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TERAPIA POR ULTRASSOM Prof.Ms. Cesar A Calonego O que é o Ultra-Som? ◼ Vibração Sonora; ◼ freqüência acima daquelas que podem ser detectadas pelo ouvido humano (20 mil ciclos por segundo); ◼Usado clinicamente em várias especialidades: obstetrícia, odontologia, fisioterapia, estética, ginecologia; ◼Não emite radiação ionizante (causa efeitos biológicos) Ultra-Som X Intervalos Sonoros 20Hz 20000Hz Infra-Sons Ultra-Sons Audição Humana Elefantes (2 km) Cão, morcego E golfinho Pioneiros • 1794 – Lazzaro Spallanzini (orientação dos morcegos) - ecolocalização • 1880 - Jacques e Pierre Curie (caracterização física de alguns cristais) – Apito de cachorro (10 a 40 KHz) • O estudo do ultra-som foi impulsionado com objetivos militares e industriais – 1917 - construção do SONAR Apito para cães http://www.bitcao.com.br/description.php?II=21&PUID=TST1 Sonar - Sound Navigation And Ranging • Paul Langevin (físico Francês – 1917) - localizar submarinos alemães • Não foi usado antes do final da primeira guerra mundial (1914–1918) Esquema simplificado do sonar – O aparelho emite ultra-sons (em vermelho) que atingem o objeto (em azul), sendo refletidas sobre a forma de eco (em verde) e voltando ao aparelho receptor. Com base no tempo entre a emissão e a recepção, é calculada a distância (r) http://pt.wikipedia.org/wiki/Imagem:Sonar_Principle_pt-BR.svg http://pt.wikipedia.org/wiki/Ultra-som http://pt.wikipedia.org/wiki/Eco •Freqüência Terapêutica: Varia de 1 a 3 MHZ. •Potência: 0,1 a 3,0 W/cm2 para onda contínua e 0,1 a 2,5 W/cm2 para onda pulsada. TERAPIA POR ULTRA SOM •Trata-se de uma onda mecânica, gerada através de uma corrente elétrica (Efeito Piezoelétrico invertido). •Na piezoeletricidade, a compressão e o alongamento de um cristal natural alteram sua configuração. Transdutores e Elementos piezoelétricos Elementos piezoelétricos Emite eletricidade Transforma energia elétrica em mecânica (onda sonora) efeito piezoelétrico inverso transmissores e receptores simultaneamente. Propagação do Som • Objeto vibra = O movimento das partículas carrega e transmite a vibração. • Expansão - compressão e corresponde à pressão máxima da propagação sonora • Contração - rarefação e corresponde à pressão mínima da propagação sonora. FREQÜÊNCIAS DO TRANSDUTOR • São utilizadas basicamente duas: 1 e 3 MHZ; • A diferença fundamental está na atenuação das ondas nos tecidos. • Isto justifica a maior utilização de 3 MHz na estética, não podendo indicar EXCLUSIVIDADE! •DIFERENÇAS ENTRE O US DE 1 MHZ E 3 MHZ. Tabela 2 - Valores de profundidade atingida pelo ultra-som terapêutico, com freqüências de 1 e 3 MHz em diferentes tecidos, no ar e na água (mm). •Quando o processo é repetido rapidamente, há produção de uma corrente alternada e a distorção do cristal nas formas comprimidas e alongadas. •A frequência da onda de compressão é idêntica a da corrente elétrica aplicada ao cristal. •CAVITAÇÃO: formação de bolhas nos líquidos contendo gás. •Efeito cavitacional (MORTIMER e DYSON, 1988): Amplitudes de baixa pressão, produzindo alterações reversíveis na permeabilidade da membrana. Efeito de vibração benéfico. •Cavitação Temporária ou de colapso: Altas amplitudes, gerando bolhas instáveis, causando um aumento na temperatura, podendo levar a queimaduras. •Correntes Acústicas: Movimento unidirecional de um líquido em um campo de US. •As Correntes Acústicas podem: •estimular a atividade celular; •alterar a permeabilidade da membrana; •Aumentar a secreção dos mastócitos; •Aumento da absorção de cálcio; •Entre outros. •Ondas Estacionárias: Decorrentes da reflexão de ondas que colidiram na interface entre dois tecidos (ex: osso e músculo). •Quando as ondas se somam, bolhas de gases se acumulam nos antinodos, podendo lesar células pela força de microcorrentes formadas em torno das bolhas, podendo levar a cavitação temporária. •DIFERENÇAS ENTRE O US DE 1 MHZ E 3 MHZ. •DOSIMETRIA: •Profundidade de meio-valor (perda, conforme a espessura do tecido). •Intensidade: depende da área (zonas de 1,5 a área do cabeçote, com irradiação de 1 a 2 min. em cada zona, aumentando em 30 seg. por zona, no máximo de 3 min.). •EFEITOS TÉRMICOS: 40º a 45º em aplicações de um mínimo de 5 min. •Os efeitos térmicos são produzidos a doses terapêuticas entre 0,5-3,0 W/cm2; efeitos estimulativos não térmicos foram observados entre 0,1 e 0,2 W/cm2. •Os efeitos biofísicos do US são dose-dependentes; assim, uma dose muito baixa não terá efeito, enquanto que uma dose muito alta poderá ser lesiva. •O uso prolongado do US pode levar a lesão tecidual. • US CONTÍNUO x US PULSADO. → O CALOR e a CAVITAÇÃO são os mecanismos que causam a maioria dos efeitos terapêuticos do US. →DOSE SATA (US pul.) • TERAPIA COMBINADA → US + CORRENTES DIADINÂMICAS → SONOFORESE . • QUALIDADE DOS EQUIPAMENTOS. • CALIBRAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS. •Útero durante a gestação; •Gônadas; •Tumores e lesões pré-cancerosas •Tecidos anteriormente tratados por Rx ou outro tipo de radiação. •Infecções agudas; •Área cardíaca; •Olhos; •Hemofílicos não cuidados pela reposição do fator; •Áreas de saliências ósseas; RISCOS •Placas epifisárias; •Medula Espinhal, em seguida a uma laminectomia; •Crânio; •Áreas anestésicas; •Gânglio Estrelado: tronco simpático localizado perto da 7ª vértebra cervical e 1ª torácica. (Gânglio: termo geral para um grupo de corpos de células nervosas localizados fora do sistema nervoso central); •Anormalidades vasculares, trombose profunda, êmbolos, aterosclerose severa. RISCOS REPARO DAS LESÕES ULTRASSOM •Componentes celulares do processo de reparo: •Plaquetas, mastócitos, leucócitos (Polimórfonucleares), macrófagos, linfócitos T, fibroblastos e células endoteliais. •REPARO: Inflamação, proliferação (formação de tecidos de granulação) e remodelagem. •INFLAMAÇÃO: Logo após lesão. – .Plaquetas: Coagulação e também substância biológicamente ativas , tais como, prostaglandinas e serotoninas. – .Mastócitos: ajudam na formação das primeiras sequências do processo de reparo. – .Neutrófilos: eliminação de partículas estranhas, bactérias e tecidos lesados.Liberam histaminas. – .Macrófagos: Fagocitam as bactérias e os tecidos lesados e produzem fatores da lesão que orientarão a formação de tecido em granulação. •PROLIFERAÇÃO (Fase Proliferativa): •Formação do tecido de granulação; •Preenchimentos da ferida por células (macrófagos e fibroblastos); •Vascularização (angiogênese); •Matriz de tecido conjuntivo (fibronectina, ácido hialurônico e colágenos tipo I e II); •Contração da ferida. •REMODELAGEM: Substituição do tecido de granulação por cicatriz. •O Aumento a resistência da ferida depende de dois fatores: Velocidade de deposição e alinhamento do tecido colágeno (obs: o US pode ajudar neste alinhamento); A AÇÃO DO ULTRA-SOM NA FASE INFLAMATÓRIA •O US pode acelerar a fase de reparo pela interação com as células presentes; •Correntes acústicas produzem uma alteração na permeabilidade da membrana da plaqueta podendo levar a liberação de serotonina, entre outros fatores (WILLIAMS, 1974,1976). A AÇÃO DO ULTRA-SOM NA FASE INFLAMATÓRIA •Mastócitos: Aumento do processo de desgranulação mastocitária. O rompimento das membranas gera um aumento nos níveis de Ca+, liberando histamina. •O US pode reduzir a atividade da bomba Sódio-Potássio, podendo inibir a transdução de estímulos nocivos e reduzindo a condução nervosa, explicando em partes o alívio de dor. •Aparentemente o US com intensidade de 0,5 w/cm2, numa frequência de 0,75 MHZ é mais efetivo para a liberação de fatores no citoplasma celular. •0,75 MHZ mais efetivo no aumento de estimulação de fibroblastos. AÇÃO PRÓ-INFLAMATÓRIA .YOUNG & DYSON (1990): pesquisa com ratos sendo estimulados com 0,1 w/cm2, F= 0,75 ou 3,0 MHZ., diariamente por 7 dias (5 min./dia). Pós 5 dias de Tto. ogrupo tratado por US apresentou menor números de células inflamatórias e alinhamento dos fibroblastos. FASE PROLIFERATIVA: •Aumento da motilidade dos fibroblastos; •Aumento velocidade da angiogênese; •A exposição ao US dos fibroblastos com US cont. (0,5 w/cm2): Aumento de 20% na secreção de colágeno contra um aumento de 30% quando aplicado o US pulsado; FASE PROLIFERATIVA: •Aumento de síntese de proteínas (WEBSTER, 1978); •Aumento velocidade de cicatrização. REMODELAGEM: •Feridas tratadas 3 vezes por semana, por 2 semanas (0,1 w/cm2): Aumento elasticidade e resistência do tecido. •A intensidade mais baixa, foi a mais eficaz (BYL et. al) e com baixa intensidade de forma pulsada. QUESTÕES DE REVISÃO 1. No Ultrassom Terapêutico, quais são as frequências disponíveis? 2. Qual a diferença entre as frequências do Ultrassom Terapeûtico? 3. Quando devemos usar o Ultrassom Contínuo e quando usamos o Ultrassom Pulsado? 4. Cite qual o efeito terapêutico do Ultrassom durante a fase aguda da Lesão. 5. Cite 3 contra-indicações ao uso do Ultrassom Terapêutico.
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