estar sem sintomatologia;
Não deve haver presença de exsudato, e;
Não pode haver rompimento da restauração na etapa anterior.
Os materiais utilizados na obturação são cones de guta-percha e cimento endodôntico. 
OBTURAÇÃO DOS CANAIS RADICULARES 
 
 
 
CONSUELO FERNANDA MACEDO DE SOUZA | RACHEL REINALDO ARNAUD | CYNÁRA LIANE JALES ATAÍDE DE MELO 
CAPÍTULO 9
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OBTURAÇÃO DO SISTEMA DE CANAIS
A guta percha (GP) foi introduzida na endodontia em 1867 em forma de látex extraída de árvores, por isso os 
cones são formados de 20% de guta-percha, 75% de óxido de zinco, que tem a função de conferir rigidez e atividade 
antibacteriana e outros elementos em menor quantidade. As vantagens de biocompatibilidade, radiopacidade, fácil 
manuseio e estabilidade dimensional fizeram com que a GP fosse a escolha de material para o selamento do canal, 
no entanto, por ser pouca adesiva e com pouca resistência mecânica é necessário o uso do cimento endodôntico. 
Este por sua vez deve ter como propriedades ideais nenhuma contração de presa, adesividade, biocompatibilidade, 
solúveis em solventes e insolúvel em fluídos, radiopacidade e ausência de manchamento.
Materiais em 
estado sólido
Materiais em 
estado plástico
Cimentos 
endodônticos
Cones de 
guta-percha
TÉNICA 
SELEÇÃO DE MATERIAIS OBTURADORES
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Polímero de metibutadieno ou isopropeno
Isômero de borracha 
 mais dura
 quebradiça
 menos elástica
Coagulação do látex de árvores (Payena ou Palaquium);
Composição
Guta-percha: 19 a 20%
Óxido de zinco: 60 a 75% - rigidez atividade antibacteriana
Sulfato de bário: 1,5 a 17% - radiopacificador
Outras substâncias: 1 a 4%
Resinas
Ceras
Corantes
VANTAGENS
Adaptam-se as irregularidades do canal;
Boa tolerância pelos tecidos perirradiculares;
Radiopacos;
Facilmente plastificados;
Estabilidade dimensional;
Não alteram a cor da coroa quando no limite adequado;
Podem ser facilmente removidos do canal.
DESVANTAGENS 
Pequena resistência mecânica a flexocompressão; 
Pouca adesividade; 
Podem ser deslocados pela pressão
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O cone de guta-percha pode ser classificado como principal ou acessório. 
O primeiro preenche o batente apical e é comercializado em 3 séries 
acompanhando as limas de aço inoxidável (1°- 15 a 40; 2°- 45-80 e 3°- 90-140) 
e na série das limas protaper (F1 a F5). 
Os cones auxiliares ou acessórios são utilizados para preencher o 
remanescente do canal que não foi preenchido com a guta principal, sendo 
comercializado na forma de F (fino); MF(médio-fino); FM (fino-médio); M 
(médio); FF(fino-fino); XF (extra-fino); L (largo); ML (médio-largo); XL (extra-
largo). 
Enquanto que o cimento endodôntico pode ser comercializado a base de óxido de 
zinco e eugenol; cimento resinoso; a base de hidróxido de cálcio, a base de cimento 
de ionômero de vidro e a base de silicone, sendo o cimento a base de hidróxido de 
cálcio (como Sealer 26 – utilizado na clínica do UNIPÊ) mais indicado uma vez que 
tem atividade antibacteriana e estimula reparação de tecido. 
Por fim o selamento da cavidade após a obturação do canal é de extrema 
importância, uma vez que impede uma infiltração de microrganismos novamente 
no interior do canal, por isso o material de escolha deve ser boa qualidade, como 
por exemplo cimento de ionômero de vidro para posterior restauração ou resina composta. Em alguns casos, é usado 
o cotosol, necessitando de uma restauração mais rápido possível, já que este material não tem tanta resistência a 
longo prazo, podendo facilmente cair.
O tratamento endodôntico atualmente tem sido feito em sessão única, porém em alguns casos há necessidade de 
realizar em duas ou mais sessões. Neste caso o ideal é após a remoção do selamento provisório, fazer uma irrigação 
e uma instrumentação com o instrumento de memória, afim de remover qualquer tipo de sujeira e resto de medicação 
intracanal. 
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Após essa limpeza, iniciamos a obturação que utiliza como materiais: hipoclorito 2,5%; EDTA 1,7%; cimento 
endodôntico (mais utilizado: Sealer 26); álcool a 70% e materiais de selamento.
Já como instrumentos, necessitamos de:
Kit clínico (espelho, sonda exploradora n° 5 e n°47 e pinça clínica)
Caixa de limas endodônticas
Régua endodôntica 
Espaçadores digitais: Podem ser 2 tipos: numéricos ou de letras
- Espaçador 1/A: calibre mais fino
- espaçador 2/B:
- espaçador 3/C:
- espaçador 4/D: calibre mais grosso
Filme radiográfico
Seringa e agulha endo-eze
Pontas de aspiração de canal radicular
Cones de guta-percha e cones de papel absorvente (protaper e oregon)
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Espátula n° 24 (flexível)
Placa de vidro
Kit de calcadores paiva.
Maçarico
Pelotas de algodão
Microbrush
Espátulas para colocação de resina composta ou CIV
Posicionadores
TÉCNICA DE COMPACTAÇÃO LATERAL
 
 A técnica de compactação lateral consiste na colocação do cone de guta-percha embebido em cimento 
endodôntico com travamento no batente apical e a compactação vertical que consiste na remoção do excesso para 
evitar escurecimento da coroa do dente. Quando a instrumentação é feita seguindo a técnica de oregon, sendo utilizada 
em canais amplos e retos, a compactação lateral será feita com cones principais e cones acessórios até preencher 
todo o espaço do canal, conforme está descrito a técnica a seguir: 
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1° Seleciona o cone principal: a seleção deste cone é feita de acordo como último 
instrumento utilizado na fabricação do batente apical, ou seja, o IM (instrumento de 
memória), sendo colocados em imersão para desinfecção em hipoclorito de sódio 
2,5% durante 3 minutos.
2° Selecione os cones acessórios: a seleção deste ocorre pelo diâmetro do canal, 
sendo colocadas em imersão para desinfecção em hipoclorito de sódio

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