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Tarefa de TIC Nome: Alan José Tiradentes de Melo Tema da Semana: Intolerância à Lactose Qual o motivo da diarréia que ocorre nos pacientes portadores de Intolerância à Lactose após o consumo de derivados do leite? Qual o motivo desta intolerância? Existe algum exame capaz e fazer o diagnóstico deste problema? Data: 20/11/2022 RESPOSTA: A lactose é um dissacarídeo composto de glicose e galactose. Em condições fisiológicas normais, a lactose ingerida tem que ser hidrolisada em monossacarídeos (glicose e galactose) pela enzima lactase presente na borda em escova de partes do intestino delgado antes de ser absorvida. Geralmente, a enzima lactase é encontrada apenas em mamíferos jovens, exceto em alguns seres humanos de ascendência europeia. Essas pessoas herdaram um gene dominante que permite produzir lactase mesmo após a infância. Por outro lado, a condição conhecida como intolerância à lactose ocorre quando tem-se uma redução ou ausência da atividade da lactase. Assim, em algumas pessoas, as células absortivas presentes no intestino delgado não produzem a enzima lactase suficiente, sendo assim, comprometendo a digestão da lactose. Dessa forma, a lactose não consegue ser hidrolisada, por consequência não é absorvida no intestino delgado, assim, a lactose passa rápido para o intestino grosso. No cólon, o dissacarídeo vai ser convertido em ácidos graxos de cadeia curta, gás hidrogênio e gás carbônico pelas bactérias da flora intestinal. Dessa forma, o motivo da diarréia que ocorre nos pacientes portadores de Intolerância à Lactose após o consumo de derivados do leite se deve ao fato que a lactose não digerida no quimo provoca a retenção de líquido nas fezes. Com isso, tem-se a diarreia como sinais e sintomas. Entretanto, os sinais e sintomas dessa intolerância incluem não só a diarreia, mas também flatulência, distensão e cólicas abdominais posteriormente ao consumo de leite ou seus derivados os quais contêm lactose. Além disso, a fermentação bacteriana da lactose não digerida tem por resultado a produção de gases. Existem alguns exames capazes de fazer o diagnóstico deste problema: ● Teste de tolerância à lactose (curva glicêmica): esse teste é feito por meio da ingestão em jejum de uma dose concentrada do dissacarídeo lactose. A partir da ingestão durante duas horas são feitos vários exames de sangue ( depois de 30, 60 e 90 minutos) com o objetivo de mensurar a glicose, que é reflexo da digestão de lactose. Sendo assim, quando não degrada a lactose não tem-se aumento da glicemia (Exame positivo). ● Teste de hidrogênio expirado: esse teste é o padrão ouro e consiste em um exame que mensura a quantidade de hidrogênio que é expirado pelos pulmões (em situações normais é pequena). No entanto, quando as bactérias fermentam a lactose que não foi digerida no intestino delgado geram gases. Entre esses gases está o hidrogênio, que é absorvido e expirado pelos pulmões. Para realização do exame o hidrogênio expirado é medido em tempos regulares posteriormente a ingestão de solução contendo lactose (níveis elevados de hidrogênio sugere que a digestão de lactose está comprometida). ● Exame de fezes (teste de acidez das fezes), utiliza-se a porção líquida das fezes recém formadas. ● Exame de urina: nesse exame procura-se a presença de galactose, visto que a enzima lactase hidrolisa a lactose em glicose e galactose. Entretanto a galactose é metabolizada pelo fígado e, posteriormente, transformada em glicose também, no caso da galactose não ser metabolizada no fígado, ela é eliminada pela urina. ● Biópsia de mucosa intestinal: é feita por endoscopia e mensura a atividade enzimática da enzima relacionada a intolerância à lactose (lactase). ● Exame genético: é um exame bem rápido de diagnosticar. Além disso, é benéfico por não produzir sintomas desagradáveis, por isso pode ser considerado a melhor forma de exame de confirmação diagnóstica. O exame é realizado através de amostra de DNA (saliva ou sangue, por exemplo). Assim, o DNA é estudado para investigar se existe mutação associada à produção de lactase. REFERÊNCIAS: 1º: TORTORA, Gerard J.; DERRICKSON, Bryan. Princípios de Anatomia e Fisiologia . [Digite o Local da Editora]: Grupo GEN, 2016. E-book. ISBN 9788527728867. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527728867/. Acesso em: 22 nov. 2022. 2º: RODWELL, Victor W. Bioquímica Ilustrada de Harper. [Digite o Local da Editora]: Grupo A, 2021. E-book. ISBN 9786558040033. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786558040033/. Acesso em: 20 nov. 2022. 3º: Mattar, Rejane e Mazo, Daniel Ferraz de Campos. Intolerância à lactose: mudança de paradigmas com a biologia molecular. Revista da Associação Médica Brasileira [online]. 2010, v. 56, n. 2 [Acessado 22 Novembro 2022] , pp. 230-236. Maio 2010. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S0104-42302010000200025>. Acesso em 20 nov. 2022. 4º: OLIVEIRA, Janssen Ferreira De et al. Diagnóstico e manejo da intolerância à lactose. Brazilian Journal of Surgery and Clinical Research - BJSCR. Vol.29, n.1, pp.111-115, Fev. 2020. Disponível em: https://www.mastereditora.com.br/periodico/20191208_113344.pdf Acesso em 20 nov. 2022. 5º: SILVERTHORN, Dee U. Fisiologia Humana . [Digite o Local da Editora]: Grupo A, [Inserir ano de publicação]. E-livro. ISBN 9788582714041. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788582714041/. Acesso em: 22 nov. 2022. https://www.mastereditora.com.br/periodico/20191208_113344.pdf
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