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SINTESE é o conjunto de manobras manuais e instrumentais, 
destinadas a unir tecidos separados, reconstituindo sua 
continuidade anatômica e funcional. 
 
 Normas para uma boa sutura 
 Antissepsia e assepsia corretas 
 União de tecidos de mesma natureza, de acordo com 
diferentes planos 
 Hemostasia adequada 
 Abolição dos espaços mortos 
 Lábios ou bordas limpas e sem anfractuosidades 
 Ausência de corpos estranhos ou tecidos 
 Suturas e fios adequados, com técnica apropriada 
 
 Material de sutura ideal 
 Não ser eletrolítico 
 Não capilar e monofilamentoso 
 Não provocar reações alérgicas e nem ser carcinogênico 
 Ser confortável e ter boa segurança 
 Provocar mínimas reações teciduas 
 Se for absorvível, ter sua própria absorção previsível 
 Se for não absorvível, ser encapsulado sem complicações 
 
 Classificação dos fios 
 Fios absorvíveis: aqueles que sofrem degradação e e 
perdem sua tensão de estiramento em 60 dias 
 Fios não absorvíveis: retém força de tensão por mais de 60 
dias 
 Fios naturais: naturais absorvíveis tem o categute 
cirúrgico e o colágeno. Não absorvíveis tem (incluindo os 
metais) seda, algodão e tântalo. 
 Fios sintéticos: sintéticos absorvíveis é o ácido poliglicólico 
(dexon), poliglactina 910 (Vycril) e maxon. Sinteticos não 
absorvíveis tem as poliamidas (nylon, caprolactam 
polimerizado), poliéster, novafil, plásticos poliolifeno e 
polibutester 
 
Fios absorvíeis de origem animal 
- Categute: é tratado com formaldeído e esterilizado por 
radiação ionizante. Não pode ser autoclavado, pois o calor 
desnatura as proteínas e causa perde de tensão. Ele é inferior 
quando comparado a outros fios sintéticos absorvíveis. 
-Colágeno: feito de tendão flexor bovino, tratado com 
formaldeído e sais de cromo. Usado quase que exclusivo em 
cirurgia oftálmica. Comparado ao categute, sua natureza não 
asséptica e simplicidade são vantagens. 
 
Fios absorvíeis de origem sintética 
-Ácido poliglicólico (PGA)- dexon: é absorvido por hidrolise e não 
por fagocitose, tendo absorção completa por volta de 100 a 120 
 
 
 
 
 
dias. Similar a poliglactina 910 e nylon monofilamentoso. Tem 
maior tensão de estiramento que categute, seda e algodão. É 
inferior aos não absorvíveis quando usados em ligamentos, 
tendões e capsulas articulares. O PGA tem a tendência de 
cortar tecidos e tem menos segurança nos nós que o categute. 
A segurança do nó pode ser aumentada apertando 
individualmente cada nó. 
- Poliglactina 910- vicryl: é mais hidrofóbico e mais resistente à 
hidrolise que o dexon. Esterilizado pelo óxido de etileno. 
Mecanismo de absorção por hidrolise e por volta de 60 a 90 
dias. 
-Polidiaxonona (PDS): esterilizado pelo óxido de etileno, tem 
maior flexibilidade que dexon, vicryl ou prolipropileno. Absorção 
mais lenta que dexon e vicryl, por volta de 91 a 182 dias. 
-Poligliconato- maxon: é feito para ter o desempenho previsível 
de uma sutura sintética absorvível “in vivo” com caracterisitas 
de manuseio de uma sutura monofilamentosa. Tem tensão de 
estiramento superior a dexon, vicryl e polidiaxanona. Degradado 
por hidrolise. 
Tempo de meia vida da tensão (absorvível em 50%) 
Dexon- 2 semanas 
Vicryl- 2 semanas 
Maxon- 3 semanas 
Polidiaxanona- 6 semanas 
 
Fios não absorvíeis de origem animal 
-Seda: obtida da larva do bicho da seda. Pode ser absorvida a 
longo prazo. Fica mais fraco quando molhado, o que diminui a 
segurança dos nós. Recomendada para unir tecidos em 
presença de contaminação. 
-Algodão: aumenta a tensão de estiramento quando molhado. 
Tem maior segurança nos nós que a seda e perda lenta da 
tensão. Provoca reação tecidual semelhante a seda, potencializa 
infecções, é muito capilar e ruim manuseio. 
-Suturas metálicas- aço inoxidável: não promove reação 
inflamatória, tem maior tensão de estiramento que todos, maior 
segurança nos nós, pode ser autoclavado e recomendado em 
feridas contaminadas ou infectadas. Tem tendência a cortar os 
tecidos, difícil manuseio para atar os nós, pode quebrar se 
muito torcido, promove necrose tecidual pelo movimento dos 
tecidos contra as pontas não flexíveis. 
Outras suturas metálicas: o tântalo pode ser usado para sutura 
e como malha para reparação de hérnias e o alumínio, prata e 
ouro são mais usados em próteses. 
Fios não absorvíeis sintéticos 
-Poliamidas- nylon: possui tensão similar a do polipropileno. 
Tem incidência baixa de infecção nos tecidos que qualquer outro 
material não absorvível, com exceção do polipropileno. Pode ser 
usado em quaisquer tecidos, porém não é recomendando para 
cavidade serosa ou sinovial, devida a irritação pela fricção de 
suas pontas. Tem pobre manuseio e pouca segurança nos nós, 
mas pode ser melhorada dando 4 ou 5 nós. 
-Poliamidas- caprolactam: pode ser autoclavado. Tem tensão de 
estiramento maior que o nylon, mas perde cerca de 20% 
quando molhado. Promove mais reação inflamatória quando 
usado em suturas de pele, que grampos de aço inoxidável. 
-Poliamidas- poliéster: é a sutura metálica mais forte e 
apresenta bom suporte para tecidos de lenta cicatrização. Tem 
um manuseio limitado e pobre segurança nos nós, sendo 
recomendando dar 5 nós apertados. Seu uso tem sido 
associado a infecção local persistente e reação tecidual 
exagerada. 
-Poliamidas- poliolefina: representado por polipropileno e 
polietileno. O polipropileno tem grande segurança nos nós e 
usado em cirurgia cardiovascular. Tem grande flexibilidade e 
recomendando em tecidos com elongação, como pele e músculo 
cardíaco e grande resistência a infecção bacteriana. A 
desvantagem do fio se tornar escorregadio. O polietileno tem 
pouca tensão nos nós, pode ser autoclavado e tem resistência a 
infecção bacteriana, mas com pouca segurança nos nós. 
-Poliamidas- polibutester: único copolímero flexível. Tem nome 
comercial de novafil. Apresenta manuseio melhor que nylon e 
polipropileno e tensão e segurança nos nós semelhantes a eles. 
 
 
 Princípios observados na escolha do material 
 As suturas devem ser mais fortes que os tecidos que 
foram colocadas 
 Pele e fáscia são tecidos mais fortes. Estômago, intestino e 
bexiga urinaria são mais fracos. 
 Suturas não absorvíveis são mais indicadas em pele e 
fáscia 
 Suturas monofilamentosas suportam mais contaminação 
que multifilamentosas. 
 Suturas sintéticas são superiores a naturais. 
 Ácido poliglicólico, poliglactina 910, polidioxanona, nylon 
monofilamentoso polipropileno tem maior incidência a 
infecção quando usado em tecidos contaminados 
 
 Agulhas 
As categorias de agulha são as com fundo falso (não fechado) e 
com fundo verdadeiro (fechado). 
São feitas de aço inoxidável e possuem fundo, corpo e ponta. 
 A agulha deve ser comprida o suficiente para abranger os 
dois lados da incisão 
 Diâmetro muito grande resulta em trauma tecidual 
 Formato varia de acordo com o tecido 
Existem agulhas retas, meia curva e parte de círculo. 
Retas são usadas em tecidos próximo a tecidos e intestino. 
Curvas são usadas em feridas pequenas ou profundas ou 
cavidades. 
 
TIPO DE PONTA: 
 Agulhas não traumáticas são arredondadas e sem borda e 
geralmente usadas para órgãos parenquimatosos, tecido 
adiposo e músculo. 
 Agulhas traumáticas são cortantes e indicadas em tecido 
fibroso e pele 
 
 Adesivos 
O grupo mais usado é o cianocrilato. A toxicidade tecidual tem 
sido problema para os cianocrilatos, principalmente com o metil 
e propil ciannoacrilato. 
O isobutil N-octil e os análogos oflurados tem maior potencial 
clinico. Está associado também ao aparecimento de granulomas 
e grande potencial de contaminação em feridas contaminadas, 
retardando cicatrização e fraca aderência aos tecidos. 
Adesivos teciduais tem sido usado em cirurgia oral, anastomose 
intestinal, úlceras de córnea, controle de hemorragia na 
superfície de órgãos parenquimatosos, anastomose 
microvascular etransplante de pele. 
 
 Nós cirúrgicos 
Tipos de nó: 
 Nó quadrado: lançado com o porta agulha, paralelo ao 
ferimento e os movimentos no sentido perpendicular a 
ferida, usado como ligadura vascular 
 Nó comum: mais recomendando pois não escorrega e não 
prende 
 Nó de cirurgião: quase igual ao quadrado, exceto que 
consiste em duas lançadas (voltas) e o nó quadrado é só 
uma. Pode ser reforçado por nós adicionais (nylon são 5). 
Usado na maior parte dos procedimentos e suturas. 
 
 Ligaduras 
É uma sutura usada para ocluir um vaso sanguíneo tanto antes 
como depois de ser lesado. 
A ligadura de transfixação (aprendida na aula pratica) é 
amarrada ao redor da metade de um vaso, depois em volta de 
todo vaso, abaixo do orifício feito pela agulha. 
 
 Suturas 
-Interrompidas: nós são atados e os fios cortados após uma ou 
duas passagens através do tecido. 
- Contínuas: o fio não é cortado. Podem se classificar em: 
aposição; eversão; inversão; sobreposição; 
Aposição: as boras se encostam no mesmo plano 
Eversão: bordas se voltam para fora, formando uma crista 
invertida 
Inversão: bordas voltam-se para o interior, causando 
invaginação 
Sobreposição: uma borda sobre a outra 
 
 
SUTURAS INTERROMPIDAS 
 Sutura interrompida simples 
Mais usada e mais versátil. Os nós devem ser colocados fora da 
linha de incisão e a distância deve ser a mesma do ponto 
anterior. É uma sutura de oposição e usada em vísceras e pele. 
 Sutura horizontal em “U” de Wolff 
Sutura indicada em feridas sob tensão moderada. Usa menos 
material, é mais rápida, pode ser usada como sutura de tensão 
quando colocada longe das bordas da pele e pode reduzir 
espaço morto. 
Forma cicatriz excessiva, rediz o suprimento sanguíneo das 
bordas quando os pontos são apertados demais. 
 Sutura horizontal em “U” de Donatti 
Promove mínima alteração do suprimento sanguíneo, pode ser 
usada como sutura de tensão. 
Mais demorada e com maior reação inflamatória 
 Sutura em “X” ou cruzado (Sultan) 
É uma sutura de oposição, sendo uma modificação do “U” 
horizontal 
Promove mínima alteração do suprimento sanguíneo, mesmo 
sob tensão, previne a inversão dos tecidos. 
 Jaquetão 
Indicada principalmente na redução de onfalocelle em bovinos e 
equinos 
 
SUTURAS CONTÍNUAS 
 Sutura continua simples ou sutura de Kurschner: 
Indicadas para fechamento de tecidos subcutâneos e fáscia 
desde que não haja planos de tensão. Usados também em 
tecidos que não requerem tanta força de segurança, porem 
com oposição máxima. 
 Sutura festonada 
Modificação da continua simples. A cada passagem do fio 
através do tecido, o fio é unido ao ponto passado anterior. Os 
tecidos têm menor tendência em se movimentarem. Usa maior 
material, mais demorada, e pode necrosar a pele se for muito 
apertada. Usada em ressecção de tumores, suturas musculares 
e amputações (coto) 
 Sutura boca de fumo 
Indicada na sutura de pequenos orifícios, em órgãos ocos ou 
extremidades seccionadas do tubo intestinal. Na sutura 
continua é indicada para uma cicatriz mínima. 
 Sutura subcutânea em zigue-zague 
Usada em cirurgia que se preserva a estética. A agulha passa 
horizontalmente através da derme superficial, paralelo a 
superfície da pele, aproximando as bordas. Deve ser usada em 
feridas com pouca tensão. Mais usado é o fio dexon número 3 
ou 4 
 
 
 
 Sutura de Lembert 
Sutura invaginante do tipo continuo vertical, sendo indicada 
para fechamento de vísceras ocas. A sutura é aplicada ao lado 
de fora do lume, com a agulha passando pela serosa, muscular, 
até a submucosa, retornando a muscular e serosa para fora da 
víscera no mesmo lado. A agulha é passada pela incisão ao lado 
oposto e introduzida na superfície serosa adjacente a incisão. É 
passada através da serosa, muscular e submucosa e daí a 
serosa distal. O fio inicial e o final são atados. Um dos fios é 
cortado curto e a agulha avança com o outro em forma 
continua vertical ao redor da víscera. Pode ser feito como 
sutura interrompida. 
 Sutura Parker- ker 
Sutura continua utilizada paraencerrar uma abertura terminal 
do intestino. É uma cushing sobre pinça sem dar nó, uma 
Lembert sobre a primeira.