Buscar

Atividade Topicos

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1. INTRODUÇÃO 
Hoje na construção civil exigem na execução de suas atividades, a harmonia entre conhecimento técnico e conhecimento jurídico, na qual suas características trabalham em conjunto para o exercício e o desempenho da carreira profissional. Certo grau de atenção deve ser tomado ao tratar-se sobre este assunto, visto que são inúmeras as variáveis ao estabelecer as responsabilidades. O Engenheiro Civil que atua autonomicamente está mais exposto ao risco de cometer anomalias, em razão de ser o modelo de profissional que trabalha de forma independente, ou melhor dizendo, não conta com o privilégio de uma segunda opinião profissional, ou com o amparo de um departamento de trabalho. “Responsabilidade” tem como significado genérico de ressarcir, retribuir, obrigação de reparar danos, por isso estará o engenheiro tecnicamente e teoricamente responsável pelo serviço, quando o mesmo for o executor da obra em questão. 
 E importante saber identificar a importância do conhecimento jurídico e a conscientização dos Engenheiros Civis responsáveis pelas obras. Sendo assim, as responsabilidades surgem com o intuito de dar maior desenvoltura nos serviços prestados para as partes interessadas, que estão ligadas à construção civil. Tudo isto relacionado também com a responsabilidade social visto que, “A emergência dos direitos humanos, econômicos, sociais e culturais tem feito surgir no Brasil uma série de iniciativas destinadas a garantir a vigência desses direitos.
O ato de construir decorre de muitas responsabilidades, sendo assim, o descuido com relação a normas técnicas, ou pela falta de cautela na elaboração do projeto e/ou na execução do serviço, podendo acarretar em inúmeros prejuízos, inclusive, suprimindo vidas. Sendo assim, os profissionais devem se precaver tecnicamente e juridicamente. Como na visão de Pelacani (2010), na qual apresenta a abrangência das responsabilidades, o qual é criado um microssistema jurídico, envolvendo as áreas cível, comercial, administrativa, processual civil e penal e de direito penal.
² “O artigo 17 do CDC estabelece: “Para os efeitos desta seção, equiparam-se aos consumidores todas as vítimas do evento”. A seção em questão é a que regula a responsabilidade dos fornecedores por fato do produto ou serviço, qual seja, a responsabilidade por danos á saúde, á integridade ou ao patrimônio do consumidor (acidentes de consumo). Deste modo, consideram-se consumidores equiparados todas as vítimas de um acidente de consumo, não importando se tenham ou não realizado ato de consumo (adquirido ou utilizado produto ou serviço). Basta para ostentar tal qualidade, que tenha sofrido danos decorrentes de um acidente de consumo (fato do produto ou do serviço). Trata-se da extensão para o terceiro (bystander) que tenha sido vítima de um dano no mercado de consumo, e cuja causa se atribua ao fornecedor, 15 da qualidade de consumidor, da proteção indicada pelo regime de responsabilidade civil extracontratual do CDC”. (MIRAGEM. 2013, p. 140). 
Na Lei N° 6.496/77 estabelece a Anotação de Responsabilidade Técnica (ART), na qual os regulamentos e regimentos são explicados de maneira a adaptar-se à realidade atual, pela Resolução N° 1.050 de dezembro de 2013, no que diz aos serviços prestados na área de Engenharia e Agronomia. Na qual é exposto o contrato para a execução de obras ou prestação de serviços. A ART aponta os responsáveis técnicos pelo empreendimento, mediante resoluções do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea)4. E assim Costella et. al. (2015, p. 360) apud Del Mar (2008)5, afirmam que a ART permite a fiscalização no exercício da carreira profissional e garante identificar se o serviço está sendo executado por profissional habilitado. Complementa MELLO (2010), sobre a identificação do responsável pelo empreendimento. Assim podendo ser caracterizado o serviço para que em caso de sinistros e acidentes identifique o profissional responsável. Pelacani (2010), ressalta a importância da descriminação do serviço, tendo em vista que pode haver a isenção do autor/profissional em determinadas responsabilidades especificas.
2.0 Responsabilidades dos engenheiros envolvidos
A vida em sociedade somente é possível através dos relacionamentos entre as pessoas. Seja do ponto de vista pessoal ou profissional, todos os atos praticados implicam em assumir seus efeitos.
Se uma pessoa agir de forma errada, segundo princípios morais e éticos, estará diante de uma responsabilidade moral.
Se agir em desacordo com as regras estabelecidas em leis e regulamentos, estará diante da responsabilidade legal.
A relação engenheiro/cliente é contratual, porque de um lado alguém toma um serviço específico e de outro alguém possui os conhecimentos necessários para prestar esse serviço.
O profissional está sujeito às responsabilidades ligadas ao exercício de sua profissão. São elas:
- Responsabilidade Técnica ou Ético-Profissional.
- Responsabilidade Civil.
- Responsabilidade Penal ou Criminal.
- Responsabilidade Trabalhista.
- Responsabilidade Administrativa.
Cada uma delas independe das outras e pode resultar de fatos ou atos distintos, ou até de um mesmo fato ou ato diretamente ligado à atividade profissional.
Os profissionais que executam atividades específicas das áreas tecnológicas devem assumir a responsabilidade técnica por todo trabalho que realizam. Apenas como exemplos:
- Um arquiteto que elabora o projeto de uma casa será o responsável técnico pelo projeto;
- O engenheiro civil que executa a construção desta mesma casa será o responsável técnico pela construção;
- Um engenheiro agrônomo que projeta determinado cultivo especial de feijão será o responsável técnico desse cultivo.
A responsabilidade técnica deriva de imperativos morais, de preceitos regedores do exercício da profissão, do respeito mútuo entre os profissionais e suas empresas e das normas a serem observadas pelos profissionais em suas relações com os clientes. Resulta de faltas éticas que contrariam a conduta moral na execução da atividade profissional. Essas faltas estão previstas na legislação e no Código de Ética Profissional, estabelecido na Resolução no 1002-2002.
O descumprimento da legislação ou o exercício inadequado da profissão podem resultar em um processo ético-disciplinar.
As penalidades serão aplicadas sobre a pessoa física e podem variar em função da gravidade ou reincidência da falta. São elas:
- Advertência reservada
- Censura pública
- Multa
- Suspensão temporária do exercício profissional
- Cancelamento definitivo do registro.
2.1 RESPONSABILIDADE CIVIL
A responsabilidade civil é a ideia de não prejudicar outro. Desta maneira a responsabilidade é definida como medidas que obriguem alguém a reparar os danos causados a outrem em virtude de seu ato ou omissão e também a aplicação de medidas que obriguem a reparação de dano moral ou patrimonial causado a terceiros. A responsabilidade civil do engenheiro está fundamentada no Novo Código Civil Brasileiro e nas Leis No 5.194-66 e 6.496-77.
2.1.1 RESPONSABILIDADE CIVIL SUBJETIVA
O Art. 186 do Código Civil (CC) diz que, aquele que descuido, negligência e imprudência, violar o direito de outrem e assim causar dano, comete ato ilícito para este sistema a culpa do agente (se houve imprudência, negligência ou imperícia) é primordial para que se haja o dever de indenizar, uma vez que o sistema é firmado na teoria da culpa.
2.1.2 RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA
Como já citado do CC - BRASIL (2002), “Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.” E assim ressaltando no parágrafo único que é obrigatória a reparação dos danos, independentemente da culpa. O qual esclarece que para haver o dever de indenizar para este caso é desprezível a conduta do agente, mesmo que apresente imprudência, negligência ou imperícia o sistema é baseado na teoria do risco, onde exige somente a existência do dano e do nexo de causalidade entre fato e dano.
2.2 RESPONSABILIDADE CRIMINAL
Pode resultar em penas de reclusão dependendo da gravidadedas ações cometidas pelo profissional.
Decorre de fatos considerados crimes. Merecem destaque:
- desabamento - queda de construção por culpa humana;
- desmoronamento – resultante de causas da natureza;
- incêndio - quando provocado por sobrecarga elétrica;
- intoxicação ou morte por agrotóxico - pelo uso indiscriminado de inseticidas na lavoura sem a devida orientação e equipamento;
- contaminação - provocada por vazamentos de elementos radioativos e outros.
3.0 QUAIS OS PRECEDIMENTOS OS PROFISSINAIS DE CONTRUÇÃO CIVIL DEVEM TOMAR PARA EVITAR ACIDENTES.
3.1 FAZER INSPEÇÕES PERIÓDICAS REGULARES
A falta de inspeção e manutenção em edificações reflete em prejuízos financeiros e, o mais grave, em um grande risco às pessoas e à sociedade. “Deve-se dar atenção, principalmente, para a revisão nos sistemas de impermeabilização das lajes do subsolo, pois a infiltração de água acelera a corrosão da armadura que, consequentemente, leva à perda de capacidade de resistência”,
3.2 ADOTAR BOAS PRÁTICAS E CAPACITAÇÃO PARA EVITAR FALHAS DE PROJETO E DE EXECUÇÃO
Os fenômenos patológicos em edificações podem ser congênitos, gerados durante a execução ou, ainda, ser adquiridos ao longo da vida útil da edificação. No primeiro grupo estão os erros de projetos ou o não atendimento às normas técnicas vigentes. 
As falhas que são adquiridas durante a obra podem ser resultado do uso de materiais incompatíveis com os especificados em projeto e de erros de execução, como falhas de concretagem.
3.3 FAZER INSPEÇÕES PERIÓDICAS REGULARES
Falhas que levam à ruína das estruturas podem ser resultado, também, de problemas adquiridos ao longo da vida da edificação. Ao que tudo indica até o momento, esse foi um fator decisivo para o desmoronamento do edifício Andrea, em Fortaleza.
Neste grupo de falhas enquadram-se, por exemplo:
• Ausência de manutenções preventivas e/ou corretivas, conforme as imposições das ABNT NBR 16280:2014 - Reforma em edificações. Sistema de Gestão de Reformas
• Mudança de uso (aumento de carga), sem as devidas verificações de cálculo e eventuais reforços estruturais
• Falta de limpeza das fachadas no caso de concretos aparentes
3.4 QUANDO NECESSÁRIO, REALIZAR PROJETO DE RECUPERAÇÃO COM PROFISSIONAL QUALIFICADO
Qualquer intervenção estrutural deve ser executada tomando como base um projeto específico de recuperação. Neste ponto, é importante que administradoras e síndicos saibam que somente um engenheiro civil ou arquiteto habilitado especialista em Patologias das Construções pode avaliar as condições das estruturas de concretos, bem como de revestimentos de fachadas e outros sistemas das edificações.
3.5 CONTRATAR EMPRESA DE REFORMA OU REPARO ESTRUTURAL COMPETENTE
O processo de contratação da empresa que irá realizar o reparo estrutural é de extrema responsabilidade. Uma recomendação é verificar previamente o currículo da possível contratada e visitar obras que foram executadas por ela. "É imprescindível que a empresa entregue a ART (Anotação de Responsabilidade Técnica) da execução dos serviços. Assim, já se evitam empreiteiros sem qualificação". A preferência deve ser por empresas capacitadas/especializadas com experiência. Se a empresa for jovem, é importante que seus gestores sejam especialistas e tenham experiência neste tipo de trabalho", reforçando que esse tipo de serviço jamais deve ser contratado pelo menor preço. "Na dúvida entre o mais barato e o mais caro, opte pelo orçamento de valor mediano e por preço global"
REFERENCIAS
BRASIL. LEI Nº 2.848, DE 7 DE DEZEMBRO DE 1940. “Código Penal” - Planalto. Disponível em:. Acesso em: 15 de dezembro de 2016.
LEI Nº 5.194, DE 24 DE DEZEMBRO DE 1966. “Regula o exercício das profissões de Engenheiro, Arquiteto e Engenheiro-Agrônomo, e dá outras providências” - Planalto. Disponível em:. Acesso em: 15 de dezembro de 2016.
LEI N° 6.496, DE 7 DE DEZEMBRO DE 1977. “Institui a Anotação de Responsabilidade Técnica na prestação de serviços de engenharia, de arquitetura e agronomia; autoriza a criação, pelo Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia - CONFEA, de uma Mútua de Assistência Profissional; e dá outras providências” – Planalto. Disponível em: . Acesso em: 12 de novembro de 2016.
RESOLUÇÃO Nº 1.025, DE 30 DE OUTUBRO DE 2009. “Dispõe sobre a Anotação de Responsabilidade Técnica e o Acervo Técnico Profissional, e dá outras providências” - Serviço Público Federal - Conselho Federal de Engenharia e Agronomia – Confea. Disponível em:< http://www.confea.org.br/media/res_1025.pdf>. Acesso em: 27 de julho de 2017.
MIRANDA, M. B. Responsabilidade civil do engenheiro - Direito Brasil Publicações. Disponível em: < http://www.direitobrasil.adv.br/arquivospdf/revista/revistav31/aulas/eng.pdf>. Acesso em: 1 de outubro de 2016.
http://www.crea-sc.org.br/portal/index.php?cmd=artigos-detalhe&id=234#.YH2MTmdKgdU
https://cbic.org.br/wp-content/uploads/2017/11/Guia_para_gestao_seguranca_nos_canteiros_de_obras_2017.pdf
https://www.crea-pr.org.br/ws/wp-content/uploads/2016/12/caderno07.pdf
https://www.aecweb.com.br/revista/materias/5-acoes-que-poderiam-evitar-desabamentos-como-o-ocorrido-em-fortaleza/19507

Continue navegando