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Tipos de Manutenção de acordo com a NBR 5462

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Tipos de Manutenção de acordo com a NBR 5462 
postado por Jhonata Teles Dentro Sem categoria 
A definição dos tipos de manutenção parece algo simples, e não apenas parece. Realmente é algo 
simples, porém, boa parte dos profissionais da área ainda confundem os conceitos por trás de cada tipo 
de manutenção e isso é extremamente grave! 
Se você não sabe a diferença entre os tipos de manutenção, você não sabe definir qual tipo irá usar e 
assim, não saberá traçar uma estratégia de manutenção para manter os ativos da sua empresa. 
Se você erra na estratégia, os cenários serão o seguinte: os ativos podem se manter disponíveis e 
confiáveis, mas você está gastando mais do que deveria; ou você está gastando pouco, porém os seus 
ativos estão com os níveis de confiabilidade e disponibilidade baixos. 
Nesse artigo irei esclarecer quais são as diferenças entre os tipos de manutenção, quais são as 
estratégias de manutenção e qual a diferença entre os tipos de manutenção e estratégias de 
manutenção. Tudo isso de acordo com a Norma NBR 5462. 
 
A NBR 5462 de Novembro de 1994 trata a respeito dos principais conceitos e terminologias que rodeiam 
a Confiabilidade e Mantenabilidade, e dentre esses conceitos estão os tipos de manutenção. 
 
Tipos de Manutenção e Estratégias de Manutenção: 
Qual a Diferença? 
A primeira coisa que temos que definir ao elucidar esse tema é a diferença entre os tipos de manutenção 
e estratégias de manutenção. Se essa diferença ficar bem definida, os reflexos irão se manifestar 
através da elevação dos níveis de confiabilidade, disponibilidade e produtividade dos ativos. 
Muitos profissionais apontam a existência de diversos tipos de manutenção e não quero dizer aqui se 
isso é certo ou errado, mas como eu citei no início do artigo, irei me basear na NBR 5462. De acordo 
com a Norma NBR 5462, os tipos de manutenção existentes são três: 
 Manutenção Corretiva 
 Manutenção Preventiva 
 Manutenção Preditiva 
Esse três tipos de manutenção tem significados, ações e objetivos completamente diferentes. 
 
Manutenção Corretiva 
O item 2.8.8 da página 7 da NBR 5462 define Manutenção Corretiva como: 
Manutenção efetuada após a ocorrência de uma pane destinada a recolocar um item em 
condições de executar uma função requerida. 
Ou seja, uma ação de manutenção realizada com a finalidade de corrigir algo no equipamento, para 
que ele possa cumprir o seu papel dentro do processo de produção de acordo com o que foi definido 
no seu projeto. 
A manutenção corretiva pode ser emergencial ou programada, mas a diferença entre esses duas 
derivações eu vou explicar mais adiante, porque isso já faz parte da estratégia de manutenção. 
A Manutenção Corretiva é sempre considerada o pior tipo de manutenção existente. Em partes, isso é 
verdade. Vai depender da estratégia de manutenção usada para manter os ativos da empresa. 
O gráfico abaixo nos mostra que o custo da Manutenção Corretiva é alto, a execução da manutenção 
é demorada e o investimento necessário para realizar a manutenção é relativamente baixo. 
O custo e tempo são altos porque na maioria das vezes o equipamento é quem decide quando será o 
momento de executar a manutenção e isso não é bom. Quando equipamento falha durante o processo 
de produção, e causa a interrupção do processo ou redução da performance, acontece algo chamado 
lucro cessante que é o que eleva os custos relacionados à manutenção corretiva. 
Lucros cessantes são prejuízos causados pela interrupção de qualquer uma das atividades de uma 
empresa, no qual o objeto de suas atividades é o lucro. Exemplos de lucros cessantes são: não vender 
um produto por falta no estoque; uma máquina que para e deixa de produzir; um acidente de trânsito 
que tira ônibus ou táxis de circulação, etc. 
Além do lucro cessante, a compra de peças de reposição sem planejamento e a contratação de serviços 
em caráter emergencial também contribuem para o alto custo da manutenção corretiva. 
 
O investimento baixo se dá pelo fato de que não é necessário investir grandes montas para realizar 
alguma ação de manutenção corretiva. O necessário é o básico: mão de obra, ferramentas e peças de 
reposição. Apesar do investimento ser baixo, ele não se justifica pelo fato do custo oriundo das 
manutenções corretivas serem altos. 
 
Manutenção Preventiva 
O item 2.8.7 da página 7 da NBR 5462 define Manutenção Preventiva como: 
Manutenção efetuada em intervalos predeterminados, ou de acordo com critérios prescritos, 
destinada a reduzir a probabilidade de falha ou a degradação do funcionamento de um item. 
Elucidando o descrito acima: Todas as ações de manutenção realizadas de forma prévia, com a 
finalidade de evitar que os equipamentos falhem durante o processo de produção são manutenções 
preventivas. 
Ou seja, todas as atividades destinadas a prevenção de falhas, panes e quebras são encaradas como 
Manutenção Preventiva. Exemplo: Inspeções, Reapertos, Substituição de Itens Desgastados, 
Limpezas, Lubrificação, Ajustes, etc. 
O objetivo principal da manutenção preventiva é elevar e garantir os índices de disponibilidade e 
confiabilidade dos equipamentos. 
A manutenção preventiva é realizada de forma sistemática, de acordo com um plano de manutenção. 
O equipamento gozará das atividades de manutenção quando atingir a frequência previamente definida 
para tal. Essa frequência pode estar atrelada ao tempo, à quilometragem, à produtividade, etc. 
 Frequência atrelada ao tempo: O equipamento passará por manutenção somente atingir o 
tempo especificado. 
Exemplos: Um mancal que é lubrificado após 200 horas de funcionamento, um determinado 
equipamento que é inspecionado mensalmente, um painel elétrico que é limpo a cada três 
meses, etc. 
 Frequência atrelada à quilometragem: A condicional para acontecer a manutenção é a 
quilometragem especificada, não levando em consideração o tempo levado para tal. 
Exemplo: “Substituir as pastilhas de freio a cada 40.000 km.” Não importa se os 40.000 
quilômetros serão alcançados em um mês ou um ano, as pastilhas serão substituídas apenas 
se a quilometragem especificada tiver sido atingida. 
 Frequência atrelada à produtividade: Nesse caso, o tempo também não é levado em 
consideração. O que se leva em consideração é a quantidade de peças que o equipamento 
produziu ou o seu número de ciclos. 
Exemplo: “Verificar o nível de óleo refrigerante a cada 15.000 peças produzidas” ou “Efetuar 
limpeza nos bicos injetores a cada 20.000 ciclos”. 
 
Se tratando de custo, tempo e investimento, podemos dizer que a Manutenção Preventiva é um tipo de 
manutenção que fica em um “meio termo”. 
 
O custo para manter um plano de manutenção preventiva na empresa é relativamente alto. Devemos 
considerar que temos que ter um quadro maior de funcionários, funcionários com capacidade técnica 
elevada e diferenciada, manter um estoque de peças de reposição e insumos para atender ao plano, 
contabilizar as horas de paradas dos equipamentos para realizar as manutenções, etc. 
O tempo para executar a manutenção preventiva é menor do que quando trabalhamos com corretiva. 
O motivo disso é simples: agora o tempo é controlado. Sabemos previamente através do plano de 
manutenção quanto tempo iremos gastar com cada atividade de manutenção. 
O investimento é intermediário. Precisamos investir em pessoas, capacitação técnica da equipe, 
ferramentas, sistemas para controle da manutenção preventiva, etc. 
Manutenção Preditiva 
O item 2.8.9 da página 7 da NBR 5462 define Manutenção Preditiva como: 
Manutenção que permite garantir uma qualidade de serviço desejada, com base na aplicação 
sistemática de técnicas de análise, utilizando-se de meios de supervisão centralizados ou de 
amostragem, para reduzir ao mínimo a manutenção preventiva e diminuir a manutenção 
corretiva. 
Ou seja, a manutenção preditiva tem o objetivo de predizer a situação do equipamento e encontrar 
falhas em estágio inicial, quando ainda não são prejudiciais ao equipamentoe/ou processo de produção. 
Uma vez que a falha foi identificada em estágio inicial, podemos planejar e programar ações para 
eliminar essa falha. 
Dessa forma, os custos e o tempo desprendidos através da manutenção preditiva são infinitamente 
menores do que quando tratamos o equipamento com manutenção corretiva ou preditiva. O 
investimento é maior, uma vez que temos que ter equipamentos de análise mais sofisticados, manter 
contratos de serviços ou ter uma equipe própria capaz de executar as ações de manutenção. 
 
A manutenção preditiva também é conhecida como manutenção sob condição ou manutenção com 
base no estado do equipamento. É baseada na tentativa de definir o estado futuro de um equipamento 
ou sistema, por meio dos dados coletados ao longo do tempo por uma instrumentação específica, 
verificando e analisando a tendência de variáveis do equipamento. 
 
Esses dados coletados, por meio de medições em campo como temperatura, vibração, análise físico-
química de óleos, ultra-som e termografia, permitem um diagnóstico preciso. 
Esse tipo de manutenção caracteriza-se pela previsibilidade da deterioração do equipamento, 
prevenindo falhas por meio do monitoramento dos parâmetros principais, com o equipamento em 
funcionamento. 
 
Estratégias de Manutenção 
Quando falamos de estratégia de manutenção, significa que estamos escolhendo e alinhando 
determinados tipos de manutenção e suas derivações aos objetivos da empresa. 
Não existe tipo certo ou errado de manutenção. Errado é não ter manutenção. O que pode existir é uma 
falta de alinhamento dos tipos de manutenção com os objetivos da empresa. 
Antes de falarmos sobre estratégias de manutenção, temos que entender a Curva PF. 
A Curva PF é uma ferramenta analítica essencial para um plano de manutenção que seja baseado em 
confiabilidade e esteja seguindo os padrões RCM (Reliability Centered Maintenance). 
A Curva PF é um gráfico que conflita em um plano cartesiano simples a performance do equipamento 
sobre o seu tempo de funcionamento. Com o objetivo principal de identificar o intervalo PF, que seria o 
tempo entre a falha potencial e falha funcional. 
 
Falha Potencial é a forma que a falha se apresenta no equipamento. Podemos dizer que Falha 
Potencial é a mesma coisa que Modo de Falha. 
Falha funcional é a incapacidade de um sistema para atender a um padrão de desempenho 
especificado em projeto. 
Uma vez que conhecemos a Curva PF, podemos analisar quais serão as estratégias de manutenção 
que podemos usar de acordo com os objetivos da empresa. 
 
Temos em média sete estratégias de manutenção. Essas estratégias são derivadas dos tipos de 
manutenção. 
 
A Manutenção Corretiva Reativa (aquela realizada após falha funcional do equipamento), na melhor 
das hipóteses, custará em média 7 vezes mais do que a manutenção preventiva baseada na condição. 
A Manutenção Corretiva Programada (aquela que é realizada após a falha funcional, mas que não 
necessita de ação imediata), custará em média 5 vezes mais do que a manutenção preventiva baseada 
na condição. 
A Manutenção Preventiva baseada no tempo (aquela que é realizada antes da falha potencial), pode 
custar até 3 vezes mais que a manutenção preventiva baseada na condição. 
Falando de um modo geral, o melhor momento para intervir é quando atuamos com manutenção 
preventiva baseada na condição. Isso se dá pelo fato de já conhecermos a falha e sabermos 
previamente exatamente quais recursos iremos precisar para corrigi-la. 
Obviamente, a definição de estratégias de manutenção irá depender da criticidade dos equipamentos 
e cada caso deve ser tratado como particular.

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