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Amostragem em Auditoria: NBC T 11.11

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Aula 03
SEFAZ-PA (Auditor Fiscal) Auditoria -
2022 - (Pós-Edital)
Autor:
Guilherme Sant Anna, Tonyvan de
Carvalho Oliveira
07 de Janeiro de 2022
29663017244 - Lucas Rangel Bezerra
 
 
 
 
 1 
 
Sumário 
MOTIVAÇÃO DA AULA ..................................................................................................................... 3 
1. CONTEXTUALIZAÇÃO .................................................................................................................. 4 
2. AMOSTRAGEM EM AUDITORIA .................................................................................................... 9 
Amostragem segundo a NBC T 11.11 ................................................................................... 28 
Considerações Gerais ................................................................................................................. 28 
Planejamento da Amostra ............................................................................................................ 30 
Risco de Amostragem ................................................................................................................. 32 
Erro tolerável / erro esperado ....................................................................................................... 34 
Seleção da Amostra .................................................................................................................... 35 
3. PERÍCIA CONTÁBIL .................................................................................................................... 37 
NBC TP 01 ................................................................................................................................ 37 
Conceitos Iniciais ........................................................................................................................ 37 
Planejamento ............................................................................................................................. 38 
Termos e Atas – Termo de Diligência ............................................................................................ 39 
Execução - Procedimentos ........................................................................................................... 40 
Laudo Pericial Contábil e Parecer Pericial Contábil .......................................................................... 43 
NBC PP 01 ................................................................................................................................ 45 
4. CONTROLE DE QUALIDADE ....................................................................................................... 51 
4.1 Revisão Externa de Qualidade pelos Pares .................................................................... 60 
5. LISTA DE QUESTÕES .................................................................................................................. 66 
Amostragem ............................................................................................................................. 66 
Controle de Qualidade............................................................................................................ 85 
Perícia Contábil ........................................................................................................................ 90 
6. GABARITO ................................................................................................................................. 93 
7. QUESTÕES RESOLVIDAS E COMENTADAS ................................................................................ 94 
Amostragem ............................................................................................................................. 94 
Controle de Qualidade.......................................................................................................... 137 
Perícia Contábil ...................................................................................................................... 153 
Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira
Aula 03
SEFAZ-PA (Auditor Fiscal) Auditoria - 2022 - (Pós-Edital)
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220238429663017244 - Lucas Rangel Bezerra
 
 
 
 
 2 
 
8. RESPOSTAS DAS QUESTÕES SUBJETIVAS ................................................................................ 159 
9. RESUMO EM MAPAS E ESQUEMAS .......................................................................................... 163 
10. BIBLIOGRAFIA ........................................................................................................................ 171 
 
Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira
Aula 03
SEFAZ-PA (Auditor Fiscal) Auditoria - 2022 - (Pós-Edital)
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 3 
 
MOTIVAÇÃO DA AULA 
Vamos pensar um pouco no tema da aula de hoje? Tente responder as perguntas a seguir. 
1) O que é amostragem em auditoria? 
2) A amostragem deve ser necessariamente estatística? 
3) O que é estratificação? 
4) O que o auditor deve considerar ao definir uma amostra de auditoria? 
5) O tamanho da amostra deve ser levado em consideração ao se decidir entre a abordagem 
estatística ou não estatística? 
6) O tamanho da amostra é afetado pelo risco de amostragem? 
7) Quais os principais métodos para seleção de itens para a amostra? Em que consiste cada um? 
8) Quais fatores têm relação direta com o tamanho da amostra? 
9) Quais fatores têm relação inversa com o tamanho da amostra? 
10) A quantidade de unidades de amostragem afeta o tamanho da amostra? 
11) Qual o objetivo do controle de qualidade da FIRMA de auditoria? 
12) Qual o objetivo do controle de qualidade da AUDITORIA? 
13) Em que consiste a revisão do Controle de Qualidade da Auditoria? 
14) Quem é o encarregado pela revisão do Controle de Qualidade? 
15) Quem é o encarregado pela revisão do Controle de Qualidade? 
16) Qual o objetivo da Perícia Contábil? 
 
Se você não tem certeza de uma ou algumas das respostas a esses questionamentos, não se 
preocupe. Fique atento que esses temas serão abordados ao longo da aula de hoje! 
 
Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira
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 4 
 
1. CONTEXTUALIZAÇÃO 
Segundo a NBC TA 530, “amostragem em auditoria é a aplicação de procedimentos de auditoria 
em menos de 100% dos itens de população relevante para fins de auditoria, de maneira que todas 
as unidades de amostragem tenham a mesma chance de serem selecionadas para proporcionar uma 
base razoável que possibilite o auditor concluir sobre toda a população”. 
O objetivo do auditor, ao usar a amostragem em auditoria, é o de proporcionar uma base razoável 
para que possa concluir quanto à população da qual a amostra é selecionada. 
Ressaltamos que a amostragem é apenas um dos métodos que os auditores utilizam para obter 
evidências sobre afirmações. O auditor, ao efetuar a seleção de itens para obtenção de evidência 
de auditoria apropriada e suficiente, dispõe dos seguintes meios: 
(a) seleção de todos os itens (exame de 100% - também chamada de procedimento censitário); 
(b) seleção de itens específicos; e 
(c) amostragem de auditoria. 
 
A aplicação de qualquer um desses meios ou uma combinação deles pode ser apropriada 
dependendo das circunstâncias específicas, por exemplo, os riscos de distorção relevante 
relacionados à afirmação que está sendo testada, e a praticidade e eficiência dos diferentes meios. 
Grosso modo, a amostragem em auditoria é recomendável quando os itens da população de 
interesse possuem características homogêneas, bem como quando não é possível efetuar um 
procedimento censitário (seleção de todos os itens). 
A escolha do método de seleção é uma questão de julgamento profissional do auditor, feitacom 
base na avaliação de risco, na materialidade, na eficiência e no custo da auditoria. No entanto, o 
método escolhido deve ser eficaz no cumprimento do objetivo do procedimento de auditoria e, em 
última análise, na coleta de evidências que darão suporte à conclusão do auditor. O quadro a seguir 
sintetiza as circunstâncias em que cada método é apropriado, podendo haver aplicação combinada 
deles. 
 
 
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 5 
 
MÉTODOS DE SELEÇÃO E CIRCUNSTÂNCIAS APROPRIADAS PARA SUA UTILIZAÇÃO 
MÉTODO APROPRIADO QUANDO/PARA: 
Seleção de todos 
os itens 
• A população constituída por uma pequena quantidade de 
itens de valor alto. 
• Existe um risco significativo e outros meios não fornecem 
evidência de auditoria suficiente e apropriada. 
• Podem ser usadas TAAC (técnicas de auditoria assistidas 
por computador) em uma população maior para testar 
eletronicamente um cálculo repetitivo ou outro processo. 
Seleção de itens 
específicos 
• Itens-chave ou de valor alto que individualmente 
poderiam resultar em distorção relevante. 
• Todos os itens acima de um valor especificado. 
• Quaisquer itens ou divulgações de demonstrações 
financeiras não usuais ou sensíveis. 
• Quaisquer itens altamente suscetíveis à distorção. 
• Itens que fornecerão informações sobre assuntos/áreas, 
tais como a natureza da entidade, a natureza das 
transações e o controle interno. 
• Itens para testar a operação de certas atividades de 
controle. 
Amostragem • Chegar a uma conclusão sobre todo um conjunto de dados 
(população) por meio da seleção e do exame de uma 
amostra representativa de itens da população – 
principalmente quando tais itens possuem características 
homogêneas. 
 Fonte: adaptado de IFAC (2010). 
 
O quadro a seguir ilustra alguns enfoques alternativos (amostragem, procedimentos analíticos, uso 
de software, etc.) à coleta de evidências sobre afirmações em demonstrações financeiras e exemplos 
de tipos específicos de evidência que podem ser obtidas de acordo com cada tipo de afirmação 
(existência, integridade, direitos, etc.). A informação a seguir, como dito, é meramente ilustrativa e 
geralmente não cobrada em provas. 
 
Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira
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 6 
 
ENFOQUES ALTERNATIVOS À OBTENÇÃO DE EVIDÊNCIA DE AUDITORIA SOBRE AFIRMAÇÕES 
AFIRMAÇÃO ENFOQUES PARA OBTENÇÃO DE EVIDÊNCIA 
Existência • Amostragem: tomar uma amostra e examinar a evidência subjacente 
ou enviar pedidos de confirmação. 
• Procedimentos analíticos: comparação com expectativas do auditor 
baseadas em dados do ano anterior ou outros indicativos 
econômicos. 
• Análise: revisão de 100% das transações ou de dados em um sistema 
computadorizado para determinar se a classificação é apropriada. 
• Software de auditoria: ordenar o arquivo para identificar os itens 
maiores, os menores, os mais frequentes; também é útil para 
identificar transações incomuns. 
• Rever blocos de transações para verificar se a classificação é 
apropriada, por exemplo, fazendo testes de corte no final do ano. 
Integridade • Amostragem: selecionar uma amostra em busca de passivos 
contabilizados de forma incompleta. 
• Procedimentos analíticos: comparação com expectativas do auditor 
baseadas em dados do ano anterior ou outros indicativos 
econômicos. 
• Rever blocos de transações para verificar se a classificação é 
apropriada, por exemplo, fazendo testes de corte no final do ano. 
Direitos • Amostragem: geralmente em conjunto com testes de existência, 
mediante o exame de documentos originais. 
• Procedimentos analíticos: buscar relações incomuns (saldo de caixa 
superior ou inferior ao esperado ou anomalias semelhantes nos 
dados básicos). 
Avaliação • Amostragem: selecionar itens e associá-los a documentos originais 
(por ex., contratos de compra ou faturas). 
• Procedimentos analíticos: exame de modelos utilizados para predizer 
valores estimados, tais como provisões para devedores duvidosos e 
comparação de estimativas de modelos às expectativas do auditor. 
• Software de auditoria: totalizar o arquivo e testar cálculos. 
• Procedimentos analíticos: identificar anomalias nos dados básicos. 
Apresentação e 
Divulgação 
• Amostragem: verificar estimativas ou outros itens para determinar se 
a divulgação é apropriada. 
• Revisão de 100%, tal como a leitura das notas explicativas de 
demonstrações financeiras. 
 Fonte: Gramling, Rittenberg e Johnstone (2012). 
A escolha do método de obtenção de evidência depende da natureza das transações e das 
afirmações específicas que estão sendo testadas. Embora seja importante entender as técnicas de 
amostragem, é igualmente importante saber que há poucas contas para as quais a conclusão do 
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 7 
 
auditor sobre seus saldos será baseada exclusivamente em dados de amostragem (Gramling, 
Rittenberg e Johnstone, 2012). 
Ao definir uma amostra de auditoria, o auditor deve considerar a finalidade do procedimento de 
auditoria e as características da população da qual será retirada a amostra. Como os objetivos, por 
exemplo, dos testes de controles e dos procedimentos substantivos são distintos, diferentes 
abordagens podem ser utilizadas. 
A amostragem em auditoria pode ser estatística (o que pressupõe seleção aleatória e uso da teoria 
das probabilidades para a avaliação dos resultados) e não estatística. Pela amostragem estatística, 
os itens da amostra são selecionados de modo que cada unidade de amostragem tenha uma 
probabilidade conhecida e diferente de zero de ser selecionada. Pela amostragem não estatística, o 
julgamento é usado para selecionar os itens da amostra. 
Tanto a amostragem estatística quanto a não estatística, quando adequadamente utilizadas, podem 
fornecer evidência suficiente para as conclusões do auditor. (Gramling, Rittenberg e Johnstone, 
2012). 
 
Entretanto, somente os resultados de amostras estatísticas podem ser extrapolados para toda 
a população. 
Os resultados obtidos em amostragens não estatísticas são válidos apenas para os elementos 
observados. Essa situação deve ser registrada de forma clara para evitar interpretações 
enviesadas acerca da população. 
Destacamos os parágrafos acima na caixa azul para podermos tecer algumas considerações 
complementares a seu respeito. 
 
A afirmação acima, que diz que apenas os resultados da amostragem estatística podem ser 
extrapolados para toda a população, não se encontra prevista de forma expressa nas Normas 
Técnicas de Auditoria (especialmente na NBC TA 530). Tal entendimento encontra fundamento 
em posicionamentos doutrinários, bem como em normas de auditoria governamental. 
Outro ponto importante para nosso estudo é o fato de que o tamanho da amostra não é um critério 
válido para distinguir entre as abordagens estatísticas e não estatísticas, pois uma amostra 
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estatística não necessariamente implicará numa amostra de tamanho maior do que uma não 
estatística. 
Em qualquer amostra inferior a 100% da população, sempre há o risco de uma distorção não ser 
identificada e de poder exceder o nível tolerável de distorção ou desvio. Isso é denominado risco de 
amostragem. Em outras palavras, o risco de amostragem é o risco de que a conclusão do auditor, 
com base em uma amostra, seja diferentedaquela que seria obtida se toda a população tivesse sido 
testada. 
O auditor deve determinar o tamanho de amostra suficiente para reduzir o risco de amostragem a 
um nível mínimo aceitável. A amostragem estatística permite controlar precisamente o risco de fazer 
uma inferência incorreta a respeito da população da qual a amostra é extraída, enquanto a não 
estatística não possibilita tal tipo de controle (Gramling, Rittenberg e Johnstone, 2012). 
 
Os auditores independentes – profissionais autônomos ou sociedades – precisam implantar e 
manter procedimentos e regras de supervisão e controle interno de qualidade de modo a garantir 
a qualidade dos serviços executados. Diversos fatores devem ser considerados no estabelecimento 
das regras e procedimentos de controle interno de qualidade, especialmente os ligados à estrutura 
da equipe técnica do auditor, ao porte, ao clima, à organização e à complexidade dos serviços a 
serem realizados. 
A supervisão e o controle interno de qualidade são relevantes na garantia da qualidade do serviço 
prestado, devendo abranger todas as atividades dos auditores, principalmente considerando-se a 
repercussão que o relatório de auditoria pode ter sobre a entidade auditada. 
 
A perícia contábil constitui o conjunto de procedimentos técnico-científicos destinados a levar à 
instância decisória elementos de prova necessários a subsidiar a justa solução do litígio ou 
constatação de fato, mediante laudo pericial contábil e/ou parecer técnico-contábil, em 
conformidade com as normas jurídicas e profissionais e com a legislação específica no que for 
pertinente. 
A perícia e a auditoria se distinguem por vários fatores, notadamente por possuírem objetivos 
distintos. Enquanto o objetivo da auditoria é aumentar o grau de confiança nas demonstrações 
contábeis mediante a expressão de uma opinião pelo auditor sobre se as demonstrações contábeis 
foram elaboradas de acordo com a estrutura aplicável, a perícia serve a uma época, a um 
questionamento específico, com o objetivo de levantar elementos de prova e esclarecer uma 
controvérsia instaurada, um litígio ou constatar um fato. 
 
 
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 9 
 
2. AMOSTRAGEM EM AUDITORIA 
A NBC TA 530 – Amostragem em Auditoria se aplica quando o auditor independente decide usar 
amostragem na execução de procedimentos de auditoria. Ela trata do uso de amostragem estatística 
e não estatística na definição e seleção da amostra de auditoria, na execução de testes de controles1 
e de detalhes 2e na avaliação dos resultados da amostra. 
O objetivo do auditor, ao usar a amostragem em auditoria, é o de proporcionar uma base razoável 
para o auditor concluir quanto à população da qual a amostra é selecionada. 
O método de amostragem é aplicado como forma de viabilizar a realização de ações de controle em 
situações onde o objeto alvo da ação se apresenta em grandes quantidades e/ou se distribui de 
maneira bastante pulverizada. A amostragem é também aplicada em função da necessidade de 
obtenção de informações em tempo hábil, em casos em que a ação na sua totalidade se torna 
impraticável. 
A amostragem tem como objetivo conhecer as características de interesse de uma determinada 
população a partir de uma parcela representativa. É um método utilizado quando se necessita obter 
informações sobre um ou mais aspectos de um grupo de elementos (população) considerado grande 
ou numeroso, observando apenas uma parte do mesmo (amostra). As informações obtidas dessa 
parte somente poderão ser utilizadas de forma a concluir algo a respeito do grupo como um todo 
caso esta seja representativa. 
A representatividade é uma característica fundamental para a amostra, que depende de sua forma 
de seleção e tamanho. Potencialmente, a amostra obtém essa característica de relevância quando é 
tomada ao acaso. Para uma amostra ser considerada representativa de uma população, ela deve 
possuir características de todos os seus elementos, bem como ter conhecida a probabilidade de 
ocorrência de cada elemento na sua seleção. 
Todas as definições delineadas abaixo – algumas delas já comentadas ao longo seção 
Contextualização bem como nesta – já foram objeto de provas nos mais diversos concursos. Segundo 
a NBC TA 530: 
5. Para fins das normas de auditoria, os termos a seguir têm os significados a eles atribuídos: 
Amostragem em auditoria é a aplicação de procedimentos de auditoria em menos de 100% 
dos itens de população relevante para fins de auditoria, de maneira que todas as unidades de 
amostragem tenham a mesma chance de serem selecionadas para proporcionar uma base 
razoável que possibilite o auditor concluir sobre toda a população. 
 
1 Teste de controle é o procedimento de auditoria planejado para avaliar a efetividade operacional dos 
controles na prevenção ou detecção e correção de distorções relevantes. 
2 Teste de detalhe é o procedimento planejado para detectar distorções relevantes no nível de afirmações 
(declarações incorporadas às demonstrações) relativas a classes de transações, saldos de contas e 
divulgações). 
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 10 
 
População é o conjunto completo de dados sobre o qual a amostra é selecionada e sobre o qual 
o auditor deseja concluir. 
 
Risco de amostragem é o risco de que a conclusão do auditor, com base em amostra, pudesse 
ser diferente se toda a população fosse sujeita ao mesmo procedimento de auditoria. O risco 
de amostragem pode levar a dois tipos de conclusões errôneas: 
 
(a) no caso de teste de controles, em que os controles são considerados mais eficazes do que 
realmente são ou no caso de teste de detalhes, em que não seja identificada distorção 
relevante, quando, na verdade, ela existe. O auditor está preocupado com esse tipo de 
conclusão errônea porque ela afeta a eficácia da auditoria e é provável que leve a uma opinião 
de auditoria não apropriada. 
(b) no caso de teste de controles, em que os controles são considerados menos eficazes do que 
realmente são ou no caso de teste de detalhes, em que seja identificada distorção relevante, 
quando, na verdade, ela não existe. Esse tipo de conclusão errônea afeta a eficiência da 
auditoria porque ela normalmente levaria a um trabalho adicional para estabelecer que as 
conclusões iniciais estavam incorretas. 
Esclarecendo: a eficácia, ou o resultado, da auditoria é prejudicada quando o auditor chega a 
conclusões errôneas, seja por considerar os controles mais eficazes do que realmente são 
(supervaliá-los), seja por não identificar distorção quando elas realmente existem. Percebam 
que, nesse caso, o auditor “deu mole” ao considerar as coisas mais seguras do que elas 
realmente eram; isso prejudica todo o resultado do trabalho. Já a eficiência (medida de 
utilização de recursos no processo) é prejudicada quando o auditor tem um trabalho a mais 
para perceber que estava errado inicialmente, seja por considerar os controles menos eficazes 
do que realmente são (subestimá-los), seja por considerar que há distorções quando elas não 
existem. Percebam, nesse caso, que o auditor “pecou por excesso”. 
 
Risco não resultante da amostragem é o risco de que o auditor chegue a uma conclusão 
errônea por qualquer outra razão que não seja relacionada ao risco de amostragem. 
Os exemplos de risco não resultante da amostragem incluem o uso de procedimentos de 
auditoria não apropriados ou a interpretação errônea da evidência de auditoria e o não 
reconhecimento de uma distorção ou de um desvio. 
 
Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira
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 11 
 
Anomalia é a distorção ou o desvio que é comprovadamente não representativo de distorção 
ou desvio em uma população. 
 
Unidade de amostragem é cada um dos itens individuais que constituem uma população. 
Esclarecendo: apesar do nome "unidade DE AMOSTRAGEM", esse conceito está diretamente 
relacionado à população da qual se deseja extrair a amostra, e não à amostra propriamente 
dita. É o que se extrai da própria definição (cada um dos itens que constituem uma 
POPULAÇÃO). 
 
Amostragem estatística é a abordagem à amostragem com as seguintes características: 
(a) seleção aleatória dos itens da amostra; e 
(b) o uso da teoria das probabilidades para avaliar os resultados das amostras, incluindo a 
mensuração do risco de amostragem. 
A abordagem de amostragem que não tem as características (i) e (ii) é considerada uma 
amostragem não estatística. 
 
Estratificação é o processo de dividir uma população em subpopulações, cada uma sendo um 
grupo de unidades de amostragem com características semelhantes (geralmente valor 
monetário). 
Atenção: veremos mais detalhes acerca da Estratificação mais à frente. Por ora, prestem 
atenção ao fato de que as subpopulações são grupos de unidades de amostragem com 
características SEMELHANTES (ou HOMOGÊNEAS) – e não características distintas ou 
heterogêneas. 
 
Distorção tolerável é um valor monetário definido pelo auditor para obter um nível apropriado 
de segurança de que esse valor monetário não seja excedido pela distorção real na população. 
Observação: por menos intuitivo que pareça o conceito acima, podemos pensar na distorção 
tolerável como um valor discrepante com o qual o auditor aceita (ou tolera) conviver. Excedido 
esse valor, o auditor tem “com o que se preocupar”. Em outros termos, a distorção tolerável 
corresponde ao máximo que se admitirá de erro para os resultados obtidos na amostra. 
Taxa tolerável de desvio é a taxa de desvio dos procedimentos de controles internos previstos, 
definida pelo auditor para obter um nível apropriado de segurança de que essa taxa de desvio 
não seja excedida pela taxa real de desvio na população. [grifos não constantes no original] 
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 12 
 
Observação: podemos entender a taxa tolerável de desvios como uma taxa (%) máxima 
admitida de erros relacionados aos procedimentos de controle. Enquanto a distorção tolerável 
é um valor (absoluto), a taxa tolerável de desvio é um valor percentual. 
Ao definir uma amostra de auditoria, o auditor deve considerar: 1) a finalidade do procedimento 
de auditoria; e 2) as características da população da qual será retirada a amostra. 
A amostragem de auditoria permite que o auditor obtenha e avalie a evidência de auditoria em 
relação a algumas características dos itens selecionados de modo a concluir, ou ajudar a concluir, 
sobre a população da qual a amostra é retirada. Como dissemos anteriormente, a amostragem em 
auditoria pode ser aplicada usando tanto a abordagem de amostragem não estatística como a 
estatística. 
A decisão quanto ao uso de abordagem de amostragem estatística ou não estatística é uma questão 
de julgamento do auditor, não sendo o tamanho da amostra um critério válido para distinguir entre 
as abordagens estatísticas e não estatísticas. 
O auditor deve ainda determinar o tamanho de amostra suficiente para reduzir o risco de 
amostragem a um nível mínimo aceitável. O tamanho da amostra pode ser determinado mediante 
aplicação de fórmula com base em estatística ou por meio do exercício do julgamento profissional. 
 
O nível de risco de amostragem que o auditor está disposto a aceitar afeta o tamanho 
da amostra exigida. Quanto menor o risco que o auditor está disposto a aceitar, maior 
deve ser o tamanho da amostra. 
O item acima, muito cobrado em provas, determina uma relação inversa entre o 
tamanho da amostra e o risco que o auditor está disposto a aceitar. Trata-se de 
relação, de certa maneira, lógica. Afinal, se o auditor não está muito propenso ao risco, 
deve aumentar a amostra de maneira a reduzir possíveis conclusões equivocadas. 
 
Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira
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(VUNESP / TJ SP – Contador Judiciário – 2019) A respeito do uso de amostras para a realização 
dos trabalhos de auditoria, assinale a alternativa correta. 
a) A utilização de amostras nos trabalhos de auditoria não é autorizada pelas normas brasileiras 
de auditoria por comprometer a imparcialidade que deve orientar os trabalhos do auditor. 
b) Ao determinar a extensão de um teste de auditoria ou um método de seleção de itens a serem 
testados, não poderão ser empregadas técnicas de amostragem. 
c) A utilização de amostragem estatística deve ser evitada nos trabalhos de auditoria por não 
permitir segurança suficiente a respeito dos seus achados. 
d) Ao usar método de amostragem, estatística ou não, deve ser projetada e selecionada uma 
amostra que possa proporcionar evidência de auditoria suficiente e apropriada. 
e) Amostra e população são conceitos sinônimos em matéria de procedimentos de auditoria com 
base em estatísticas. 
Comentários: 
Analisando cada assertiva: 
A: errada. Vimos que a amostragem é plenamente autorizada pelas normas brasileiras de 
contabilidade. 
B: errada. A NBC TI 01 – Auditoria Interna, prevê justamente o contrário. Veja: 
12.2.4.1 – Ao determinar a extensão de um teste de auditoria ou um método de seleção de itens a 
serem testados, podem ser empregadas técnicas de amostragem. 
C: errada. Assertiva totalmente sem previsão normativa. A amostragem estatística é 
perfeitamente utilizável. 
D: correta, nos termos exatos da NBC TI 01 (norma que trata da auditoria interna): 
12.2.4.2 – Ao usar método de amostragem, estatística ou não, deve ser projetada e selecionada 
uma amostra que possa proporcionar evidência de auditoria suficiente e apropriada. 
E: errada. Vimos que os conceitos são distintos. Amostra é uma parte do todo (população). 
Gabarito: D. 
(FCC/ ISS São Luís – Auditor Fiscal - 2018) Considere a seguinte situação hipotética: 
Determinado Estado da Federação mantém programa de Cidadania Fiscal por meio do qual a 
emissão de notas e cupons fiscais pode ser feita com a inclusão do número de CPF do consumidor 
final. Após cadastro no programa, é possível que esses contribuintes diretos obtenham descontos 
no imposto sobre a propriedade de veículos automotores – IPVA devido. 
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Em auditoria interna da base de dados de resgates de pontos na forma de descontos no IPVA, 
realizou-se um teste para apurar a distância geográfica entre os estabelecimentos em que foram 
realizadas as compras dos bens e serviços de onde se originou a pontuação resgatada, o endereço 
registrado no cadastro do programa e o domicílio do proprietário constante da anotação no 
Departamento Estadual de Trânsito. O objetivo pretendido era indicar possíveis erros, fraudes ou 
simulações. 
Após inspeção gráfica dos dados, o auditor promoveu a exclusão de uma série de observações que, 
a seu juízo, não poderiam estar corretas. Ao fim, chegou-se a uma relação de pessoas jurídicas 
como emissoras de documentação fiscal com afastamento geográfico suspeito entre sede e local 
de utilização dos pontos derivados. 
Sobre o caso e considerando a amostragem em auditoria, é correto afirmar. 
a) Não é objetivo da auditoria interna assessorar a administração da entidade no trabalho de 
prevenção de fraudese erros. 
b) As normas não permitem a exclusão dos chamados valores aberrantes (outliers), pois, sem a 
integralidade do espaço amostral, as conclusões são tendenciosas. 
c) Embora tecnicamente correto, tal trabalho nunca poderia subsidiar uma campanha de auditoria 
dirigida. 
d) Pode-se dizer que se trata de uma aplicação do método aleatório de seleção de amostra. 
e) Se o auditor desejar aumentar o risco amostragem, deve diminuir o tamanho da amostra. 
Comentários: 
A questão começa com uma narrativa que é praticamente irrelevante para a resolução da questão. 
Vamos avaliar as assertivas: 
Letra A: ERRADA. Esse é um dos principais objetivos da auditoria interna, segundo a NBC TI 01. 
Vejam que não era preciso ler o enunciado para eliminar esta alternativa. 
Letra B: ERRADA. Esses são os chamados “pontos fora da curva”. Não há, nas normas de auditoria, 
óbices (impedimentos) para tal exclusão. Podemos considerar, em termos estatísticos, que essa 
eliminação é uma boa prática. Reparem que mais uma vez o enunciado é de pouca valia. 
Letra C: ERRADA. A forma como foi conduzido o trabalho poderia subsidiar qualquer tipo de 
auditoria. 
Letra D: ERRADA. Segundo a NBC TA 530, seleção aleatória é aquela aplicada por meio de 
geradores de números aleatórios como, por exemplo, tabelas de números aleatórios. A questão 
não traz informações suficientes para garantir isso. Veremos adiante os tipos de seleção de 
amostra. 
Letra E. CORRETA. Estamos diante da relação inversa entre o tamanho da amostra e o risco de 
amostragem (vista acima). O examinador aqui foi maldoso, pois apesar de manter a relação 
inversa, alterou o “sentido” dos fatores da afirmação. Percebam: 
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Original da norma: quanto menor o risco que o auditor está disposto a aceitar, maior deve ser o 
tamanho da amostra; 
Assertiva: se o auditor desejar aumentar o risco amostragem, deve diminuir o tamanho da 
amostra. 
Ora, fica difícil supor que um auditor, em sã consciência, desejaria aumentar o risco de 
amostragem. Independente disso, a relação inversa foi preservada, daí a correção da assertiva. 
Reparem que, mais uma vez, não era preciso ler o enunciado para chegar a essa conclusão e, por 
consequência, ao gabarito da questão. 
Gabarito: E. 
O auditor deve também selecionar itens de forma que cada unidade de amostragem da população 
tenha a mesma chance de ser selecionada. 
Reiteramos que o auditor pode usar duas abordagens de amostragens: a estatística e a não 
estatística. Pela amostragem estatística, os itens da amostra são selecionados de modo que cada 
unidade de amostragem tenha uma probabilidade conhecida de ser selecionada. Pela amostragem 
não estatística, o julgamento é usado para selecionar os itens da amostra. Nesse contexto, é 
importante que o auditor selecione uma amostra representativa, de modo a evitar tendenciosidade 
mediante a escolha de itens da amostra que tenham características típicas da população. 
Os principais métodos para selecionar amostras correspondem ao uso de seleção aleatória, seleção 
sistemática e seleção ao acaso. Veremos adiante detalhes sobre os métodos para seleção de 
amostras. Adiantamos que há, além desses três (tidos como “principais”), mais dois métodos 
(amostragem de unidade monetária e seleção de bloco). 
A seguir, apresentaremos trechos da norma relacionados à execução de procedimentos de auditoria 
em itens da amostra selecionados, natureza e causa de desvios e distorções, e projeção de 
distorções. Trata-se de temas importantes para a compreensão geral do assunto, porém sua 
cobrança em provas não é tão comum! 
O auditor deve executar os procedimentos de auditoria, apropriados à finalidade, para cada item 
da amostra selecionado. 
 
Se o procedimento de auditoria não for aplicável ao item selecionado, o auditor 
deve executar o procedimento em um item que substitua o anteriormente 
selecionado – esse é o chamado procedimento em item de substituição. 
Um exemplo de quando é necessário executar o procedimento em item de substituição é quando 
um cheque cancelado é selecionado durante teste de evidência de autorização de pagamento (nesse 
cenário, o auditor busca algum “problema”, ou desvio, no processo de cancelamento do cheque). 
Se, no entanto, o auditor ficar satisfeito, concluindo que o cheque foi cancelado de forma apropriada 
de modo a não constituir desvio, um item escolhido de maneira apropriada para substituí-lo é 
examinado. 
Se não for possível aplicar os procedimentos de auditoria definidos ou procedimentos alternativos 
adequados em um item selecionado, o auditor deve tratar esse item como um desvio do controle 
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previsto, no caso de testes de controles, ou uma distorção, no caso de testes de detalhes. Um 
exemplo de quando o auditor não pode aplicar os procedimentos de auditoria definidos a um item 
selecionado é quando a documentação relacionada com esse item tiver sido perdida. 
O auditor deve investigar a natureza e a causa de quaisquer desvios ou distorções identificados e 
avaliar o possível efeito causado por eles na finalidade do procedimento de auditoria e em outras 
áreas de auditoria. 
Em circunstâncias extremamente raras, quando o auditor considera que uma distorção ou um 
desvio descobertos na amostra são anomalias, o auditor deve obter um alto grau de certeza de que 
essa distorção ou esse desvio não sejam representativos da população. O auditor deve obter esse 
grau de certeza mediante a execução de procedimentos adicionais de auditoria, de modo a obter 
evidência de auditoria apropriada e suficiente de que a distorção ou o desvio não afetam o restante 
da população. 
Para os testes de detalhes, o auditor deve projetar, para a população, as distorções encontradas 
na amostra. 
As distorções encontradas na amostra devem ser projetadas para a população de modo a se obter 
uma visão mais ampla da escala de distorção, mas essa projeção pode ainda não ser suficiente para 
determinar o valor a ser registrado. 
Quando a distorção tiver sido estabelecida como uma anomalia, ela pode ser excluída da projeção 
das distorções para a população. Entretanto, o efeito de tal distorção, se não for corrigido, ainda 
precisa ser considerado, além da projeção das distorções não anômalas. 
Já para os testes de controles, não é necessária qualquer projeção explícita dos desvios, uma vez 
que a taxa de desvio da amostra também é a taxa de desvio projetada para a população como um 
todo. 
A avaliação do resultado de uma amostragem em auditoria é um procedimento essencial a ser 
realizado pelo auditor. Nesse contexto, o auditor deve avaliar: 
(a) os resultados da amostra; e 
b) se o uso de amostragem de auditoria forneceu uma base razoável para conclusões sobre a 
população que foi testada. 
 
Se o auditor conclui que a amostragem de auditoria não forneceu uma base 
razoável para conclusões sobre a população que foi testada, o auditor pode: 
• solicitar que a administração investigue as distorções identificadas e o potencial para distorções 
adicionais e faça quaisquer ajustes necessários; ou 
• ajustar a natureza, época e extensão desses procedimentos adicionais de auditoria para melhor 
alcançar a segurança exigida. Por exemplo, no caso de testes de controles, o auditor pode aumentar 
o tamanho da amostra, testar um controle alternativo ou modificar os respectivos procedimentos 
substantivos. 
A seguir, apresentamos alguns esquemas das principais informações vistas até o momento: 
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A NBC TA 530 traz em seu corpo um total de 04 (quatro) Apêndices, todos eles importantes e cujos 
ensinamentos são cobrados em provas recorrentemente. Os apêndices 1 e 4 envolvem, 
respectivamente, detalhes da estratificação e os métodos de seleção da amostra. Sua cobrança em 
provas é mais tranquila (ou direta). Os apêndices 2 e 3 tratam dos fatores que influenciam o 
tamanho da amostra. 
As bancas costumam comparar o tamanho da amostra a um dos fatores que influenciam o seu 
tamanho. A essência das perguntas é se essa relação se dá de forma direta ou inversa. Por exemplo: 
o que acontece com o tamanho da amostra se for aumentada a distorção tolerável? Nesse caso, o 
tamanho da amostra deverá reduzir, uma vez que essas duas grandezas possuem relação inversa. 
Na maioria dos casos, podemos fazer uma dedução lógica para concluir sobre a relação entre 
determinado fator e o tamanho da amostra. 
Vejamos, na sequência, o que nos ensina o Apêndice 1, que trata da Estratificação e da Seleção com 
Base em Valor. Atenção ao fato de que a Estratificação permite que o tamanho da amostra seja 
reduzido sem aumentar o risco de amostragem. 
 
 APÊNDICE 1 - ESTRATIFICAÇÃO E SELEÇÃO COM BASE EM VALOR 
 
 
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APÊNDICES 2 E 3 – FATORES QUE INFLUENCIAM O TAMANHO DA AMOSTRA PARA OS 
TESTES DE CONTROLES E PARA OS TESTES DE DETALHES 
FATORES QUE INFLUENCIAM NO TAMANHO DA AMOSTRA 
Testes de Controle Testes de Detalhes 
Fator Relação Fator Relação 
Avaliação de riscos 
considera os 
controles relevantes 
Direta Avaliação do risco 
de distorção 
relevante 
Direta 
Taxa tolerável de 
desvio 
Inversa Distorção tolerável Inversa 
Taxa esperada de 
desvios 
Direta Valor da distorção 
que o auditor espera 
encontrar 
Direta 
Nível de segurança 
desejado de que a 
taxa tolerável não 
seja excedida pela 
taxa real de desvio 
na população 
Direta Nível de segurança 
desejado de que a 
distorção tolerável 
não é excedida pela 
distorção real na 
população 
Direta 
- Uso de outros 
procedimentos 
substantivos 
Inversa 
- Estratificação da 
população 
Inversa 
Quantidade de unidades de amostragem na população: efeito negligenciável 
 
A memorização da relação entre os fatores acima apresentados e o tamanho da amostra é muito 
importante para provas. Esse processo é facilitado pela correta interpretação dessas relações. 
Vejamos exemplos de como raciocinar nesse sentido: 
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Se o auditor tolera (está disposto a aceitar) uma distorção alta, isso é sinal de que o auditor está 
mais “relaxado”, podendo “se dar ao luxo” de reduzir o tamanho da amostra (distorção tolerável e 
tamanho da amostra possuem relação inversa) – o mesmo raciocínio vale para a taxa tolerável de 
desvio. 
Já se o auditor espera uma distorção alta, ele deve aumentar o tamanho da amostra para se precaver 
(distorção que o auditor espera encontrar e tamanho da amostra possuem relação direta) – o 
mesmo raciocínio vale para a taxa esperada de desvios. 
Ainda, caso se queira aumentar o nível de segurança desejado (qualquer que seja ele) ou caso a 
avaliação de risco seja maior, é preciso que o auditor aumente o tamanho da amostra para se cobrir 
de eventuais problemas (avaliação do risco e nível de segurança desejado possuem relação direta 
com o tamanho da amostra). 
Já se o auditor utiliza outros procedimentos de auditoria direcionados à mesma afirmação, isso é 
sinal de que ele pode relaxar, diminuindo a amostra (afinal, ele já se garantiu ao aplicar outros 
procedimentos) – uso de outros procedimentos substantivos possui relação inversa com o 
tamanho da amostra). 
Finalmente, o uso da estratificação, por sua própria definição, permite que o tamanho da amostra 
seja reduzido sem que seja aumentado o risco de amostragem. Por isso, o uso da estratificação 
possui relação inversa com o tamanho da amostra. 
Uma consideração sobre um ponto que geralmente causa muitas dúvidas: apesar do nome "unidade 
DE AMOSTRAGEM", esse conceito está diretamente relacionado à população da qual se deseja 
extrair a amostra, e não à amostra propriamente dita. Então, pela afirmação “a quantidade de 
unidades de amostragem possui efeito negligenciável sobre o tamanho da amostra” podemos 
entender que o “tamanho da população” possui efeito negligenciável sobre o tamanho da amostra. 
É que, para populações grandes, o tamanho real da população (e, por consequência, da quantidade 
de unidades de amostragem) tem pouco efeito, se houver, no tamanho da amostra. Já para 
pequenas populações, a amostragem de auditoria pode nem ser o meio mais eficiente para se obter 
evidência de auditoria. 
 
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Finalmente, abordaremos por meio do esquema abaixo os métodos de seleção de amostra 
(presentes no Apêndice 4 da norma). Trata-se de definições relativamente simples, cuja cobrança 
costuma se dar de forma bem direta. 
 
APÊNDICES 4 – MÉTODOS DE SELEÇÃO DE AMOSTRA 
 
 
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Iremos expor agora informações relevantes sobre Amostragem previstas na IN SFC nº 01/2001. 
Lembramos que esse normativo foi substituído, no ano de 2017, pela IN nº 03/2017/Ministério da 
Transparência e CGU (norma que aprovou o Referencial Técnico da Atividade de Auditoria Interna 
Governamental do Poder Executivo Federal). Independentemente desse cenário, a IN 01/2001 ainda 
costuma ser cobrada em provas, especialmente aquelas que trazem auditoria governamental em 
seu conteúdo programático! 
Existem várias razões que justificam a utilização de amostragem em levantamentos de grandes 
populações. Uma dessas razões é a economicidade dos meios. Onde os recursos humanos e 
materiais são escassos, a amostragem se torna imprescindível, tornando o trabalho do servidor bem 
mais fácil e adequado. Outro fator de grande importância é o tempo, pois onde as informações das 
quais se necessitam são valiosas e tempestivas, o uso de amostra também se justifica. Outra razão 
é o fato de que, com a utilização da amostragem, a confiabilidade dos dados é maior devido ao 
número reduzido de elementos, podendo-se dedicar mais atenção aos casos individuais, evitando-
se erros nas respostas. Além disso, a operacionalidade em pequena escala torna mais fácil o controle 
do processo como um todo. 
Existem casos, no entanto, em que não se recomenda a utilização de amostragem, tais como: 
a) quando a população é considerada muito pequena e a sua amostra fica relativamente grande; 
Informações complementares:
• Seleção sistemática: a qtd. de un. de amostragem na população é
dividida pelo tamanho da amostra para dar um intervalo de amostragem
como, por exemplo, 50, e após determinar um ponto de início dentro das
primeiras 50, toda 50ª unidade de amostragem seguinte é selecionada.
• Seleção ao acaso: embora nenhuma técnica estruturada seja usada, o
auditor, ainda assim, evitaria qualquer tendenciosidade ou previsibilidade
consciente. A seleção ao acasonão é apropriada quando se usar a
amostragem estatística.
• Seleção de bloco: a seleção de bloco geralmente não pode ser usada
em amostragem de auditoria porque a maioria das populações está
estruturada de modo que esses itens em sequência podem ter
características semelhantes entre si, mas características diferentes de
outros itens de outros lugares da população.
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b) quando as características da população são de fácil mensuração, mesmo que a população não 
seja pequena; e 
c) quando há necessidade de alta precisão recomenda-se fazer censo, que nada mais é do que o 
exame da totalidade da população. 
 
 
 
Ainda de acordo com a IN SFC 01/2001, o método de amostragem se subdivide em dois tipos: o 
probabilístico e o não-probabilístico. 
A principal característica do método de amostragem não-probabilístico é que este se baseia, 
principalmente, na experiência do servidor, sendo assim, a aplicação de tratamento estatístico a 
seus resultados se torna inviável, bem como a generalização dos resultados obtidos através da 
amostra para a população. Essa limitação faz com que o método não sirva de suporte para uma 
argumentação, visto que a extrapolação dos resultados não são passíveis de demonstração, segundo 
as normas de cálculo existentes hoje. Contudo, é inegável a sua utilidade dentro de determinados 
contextos, tal como, na busca exploratória de informações ou sondagem, quando se deseja obter 
informações detalhadas sobre questões particulares, durante um espaço de tempo específico. 
Já o método de amostragem probabilístico tem como característica fundamental o fato de poder 
ser submetido a tratamento estatístico, sendo, portanto, os resultados obtidos na amostra 
generalizáveis para a população. Para tanto, a amostragem estatística conta com uma série de 
formas diferentes de obtenção do tamanho da amostra. 
Uma dessas formas é a Amostra Aleatória Simples, que tem como característica o fato de que cada 
elemento da população possui a mesma chance de pertencer à amostra. Considera-se para isso que 
os elementos da população em questão estão distribuídos de maneira uniforme. Nas demais formas 
ou métodos de amostragem, pelo fato dos elementos não se processarem de maneira homogênea 
na população, faz-se necessário dispor de técnicas mais sofisticadas na obtenção do tamanho e 
seleção da amostra. 
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Para se obter uma amostra é preciso obter alguns elementos fundamentais, sem os quais fica 
impraticável o uso da técnica. O elemento primordial para se elaborar um plano amostral é saber 
exatamente qual o objetivo da ação de controle, ou seja, o que se deseja obter com os resultados e, 
de posse deles, a quais conclusões deseja-se chegar. Isso porque quando os objetivos da ação estão 
bem definidos, fica claro o estabelecimento de qual é a população alvo a ser considerada para a 
elaboração da amostra, bem como a definição das unidades de amostragem (elementos). A partir 
do conhecimento da população objeto de estudo e seus elementos é que se torna possível conhecer 
como essa população se distribui entre os seus elementos, para a partir daí ser definido o método 
de amostragem a ser adotado, bem como todas as suas considerações “a priori”. 
Outro fator importante a ser definido anteriormente é a precisão que se deseja, ou seja, o máximo 
que se admitirá de erro para os resultados obtidos na amostra. Além disso, é importante que a 
seleção dos elementos da amostra seja rigorosamente aleatória. Tal exigência é necessária pois, se 
na seleção da amostra não for garantida a aleatoriedade, isso significa que o servidor está 
influenciando com seu juízo pessoal a escolha dos elementos da amostra, colocando em risco todo 
o trabalho realizado. Nesse cenário, as informações obtidas a partir daquela amostra enviesada 
trarão resultados equivocados a respeito do universo em questão. Ou seja, uma amostra mal 
dimensionada e sem aleatoriedade é tendenciosa, levando o servidor a conclusões errôneas. 
Existem situações onde não é possível a obtenção de informações a respeito da população e sua 
distribuição, seja pelo fato de a obtenção dessas informações ser muito dispendiosa, ou seja pelo 
fato de se levar muito tempo para essas serem concluídas. Ou mesmo, pelo fato do acesso às 
mesmas somente ser possível no ato da ação de controle. 
Sendo assim, é usual a utilização de tabelas aplicadas ao Controle Estatístico de Qualidade, com a 
definição prévia do risco que se deseja assumir, ou seja, qual o limite máximo de itens ou elementos 
irregulares aceitáveis para se considerar uma situação regular, através do qual o tamanho da 
amostra é dimensionada. A utilização dessas tabelas deve ser feita com muito critério, pois os 
resultados obtidos das amostras provenientes delas são bastante específicos. Tais situações 
específicas devem ser devidamente estudadas, pois essas tabelas não são de aplicação generalizada, 
sendo portanto necessário o estudo de cada caso em separado, mensurando as vantagens e 
desvantagens da sua utilização. 
 
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(CESPE – AUDITOR FISCAL/SEFAZ RS – 2019) Em auditoria, o tamanho da amostra é 
influenciado por vários fatores, mas deve possibilitar que o auditor faça inferências sobre 
toda a população. Entre esses fatores, aquele que possibilita reduzir o tamanho da amostra 
é o aumento 
a) na taxa tolerável de desvio. 
b) na taxa esperada de desvio da população a ser testada. 
c) na quantidade de unidades de amostragem na população. 
d) na extensão dos riscos de controle, incluídos os controles considerados relevantes na 
avaliação de riscos do auditor. 
e) no nível de segurança, conforme o qual a taxa tolerável de desvio não seja excedida pela 
taxa real de desvio na população. 
Comentários: 
Questão trata dos fatores que alteram o tamanho da amostra. Nesse tipo de questão, temos 
que ficar atentos a qual o efeito provocado na amostra quando determinado fator é alterado, 
ou seja, se ele possui relação direta ou inversa com seu tamanho. 
Os apêndices 2 e 3 da NBC TA 530 trazem quadros que resumem a influência desses fatores 
no tamanho da amostra. 
As bancas adoram explorar a relação entre a “taxa tolerável de desvio” e o “tamanho da 
amostra”. Como vimos, essa RELAÇÃO É INVERSA, ou seja, quando aumenta a taxa tolerável 
de desvio, reduz-se o tamanho da amostra (gabarito, portanto, letra A)! 
Como dissemos ao longo da aula, é possível compreendermos uma lógica por trás dessas 
relações. Ora, se o auditor aumenta a taxa tolerável de desvio (que é taxa de desvio dos 
procedimentos de controles internos que o auditor define como máxima), ele pode reduzir 
o tamanho da amostra. Nesse cenário, o auditor está – de alguma maneira – tolerando 
maiores níveis de desvios – o que justificaria uma amostra pouco menor. Vejamos as demais 
assertivas: 
Letra B: se a taxa esperada de desvio aumenta, sinal de que o auditor precisa se precaver, 
aumentando o tamanho da amostra (relação é direta). 
Letra C: esse é um fator que possui efeito negligenciável em relação ao tamanho da amostra, 
tanto para testes de controle quanto para testes de detalhes. 
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Letra D: quanto mais segurança o auditor pretende obter da efetividadeoperacional dos 
controles, maior deve ser o tamanho da amostra. 
Letra E: quanto maior for o nível de segurança esperado de que os resultados da amostra 
sejam de fato indicativos com relação à incidência real de desvio na população, maior deve 
ser o tamanho da amostra. 
Portanto, alternativa correta é A. 
 
(VUNESP / TJ SP – Contador Judiciário – 2015) Quando a auditoria é feita por amostragem, 
se o método utilizado para essa amostragem é a seleção sistemática, então a seleção de itens 
é 
a) por meio da seleção de um ou mais blocos contíguos da população. 
b) de tal forma que assegure que todos tenham idêntica probabilidade de serem 
selecionados. 
c) a critério do auditor, com base em sua experiência. 
d) com base em valores monetários. 
e) procedida de tal maneira que haja sempre um intervalo constante entre cada item 
selecionado. 
Comentários: 
Vimos que a seleção sistemática é aquela em que a quantidade de unidades de amostragem 
na população é dividida pelo tamanho da amostra para dar um intervalo de amostragem 
como, por exemplo, 50, e após determinar um ponto de início dentro das primeiras 50, toda 
50ª unidade de amostragem seguinte é selecionada. 
Portanto, nesse método podemos dizer que há um intervalo constante entre cada item 
selecionado. 
Gabarito: E. 
 
(CESGRANRIO / LIQUIGÁS – 2018) Um auditor necessita examinar uma população de 
registros com muitas diferenças nos valores individuais das transações registradas. 
Como ele definiu que fará uma amostragem estatística, para garantir maior rigor nos 
procedimentos, recomenda-se, nesse caso, uma amostragem por 
a) acessibilidade 
b) estratificação 
c) elementos representativos 
d) elementos subjetivos 
e) números sistemáticos 
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Comentários: 
Ao considerar as características da população da qual a amostra será retirada, o auditor pode 
determinar que a estratificação (ou a seleção com base em valores) é apropriada. 
Vejam que o enunciado inicia dizendo que a população possui registros com muitas 
diferenças nos valores individuais (alta variabilidade dos itens da população). Em situações 
como essa, vale a pena dividir a população em subpopulações, cada uma sendo um grupo de 
unidades de amostragem com características semelhantes (ou homogêneas). Afinal, o 
objetivo da estratificação é o de reduzir a variabilidade dos itens de cada estrato e, portanto, 
permitir que o tamanho da amostra seja reduzido sem aumentar o risco de amostragem. 
Percebe-se, portanto, que estamos diante de um caso em que a estratificação é indicada.
 
Portanto, alternativa correta é B. 
 
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Amostragem segundo a NBC T 11.11 
Nesta seção, apresentaremos alguns dos principais trechos previstos na NBC T 11.11 – Amostragem 
(Res. CFC nº 1.012/05). Frisamos que esse normativo foi revogado com a entrada em vigor da NBC 
TA 200, o que ocorreu em 01/01/2010. Não obstante, algumas questões de concursos ainda exigem 
conhecimento de tal norma. Infelizmente, essa é uma prática comum em nossa disciplina. Em parte, 
isso ocorre porque a doutrina veio reproduzindo, ao longo do tempo, diversos trechos das normas 
atualmente revogadas. 
Nessa parte da aula, vale a pena focar na literalidade de algumas passagens comumente cobradas, 
considerando que já estudamos – na seção anterior – as bases da Amostragem em Auditoria. 
Veremos que os conceitos aqui presentes, via de regra, não divergem das normas em vigor. 
Considerações Gerais 
Ao determinar a extensão de um teste de auditoria ou método de seleção de itens a testar, o auditor 
pode empregar técnicas de amostragem. 
Amostragem, em sentido amplo, é a utilização de um processo para obtenção de dados aplicáveis a 
um conjunto, denominado universo ou população, por meio do exame de uma parte deste conjunto 
denominada amostra. 
Amostragem estatística é aquela em que a amostra é selecionada cientificamente com a finalidade 
de que os resultados obtidos possam ser estendidos ao conjunto de acordo com a teoria da 
probabilidade ou as regras estatísticas. O emprego de amostragem estatística é recomendável 
quando os itens da população apresentam características homogêneas. 
Amostragem não-estatística (por julgamento) é aquela em que a amostra é determinada pelo 
auditor utilizando sua experiência, critério e conhecimento da entidade. 
Ao usar métodos de amostragem estatística ou não-estatística, o auditor deve planejar e selecionar 
a amostra de auditoria, aplicar a essa amostra procedimentos de auditoria e avaliar os resultados da 
amostra, de forma a proporcionar evidência de auditoria suficiente e apropriada. 
Amostragem de auditoria é a aplicação de procedimentos de auditoria sobre uma parte da 
totalidade dos itens que compõem o saldo de uma conta, ou classe de transações, para permitir que 
o auditor obtenha e avalie a evidência de auditoria sobre algumas características dos itens 
selecionados, para formar, ou ajudar a formar, uma conclusão sobre a população. 
É importante reconhecer que certos procedimentos de auditoria aplicados na base de testes não 
estão dentro da definição de amostragem. Os testes aplicados na totalidade da população não se 
qualificam como amostragem de auditoria. Da mesma forma, a aplicação de procedimentos de 
auditoria a todos os itens dentro de uma população que tenham uma característica particular (por 
exemplo, todos os itens acima de um certo valor) não se qualifica como amostragem de auditoria 
com respeito à parcela da população examinada, nem com respeito à população como um todo. Isto 
porque os itens não foram selecionados, dando chance igual de seleção a todos os itens da 
população. Esses itens podem indicar uma tendência ou uma característica da parcela restante da 
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população, mas não constituem, necessariamente, uma base adequada para conclusão sobre 
parcela restante da população. 
 
(FCC / TRT 11ª Região / Analista Judiciário – Contabilidade – 2017) 
Considere as afirmativas abaixo sobre amostragem em auditoria. 
I. Amostragem de auditoria é a aplicação de procedimentos de auditoria sobre uma parte da 
totalidade dos itens que compõem o saldo de uma conta ou classe de transações. 
II. Ao usar o método de amostragem estatística, ou não, deve ser projetada e selecionada uma 
amostra que possa proporcionar evidência de auditoria suficiente e apropriada. 
III. A amostra selecionada pelo auditor deve ter uma relação direta com o volume de transações 
realizadas, como também com os efeitos da avaliação patrimonial e financeira e o resultado 
por ela obtido no período. 
Está correto o que se afirma em: 
a) I e III, apenas. 
b) II e III, apenas. 
c) I, II e III. 
d) I e II, apenas. 
e) III, apenas. 
Comentários 
Item I – Correto. O item é a literalidade da definição de amostragem prevista na norma antiga 
(NBC T 11.11). 
Item II – Correto, nos exatos termos da norma antiga (NBC T 11.11). 
Item III – Correto, também nos exatos termos da norma antiga (NBC T 11.11) – conforme 
detalhado no tópico a seguir. 
Gabarito: C 
 
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Planejamento da Amostra 
A amostra selecionada pelo auditor deve ter relação direta com o volume de transações realizadas 
pela entidade na área ouna transação objeto de exame, como também com os efeitos nas posições 
patrimonial e financeira da entidade e o resultado por ela obtido no período. 
Em outros termos, quanto maior o volume de transações efetuadas pela entidade na área objeto do 
exame, maior deve ser a amostra. 
 
Ao planejar e determinar a amostra de auditoria, o auditor deve levar em consideração 
os seguintes aspectos: 
a) os objetivos específicos da auditoria; 
b) a população da qual o auditor deseja extrair a amostra; 
c) a estratificação da população; 
d) o tamanho da amostra; 
e) o risco da amostragem; 
f) o erro tolerável; e 
g) o erro esperado. 
Percebe-se que o rol acima é mais amplo do que o previsto na NBC TA 530, segundo a qual o auditor 
deve considerar a finalidade do procedimento e as características da população ao definir uma 
amostra de auditoria. 
Em relação ao tamanho da amostra, a NBC T 11.11 nos ensina que o auditor deve, ao determinar o 
tamanho da amostra, considerar o risco de amostragem, bem como os erros toleráveis e os 
esperados. Já havíamos estudado, anteriormente, a relação (inversa) existente entre o risco de 
amostragem que o auditor está disposto a aceitar e o tamanho da amostra. 
Para que a conclusão a que chegou o auditor, utilizando uma amostra, seja corretamente planejada 
para aplicação à população é necessário que a amostra seja: 
a) representativa da população; 
b) que todos os itens da população tenham oportunidade idêntica de serem selecionados. 
 
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(ESPP / Auditor (MPE PR) – 2013) De acordo com Resolução CFC (Conselho Federal de 
Contabilidade) ao determinar a extensão de um teste de auditoria ou método de seleção de 
itens a testar, o auditor pode empregar técnicas de amostragem. Ao planejar e determinar a 
amostra de auditoria, o auditor deve levar em consideração os seguintes aspectos: 
I. Objetivos específicos de auditoria. 
II. População da qual deseja extrair a amostra. 
III. Estratificação da população. 
IV. Tamanho da amostra. 
V. Risco de amostragem. 
VI. Erro tolerável. 
VII. Erro esperado. 
Assinale a alternativa correta : 
a) Apenas um aspecto está incorreto. 
b) Todos os aspectos estão corretos. 
c) Dois aspectos estão corretos. 
d) Todos os aspectos estão incorretos. 
e) Apenas um aspecto está correto. 
Comentários: 
Questão aborda os fatores que devem ser considerados no planejamento da amostra, segundo 
a já revogada NBC T 11.11. Veja: 
Ao planejar e determinar a amostra de auditoria, o auditor deve levar em consideração os 
seguintes aspectos: 
a) os objetivos específicos da auditoria; 
b) a população da qual o auditor deseja extrair a amostra; 
c) a estratificação da população; 
d) o tamanho da amostra; 
e) o risco da amostragem; 
f) o erro tolerável; e 
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g) o erro esperado. 
Questão extraída literalmente da norma supracitada. 
Gabarito: B 
Risco de Amostragem 
Nesse ponto, veremos que a NBC T 11.11 apresenta o mesmo conceito de risco de amostragem 
estudado anteriormente, porém detalha as situações a que o auditor está sujeito a esse risco. 
O risco de amostragem surge da possibilidade de que a conclusão do auditor, com base em uma 
amostra, possa ser diferente da conclusão que seria alcançada se toda a população estivesse sujeita 
ao mesmo procedimento de auditoria. 
 
O auditor está sujeito ao risco de amostragem nos testes de observância e testes 
substantivos, sendo: 
1) Testes de Observância: 
a) Risco de subavaliação da confiabilidade: é o risco de que, embora o resultado da 
aplicação de procedimentos de auditoria sobre a amostra não seja satisfatório, o restante 
da população possua menor nível de erro do que aquele detectado na amostra. 
b) Risco de superavaliação da confiabilidade: é o risco de que, embora o resultado da 
aplicação de procedimentos de auditoria sobre a amostra seja satisfatório, o restante da 
população possua maior nível de erro do que aquele detectado na amostra. 
Esclarecendo: no contexto dos testes de observância, que são aqueles aplicados para 
obtenção de evidências quanto ao efetivo funcionamento dos controles internos, é 
razoável entender que, se o auditor considera os controles menos confiáveis do que 
realmente são (subavaliação da confiabilidade), a população tenha menor nível de erro 
em relação à amostra. Do contrário, quando o auditor considera os controles mais 
confiáveis do que realmente são (superavaliação da confiabilidade), é de se esperar que 
o erro na população seja maior em relação à amostra. 
2) Testes Substantivos: 
a) Risco de rejeição incorreta: é o risco de que, embora o resultado da aplicação de 
procedimentos de auditoria sobre a amostra leve à conclusão de que o saldo de uma 
conta ou classe de transações registradas está, relevantemente, distorcido, mas, 
efetivamente, não está; 
b) Risco de aceitação incorreta: é o risco de que, embora o resultado da aplicação de 
procedimentos de auditoria sobre a amostra leve à conclusão de que o saldo de uma 
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conta ou classe de transações registradas não está, relevantemente, distorcido, mas, 
efetivamente, está. 
Esclarecendo: rejeição incorreta significa que, em primeiro momento, ao utilizar a 
amostra, o auditor conclui que um saldo de contas está relevantemente distorcido, 
quando na verdade não está. Em outros termos, o auditor rejeitou a amostra 
incorretamente (considerou que ali havia distorções relevantes, quando elas não 
existiam). Aceitação incorreta, por outro lado, significa que o auditor aceitou, 
inicialmente, a amostra, ou seja, não encontrou distorção relevante no saldo de contas, 
quando na verdade havia distorção. 
O risco de subavaliação da confiabilidade e o risco de rejeição incorreta afetam a eficiência da 
auditoria, visto que, normalmente, conduziriam o auditor a realizar trabalhos adicionais, o que 
estabeleceria que as conclusões iniciais eram incorretas. O risco de superavaliação da 
confiabilidade e o risco de aceitação incorreta afetam a eficácia da auditoria e têm mais 
probabilidade de conduzir a uma conclusão errônea sobre determinados controles, saldos de contas 
ou classe de transações do que o risco de subavaliação da confiabilidade ou o risco de rejeição 
incorreta. 
 
(CESPE / SEFAZ AL – 2020) 
Situação hipotética: Determinado auditor, após realizar conferência de cálculos, concluiu que 
o saldo da conta de estoques estava relevantemente distorcido, embora o saldo não estivesse 
efetivamente nessa condição. 
Assertiva: Nesse caso, o auditor incorreu no risco de aceitação incorreta. 
Comentários: 
Risco de aceitação incorreta é aquele em que o auditor aceita, inicialmente, o resultado da 
amostra (ou seja, conclui que um saldo de contas não está relevantemente distorcido), quando 
– na realidade – existe distorção relevante. 
A situação trazida pelo item se refere ao risco de rejeição incorreta. 
Gabarito: ERRADO 
 
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Erro tolerável / erro esperado 
Neste ponto, veremos que a NBC T 11.11 previa apenas os conceitos de erro esperado e tolerável, 
enquanto a NBC TA 530 prevê os conceitos de distorção esperada e tolerável, e de taxa de desvios 
esperada e tolerável. Podemos entender que o erro tolerável é compostopela distorção tolerável 
(no contexto dos testes substantivos) e pela taxa tolerável de desvio (no contexto dos testes de 
observância ou de controle). Vejamos o que prevê a norma: 
Erro tolerável é o erro máximo na população que o auditor está disposto a aceitar e, ainda assim, 
concluir que o resultado da amostra atingiu o objetivo da auditoria. O erro tolerável é considerado 
durante o estágio de planejamento e, para os testes substantivos, está relacionado com o 
julgamento do auditor sobre relevância. Quanto menor o erro tolerável, maior deve ser o tamanho 
da amostra. 
Nos testes de observância, o erro tolerável é a taxa máxima de desvio de um procedimento de 
controle estabelecido que o auditor está disposto a aceitar, baseado na avaliação preliminar de risco 
de controle. Nos testes substantivos, o erro tolerável é o erro monetário máximo no saldo de uma 
conta ou uma classe de transações que o auditor está disposto a aceitar, de forma que, quando os 
resultados de todos os procedimentos de auditoria forem considerados, o auditor possa concluir, 
com segurança razoável, que as Demonstrações Contábeis não contêm distorções relevantes. 
Em relação ao erro esperado, pode-se dizer que, se o auditor espera que a população contenha 
erro, é necessário examinar uma amostra maior do que quando não se espera erro, para concluir 
que o erro real da população não excede o erro tolerável planejado. 
Tamanhos menores de amostra justificam-se quando se espera que a população esteja isenta de 
erros. Ao determinar o erro esperado em uma população, o auditor deve considerar aspectos como, 
por exemplo, os níveis de erros identificados em auditorias anteriores, mudança nos procedimentos 
da entidade e evidência obtida na aplicação de outros procedimentos de auditoria. 
 
(CESPE / SEFAZ AL – 2020) A adoção de amostragem em auditoria implica a admissão da 
existência de diferentes tipos de erros; nos testes de observância, o erro tolerável é o erro 
monetário máximo no saldo de uma conta. 
Comentários: 
Nos testes de observância, que são aqueles que buscam evidências em relação ao efetivo 
funcionamento dos controles internos, o erro tolerável está associado à taxa máxima de desvio 
de um procedimento de controle estabelecido que o auditor está disposto a aceitar, baseado 
na avaliação preliminar de risco de controle. 
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O erro monetário máximo, a que o item se refere, é o erro tolerável no contexto dos testes 
substantivos (e não dos testes de observância). 
Gabarito: ERRADO 
Seleção da Amostra 
Os 3 métodos de seleção de amostra presentes na NBC T 11.11 são, justamente, aqueles que a NBC 
TA 530 lista como principais: seleção aleatória, seleção sistemática e seleção ao acaso. 
Aqui cabe uma observação, pois apesar de listar os métodos de seleção aleatória, sistemática e ao 
acaso como “principais”, a NBC TA 530 apresenta, também, os métodos amostragem de unidade 
monetária e seleção de bloco (esses 2, não presentes na NBC T 11.11). 
Pois bem, segundo a NBC T 11.11, na seleção de amostra, devem ser consideradas: 
a) a seleção aleatória ou randômica; 
b) a seleção sistemática, observando um intervalo constante entre as transações realizadas; e 
c) a seleção casual, a critério do auditor, baseada em sua experiência profissional. 
Seleção aleatória ou randômica é a que assegura que todos os itens da população ou do estrato 
fixado tenham idêntica possibilidade de serem escolhidos. Na seleção aleatória ou randômica, 
utiliza-se, por exemplo, tabelas de números aleatórios que determinarão quais os números dos itens 
a serem selecionados dentro do total da população ou dentro de uma seqüência de itens da 
população predeterminada pelo auditor. 
Percebe-se, portanto, que a descrição do método de seleção aleatória é praticamente o mesmo, 
tanto nas normas antigas quanto nas atuais. 
Seleção sistemática ou por intervalo é aquela em que a seleção de itens é procedida de maneira 
que haja sempre um intervalo constante entre cada item selecionado, seja a seleção feita 
diretamente da população a ser testada, ou por estratos dentro da população. 
Ao considerar a seleção sistemática, o auditor deve observar as seguintes normas para assegurar 
uma amostra, realmente, representativa da população: 
a) que o primeiro item seja escolhido ao acaso; 
b) que os itens da população não estejam ordenados de modo a prejudicar a casualidade de sua 
escolha. 
Se usar seleção sistemática, o auditor deve determinar se a população não está estruturada de tal 
modo que o intervalo de amostragem corresponda a um padrão, em particular, da população. Por 
exemplo, se em cada população de vendas realizadas por filiais, as vendas de uma filial, em 
particular, ocorrerem somente como cada 100º item e o intervalo de amostragem selecionado for 
50, o resultado seria que o auditor teria selecionado a totalidade ou nenhuma das vendas da filial 
em questão. 
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Comparando o que preveem as normas atual (NBC TA 530) e antiga 
(NBC T 11.11) para a seleção sistemática, vemos que elas são 
semelhantes, no sentido de que se deve adotar um intervalo 
constante entre cada item selecionado. 
Há, no entanto, algumas diferenças. A norma em vigor determina como o intervalo de 
amostragem é obtido (divide-se a quantidade de unidades de amostragem pelo tamanho 
da amostra), ao passo que a norma antiga não menciona a forma de se chegar ao 
intervalo. 
A norma atual diz que o primeiro item pode ser selecionado ao acaso ou de forma 
aleatória (utilizando-se geradores de números aleatórios), enquanto a norma antiga diz 
que o primeiro item deve ser selecionado ao acaso. 
Seleção casual pode ser uma alternativa aceitável para a seleção, desde que o auditor tente extrair 
uma amostra representativa da população, sem intenção de incluir ou excluir unidades específicas. 
Quando utilizar esse método, o auditor deve evitar a seleção de uma amostra que seja influenciada, 
por exemplo, com a escolha de itens fáceis de localizar, uma vez que esses itens podem não ser 
representativos. 
 
Em auditoria, não podemos confundir seleção ao acaso (ou casual) com 
seleção aleatória. Na seleção ao acaso, ou casual, nenhuma técnica 
estruturada é seguida, por mais que o auditor procure se assegurar de 
que todos os itens da população tenham a mesma chance de ser 
selecionados, evitando qualquer tendenciosidade ou previsibilidade 
consciente. Na seleção aleatória, utiliza-se uma técnica estruturada, 
qual seja a aplicação de geradores de números aleatórios. 
 
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3. PERÍCIA CONTÁBIL 
NBC TP 01 
Conceitos Iniciais 
A NBC TP 01 – Norma Técnica de Perícia Contábil (revisada em março/2020) estabelece regras e 
procedimentos técnico-científicos a serem observados pelo perito, quando da realização de perícia 
contábil, no âmbito judicial, extrajudicial, mediante o esclarecimento dos aspectos e dos fatos do 
litígio por meio de exame, vistoria, indagação, investigação, arbitramento, mensuração, avaliação, 
certificação e testabilidade. 
Vejam que, como dissemos na seção Contextualização, a Perícia Contábil se presta a uma época, a 
um questionamento específico, com o objetivo de levantar elementos de prova e esclarecer uma 
controvérsia instaurada, um litígio ou constatar um fato. 
Reproduzimos abaixo a definição de Perícia Contábil – item cobrado em provas recorrentemente. 
 
A perícia contábil é o conjunto de procedimentos

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