Buscar

70248420-legislacao-arquivistica-e1654599091

Prévia do material em texto

SISTEMA DE ENSINO
NOÇÕES DE 
ARQUIVOLOGIA
Legislação Arquivística
Livro Eletrônico
2 de 259www.grancursosonline.com.br
Legislação Arquivística
NOÇÕES DE ARQUIVOLOGIA
Elvis Miranda
Sumário
Legislação Arquivística ................................................................................................................................................3
1. Legislação Arquivística ...........................................................................................................................................3
1.1. Lei n. 8.159, de 8 de Janeiro de 1991 – Lei dos Arquivos ....................................................................3
1.2. Decreto n. 4.073/2002 – Regulamenta a Lei n. 8.159, de 8 de Janeiro de 1991, que 
Dispõe sobre a Política Nacional de Arquivos Públicos e Privados .................................................11
1.3. Decreto n. 4.915/2003 – Dispõe sobre o Sistema de Gestão de Documentos e 
Arquivos da Administração Pública Federal ................................................................................................20
1.4. Lei n. 12.527/2011 – Lei de Acesso à Informação ...............................................................................23
1.5. Decretos n. 7.724/2012 e 7.845/2012 ......................................................................................................35
1.6. Lei n. 6.546/1978 ...................................................................................................................................................36
Questões de Concurso ...............................................................................................................................................42
Gabarito ............................................................................................................................................................................ 110
Gabarito Comentado ..................................................................................................................................................115
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
3 de 259www.grancursosonline.com.br
Legislação Arquivística
NOÇÕES DE ARQUIVOLOGIA
Elvis Miranda
LEGISLAÇÃO ARQUIVÍSTICA
1. LegisLação arquivística
Quando você se depara com o tópico “legislação arquivística” no edital, a primeira questão 
é: que lei ou norma deve estudar se o edital não especifica qual será cobrada? A primeira ideia 
seria estudar toda e qualquer lei relacionada a arquivo, pois assim você estaria seguro e prepa-
rado para qualquer questão sobre o assunto, não?
Primeiro problema: existem inúmeras leis, decretos, resoluções e normas relacionadas a 
arquivos no Brasil. Se você entrar na página do Conselho Nacional de Arquivos, CONARq, es-
tará disponível para download uma coletânea com centenas de páginas envolvendo toda a 
legislação arquivística brasileira.
A questão agora é: vale a pena analisar toda esta teoria legislativa para tentar garantir uma 
ou outra questão na prova? A princípio sim, pois toda questão faz diferença. A fim de facilitar 
sua vida, é interessante analisar as provas anteriores e perceber que a grande maioria das 
questões é direcionada a algumas, e não a todas as leis que envolvem arquivo, o que nos per-
mite direcionar seu estudo em cima do que costuma ser cobrado.
Assim, analisaremos as normas que costumam ser cobradas, apresentando o texto frio da 
lei com comentários que permitam entender o seu fundamento e concluiremos o módulo com 
a análise das questões cobradas anteriormente, de forma a fixar bem todo o conteúdo aborda-
do na aula. Vamos lá, então?
1.1. Lei n. 8.159, de 8 de Janeiro de 1991 – Lei dos arquivos
Se fizermos uma análise das questões a respeito da legislação arquivística, a Lei n. 8.159/1991 
é a mais cobrada. Você perceberá isso ao final do módulo, quando se deparar com as questões 
de provas anteriores. É a lei mais importante envolvendo arquivos no Brasil. Não é à toa que é 
chamada de “Lei dos Arquivos”.
CAPÍTULO I– DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 1º É dever do Poder Público a gestão documental e a proteção especial a documentos de arqui-
vos, como instrumento de apoio à administração, à cultura, ao desenvolvimento científico e como 
elementos de prova e informação.
A lei começa definindo a importância de se cuidar dos arquivos e destacando que o go-
verno (o poder público) tem a obrigação de gerenciar seus documentos, pois os arquivos são 
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
4 de 259www.grancursosonline.com.br
Legislação Arquivística
NOÇÕES DE ARQUIVOLOGIA
Elvis Miranda
importantes não apenas para fins administrativos, como elementos de prova, mas também 
para a cultura e o desenvolvimento científico nacional.
Art. 2º Consideram-se arquivos, para os fins desta Lei, os conjuntos de documentos produzidos e 
recebidos por órgãos públicos, instituições de caráter público e entidades privadas, em decorrência 
do exercício de atividades específicas, bem como por pessoa física, qualquer que seja o suporte da 
informação ou a natureza dos documentos.
Esta é a mesma definição de arquivo que vimos no início de nosso curso, lembra? Conjunto 
de documentos vinculados a uma pessoa física ou jurídica, acumulados ao longo de sua exis-
tência e que comprovam suas atividades, em qualquer suporte (em qualquer tipo de material). 
Até aqui nenhuma novidade.
Art. 3º Considera-se gestão de documentos o conjunto de procedimentos e operações técnicas 
referentes à sua produção, tramitação, uso, avaliação e arquivamento em fase corrente e intermedi-
ária, visando a sua eliminação ou recolhimento para guarda permanente.
Mais uma definição: agora de gestão de documentos. Como o próprio nome diz, é o con-
junto de todas as atividades de controle arquivístico que visam gerenciar os documentos da 
instituição, desde a sua produção até seu destino final (eliminação ou guarda permanente). 
Perceba que tudo o que estudamos em Arquivologia faz parte de um programa de gestão de 
documentos.
Art. 4º Todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular ou 
de interesse coletivo ou geral, contidas em documentos de arquivos, que serão prestadas no prazo 
da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujos sigilo seja imprescindível à seguran-
ça da sociedade e do Estado, bem como à inviolabilidade da intimidade, da vida privada, da honra e 
da imagem das pessoas.
Este artigo é praticamente uma cópia do artigo 5º, inciso XXXIII da Constituição Federal, 
que trata do direito de acesso à informação no Brasil. Em resumo, afirma que o cidadão tem 
direito de acesso às informações contidas nos arquivos dos órgãos públicos, a não ser que se 
trate de informações sigilosas.
Art. 5º A Administração Pública franqueará a consulta aos documentos públicos na forma desta Lei.
Art. 6º Fica resguardado o direito de indenização pelo dano material ou moral decorrente da viola-
ção do sigilo, sem prejuízo das ações penal, civil e administrativa.
CAPÍTULO II– DOS ARQUIVOS PÚBLICOS
Art. 7º Os arquivos públicos são os conjuntos de documentos produzidos e recebidos, no exercício 
de suas atividades, por órgãos públicos de âmbito federal, estadual, do Distrito Federal e municipal 
em decorrência de suas funções administrativas, legislativas e judiciárias.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada,por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
5 de 259www.grancursosonline.com.br
Legislação Arquivística
NOÇÕES DE ARQUIVOLOGIA
Elvis Miranda
Resumindo: são arquivos públicos arquivos de órgãos e entidades públicas em todas as 
esferas e poderes do governo.
§ 1º São também públicos os conjuntos de documentos produzidos e recebidos por instituições de 
caráter público, por entidades privadas encarregadas da gestão de serviços públicos no exercício 
de suas atividades.
Também são considerados públicos arquivos de entidades privadas responsáveis pela 
gestão de serviços públicos. Aqui não se trata de empresas privatizadas, e sim de empresas 
privadas que executam atividades que pertencem ao governo e que, por qualquer motivo, o po-
der público tenha terceirizado a atividade. Os cartórios de registro público são bons exemplos 
desta situação. São entidades privadas, mas que executam uma atividade pública, o que torna 
seus arquivos como arquivos públicos, ou seja, pertencem ao governo, e não ao dono do cartó-
rio. É uma definição importante, porque evita, por exemplo, que o tabelião, ao ser destituído do 
cargo, tenha o direito de levar com ele a documentação do cartório, pois esta documentação 
pertence ao governo.
§ 2º A cessação de atividades de instituições públicas e de caráter público implica o recolhimento 
de sua documentação à instituição arquivística pública ou a sua transferência à instituição suces-
sora.
Se um órgão público for extinto, seu arquivo será transferido à entidade sucessora, ou seja, 
à entidade que dará continuidade aos seus serviços, que é a situação mais comum, ou sua 
documentação será recolhida a um arquivo público, de caráter histórico, para preservação da 
memória daquele órgão que deixou de existir.
Art. 8º Os documentos públicos são identificados como correntes, intermediários e permanentes.
§ 1º Consideram-se documentos correntes aqueles em curso ou que, mesmo sem movimentação, 
constituam objeto de consultas frequentes.
§ 2º Consideram-se documentos intermediários aqueles que, não sendo de uso corrente nos órgãos 
produtores, por razões de interesse administrativo, aguardam a sua eliminação ou recolhimento 
para guarda permanente.
§ 3º Consideram-se permanentes os conjuntos de documentos de valor histórico, probatório e infor-
mativo que devem ser definitivamente preservados.
Aqui temos o conceito do ciclo de vida dos documentos ou teoria das três idades, princípio 
importantíssimo da Arquivologia, sendo definido como norma nos arquivos do governo. Para 
quem já estudou o assunto, não há muito o que acrescentar. Perceba que os parágrafos vin-
culados ao artigo definem com exatidão os conceitos das três idades documentais: corrente, 
intermediária e permanente.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
6 de 259www.grancursosonline.com.br
Legislação Arquivística
NOÇÕES DE ARQUIVOLOGIA
Elvis Miranda
Art. 9º A eliminação de documentos produzidos por instituições públicas e de caráter público será 
realizada mediante autorização da instituição arquivística pública, na sua específica esfera de com-
petência.
Como estudamos no módulo referente ao ciclo de vida dos documentos, é importante que 
os documentos sejam eliminados à medida em que percam seu valor administrativo e não te-
nham valor histórico para a sociedade. Para efetuar este controle, é necessária a utilização da 
tabela de temporalidade, que definirá os prazos de guarda e destino final de cada documento. 
Além disso, é necessária a autorização da instituição arquivística pública, na esfera de compe-
tência do órgão, para que os documentos possam ser eliminados. A seguir, teremos a defini-
ção do que seria a instituição arquivística pública em cada esfera de competência.
Art. 10. Os documentos de valor permanente são inalienáveis e imprescritíveis.
Os documentos de valor permanente são aqueles que têm valor histórico e, portanto, não 
podem ser eliminados. Isso se dá porque o valor histórico não prescreve (daí o termo impres-
critível). Além disso, tais documentos não podem ser alienados, ou seja, o governo não pode 
se desfazer de seus documentos históricos, tendo a obrigação de preservá-los e tratá-los da 
melhor forma possível.
CAPÍTULO III – DOS ARQUIVOS PRIVADOS
Art. 11. Consideram-se arquivos privados os conjuntos de documentos produzidos ou recebidos por 
pessoas físicas ou jurídicas, em decorrência de suas atividades.
Os conjuntos de documentos acumulados por pessoas físicas ou jurídicas, em suas ativi-
dades, são considerados arquivos privados.
Art. 12. Os arquivos privados podem ser identificados pelo Poder Público como de interesse público 
e social, desde que sejam considerados como conjuntos de fontes relevantes para a história e de-
senvolvimento científico nacional.
Aqui temos a informação de que o governo pode, em algumas situações, definir um arquivo 
privado (seja de pessoa física ou jurídica) como de interesse público e social para a sociedade. 
Isso se dá por meio de um Decreto Presidencial, de acordo com a regulamentação deste arti-
go. O arquivo pessoal de Oscar Niemayer, por exemplo, já foi considerado de interesse público 
e social pelo governo.
Art. 13. Os arquivos privados identificados como de interesse público e social não poderão ser alie-
nados com dispersão ou perda da unidade documental, nem transferidos para o exterior.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
7 de 259www.grancursosonline.com.br
Legislação Arquivística
NOÇÕES DE ARQUIVOLOGIA
Elvis Miranda
Uma vez identificados como de interesse público e social, os arquivos privados continuam 
pertencendo ao dono, ou seja, ele não perde a propriedade de seu arquivo. O arquivo de Oscar 
Niemayer, por exemplo, continua pertencendo à sua família, que o herdou. O detalhe é que a partir 
desta identificação, este arquivo não pode ser transferido para outro país (para garantir o princípio 
da territorialidade, que defende que um arquivo histórico permaneça no país a que pertence).
Este arquivo poderá, se for de interesse do proprietário, ser alienado (doado ou vendido) 
mas esta operação deverá ser feita com o arquivo inteiro, ou seja, com todos os documentos 
que formam o arquivo. A lei proíbe a dispersão do arquivo, ou seja, sua divisão em partes. Nes-
te caso o princípio a ser respeitado é o princípio da integridade ou da indivisibilidade, também 
existente na Arquivologia.
Parágrafo único. Na alienação desses arquivos o Poder Público exercerá preferência na aquisição.
Se o proprietário tiver interesse em se desfazer do arquivo (por doação ou venda), o gover-
no terá prioridade.
Art. 14. O acesso aos documentos de arquivos privados identificados como de interesse público e 
social poderá ser franqueado mediante autorização de seu proprietário ou possuidor.
Perceba que o artigo fala em “poderá”, ou seja, se o proprietário quiser divulgar o acervo do 
arquivo identificado como de interesse público e social, poderá fazê-lo, não sendo obrigado se 
não tiver interesse.
Art. 15. Os arquivos privados identificados como de interesse público e social poderão ser deposi-
tados a título revogável, ou doados a instituições arquivísticas públicas.
Mais uma vez temos o verbo “poderão”, e não “deverão”, o que significa que, mais uma vez,fica a critério do proprietário decidir se quer doar ou emprestar (depositar a título revogável) 
seu arquivo para o governo.
Art. 16. Os registros civis de arquivos de entidades religiosas produzidos anteriormente à vigência 
do Código Civil ficam identificados como de interesse público e social.
Neste artigo, o governo aproveitou para identificar o arquivo da igreja Católica, que até o 
início da vigência do Código Civil era responsável pelos registros de casamento no país, como 
de interesse público e social, o que busca garantir a preservação desta documentação e sua 
permanência no país.
CAPÍTULO IV – DA ORGANIZAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO DE INSTITUIÇÕES ARQUIVÍSTICAS PÚBLICAS
Art. 17. A administração da documentação pública ou de caráter público compete às instituições 
arquivísticas federais, estaduais, do Distrito Federal e municipais.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
8 de 259www.grancursosonline.com.br
Legislação Arquivística
NOÇÕES DE ARQUIVOLOGIA
Elvis Miranda
Destaque aqui o termo “instituições arquivísticas públicas”. Este artigo diz que elas fica-
rão responsáveis pelo gerenciamento da documentação pública no Brasil, em cada esfera do 
governo (federal, estadual, do Distrito Federal e municipal). O problema agora é saber o que 
seriam as instituições arquivísticas públicas.
§ 1º São Arquivos Federais o Arquivo Nacional os do Poder Executivo, e os arquivos do Poder Legis-
lativo e do Poder Judiciário. São considerados, também, do Poder Executivo os arquivos do Minis-
tério da Marinha, do Ministério das Relações Exteriores, do Ministério do Exército e do Ministério da 
Aeronáutica.
Alguns destes ministérios já foram extintos, o que torna a lei um pouco defasada neste ar-
tigo. O que podemos destacar neste artigo é que, na esfera federal, temos arquivos vinculados 
aos três poderes, Executivo, Legislativo e Judiciário.
§ 2º São Arquivos Estaduais os arquivos do Poder Executivo, o arquivo do Poder Legislativo e o 
arquivo do Poder Judiciário.
Na esfera estadual, também teremos órgãos vinculados aos três poderes, ou seja, Execu-
tivo, Legislativo e Judiciário.
§ 3º São Arquivos do Distrito Federal o arquivo do Poder Executivo, o Arquivo do Poder Legislativo e 
o arquivo do Poder Judiciário.
Aqui temos um furo na lei, pois não há órgãos do Poder Judiciário vinculados ao governo 
do Distrito Federal. O TJDFT, órgão no qual trabalho, e que muitos podem achar que é vinculado 
ao GDF, é, na verdade, um órgão federal. De qualquer forma, a lei diz que no DF temos os três 
poderes, e isso deve ser considerado como correto se vier a aparecer em sua prova, mesmo 
sabendo desta incoerência.
§ 4º São Arquivos Municipais o arquivo do Poder Executivo e o arquivo do Poder Legislativo.
Nos municípios, e aqui a lei não errou, existem órgãos vinculados aos poderes Executivo e 
Legislativo.
§ 5º Os arquivos públicos dos Territórios são organizados de acordo com sua estrutura político-ju-
rídica.
O PULO DO GATO
Normalmente, ao cobrar este trecho da lei, o examinador costuma cobrar exatamente o ór-
gão para o qual você está prestando concurso. Por exemplo, em uma prova do Ministério da 
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
9 de 259www.grancursosonline.com.br
Legislação Arquivística
NOÇÕES DE ARQUIVOLOGIA
Elvis Miranda
Saúde, o exemplo será o do Ministério da Saúde, que no caso é um arquivo público federal, do 
Executivo.
Art. 18. Compete ao Arquivo Nacional a gestão e o recolhimento dos documentos produzidos e 
recebidos pelo Poder Executivo Federal, bem como preservar e facultar o acesso aos documentos 
sob sua guarda, e acompanhar e implementar a política nacional de arquivos.
Parágrafo único. Para o pleno exercício de suas funções, o Arquivo Nacional poderá criar unidades 
regionais.
Este artigo possui muito mais informação embutida do que parece à primeira vista.
O que temos aqui é que o Arquivo Nacional, órgão do Poder Executivo, fará a função de 
arquivo permanente (arquivo histórico) de todo o Poder Executivo Federal. Isto pode ser per-
cebido na utilização do termo “recolhimento”, que na arquivologia quer dizer encaminhar ao 
arquivo permanente. Portanto, o Arquivo Nacional tem a função de recolher, ou seja, buscar 
os documentos históricos nos órgãos do Poder Executivo Federal e dar a estes documentos o 
tratamento adequado à documentação histórica, de forma a facultar (liberar) o acesso para a 
sociedade, já que são documentos que já prescreveram para o órgão e agora cumprem a fina-
lidade histórica. Lembra da teoria das três idades?
O Arquivo Nacional também é responsável pela gestão dos arquivos dos órgãos do Poder 
Executivo Federal, e neste sentido podemos dizer que ele fiscaliza e orienta as atividades de 
arquivo nesta esfera ou poder. No final, o Arquivo Nacional faz a função de instituição arqui-
vística pública no Poder Executivo Federal. Ou seja, nenhum ministério, agência ou órgão do 
Poder Executivo Federal funciona como instituição arquivística pública (não estou dizendo que 
não são arquivos públicos). O Arquivo Nacional é que faz esta função.
O que isso significa? Lembra do artigo 9º, que diz que eliminação de documentos públicos 
só pode ser realizada mediante autorização da instituição arquivística pública na esfera de 
competência do órgão? Pois é, no Poder Executivo Federal o órgão terá de encaminhar a lista-
gem de eliminação de documentos para ser aprovada pelo Arquivo Nacional para poder efetuar 
a eliminação. E nos demais poderes (Legislativo e Judiciário), como funciona? Vejamos nos 
artigos a seguir.
Art. 19. Competem aos arquivos do Poder Legislativo Federal a gestão e o recolhimento dos docu-
mentos produzidos e recebidos pelo Poder Legislativo Federal no exercício das suas funções, bem 
como preservar e facultar o acesso aos documentos sob sua guarda.
Percebemos aqui que, no Poder Legislativo Federal, o próprio órgão tem a competência de 
cuidar dos seus documentos permanentes e gerenciar o seu arquivo, ou seja, o próprio órgão 
fará a função de instituição arquivística pública. O Senado Federal, por exemplo, não precisa 
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
10 de 259www.grancursosonline.com.br
Legislação Arquivística
NOÇÕES DE ARQUIVOLOGIA
Elvis Miranda
da autorização do Arquivo Nacional ou qualquer outro órgão para eliminar seus documentos. 
O próprio órgão tem autonomia para cuidar dos seus arquivos.
Art. 20. Competem aos arquivos do Poder Judiciário Federal a gestão e o recolhimento dos docu-
mentos produzidos e recebidos pelo Poder Judiciário Federal no exercício de suas funções, trami-
tados em juízo e oriundos de cartórios e secretarias, bem como preservar e facultar o acesso aos 
documentos sob sua guarda.
No Poder Judiciário Federal a coisa funciona da mesma forma que no Legislativo Federal, 
ou seja, o órgão tem autonomia para cuidar dos seus arquivos, funcionando como instituição 
arquivística pública. O STF, por exemplo, pode eliminar seus documentos (como todo o contro-
le que isso exige) sem necessidade da aprovação do Arquivo Nacional.
Art. 21. Legislação estadual, do Distrito Federal e municipal definirá os critérios deorganização e 
vinculação dos arquivos estaduais e municipais, bem como a gestão e o acesso aos documentos, 
observado o disposto na Constituição Federal e nesta Lei.
Nas demais esferas, deverão ser criadas normas que regulamentem o seu funcionamento.
CAPÍTULO V – DO ACESSO E DO SIGILO DOS DOCUMENTOS PÚBLICOS
Art. 22 a 24. Revogados pela Lei n. 12.527/2011.
Toda esta parte foi revogada em função da Lei de Acesso à Informação, Lei n. 12.527/2011.
DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 25. Ficará sujeito à responsabilidade penal, civil e administrativa, na forma da legislação em 
vigor, aquele que desfigurar ou destruir documentos de valor permanente ou considerado como de 
interesse público e social.
Qualquer pessoa que destruir ou danificar documentos permanentes (documentos histó-
ricos vinculados aos arquivos públicos) ou de interesse público e social (neste caso os docu-
mentos privados identificados pelo governo como de importância histórica, lembra do artigo 
12?) será responsabilizado administrativamente (no caso de servidor público), penal e civil 
(sujeito a indenização).
Perceba que não é uma boa ideia eliminar ou estragar documentos históricos, pois isto 
poderá te trazer sérios problemas. A lei não entra nos detalhes de como se dará esta respon-
sabilização, mas o importante aqui é que prevê esta responsabilidade.
Art. 26. Fica criado o Conselho Nacional de Arquivos (CONARQ), órgão vinculado ao Arquivo Na-
cional, que definirá a política nacional de arquivos, como órgão central de um Sistema Nacional de 
Arquivos (SINAR).
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
11 de 259www.grancursosonline.com.br
Legislação Arquivística
NOÇÕES DE ARQUIVOLOGIA
Elvis Miranda
§ 1º O Conselho Nacional de Arquivos será presidido pelo Diretor-Geral do Arquivo Nacional e inte-
grado por representantes de instituições arquivísticas e acadêmicas, públicas e privadas.
§ 2º A estrutura e funcionamento do conselho criado neste artigo serão estabelecidos em re-
gulamento.
Aqui, a Lei cria o SINAR (Sistema Nacional de Arquivos), do qual fazem parte todos os arqui-
vos públicos do país, que tem como órgão central do Conarq, Conselho Nacional de Arquivos.
Art. 27. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 28. Revogam-se as disposições em contrário.
Brasília, 8 de janeiro de 1991; 170º da Independência e 103º da República.
FERNANDO COLLOR
Jarbas Passarinho
1.2. decreto n. 4.073/2002 – reguLamenta a Lei n. 8.159, de 8 
de Janeiro de 1991, que dispõe sobre a poLítica nacionaL de arquivos 
púbLicos e privados
CAPÍTULO I – DO CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS
Art. 1º O Conselho Nacional de Arquivos – CONARQ, órgão colegiado instituído no âmbito do Arqui-
vo Nacional, criado pelo art. 26 da Lei n. 8.159, de 8 de janeiro de 1991, tem por finalidade definir a 
política nacional de arquivos públicos e privados.
O CONARQ é um órgão criado pela Lei n. 8.159/1991, com a finalidade de definir a política 
nacional de arquivos públicos e privados.
O PULO DO GATO
Eis aí um artigo cobrado com certa frequência. Em geral são questões questionando qual o 
órgão responsável pela implementação da política nacional de arquivos públicos e privados. 
Como esta previsão vem da Lei n. 8.159/1991 e é reforçada agora neste Decreto, o enunciado 
da questão pode se referir à Lei ou ao Decreto.
Art. 2º Compete ao CONARQ:
I – estabelecer diretrizes para o funcionamento do Sistema Nacional de Arquivos – SINAR, visando 
à gestão, à preservação e ao acesso aos documentos de arquivos;
II – promover o inter-relacionamento de arquivos públicos e privados com vistas ao intercâmbio e à 
integração sistêmica das atividades arquivísticas;
III – propor ao Ministro de Estado da Justiça e Segurança Pública atos normativos necessários ao 
aprimoramento e à implementação da política nacional de arquivos públicos e privados;
IV – zelar pelo cumprimento dos dispositivos constitucionais e legais que norteiam o funcionamen-
to e o acesso aos arquivos públicos;
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
12 de 259www.grancursosonline.com.br
Legislação Arquivística
NOÇÕES DE ARQUIVOLOGIA
Elvis Miranda
V – estimular programas de gestão e de preservação de documentos públicos de âmbito federal, 
estadual, distrital e municipal, produzidos ou recebidos pelo Poder Público;
VI – subsidiar a elaboração de planos nacionais de desenvolvimento, sugerindo metas e prioridades 
da política nacional de arquivos públicos e privados;
VII – estimular a implantação de sistemas de arquivos nos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário 
da União, dos Estados, do Distrito Federal e nos Poderes Executivo e Legislativo dos Municípios;
VIII – estimular a integração e modernização dos arquivos públicos e privados;
IX – identificar os arquivos privados de interesse público e social, nos termos do art. 12 da Lei no 
8.159, de 1991;
X – propor ao Ministro de Estado da Justiça e Segurança Pública a declaração de interesse público 
e social de arquivos privados;
XI – estimular a capacitação técnica dos recursos humanos que desenvolvam atividades de arquivo 
nas instituições integrantes do SINAR;
XII – recomendar providências para a apuração e a reparação de atos lesivos à política nacional de 
arquivos públicos e privados;
XIII – promover a elaboração do cadastro nacional de arquivos públicos e privados, bem como de-
senvolver atividades censitárias referentes a arquivos;
XIV – manter, por meio do Arquivo Nacional, intercâmbio com outros colegiados e instituições, cujas 
finalidades sejam relacionadas ou complementares às suas, para prover e receber elementos de 
informação e juízo, conjugar esforços e encadear ações;
XV – articular-se com outros órgãos do Poder Público formuladores de políticas nacionais nas áreas 
de educação, cultura, ciência, tecnologia, informação e informática;
XVI – propor a celebração, por meio do Arquivo Nacional, de acordos, convênios, parcerias e termos 
de cooperação técnica com órgãos e entidades públicas e privadas em matéria de interesse mútuo; e
XVII – editar orientações técnicas para a implementação da política nacional de arquivos, por meio 
de resolução.
Este artigo enumera as atribuições do Conarq, enquanto responsável pela implementação 
da política nacional de arquivos públicos e privados. Se formos fazer uma estatística do que 
costuma ser mais ou menos cobrado, no que se refere à legislação, eu diria que estas atri-
buições são mais cobradas para cargos que exijam formação superior em Arquivologia. Para 
cargos que não exijam formação na área, não é tão comum ser cobrado, o que é até compreen-
sível, pois exigir que o candidato memorize todas as atribuições do Conarq sem ter formação 
na área que justifique este conhecimento seria falta de bom senso por parte do examinador. 
De qualquer forma, nada impede que estas atribuições sejam cobradas, o que sugere que vale 
a pena dar uma olhada neste artigo.
Art. 2º-A Compete ao Arquivo Nacional, quanto à implementação da política nacional de arquivos 
públicos e privados, no âmbito da administração pública federal:
I – celebrar acordos, convênios, parcerias e termos de cooperação com órgãos e entidades públicas 
e privadas em matéria de interesse mútuo;
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil ecriminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
13 de 259www.grancursosonline.com.br
Legislação Arquivística
NOÇÕES DE ARQUIVOLOGIA
Elvis Miranda
II – propor atos normativos ao Ministro de Estado da Justiça e Segurança Pública relativos ao apri-
moramento e à implementação da política nacional de arquivos públicos e privados;
III – fornecer subsídios para o arquivamento de documentos públicos em meio eletrônico, óptico ou 
equivalente, observado a legislação; e
IV – estabelecer as diretrizes para a preservação e o acesso aos documentos públicos, independen-
temente de sua forma ou natureza.
Este artigo enumera as atribuições do Arquivo Nacional, a quem o Conarq está vinculado, 
de acordo com o artigo 1º. Veja que o Decreto atribui bem menos atribuições ao Arquivo Na-
cional do que ao Conarq.
Art. 3º São membros conselheiros do CONARQ:
I – o Diretor-Geral do Arquivo Nacional, que o presidirá;
II – dois representantes do Poder Executivo Federal;
III – um representante do Poder Judiciário federal;
IV – dois representantes do Poder Legislativo Federal;
V – um representante dos arquivos públicos estaduais e distrital;
VI – um representante dos arquivos públicos municipais;
VII – um representante de associações de arquivistas; e
VIII – quatro representantes de instituições de ensino e pesquisa, organizações ou instituições com 
atuação na área de tecnologia da informação e comunicação, arquivologia, história ou ciência da 
informação.
§ 1º Cada membro do CONARQ terá um suplente, que o substituirá em suas ausências e im-
pedimentos.
§ 2º Os membros do CONARQ e respectivos suplentes serão indicados:
I – na hipótese do inciso II do caput:
a) um pelo Ministro de Estado da Economia; e
b) um pelo Ministro de Estado Chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República;
II – na hipótese do inciso III do caput, pelo Presidente do Supremo Tribunal Federal;
III – na hipótese do inciso IV do caput:
a) um pelo Presidente da Câmara dos Deputados; e
b) um pelo Presidente do Senado Federal; e
IV – nas hipóteses dos incisos V a VIII do caput, por meio de seleção pública realizada nos termos 
do disposto em ato do Ministro de Estado da Justiça e Segurança Pública.
§ 3º Os membros do CONARQ e respectivos suplentes serão designados pelo Ministro de Estado da 
Justiça e Segurança Pública.
§ 4º Os membros do CONARQ de que tratam os incisos VII e VIII do caput e respectivos suplentes 
terão mandato de dois anos.
§ 5º O Presidente do CONARQ, em suas faltas e impedimentos, será substituído por seu substituto 
legal no Arquivo Nacional.
Este artigo trata da composição do Conarq, com relação a seus membros.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
14 de 259www.grancursosonline.com.br
Legislação Arquivística
NOÇÕES DE ARQUIVOLOGIA
Elvis Miranda
Art. 4º Caberá ao Arquivo Nacional dar o apoio técnico e administrativo ao CONARQ.
De acordo com este artigo O Arquivo Nacional, por meio de sua equipe técnica, é responsá-
vel por dar o apoio necessário para que o Conarq desenvolva suas atividades.
Art. 5º O Plenário, órgão superior de deliberação do CONARQ, reunir-se-á, em caráter ordinário, no 
mínimo, uma vez a cada quatro meses e, extraordinariamente, mediante convocação de seu Presi-
dente ou a requerimento de dois terços de seus membros.
De acordo com este artigo, o Plenário do Conarq deverá se reunir, em regra, pelo menos 
uma vez a cada quatro meses, podendo ser reunido de forma extraordinária nos casos citados.
Art. 6º O quórum de reunião do CONARQ é de maioria absoluta dos membros e o quórum de apro-
vação é de maioria simples.
Parágrafo único. Além do voto ordinário, o Presidente do CONARQ terá o voto de qualidade em caso 
de empate.
De acordo com este artigo, o Plenário do Conarq deverá se reunir, com, no mínimo, a maio-
ria absoluta dos seus membros (ou seja, metade mais um) e, no caso de empate do que estiver 
sendo discutido, caberá ao Presidente do Conarq o vote de desempate.
Art. 7º O CONARQ poderá instituir câmaras técnicas consultivas com a finalidade de auxiliar o Con-
selho a elaborar estudos e propostas normativas e propor soluções para questões da política nacio-
nal de arquivos públicos e privados e do funcionamento do Sistema Nacional de Arquivos.
§ 1º As câmaras técnicas consultivas serão compostas na forma de ato do CONARQ e seus mem-
bros poderão ser conselheiros do CONARQ ou especialistas convidados.
§ 2º Os membros das câmaras técnicas consultivas serão designados pelo Presidente do CONARQ, 
ad referendum do Conselho.
§ 3º As câmaras técnicas do CONARQ:
I – não poderão ter mais de cinco membros;
II – terão caráter temporário e duração não superior a um ano; e
III – estão limitadas a cinco operando simultaneamente.
§ 4º Os membros das câmaras técnicas que se encontrarem no Distrito Federal ou no Rio de Janeiro, 
a depender do local de realização da reunião, participarão de forma presencial e os membros que se 
encontrem em outros entes federativos participarão da reunião por meio de videoconferência.
Este artigo apresenta a possibilidade de que sejam criadas câmaras técnicas consultivas, 
a fim de discutir e propor soluções para questões da política nacional de arquivos. Essas câ-
maras técnicas podem ser formadas por especialistas dos assuntos tratados, e será sempre 
de caráter temporário.
Art. 7º-A Fica instituída a Comissão de Avaliação de Acervos Privados, no âmbito do CONARQ, de 
caráter permanente, à qual compete:
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
15 de 259www.grancursosonline.com.br
Legislação Arquivística
NOÇÕES DE ARQUIVOLOGIA
Elvis Miranda
I – receber as propostas de declaração de interesse público e social de acervos privados e instruir 
o processo de avaliação;
II – convidar especialistas para análise do acervo privado, quando necessário;
III – emitir parecer conclusivo sobre o interesse público e social do acervo privado para apreciação 
pelo Plenário do CONARQ; e
IV – subsidiar o monitoramento dos acervos declarados como de interesse público e social pelo 
Poder Executivo federal.
§ 1º A Comissão de Avaliação de Acervos Privados terá de três a cinco membros e respectivos su-
plentes, nos termos do disposto em ato do CONARQ.
§ 2º Os membros da Comissão de Avaliação de Acervos Privados e respectivos suplentes, incluído 
o seu Presidente:
I – poderão ser conselheiros do CONARQ ou especialistas convidados; e
II – serão designados pelo Presidente do CONARQ, ad referendum do Conselho.
§ 3º A Comissão de Avaliação de Acervos Privados se reunirá em caráter ordinário sempre que 
houver solicitação para análise de acervo privado e por convocação do seu Presidente e em caráter 
extraordinário por convocação do seu Presidente ou solicitação de seus membros.
§ 4º O quórum de reunião da Comissão de Avaliação de Acervos Privados é de maioria absoluta dos 
membros e o quórum de aprovação é de maioria simples.
§ 5º Além do voto ordinário, o Presidente da Comissão de Avaliação de Acervos Privados terá o voto 
de qualidade em caso de empate.
§ 6º A Secretaria-Executiva da Comissão de Avaliação de Acervos Privados será exercida pelo Ar-
quivo Nacional.
§ 7º Os membros da Comissão de Avaliação de Acervos Privados que se encontrarem no Distrito Fe-
deral se reunirão presencialmente no Arquivo Nacional e os membros que se encontrem em outros 
entes federativos participarão da reunião por meio de videoconferência.
§ 8º A participação na Comissão de Avaliação de AcervosPrivados será considerada prestação de 
serviço público relevante, não remunerada.
Este artigo regulamenta o artigo 12 da Lei n. 8.159/1991, que prevê que arquivos privados 
podem ser identificados pelo poder público como de interesse público e social, desde que con-
siderados relevantes para a história e a cultura nacional.
Art. 9º A aprovação do regimento interno do CONARQ, mediante proposta deste, é da competência 
do Ministro de Estado da Justiça.
Art. 9º-A O Presidente do CONARQ encaminhará relatório anual das atividades do CONARQ ao Mi-
nistro da Justiça e Segurança Pública.
Este artigo apresenta algumas competências do Ministro de Estado da Justiça, com rela-
ção ao Conarq, e ao Presidente do Conarq.
CAPÍTULO II – DO SISTEMA NACIONAL DE ARQUIVOS
Art. 10. O SINAR tem por finalidade implementar a política nacional de arquivos públicos e privados, 
visando à gestão, à preservação e ao acesso aos documentos de arquivo.
Art. 11. O SINAR tem como órgão central o CONARQ.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
16 de 259www.grancursosonline.com.br
Legislação Arquivística
NOÇÕES DE ARQUIVOLOGIA
Elvis Miranda
Art. 12. Integram o SINAR:
I – o Arquivo Nacional;
II – os arquivos do Poder Executivo Federal;
III – os arquivos do Poder Legislativo Federal;
IV – os arquivos do Poder Judiciário Federal;
V – os arquivos estaduais dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário;
VI – os arquivos do Distrito Federal dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário;
VII – os arquivos municipais dos Poderes Executivo e Legislativo.
§ 1º Os arquivos referidos nos incisos II a VII, quando organizados sistemicamente, passam a inte-
grar o SINAR por intermédio de seus órgãos centrais.
§ 2º As pessoas físicas e jurídicas de direito privado, detentoras de arquivos, podem integrar o SI-
NAR mediante acordo ou ajuste com o órgão central.
Esta é a parte que mais nos interessa, considerando o volume de questões geralmente 
cobradas sobre este Decreto. O SINAR (Sistema Nacional de Arquivos), é formado por TODOS 
os arquivos públicos do país, independentemente do Poder a que está vinculado e à sua esfera 
(federal, estadual, municipal ou do DF) e tem como órgão central o CONARQ.
Entenda que um sistema é um conjunto de entidades que obedecem a normas emanadas 
de uma unidade central, e passam a funcionar de forma padronizada. Neste caso, é o CO-
NARQ que estabelece normas para que todos os arquivos públicos do país respeitem e pas-
sem a obedecer.
Art. 13. Compete aos integrantes do SINAR:
I – promover a gestão, a preservação e o acesso às informações e aos documentos na sua esfera de 
competência, em conformidade com as diretrizes e normas emanadas do órgão central;
II – disseminar, em sua área de atuação, as diretrizes e normas estabelecidas pelo órgão central, 
zelando pelo seu cumprimento;
III – implementar a racionalização das atividades arquivísticas, de forma a garantir a integridade do 
ciclo documental;
IV – garantir a guarda e o acesso aos documentos de valor permanente;
V – apresentar sugestões ao CONARQ para o aprimoramento do SINAR;
VI – prestar informações sobre suas atividades ao CONARQ;
VII – apresentar subsídios ao CONARQ para a elaboração de dispositivos legais necessários ao 
aperfeiçoamento e à implementação da política nacional de arquivos públicos e privados;
VIII – promover a integração e a modernização dos arquivos em sua esfera de atuação;
IX – propor ao CONARQ os arquivos privados que possam ser considerados de interesse público e 
social;
X – comunicar ao CONARQ, para as devidas providências, atos lesivos ao patrimônio arquivístico 
nacional;
XI – colaborar na elaboração de cadastro nacional de arquivos públicos e privados, bem como no 
desenvolvimento de atividades censitárias referentes a arquivos;
XII – possibilitar a participação de especialistas de órgãos e entidades, públicos e privados, nas 
câmaras técnicas e na Comissão de Avaliação de Acervos Privados; e
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
17 de 259www.grancursosonline.com.br
Legislação Arquivística
NOÇÕES DE ARQUIVOLOGIA
Elvis Miranda
XIII – proporcionar aperfeiçoamento e reciclagem aos técnicos da área de arquivo, garantindo cons-
tante atualização.
Art. 14. Os integrantes do SINAR seguirão as diretrizes e normas emanadas do CONARQ, sem pre-
juízo de sua subordinação e vinculação administrativa.
Este artigo apresenta a competência dos órgãos integrantes do Conarq, ou seja, as atribui-
ções de TODOS os órgãos e entidades públicas do país, com relação ao Conarq, já que todos 
fazem parte do mesmo.
CAPÍTULO III – DOS DOCUMENTOS PÚBLICOS
Art. 15. São arquivos públicos os conjuntos de documentos:
I – produzidos e recebidos por órgãos e entidades públicas federais, estaduais, do Distrito Federal e 
municipais, em decorrência de suas funções administrativas, legislativas e judiciárias;
II – produzidos e recebidos por agentes do Poder Público, no exercício de seu cargo ou função ou 
deles decorrente;
III – produzidos e recebidos pelas empresas públicas e pelas sociedades de economia mista;
IV – produzidos e recebidos pelas Organizações Sociais, definidas como tal pela Lei no 9.637, de 15 
de maio de 1998, e pelo Serviço Social Autônomo Associação das Pioneiras Sociais, instituído pela 
Lei no 8.246, de 22 de outubro de 1991.
Parágrafo único. A sujeição dos entes referidos no inciso IV às normas arquivísticas do CONARQ 
constará dos Contratos de Gestão com o Poder Público.
Art. 16. Às pessoas físicas e jurídicas mencionadas no art. 15 compete a responsabilidade pela 
preservação adequada dos documentos produzidos e recebidos no exercício de atividades públicas.
Estes artigos regulamentam o artigo 7º da Lei n. 8.159/1991. Naquela lei, já se previa que 
os arquivos públicos são aqueles acumulados por órgãos e entidades públicas em todas as 
esferas e poderes. Aqui, o Decreto torna este conceito ainda mais claro.
Art. 17. Os documentos públicos de valor permanente, que integram o acervo arquivístico das em-
presas em processo de desestatização, parcial ou total, serão recolhidos a instituições arquivísticas 
públicas, na sua esfera de competência.
§ 1º O recolhimento de que trata este artigo constituirá cláusula específica de edital nos processos 
de desestatização.
§ 2º Para efeito do disposto neste artigo, as empresas, antes de concluído o processo de desesta-
tização, providenciarão, em conformidade com as normas arquivísticas emanadas do CONARQ, a 
identificação, classificação e avaliação do acervo arquivístico.
§ 3º Os documentos de valor permanente poderão ficar sob a guarda das empresas mencionadas 
no § 2º, enquanto necessários ao desempenho de suas atividades, conforme disposto em instrução 
expedida pelo CONARQ.
§ 4º Os documentos de que trata o caput são inalienáveis e não são sujeitos a usucapião, nos ter-
mos do art. 10 da Lei no 8.159, de 1991.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
18 de 259www.grancursosonline.com.br
Legislação Arquivística
NOÇÕES DE ARQUIVOLOGIA
Elvis Miranda
§ 5º A utilização e o recolhimento dos documentos públicos de valor permanente que integram o 
acervo arquivístico das empresas públicas e das sociedadesde economia mista já desestatizadas 
obedecerão às instruções do CONARQ sobre a matéria.
Este artigo regulamenta a situação referente a empresas públicas em processo de deses-
tatização (ou privatização, que é o termo mais utilizado no dia a dia). Fica claro que a docu-
mentação identificada como de caráter permanente (de importância histórica para a socie-
dade) que integra o arquivo da entidade privatizada permanecerá na entidade até a sua total 
prescrição administrativa e jurídica, quando então deverá ser recolhida ao arquivo público na 
esfera de competência do órgão.
CAPÍTULO IV – DA GESTÃO DE DOCUMENTOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA FEDERAL
Seção I – Das Comissões Permanentes de Avaliação de Documentos
Art. 18. (Revogado pelo Decreto n. 10.148, de 2019)
Seção II – Da Entrada de Documentos Arquivísticos Públicos no Arquivo Nacional
Art. 19. Os documentos arquivísticos públicos de âmbito federal, ao serem transferidos ou recolhi-
dos ao Arquivo Nacional, deverão estar avaliados, organizados, higienizados e acondicionados, bem 
como acompanhados de instrumento descritivo que permita sua identificação e controle.
Parágrafo único. As atividades técnicas referidas no caput, que precedem à transferência ou ao re-
colhimento de documentos, serão implementadas e custeadas pelos órgãos e entidades geradores 
dos arquivos.
Art. 20. Após nomeação dos inventariantes, liquidantes ou administradores de acervos para órgãos 
e entidades extintos, o Ministério da Economia solicitará ao Ministro de Estado da Justiça e Segu-
rança Pública a assistência técnica do Arquivo Nacional para a orientação necessária à preservação 
e à destinação do patrimônio documental acumulado, nos termos do disposto no § 2º do art. 7º da 
Lei n. 8.159, de 1991.
Art. 21. O Ministro de Estado da Justiça e Segurança Pública, mediante proposta do Arquivo Na-
cional, editará instrução a respeito dos procedimentos a serem observados pelos órgãos e pelas 
entidades da administração pública federal, para a execução das medidas constantes desta Seção.
Estes artigos regulamentam a preparação da documentação dos órgãos vinculados ao Po-
der Executivo Federal (que são quem enviam documentação para o Arquivo Nacional) quando 
do envio desta documentação àquela instituição arquivística pública.
CAPÍTULO V – DA DECLARAÇÃO DE INTERESSE PÚBLICO E SOCIAL DE ARQUIVOS PRIVADOS
Art. 22. Os arquivos privados de pessoas físicas ou jurídicas que contenham documentos relevan-
tes para a história, a cultura e o desenvolvimento nacional podem ser declarados de interesse públi-
co e social por ato do Ministro de Estado da Justiça e Segurança Pública.
§ 1º A declaração de interesse público e social de que trata este artigo não implica a transferência 
do respectivo acervo para guarda em instituição arquivística pública, nem exclui a responsabilidade 
por parte de seus detentores pela guarda e a preservação do acervo.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
19 de 259www.grancursosonline.com.br
Legislação Arquivística
NOÇÕES DE ARQUIVOLOGIA
Elvis Miranda
§ 2º São automaticamente considerados documentos privados de interesse público e social:
I – os arquivos e documentos privados tombados pelo Poder Público;
II – os arquivos presidenciais, de acordo com o art. 3º da Lei no 8.394, de 30 de dezembro de 1991;
III – os registros civis de arquivos de entidades religiosas produzidos anteriormente à vigência da 
Lei no 3.071, de 1º de janeiro de 1916, de acordo com o art. 16 da Lei no 8.159, de 1991.
Art. 23. A Comissão de Avaliação de Acervos Privados, por iniciativa própria ou mediante provoca-
ção, encaminhará solicitação relativa à declaração de interesse público e social de arquivos priva-
dos, acompanhada de parecer, para deliberação do Conselho Nacional de Arquivos.
§ 1º O parecer será instruído com avaliação técnica da Comissão de Avaliação de Acervos Privados 
de que trata o art. 7º-A.
§ 2º Da decisão do CONARQ caberá recurso ao Ministro de Estado da Justiça e Segurança Pública, 
na forma prevista na Lei n. 9.784, de 29 de janeiro de 1999.
Art. 24. O proprietário ou detentor de arquivo privado declarado de interesse público e social deverá 
comunicar previamente ao CONARQ a transferência do local de guarda do arquivo ou de quaisquer 
de seus documentos, dentro do território nacional.
Art. 25. A alienação de arquivos privados declarados de interesse público e social deve ser prece-
dida de notificação à União, titular do direito de preferência, para que manifeste, no prazo máximo 
de sessenta dias, interesse na aquisição, na forma do parágrafo único do art. 13 da Lei no 8.159, de 
1991.
Art. 26. Os proprietários ou detentores de arquivos privados declarados de interesse público e social 
devem manter preservados os acervos sob sua custódia, ficando sujeito à responsabilidade penal, 
civil e administrativa, na forma da legislação em vigor, aquele que desfigurar ou destruir documentos 
de valor permanente.
Art. 27. Os proprietários ou detentores de arquivos privados declarados de interesse público e social 
poderão firmar acordos ou ajustes com o CONARQ ou com outras instituições, objetivando o apoio 
para o desenvolvimento de atividades relacionadas à organização, preservação e divulgação do 
acervo.
Art. 28. A perda acidental, total ou parcial, de arquivos privados declarados de interesse público e 
social ou de quaisquer de seus documentos deverá ser comunicada ao CONARQ, por seus proprie-
tários ou detentores.
Estes artigos (assim como o artigo 7º A já visto anteriormente) regulamentam o artigo 
12 da Lei n. 8.159/1991, que prevê que arquivos privados podem ser identificados pelo poder 
púbico como de interesse público e social, desde que considerados relevantes para a história 
e a cultura da sociedade.
CAPÍTULO VI – DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Art. 29. Este Decreto aplica-se também aos documentos eletrônicos, nos termos da lei.
Art. 30. O Ministro de Estado da Justiça e Segurança Pública poderá editar normas complementares 
à execução do disposto neste Decreto.
Brasília, 3 de janeiro de 2002; 181º da Independência e 114º da República.
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
20 de 259www.grancursosonline.com.br
Legislação Arquivística
NOÇÕES DE ARQUIVOLOGIA
Elvis Miranda
Silvano Gianni
1.3. decreto n. 4.915/2003 – dispõe sobre o sistema de gestão de 
documentos e arquivos da administração púbLica FederaL
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe confere o art. 84, incisos IV e VI, 
alínea “a”, da Constituição, e tendo em vista o disposto no art. 30 do Decreto-Lei n. 200, de 25 de 
fevereiro de 1967, no art. 18 da Lei no 8.159, de 8 de janeiro de 1991, e no Decreto no 4.073, de 3 de 
janeiro de 2002,
DECRETA:
Art. 1º As atividades de gestão de documentos no âmbito dos órgãos e entidades da administração 
pública federal ficam organizadas sob a forma de sistema denominado Sistema de Gestão de Do-
cumentos e Arquivos – SIGA.
§ 1º Para fins do disposto neste Decreto, considera-se arquivo o conjunto de documentos produ-
zidos e recebidos pela administração pública federal, em decorrência do exercício de atividades 
específicas, qualquer que seja o suporte da informação ou a natureza dos documentos.
§ 2º Considera-se gestão de documentos, com base no art. 3º da Lei n. 8.159, de 8 de janeiro de 
1991, o conjunto de procedimentos e operações técnicas referentes à produção, tramitação, uso, 
avaliação e arquivamentodos documentos, em fase corrente e intermediária, independente do su-
porte, visando a sua eliminação ou recolhimento para guarda permanente.
Lembre-se de que quando nos referimos à “administração pública federal”, estamos falan-
do do Poder Executivo Federal. Desta forma, o SIGA (Sistema de Gestão de Documentos de 
Arquivo é formado apenas pelos órgãos desta esfera e poder, e não de todos os órgãos públi-
cos do país, como o SINAR).
O artigo traz ainda as definições de arquivo e gestão de documentos da mesma forma que 
estão previstas na Lei n. 8.159/1991 nos seus artigos 2º e 3º.
Art. 2º O SIGA tem por finalidade:
I – garantir ao cidadão e aos órgãos e entidades da administração pública federal o acesso aos ar-
quivos e às informações neles contidas, de forma ágil e segura, resguardados os aspectos de sigilo 
e as restrições legais;
II – integrar e coordenar as atividades de gestão de documentos e arquivo desenvolvidas pelos ór-
gãos setoriais e seccionais que o integram;
III – divulgar normas relativas à gestão e à preservação de documentos e arquivos;
IV – racionalizar a produção da documentação arquivística pública;
V – racionalizar e reduzir os custos operacionais e de armazenagem da documentação arquivística 
pública;
VI – preservar o patrimônio documental arquivístico da administração pública federal;
VII – articular-se com os demais sistemas que atuam direta ou indiretamente na gestão da informa-
ção pública federal; e
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
21 de 259www.grancursosonline.com.br
Legislação Arquivística
NOÇÕES DE ARQUIVOLOGIA
Elvis Miranda
VIII – fortalecer os serviços arquivísticos nos órgãos e nas entidades da administração pública fe-
deral, com vistas à racionalização e eficiência de suas atividades.
Este artigo traz as finalidades do SIGA, enquanto Sistema de Arquivos. São finalidades que 
buscam garantir a boa gestão dos documentos de órgãos e entidades da Administração Públi-
ca Federal, buscando integração, quando necessário, a outros sistemas de arquivo.
Art. 3º Integra o SIGA:
I – como órgão central, o Arquivo Nacional;
II – como órgãos setoriais, as unidades responsáveis pela coordenação das atividades de gestão de 
documentos e arquivos nos órgãos e nas entidades da administração pública federal; e
III – como órgãos seccionais, as unidades responsáveis pela coordenação das atividades de gestão 
de documentos e arquivos nas entidades vinculadas aos órgãos da administração pública federal.
No SIGA, o Arquivo Nacional é o órgão central. Ou seja, é ele que estabelece normas a 
serem seguidas pelos órgãos integrantes do sistema, que, no caso, são os órgãos do Poder 
Executivo Federal.
Você percebeu que existem dois grandes sistemas de arquivos públicos no país: o SINAR e o 
SIGA. Enquanto o SINAR é composto por TODOS os órgãos públicos do país, o SIGA é formado 
apenas pelos órgãos do poder Executivo Federal (também chamado de Administração Pública 
Federal). Portanto, órgãos desta esfera e poder pertencem aos dois sistemas.
O PULO DO GATO
Na grande maioria das vezes, questões que envolvam SINAR e SIGA cobrarão de você a qual 
sistema pertence o órgão para o qual você está prestando concurso.
001. (CESPE-UNB/MI/2013) Os arquivos do MI seguem as orientações emanadas pelo Siste-
ma Nacional de Arquivos e pelo Sistema de Gestão de Documentos de Arquivo.
O MI está vinculado ao Poder Executivo Federal e, portanto, os arquivos do MI seguem as 
orientações emanadas pelo Sistema Nacional de Arquivos e pelo Sistema de Gestão de Docu-
mentos de Arquivo.
Certo.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
22 de 259www.grancursosonline.com.br
Legislação Arquivística
NOÇÕES DE ARQUIVOLOGIA
Elvis Miranda
002. (CESPE-UNB/ANAC/2012) Apesar de seguir as orientações do Conselho Nacional de 
Arquivos, a ANAC não integra o sistema de gestão de documentos de arquivo.
O SINAR (Sistema Nacional de Arquivos), que tem como órgão central o Conarq, engloba todos 
os órgãos públicos, em todas as esferas e poderes. O SIGA abrange apenas os órgãos do Po-
der Executivo Federal. Desta forma, a ANAC está vinculada a estes dois sistemas.
Errado.
Art. 4º Compete ao órgão central:
I – planejar, coordenar e supervisionar os assuntos relativos ao Siga, em conjunto com a Comissão 
de Coordenação do Siga;
II – definir, elaborar e divulgar as diretrizes e as normas gerais relativas à gestão de documentos e 
arquivos a serem implementadas nos órgãos e nas entidades da administração pública federal, com 
apoio da Comissão de Coordenação do Siga;
III – editar normas para regulamentar a padronização dos procedimentos técnicos relativos às ati-
vidades de gestão de documentos, independentemente do suporte da informação ou da natureza 
dos documentos;
IV – orientar a implementação, a coordenação e o controle das atividades e das rotinas de trabalho 
relacionadas à gestão de documentos nos órgãos setoriais;
V – divulgar normas técnicas e informações para o aprimoramento do Siga junto aos órgãos seto-
riais e seccionais;
VI – promover cooperação técnica com instituições e sistemas afins, nacionais e internacionais; e
VII – promover a capacitação, o aperfeiçoamento e o treinamento dos servidores que atuam na 
gestão de documentos e arquivos.
O artigo apresenta as competências do órgão central do SIGA, ou seja, o Arquivo Nacional.
Art. 5º Compete aos órgãos setoriais:
I – implementar e coordenar as atividades de gestão de documentos e arquivos, em seu âmbito de 
atuação e dos órgãos seccionais do Siga;
II – coordenar as rotinas de trabalho, no seu âmbito de atuação e dos órgãos seccionais do Siga, 
com vistas à padronização dos procedimentos técnicos relativos à gestão de documentos arquivís-
ticos;
III – coordenar a elaboração de código de classificação de documentos de arquivo, com base nas 
funções e atividades desempenhadas pelo órgão ou entidade, e acompanhar a sua aplicação no seu 
âmbito de atuação e de seus seccionais;
IV – coordenar a aplicação do código de classificação e da tabela de temporalidade e destinação de 
documentos de arquivo relativos as atividades-meio, instituída para a administração pública federal, 
no seu âmbito de atuação e de seus seccionais;
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
23 de 259www.grancursosonline.com.br
Legislação Arquivística
NOÇÕES DE ARQUIVOLOGIA
Elvis Miranda
V – elaborar, por intermédio da Comissão Permanente de Avaliação de Documentos e de que trata o 
art. 18 do Decreto n. 4.073, de 3 de janeiro de 2002, e aplicar, após aprovação do Arquivo Nacional, a 
tabela de temporalidade e destinação de documentos de arquivo relativos às atividades-fim;
VI – promover e manter intercâmbio de cooperação técnica com instituições e sistemas afins, na-
cionais e internacionais;
VII – proporcionar aos servidores que atuam na área de gestão de documentos de arquivo a capaci-
tação, o aperfeiçoamento, o treinamento e a reciclagem garantindo constante atualização.
Art. 6º Revogado pelo Decreto n. 10.148, de 2019:
Art. 7º Revogado pelo Decreto n. 10.148, de 2019:
Art. 8º Revogado pelo Decreto n. 10.148, de 2019:
Art. 9º Os órgãos setoriais do SIGA vinculam-se ao órgão central paraos estritos efeitos do disposto 
neste Decreto, sem prejuízo da subordinação ou vinculação administrativa decorrente de sua posi-
ção na estrutura organizacional dos órgãos e entidades da administração pública federal.
Art. 10. Fica instituído sistema de informações destinado à operacionalização do SIGA, com a finali-
dade de integrar os serviços arquivísticos dos órgãos e entidades da administração pública federal.
Parágrafo único. Os órgãos setoriais e seccionais são responsáveis pela alimentação e processa-
mento dos dados necessários ao desenvolvimento e manutenção do sistema de que trata o caput 
deste artigo.
Art. 11. Revogado pelo Decreto n. 10.148, de 2019:
Art. 12. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 12 de dezembro de 2003; 182º da Independência e 115º da República.
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
José Dirceu de Oliveira e Silva
1.4. Lei n. 12.527/2011 – Lei de acesso à inFormação
A Constituição Federal prevê, em seu artigo 5º, inciso XXXIII, o direito de acesso às infor-
mações nos arquivos públicos, exceto informações que sejam consideradas sigilosas.
XXXIII – todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou 
de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, 
ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado.
Constituição Federal
Em 27 de dezembro de 2002, foi sancionado o Decreto n. 4.553/2002, que, por 9 anos 
regulamentou o referido inciso. Este decreto deixou de vigorar a partir da implantação da Lei 
`12.527/2011, conhecida como Lei de Acesso à Informação ou, simplesmente LAI.
A LAI trouxe como alterações ao decreto anterior a diminuição dos prazos de sigilo para 
os documentos públicos e a criação de regras para que o governo divulgue suas informações 
com maior transparência.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
24 de 259www.grancursosonline.com.br
Legislação Arquivística
NOÇÕES DE ARQUIVOLOGIA
Elvis Miranda
Vejamos a seguir os artigos vinculados à Arquivologia e que costumam ser cobrados nesta 
matéria, com os respectivos comentários que permitirão compreender e fixar o conteúdo da lei.
Art. 1º Esta Lei dispõe sobre os procedimentos a serem observados pela União, Estados, Distrito 
Federal e Municípios, com o fim de garantir o acesso a informações previsto no inciso XXXIII do art. 
5º, no inciso II do § 3º do art. 37 e no § 2º do art. 216 da Constituição Federal.
Parágrafo único. Subordinam-se ao regime desta Lei:
I – os órgãos públicos integrantes da administração direta dos Poderes Executivo, Legislativo, in-
cluindo as Cortes de Contas, e Judiciário e do Ministério Público;
II – as autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas, as sociedades de economia mista 
e demais entidades controladas direta ou indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal e Mu-
nicípios”.
Pelo que é exposto no artigo 1º, todos os órgãos e entidades públicas, em todas as esferas 
e poderes, estão submetidas à LAI.
Art. 2º Aplicam-se as disposições desta Lei, no que couber, às entidades privadas sem fins lucra-
tivos que recebam, para realização de ações de interesse público, recursos públicos diretamente 
do orçamento ou mediante subvenções sociais, contrato de gestão, termo de parceria, convênios, 
acordo, ajustes ou outros instrumentos congêneres.
Parágrafo único. A publicidade a que estão submetidas as entidades citadas no caput refere-se à 
parcela dos recursos públicos recebidos e à sua destinação, sem prejuízo das prestações de contas 
a que estejam legalmente obrigadas.
Este artigo acrescenta as entidades privadas sem fins lucrativos citadas como também 
sujeitas à Lei de Acesso à Informação.
Art. 3º Os procedimentos previstos nesta Lei destinam-se a assegurar o direito fundamental de 
acesso à informação e devem ser executados em conformidade com os princípios básicos da ad-
ministração pública e com as seguintes diretrizes:
I – observância da publicidade como preceito geral e do sigilo como exceção;
II – divulgação de informações de interesse público, independentemente de solicitações;
III – utilização de meios de comunicação viabilizados pela tecnologia da informação;
IV – fomento ao desenvolvimento da cultura de transparência na administração pública;
V – desenvolvimento do controle social da administração pública.
O destaque deste artigo é o item I, que considera a publicidade como regra e o sigilo a 
exceção. Veja que o artigo prevê ainda que as informações de interesse público deverão ser 
divulgadas, independentemente de solicitação, ou seja, não há que aguardar a solicitação de 
informações por parte da sociedade para que órgãos e entidades públicas divulguem suas in-
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
25 de 259www.grancursosonline.com.br
Legislação Arquivística
NOÇÕES DE ARQUIVOLOGIA
Elvis Miranda
formações, utilizando para isso os meios de comunicação que forem possíveis, principalmente 
na área de tecnologia da informação.
Art. 4º Para os efeitos desta Lei, considera-se:
I – informação: dados, processados ou não, que podem ser utilizados para produção e transmissão 
de conhecimento, contidos em qualquer meio, suporte ou formato;
II – documento: unidade de registro de informações, qualquer que seja o suporte ou formato;
III – informação sigilosa: aquela submetida temporariamente à restrição de acesso público em ra-
zão de sua imprescindibilidade para a segurança da sociedade e do Estado;
IV – informação pessoal: aquela relacionada à pessoa natural identificada ou identificável;
V – tratamento da informação: conjunto de ações referentes à produção, recepção, classificação, 
utilização, acesso, reprodução, transporte, transmissão, distribuição, arquivamento, armazenamen-
to, eliminação, avaliação, destinação ou controle da informação;
VI – disponibilidade: qualidade da informação que pode ser conhecida e utilizada por indivíduos, 
equipamentos ou sistemas autorizados;
VII – autenticidade: qualidade da informação que tenha sido produzida, expedida, recebida ou modi-
ficada por determinado indivíduo, equipamento ou sistema;
VIII – integridade: qualidade da informação não modificada, inclusive quanto à origem, trânsito e 
destino;
IX – primariedade: qualidade da informação coletada na fonte, com o máximo de detalhamento 
possível, sem modificações.
O artigo traz definições de conceitos arquivísticos, importantes para que entendam artigos 
que virão a seguir.
O PULO DO GATO
Muito cuidado para itens em que o examinador apresenta uma definição de um item previs-
ta neste artigo 4º vinculado a outro item do mesmo artigo, tornando o item incorreto. Isso é 
muito comum.
Art. 5º É dever do Estado garantir o direito de acesso à informação, que será franqueada, me-
diante procedimentos objetivos e ágeis, de forma transparente, clara e em linguagem de fácil 
compreensão.
O artigo atribui ao Estado a obrigatoriedade de divulgar suas informações, de forma ágil e 
transparente.
CAPÍTULO II – DO ACESSO A INFORMAÇÕES E DA SUA DIVULGAÇÃO
Art. 6º Cabe aos órgãos e entidades do poder público, observadas as normas e procedimentos es-
pecíficos aplicáveis, assegurar a:
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-seaos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
26 de 259www.grancursosonline.com.br
Legislação Arquivística
NOÇÕES DE ARQUIVOLOGIA
Elvis Miranda
I – gestão transparente da informação, propiciando amplo acesso a ela e sua divulgação;
II – proteção da informação, garantindo-se sua disponibilidade, autenticidade e integridade; e
III – proteção da informação sigilosa e da informação pessoal, observada a sua disponibilidade, 
autenticidade, integridade e eventual restrição de acesso.
O artigo complementa o artigo anterior, atribuindo ao Estado a obrigatoriedade de divul-
gar suas informações, de forma ágil e transparente. Para tanto, utiliza definições previstas no 
artigo 4º.
Art. 7º O acesso à informação de que trata esta Lei compreende, entre outros, os direitos de obter:
I – orientação sobre os procedimentos para a consecução de acesso, bem como sobre o local onde 
poderá ser encontrada ou obtida a informação almejada;
II – informação contida em registros ou documentos, produzidos ou acumulados por seus órgãos 
ou entidades, recolhidos ou não a arquivos públicos;
III – informação produzida ou custodiada por pessoa física ou entidade privada decorrente de qual-
quer vínculo com seus órgãos ou entidades, mesmo que esse vínculo já tenha cessado;
IV – informação primária, íntegra, autêntica e atualizada;
V – informação sobre atividades exercidas pelos órgãos e entidades, inclusive as relativas à sua 
política, organização e serviços;
VI – informação pertinente à administração do patrimônio público, utilização de recursos públicos, 
licitação, contratos administrativos; e
VII – informação relativa:
a) à implementação, acompanhamento e resultados dos programas, projetos e ações dos órgãos e 
entidades públicas, bem como metas e indicadores propostos;
b) ao resultado de inspeções, auditorias, prestações e tomadas de contas realizadas pelos órgãos 
de controle interno e externo, incluindo prestações de contas relativas a exercícios anteriores.
O artigo detalha a natureza das informações a que o cidadão terá direito a acesso. Veja 
que, quando o órgão não puder fornecer a informação desejada, poderá indicar o local onde a 
informação poderá ser encontrada (outro órgão, por exemplo).
§ 1º O acesso à informação previsto no caput não compreende as informações referentes a projetos 
de pesquisa e desenvolvimento científicos ou tecnológicos cujo sigilo seja imprescindível à segu-
rança da sociedade e do Estado.
O artigo destaca a exceção ao acesso a informações que possam comprometer a seguran-
ça da sociedade e do Estado, pois tais informações são de caráter sigiloso.
§ 2º Quando não for autorizado acesso integral à informação por ser ela parcialmente sigilosa, é 
assegurado o acesso à parte não sigilosa por meio de certidão, extrato ou cópia com ocultação da 
parte sob sigilo.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
27 de 259www.grancursosonline.com.br
Legislação Arquivística
NOÇÕES DE ARQUIVOLOGIA
Elvis Miranda
Veja que um documento pode ser sigiloso apenas de forma parcial, ou seja, algumas de 
suas informações são sigilosas e outras não. Nesta situação, as partes não sigilosas deverão 
estar acessíveis à sociedade, tomando-se o cuidado de não divulgar as partes sigilosas.
§ 3º O direito de acesso aos documentos ou às informações neles contidas utilizados como funda-
mento da tomada de decisão e do ato administrativo será assegurado com a edição do ato decisório 
respectivo.
§ 4º A negativa de acesso às informações objeto de pedido formulado aos órgãos e entidades re-
feridas no art. 1º, quando não fundamentada, sujeitará o responsável a medidas disciplinares, nos 
termos do art. 32 desta Lei.
Veja que a negação de acesso à informação solicitada pelo cidadão, sem fundamento, im-
plicará ao responsável medidas disciplinares, previstas no artigo 32 desta Lei.
§ 5º Informado do extravio da informação solicitada, poderá o interessado requerer à autoridade 
competente a imediata abertura de sindicância para apurar o desaparecimento da respectiva docu-
mentação.
§ 6º Verificada a hipótese prevista no § 5º deste artigo, o responsável pela guarda da informação 
extraviada deverá, no prazo de 10 (dez) dias, justificar o fato e indicar testemunhas que comprovem 
sua alegação.
Estes parágrafos tratam dos procedimentos a serem observados no caso de extravio da 
informação solicitada pelo cidadão.
Art. 8º É dever dos órgãos e entidades públicas promover, independentemente de requerimentos, a 
divulgação em local de fácil acesso, no âmbito de suas competências, de informações de interesse 
coletivo ou geral por eles produzidas ou custodiadas.
§ 1º Na divulgação das informações a que se refere o caput, deverão constar, no mínimo:
I – registro das competências e estrutura organizacional, endereços e telefones das respectivas 
unidades e horários de atendimento ao público;
II – registros de quaisquer repasses ou transferências de recursos financeiros;
III – registros das despesas;
IV – informações concernentes a procedimentos licitatórios, inclusive os respectivos editais e resul-
tados, bem como a todos os contratos celebrados;
V – dados gerais para o acompanhamento de programas, ações, projetos e obras de órgãos e enti-
dades; e
VI – respostas a perguntas mais frequentes da sociedade.
§ 2º Para cumprimento do disposto no caput, os órgãos e entidades públicas deverão utilizar todos 
os meios e instrumentos legítimos de que dispuserem, sendo obrigatória a divulgação em sítios 
oficiais da rede mundial de computadores (internet).
§ 3º Os sítios de que trata o § 2º deverão, na forma de regulamento, atender, entre outros, aos se-
guintes requisitos:
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
28 de 259www.grancursosonline.com.br
Legislação Arquivística
NOÇÕES DE ARQUIVOLOGIA
Elvis Miranda
I – conter ferramenta de pesquisa de conteúdo que permita o acesso à informação de forma objeti-
va, transparente, clara e em linguagem de fácil compreensão;
II – possibilitar a gravação de relatórios em diversos formatos eletrônicos, inclusive abertos e não 
proprietários, tais como planilhas e texto, de modo a facilitar a análise das informações;
III – possibilitar o acesso automatizado por sistemas externos em formatos abertos, estruturados 
e legíveis por máquina;
IV – divulgar em detalhes os formatos utilizados para estruturação da informação;
V – garantir a autenticidade e a integridade das informações disponíveis para acesso;
VI – manter atualizadas as informações disponíveis para acesso;
VII – indicar local e instruções que permitam ao interessado comunicar-se, por via eletrônica ou 
telefônica, com o órgão ou entidade detentora do sítio; e
VIII – adotar as medidas necessárias para garantir a acessibilidade de conteúdo para pessoas com 
deficiência, nos termos do art. 17 da Lei n. 10.098, de 19 de dezembro de 2000, e do art. 9º da Con-
venção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, aprovada pelo Decreto Legislativo n. 186, de 
9 de julho de 2008.
§ 4º Os Municípios com população de até 10.000 (dez mil) habitantes ficam dispensados da divulga-
ção obrigatória na internet a que se refere o § 2º, mantida a obrigatoriedade de divulgação, em tempo 
real, de informações relativas à execução orçamentária e financeira, nos critérios e prazos previstos 
no art. 73-B da Lei Complementar n. 101, de 4 de maio de 2000 (Lei de Responsabilidade

Continue navegando