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DIREITO  
	PRÁTICA PENAL II  
	 
NOME DO ALUNO: Janete Simões Pires 
	 
	DATA:   06/09/2022       
 
 
CASO 1 
 
Absolutamente revoltada com o fato de que sua melhor amiga Ana Clara estaria se relacionando com seu ex-companheiro Fábio, Marinete a procurou e iniciou uma acalorada discussão. 
Durante o “bate-boca”, Ana Clara, policial militar, afirmou que, se Marinete a xingasse novamente, ela a mataria gastando apenas uma munição da sua arma.  
Persistindo na discussão, Marinete voltou a ofender Ana Clara. Esta, então, abriu sua bolsa e, rapidamente, pegou e empunhou um objeto de cor preta.  
Acreditando que Ana Clara cumpriria sua ameaça, Marinete desferiu um golpe na cabeça da rival, utilizando um pedaço de pau que estava no chão. Ana Clara caiu inerte no chão, falecendo ali no local. 
Após a pronta chegada da Polícia Civil, a perícia constatou que o golpe foi a causa eficiente da morte de Ana Clara. Posteriormente, também foi verificado que Ana Clara, de fato, estava com sua arma de fogo na bolsa, mas que ela apenas pegara seu telefone celular para ligar para Fábio. 
Após denúncia ofertada pelo Ministério Público de Novo Hamburgo, em razão da prática do crime de homicídio qualificado, restou encerrada a instrução da primeira fase do procedimento do Tribunal do Júri. Em decisão fundamentada, o magistrado entendeu por pronunciar Marinete nos termos da inicial acusatória. 
Intimado(a) desta decisão em 02/09/2022 e com base nas informações expostas, responda, na condição de advogado(a) de Marinete, aos itens a seguir. 
A. Qual o recurso cabível da decisão proferida pelo magistrado? Qual o último dia para a interposição? Caso tivesse ocorrido a impronúncia, o recurso pela parte interessada seria o mesmo? (peso: 2,5) 
Foi pronunciada Marinete pela suposta prática de crime de homicídio qualificado, a 1ª fase o tribunal do Júri, entendeu o magistrado por pronunciar Marinete nos termos da denúncia, Da decisão de pronúncia caberá recurso em sentido estrito, nos termos do Art. 581, inciso IV, do CPP. Caso a decisão proferida pelo magistrado fosse de impronúncia, não haveria que se falar em recurso em sentido estrito. A decisão de impronúncia também era combatida através de recurso em sentido estrito. Todavia, houve alteração legislativa e, desde então, da decisão de impronúncia, por ser terminativa, caberá recurso de apelação, assim como ocorreria na absolvição sumária, conforme previsão do Art. 416 do CPP. 
 
B. Qual a tese de direito material a ser apresentada em sede de recurso para combater a decisão de submeter a ré ao julgamento pelo Tribunal do Júri? (peso: 2,5) 
Legitima Defesa Putativa, porque ela imaginava sofrer 
Marinete agiu em legítima defesa putativa, sendo a tese de direito material que seria que nos termos do Art. 20, §1º do Código Penal (erro de tipo permissivo), pois acreditava estar atuando em legítima defesa pois Ana Clara havia ameaçado Marinete de morte caso houvesse mais xingamentos, e ainda assim a mesma o fez novamente. Apesar de nova injúria, se verídica, a conduta de Ana Clara de efetuar disparo de arma de fogo configuraria uma injusta agressão. Caso, de fato, Ana Clara tivesse pego, em sua bolsa, sua arma de fogo, estaria a legítima defesa e, consequentemente, a conduta de Marinete seria legítima. Todavia, na verdade Marinete supôs situação que não existia, já que Ana Clara apenas pegou seu celular para realizar uma ligação. Diante disso, a atuação em legítima defesa foi apenas putativa. 
 
 
 
CASO 2 
 
 
Cabral foi denunciado pela prática do injusto de homicídio simples porque teria desferido disparos, com sua arma regular, contra seu vizinho Miro durante uma discussão, causando-lhe as lesões que foram a causa da morte da vítima.  
Logo que recebida a denúncia, Cabral foi submetido à exame de insanidade mental, tendo o laudo concluído que ele se encontrava nas condições do art. 26, caput, do CP. 
Finda a primeira etapa probatória do procedimento dos crimes dolosos contra a vida, no momento das alegações finais, a defesa técnica de Cabral, escorada em uma das vertentes da prova produzida, alegou que o réu atuou em legítima defesa. 
O juiz, ao final da primeira fase do procedimento, absolveu sumariamente o acusado em razão da inimputabilidade reconhecida, aplicando a medida de segurança de internação pelo prazo mínimo de 03 anos.  
Intimado(a) da sentença em 1º/09/2022, cabe a você, na condição de advogado(a), adotar as medidas cabíveis. 
A. Qual a peça processual cabível? Qual o último dia para a interposição da peça? (peso: 2,5) 
Buscar a reversão da sentença para absolvição sumária, cabendo apelação, nos termos do Art. 416 do CPP, caberá à defesa apresentar recurso de apelação. 
  
B. Qual a tese de direito processual a ser apresentada para desconstituir a decisão? (peso: 2,5) 
Cabral, não poderia ter sido absolvido em razão da inimputabilidade, tendo em vista que esta não era a única tese apresentada pela defesa. Do contrário, a defesa de Cabral defendendo de que o fato não seria ilícito, por ser em razão de legítima defesa, nem mesmo devendo ser levado à análise de culpabilidade. Sendo a absolvição por legítima defesa, e também não sendo cabível a aplicação de medida de segurança. Em razão da inimputabilidade, para que esta seja aplicada devido à doença mental. A competência para o julgamento é do Tribunal do Júri, em se tratando de crime doloso contra a vida, cabendo aos jurados a decisão se o acusado atuou sob a escora de excludente de ilicitude, no caso a da legítima defesa. O Art. 415, parágrafo único, do CPP, autoriza a absolvição sumária em razão da inimputabilidade do agente, quando esta for a única tese defensiva. A tese principal é a de excludente de ilicitude.

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