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METODOLOGIA PLANOS DE ENSINO E CURSOS PARA LÍNGUA INGLESA

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METODOLOGIA EMETODOLOGIA E
PRÁTICA DE ENSINO DEPRÁTICA DE ENSINO DE
INGLÊS: ENSINO MÉDIOINGLÊS: ENSINO MÉDIO
E EJAE EJA
PLANOS DE ENSINO E CURSOSPLANOS DE ENSINO E CURSOS
PARA LÍNGUA INGLESAPARA LÍNGUA INGLESA
Au to r ( a ) : T h a i s C o s t a N o g u e i ra – E S L C o n s u l t a n t
Pa re c e r i s t a : L e a n d ro C a p e l l a
Tempo de leitura do conteúdo estimado em 1 hora.
Introdução
Olá, caro(a) aluno(a)! Seja bem-vindo(a) ao nosso estudo! Aqui, vamos nos
aprofundar em documentos o�ciais que norteiam todo o sistema educacional e
práticas docentes do Brasil; o sistema estrutural da educação brasileira, cujo
principal intuito é garantir a aprendizagem e o desenvolvimento educacional
pleno de todos os estudantes brasileiros, também promove a igualdade do
nosso sistema educacional.
Em seguida, mergulharemos um pouco mais no universo das especi�cidades
regionais do inglês – pode ser até que algumas sejam novidades para você – e
nas principais diferenças entre o inglês britânico e americano, a �m de sanar
uma questão que permeia cada vez mais as salas de aula de língua inglesa do
Brasil: que inglês devo ensinar? Então, vamos lá!
O Papel dos
Documentos Oficiais
Prezado(a) estudante, os objetivos de ensino e direitos de aprendizagem dos
estudantes brasileiros nas competências gerais e especí�cas são estabelecidos
por diversos documentos o�ciais, programas e leis. Trata-se de documentos que
orientam todas as práticas pedagógicas que dizem respeito à leitura e à escrita
dos aprendizes do nosso país, especialmente quanto às práticas posteriores a
1996, ano em que foi aprovada a atual Lei de Diretrizes e Bases da Educação
(LDB), até a homologação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) em 2017,
cuja implementação ainda está ocorrendo pelas instituições do país.
As decisões no tocante ao ensino de inglês no Brasil   são tomadas em duas
instâncias, cuja primeira é a Federal, em que existem quatro documentos de
suma importância:
● a Constituição Federal de 1988, garantidora do acesso à educação e à
universalização do Ensino Básico;
● a Lei de Diretrizes e Bases de 1996, que regula a estrutura do ensino a nível
nacional e de�ne a sua oferta nas esferas nacional, estadual e municipal;
● Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), que estabelecem, frente às
secretarias estaduais e municipais, qual é o conteúdo a ser ensinado nas
escolas do Brasil;
● A Base Nacional Comum Curricular   (BNCC), implementada para a Educação
Infantil e para o Ensino Fundamental em dezembro de 2017 e, em sua versão
para o Ensino Médio, em dezembro de 2018.
A segunda instância é composta pelas secretarias estaduais e municipais, que
são os órgãos que tomam todas as decisões relativas ao ensino do inglês como
língua estrangeira , desde que sigam o que preconiza a Lei de Diretrizes e Bases
e os Parâmetros Curriculares Nacionais.
O “guarda-chuva” que abarca todos esses documentos é a nossa Constituição
Federal , promulgada em 5 de outubro de 1988, e que rege todo o ordenamento
jurídico brasileiro. Também conhecida como a Constituição Cidadã – por ter sido
escrita após o �m da Ditadura Militar –, esta é a nossa sétima Constituição
Federal. No que tange à educação, postula o art. 205:
A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será
promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao
pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da
cidadania e sua quali�cação para o trabalho (BRASIL, 1988, on-line).
A partir daí, entende-se que o alcance da educação é um direito de todos e,
assim, todos os brasileiros podem exigir do Estado a prática educativa em seu
favor.
Abaixo da Constituição Federal de 1988, está outro documento o�cial de suma
importância para a educação brasileira, que é a LDB nº 9.394 (Leis de Diretrizes
e Bases da Educação), aprovada em 1996: a mais importante legislação
brasileira no que se refere à educação e que regulamenta o sistema educacional
público e privado do Brasil , abrangendo da educação básica ao ensino superior.
A LDB foi um marco na educação brasileira, ao programar mudanças
signi�cativas quanto aos direcionamentos institucionais. Seu art. 2º postula que
a educação não é apenas dever do Estado, mas também da família. Leiamos:
A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de
liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por �nalidade o
pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da
cidadania e sua quali�cação para o trabalho (BRASIL, 1996, on-line).
O objetivo principal da criação da Lei de Diretrizes e Base foi assegurar a toda a
população brasileira o acesso à educação gratuita e de qualidade , valorizar os
pro�ssionais da educação e estabelecer os deveres pertencentes à União, ao
Estado e aos Municípios. Após um longo embate que durou cerca de oito anos
até sua promulgação (1988-1996), atualmente, a LDB também é chamada de
Carta Magna da Educação e seu maior defensor foi o antropólogo Darcy Ribeiro.
O documento divide a educação brasileira em dois níveis: a educação básica e o
ensino superior (BRASIL, 1996). Vejamos o que cada nível abarca.
Educação básica 
● Educação Infantil: abrange crianças de 0 a 5
Caro(a) estudante, a LDB também engloba o espectro da formação de
professores, estabelecendo os requisitos mínimos exigidos para que o
pro�ssional possa exercer a atividade docente. Por isso, é fundamental que
todos os professores brasileiros conheçam as diretrizes da LDB, para que não
�quem ignorantes de seus direitos como pro�ssionais da educação e, assim,
estejam aptos para serem capazes de lutar por uma educação melhor.
● Educação Infantil: abrange crianças de 0 a 5
anos, sendo obrigatória a partir dos 4 anos de
idade. 
● Ensino Fundamental: do 1º ao 9º ano, ensino
obrigatório e gratuito. 
● Ensino Médio: do 1º ao 3º ano, podendo ser
técnico, pro�ssionalizante ou não. 
Fonte: Cathy Yeulet /
123RF.
Fonte: rawpixel /
123RF.
Ensino superior 
● Cursos oferecidos por instituições credenciadas
ao Ministério da Educação (MEC) (faculdades,
universidades, centros universitários). 
● Educação Especial: educandos com
necessidades especiais na rede regular de ensino. 
● Educação a Distância: estudantes em tempos e
espaços diversos, utilizando tecnologias de
informação e comunicação. 
● Educação Pro�ssional e Tecnológica:
atualização e aperfeiçoamento de conhecimentos
tecnológicos e cientí�cos. 
● Educação de Jovens e Adultos (EJA): atende
àqueles que não tiveram acesso à educação na
idade apropriada. 
● Educação Indígena: atende às comunidades
indígenas, de forma a respeitar a cultura e língua
materna de cada tribo. 
Você sabia que foi a LDB de 1996 que recuperou a importância da Língua
Estrangeira como disciplina de formação cidadã e tornou o ensino de língua
estrangeira moderna (inglês, espanhol, francês, italiano etc.) obrigatório a partir
da quinta série do ensino fundamental? O art. 26, § 5º, dispõe que:
Na parte diversi�cada do currículo será incluído, obrigatoriamente, a
partir da quinta série, o ensino de pelo menos uma língua estrangeira
moderna, cuja escolha �cará a cargo da comunidade escolar, dentro
das possibilidades da instituição (BRASIL, 1996, on-line).
Quanto ao ensino médio, o art. 36, inciso III, estabelece que: “[...] será incluída
uma língua estrangeira moderna, como disciplina obrigatória , escolhida pela
comunidade escolar, e uma segunda, em caráter optativo, dentro das
possibilidades da instituição” (BRASIL, 1996, on-line).
Finalmente, houve o acolhimento do ensino de línguas estrangeiras pela
legislação educacional brasileira. Mas observe, caro(a) estudante, que a língua
estrangeira não era necessariamente o inglês. No entanto, a Lei nº 13.415, de 16
de fevereiro de 2017, alterou esse parágrafo, tornando o inglês uma disciplina
obrigatória no currículo do ensino fundamental a partir do sexto ano.
Dois anos depois, em 1998, foram elaborados pela Secretaria de Educação
Fundamental do Ministério da Educação (MEC) os Parâmetros CurricularesNacionais (PCNs) . Estes não têm caráter de obrigatoriedade por lei, pois são
apenas recomendações para professores e o sistema de ensino, de modo que
todos possam construir e implementar os elementos basais do Projeto Político-
Pedagógico de determinada instituição. Em suma, são uma coleção de
documentos que compõem a grade curricular de uma instituição educativa e que
norteiam o cotidiano escolar e as atividades em sala de aula , estabelecendo os
principais conteúdos que devem ser trabalhados, de maneira a subsidiar
professores para que suas práticas pedagógicas sejam da melhor qualidade.
Nos PCNs, as línguas estrangeiras foram previstas na Parte II – Linguagens,
Códigos e suas Tecnologias. Por sua vez, na LDB, veri�camos que, na seção IV,
art. 36, inciso III, tem-se a informação de incluir uma língua estrangeira como
disciplina obrigatória, escolhida pela comunidade escolar (BRASIL, 1996). O
linguista David Crystal a�rmou que, à medida que o inglês se torna o principal
meio de comunicação entre as nações, é essencial assegurar que seja ensinado
com precisão e e�ciência (CRYSTAL, 1997). Essa foi também a justi�cativa para
o ensino desse idioma nas escolas, em que os PCNs (BRASIL, 1998, p. 15) veem
a inclusão de uma língua estrangeira relacionada a “fatores relativos à história,
às comunidades locais e à tradição”, além de postular que “o inglês, hoje, é a
língua mais usada no mundo dos negócios e, em alguns países, como Holanda,
Suécia e Finlândia, seu domínio é praticamente universal nas universidades”
(BRASIL, 1998, p. 23).
A aprendizagem de Língua Estrangeira é uma possibilidade de
aumentar a autopercepção do aluno como ser humano e como
cidadão. Por esse motivo, ela deve se centrar no engajamento
discursivo do aprendiz, ou seja, em sua capacidade de se engajar e
engajar outros no discurso de modo a poder agir no mundo social
(BRASIL, 1998, p. 15).
A BNCC , por sua vez, não tem caráter de lei (como a LDB), porém é obrigatória e
está prevista na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e no Plano
Nacional da Educação (Lei nº 13.005/2014). Ela traz como pano de fundo a LDB
em sua fundamentação legal (e com maior especi�cidade), no formato de um
documento elaborado para orientar o ensino brasileiro desde a Educação
Infantil até o Ensino Médio . Os currículos de todas as redes públicas e
particulares devem estar embasados na BNCC como principal referencial, pois a
Base é o guia orientador que estabelece os objetivos de aprendizagem
correspondentes a cada etapa escolar. Na prática, isso signi�ca a�rmar que,
independentemente da região, raça ou classe socioeconômica, todo e qualquer
estudante brasileiro deve aprender as mesmas habilidades e competências no
decorrer da vida estudantil. Se formos comparar a LDB com a BNCC, podemos
ponderar que a LDB equivale às estruturas e aos pilares de uma construção,
enquanto a BNCC seria o seu contrapiso.
A�nal, o que estabelece a BNCC? Esse documento estabelece que o ensino de
inglês deve desenvolver competências que vão além de ler, interpretar e resolver
problemas, ampliando o eixo da oralidade para práticas de linguagem que
foquem, primordialmente, na compreensão e produção oral (escuta e fala). No
que diz respeito às habilidades de leitura e escrita, as práticas decorrem da
interação do leitor com o texto.
Ademais, a BNCC estabeleceu a opção pelo ensino de inglês como língua franca,
visto que é a língua de contato de falantes espalhados no mundo inteiro,
compreendendo variedades linguísticas e culturais. Devido ao status do inglês
como língua franca, seu ensino, com essa categorização, pode ser visto sob um
prisma agregador e aditivo.
O ensino de inglês na EJA
Prezado(a) estudante, no que concerne à Educação de Jovens e Adultos (EJA) ,
esta foi con�gurada a partir de 1990, resultante da reforma educacional feita
pelo MEC na última década do século XX. Sabe-se que é necessário desenvolver
para os alunos que fazem parte do segmento da EJA um trabalho diferenciado
daquele que é feito nas escolas regulares, considerando o per�l desses
estudantes e os seguintes elementos: cultura, trabalho e tempo.
Vamos nos aprofundar um pouco mais nesses conceitos?
Caro(a) estudante, a metodologia da EJA deve promover a interação entre teoria
e prática , ao mesmo tempo em que atenda às características culturais, sociais e
econômicas dos estudantes. O professor precisa ter cuidado e sensibilidade
para não promover situações que despertem bloqueios , medo, vergonha,
autocensura e outros fatores que podem impedir o trabalho educativo com
 Cultura Trabalho Tempo
É o elemento mediador entre o indivíduo e a sociedade, sendo o elemento que
constitui os saberes, valores e opiniões que cada indivíduo carrega dentro de si e
leva para a sala de aula.
adultos, pois as salas de EJA abrangem uma diversidade imensa de idade,
condição social, interesse e escolarização.
Trabalhar o inglês com alunos EJA requer uma atenção maior, pois nem sempre
a necessidade de aprender essa disciplina é percebida por eles, nem muito
menos o seu caráter de língua universal, fazendo-se necessário que o professor
mostre o status da língua e sua importância para a inserção na sociedade diante
da evolução tecnológica e do rápido avanço da informação.
Vamos entender isso melhor? A língua estrangeira dentro da EJA tem um papel
fundamental , uma vez que proporciona o contato com diversas culturas e os
conhecimentos mais atuais produzidos no mundo real e virtual. A aprendizagem
de inglês contribui para a inserção no mercado de trabalho e proporciona uma
melhor compreensão de mundo . Apesar das óbvias di�culdades, o professor
precisa ajudar seus alunos a encontrarem signi�cância nas aulas de inglês como
LE; para isso, é necessário que o trabalho em sala de aula tenha um
encaminhamento mais próximo da realidade dos alunos.
Pode-se, por exemplo, trabalhar com propagandas nas redes sociais e televisão
que se encontram em língua inglesa, mostrar nomes de lojas e comércios,
palavras que aparecem nas embalagens dos mais variados produtos, músicas
atuais que são centradas nos dois idiomas, que é algo bastante comum
contemporaneamente.   Se o professor �zer o aluno perceber que o que é
ensinado nas aulas está em consonância com o que ele vive, as di�culdades,
certamente, serão amenizadas.
SAIBA MAIS
É comum confundir os PCNs , as Diretrizes
Curriculares Nacionais e a Base Nacional Comum
Curricular ( BNCC ), pois todos esses documentos
apresentam orientações que direcionam os
Como você pode ver, caro(a) estudante, o Brasil possui leis e normas su�cientes
que assegurem os direitos dos alunos e dos professores a uma educação de
qualidade. Porém, o problema da educação do Brasil não é a falta de leis, mas,
sim, o fato de que muitos professores não as conhecem profundamente e,
consequentemente, não têm como exigir o cumprimento delas dos governantes.
Você já ouviu falar que a língua inglesa é “desterritorializada”? O que você acha
que isso signi�ca, caro(a) estudante? A difusão mundial do inglês fez dela uma
currículos de escolas públicas e privadas da
Educação Básica. Que tal assistir a um vídeo que
vai simpli�car e categorizar melhor todas essas
normativas? Para tanto, consulte o link a seguir.
A S S I S T I R
As Especificidades
Regionais
língua de comunicação internacional , utilizada por falantes espalhados no
mundo inteiro, e daí advém as novas nomenclaturas do inglês: World English
(WE), Global English, International English, Universal English , Inglês como Língua
Franca. Uma língua desterritorializada é aquela que não para de se deslocar, de
variar, de se transformar exponencialmente. A essa altura, o inglês já é mais
falado por não nativos do que por nativos e, aos poucos, o capital simbólico de
ser falante nativo vai perdendo importância à medida que a concepção do inglês
como uma língua que não pertence a um território especí�co cresce.
Você conhece alguns desígnios interessantes dados ao inglês nas diversas
situações geopolíticas e linguísticas mundo afora?
Clique no (+)para acessar o conteúdo:
Prezado(a) estudante, além de designar determinados grupos e classes, que ora
se sobrepõem e se intercambiam, essa miríade de termos é um re�exo da
di�culdade de se classi�car os estados de variação da língua a partir de
categorias universais . Bolton (2004, p. 367) utiliza “ World Englishes ” (no plural)
 como termo guarda-chuva, que abarca o grande número de abordagens usadas
na descrição e análise do inglês, tanto a variação funcional e formal da língua
quanto sua aculturação internacional, assim como os países em que a língua
tem status de língua materna. World English (WE) é o inglês do “círculo em
expansão” ( The Expanding Circle ), que surge em países de todo o mundo e se
transforma em uma variedade não nativa do idioma.
Segundo Kachru (1982, p. 17), “o inglês, agora, pertence tanto aos que o usam
como primeira língua quanto aos que o usam como língua adicional, seja em sua
forma padrão, seja em suas formas localizadas”. Criou-se o termo “ world-
englishness ” para se referir a traços sociolinguísticos que identi�cariam os
falantes do inglês em nível transnacional, destacando o aspecto difusivo e
multicultural de seu uso e rompendo com a dicotomia “nativo/não nativo”.
Para Rajagopalan (2013), o WEPara Rajagopalan (2013), o WE
Fonte: Adaptado de Rajagopalan (2013).
Essa ampla gama de signi�cados do termo WE demonstra não apenas sua
versatilidade, mas um caráter problemático, pois faculta ambiguidades e
diversas justaposições de termos e de referentes . Uma dessas problemáticas
se refere à sinonimização de WE e English as a Língua Franca (ELF) , quando
ambos, na verdade, são elementos distintos. Jenkins (2007) alega que a
de�nição de inglês como Língua Franca (LF) favorece uma visão monocêntrica
da língua. Ou seja, o conceito de LF se baseia em não nativos falando um inglês
que segue normas norte-americanas e britânicas, enquanto o WE endossa o
pluricentrismo das normas locais. Jenkins reitera o sentido de ELF: “é uma língua
de contato usada apenas entre falantes de outras línguas maternas,
pertencentes a comunidades linguístico-culturais distintas, que não deve ser
confundido com World Englishes ” (JENKINS, 2007, p. 35).
Conhecimento
Teste seus Conhecimentos 
(Atividade não pontuada) 
diz respeito tanto ao mundodiz respeito tanto ao mundo
quanto ao inglês. Pelo que sequanto ao inglês. Pelo que se
sabe, as razões para concluir quesabe, as razões para concluir que
se trata do mundo mais do quese trata do mundo mais do que
do inglês são, para o linguista,do inglês são, para o linguista,
mais fortes. mais fortes. 
A difusão do inglês e a nomeação desse fenômeno têm um caráter
pluricêntrico representado pelo substantivo English: World English , Global
English , International English , English as a Língua Franca . Apesar de alguns
linguistas entenderem que existem distinções entre eles, todos dizem respeito
ao inglês que se fala pelo mundo. O que podemos a�rmar sobre esse
hibridismo?
a) O uso de uma língua internacional – nesse caso, o inglês – implica
que, para usá-la de forma e�ciente, é essencial que se assimile a cultura,
costumes e tradições relacionados a ela.
b) Os usuários do inglês como língua materna (falantes nativos) detêm
propriedade da língua e é certo que eles desejem e lutem não só para
manter o controle dela, mas  também ditar as normas da interação da
língua que lhes pertence.
c) O hibridismo é o preço que todo e qualquer idioma tem de pagar ao
se transformar em língua franca, pois línguas, identidades e culturas
estão em constante mutação, constantemente adquirindo novos
sentidos e contornos.
d) Nas interações em WE entre falantes não nativos, os participantes
não devem ignorar as “anomalias” fonológicas e léxico-gramaticais, pois
os erros prejudicam a �nalidade última da conversação, que é a total e
absoluta compreensão do que é dito.
e) Uma das consequências mais perigosas do hibridismo linguístico é
sua fragmentação em línguas mutuamente incompreensíveis, o que
afeta a inteligibilidade da comunicação entre falantes.
Agora, convido você, caro(a) estudante, a re�etir e tentar entender sobre as
diferenças entre o inglês britânico e o americano. É comum, em diferentes
países que falam a mesma língua, existir diferenças de escrita, pronúncia e
gramática. Quando pensamos na nossa própria língua materna, encontramos
mais de uma variante : o português do Brasil, o de Portugal e o da África.
Se pensarmos no Francês, também encontraremos diferenças entre o falado na
França, na Bélgica e na Guiana Francesa. Cada país, com sua diversidade
cultural, desenvolve características que não são comuns em outros países onde
a mesma língua é falada, aumentando, assim, a variação e diversidade de um
mesmo idioma.
Como você sabe, a língua inglesa tem duas variantes principais: American
English e British English . Porém, as diferenças entre inglês britânico e americano
não são tão acentuadas quanto as apresentadas nas variações do português.
Além disso, podem ser subdivididas nas seguintes categorias: pronúncia,
ortogra�a, gramática e vocabulário.
No �nal do século XIX, a Inglaterra ocupava a posição de superpotência mundial
e tinha a sua cultura fortemente propagada pelos quatro cantos do mundo,
aumentando sua predominância . Atualmente, o inglês falado nos Estados
Unidos é predominante, devido ao seu poderio econômico e fruto da grande
disseminação da mídia norte-americana pelo mundo, por intermédio da cultura
pop e mundo do entretenimento (�lmes, séries, músicas, livros etc.). Essas
diversas manifestações culturais se espalham por todo o planeta em alta
Diferenças Entre o
Inglês Britânico e o
Americano
velocidade, mas isso não signi�ca a�rmar que uma variedade é mais correta do
que a outra.
O que difere majoritariamente dentro desses dois contextos é uma questão de
semântica , cujas diferenças entre as variedades se apresentam mais no
discurso coloquial, em que cada país cria suas gírias e jargões. Em termos de
pronúncia, encontramos muitos sotaques diferentes tanto nos EUA quanto no
Reino Unido, mas há elementos que são padrão em ambos.
REFLITA
Os primeiros dicionários americanos e britânicos
são extremamente diferentes. Compilados com
perspectivas diferentes de linguagem: o primeiro
dicionário do United Kingdom foi elaborado por
estudiosos londrinos, cujo objetivo era o de coletar
todas as palavras conhecidas do Inglês. Por outro
lado, o americano foi feito por um lexicógrafo
chamado Noah Webster, um defensor fervoroso da
independência cultural dos EUA, que queria que a
gramática fosse um meio do país se tornar
independente das regras britânicas. Assim, em
1806, Webster publicou o primeiro dicionário de
inglês americano, intitulado A Compendious
Dictionary of the English Language . Ele modi�cou
gra�as que tinham forte in�uência francesa –
como colour/color, honour/honor –, pegou as
palavras terminadas “-ise” e as fez terminadas em
“-ize”, acreditando que a gra�a americana deveria
Ao considerarmos os diferentes usos que tanto os indivíduos quanto o coletivo
fazem do inglês, aproximamo-nos de diferentes culturas e outras maneiras de
enxergar o mundo e suas concepções, o que é extremamente enriquecedor, pois
as variedades linguísticas ocorrem em diversas dimensões: a regional, a social, a
de idade, a de geração, a de sexo e a de função. Vejamos as principais
diferenças em ortogra�a, gramática, vocabulário e pronúncia entre os ingleses
britânico e americano.
#PraCegoVer : o infográ�co estático apresenta o título “ American x British English ” e
é composto por uma imagem que traz quatro etiquetas coloridas dispostas na
vertical, uma após a outra. De cada etiqueta, sai uma caixa de texto retangular. A
primeira etiqueta, na cor vermelha, apresenta o número um e, na caixa de texto, traz o
título: “Diferenças ortográ�cas” e o texto em seguida: “Terminações: -se e -ce (
defense-defence ) / -er e -re ( theater-theatre ) / -or e -our ( color-colour ) / -ed e -t (
burned-burnt ) / -k e -que ( check-cheque ) / -yze,-ize, -yse, -ise ( analyze/analyse ) / -ll
e -l ( skillful-skilful ) / -g e -gue ( dialog-dialogue )”. A segunda caixa, logo abaixo da
primeira, de etiqueta na cor azul, apresenta o número dois. Na caixa de texto, traz o
re�etir o modo como as palavras são
pronunciadas.
título: “Diferenças gramaticais” e, logo abaixo, o texto: “Na gramática americana,
quando nos referimos a um grupo, geralmente fazemos a concordância no singular.
Já na gramática britânica apenas é correta a concordância no plural. The police was
violent with the protesters. (AM) / The police were violent with the protesters. (BR)”. A
terceira etiqueta, na cor verde, possui o número três. Na caixa de texto, traz o título:
“Diferenças lexicais” e o texto: “Algumas das diferenças mais comuns são:
movie/�lm , truck/lorry , elevator/lift , pants/trousers , gas/petrol ,
subway/underground ”. Por �m, a última etiqueta, na cor roxa, apresenta o número
quatro e traz o título: “Diferenças de pronúncia” e, abaixo, o texto: “Palavras
terminadas em -ile ( mobile, fragile ), a letra A em algumas palavras ( bath, class, ask
), a letra R no �m das palavras ( car, star, roar ), palavras terminadas em -ization (
globalization, organization ), a letra T no meio das palavras ( better, bottom, hated )”.
É comum que exista uma preferência tanto por parte dos alunos quanto dos
professores pelo inglês britânico ou americano. Alguns preferem a sonoridade
do britânico, comumente considerado mais “elegante”, e outros o americano, por
estarem mais habituados a ouvi-lo nos �lmes e programas de televisão. Todavia,
tenha cuidado para não passar aos seus alunos a ideia de que existe um melhor
e um pior. O que existe é uma preferência individual.
praticar
Vamos Praticar
É importante que todo professor conheça as principais diferenças entre o
inglês americano e o britânico. Diante disso, complete o quadro, a seguir, com
a gra�a ou palavra equivalente à versão americana:
AMERICAN ENGLISH VOCABULARY BRITISH ENGLISH VOCABULARY
airplane
eggplant
parking lot
drugstore
french fries
line
zee (letra Z)
truck
pants
holiday
AMERICAN ENGLISH SPELLING BRITISH ENGLISH SPELLING
organize, apologize
Quadro - American x British English 
Fonte: Elaborado pela autora.
#PraCegoVer : o quadro apresenta uma lista de diferenças de
vocabulário e ortogra�a entre o inglês americano e o britânico. Na
primeira linha, em cada coluna, respectivamente, está escrito:
AMERICAN ENGLISH VOCABULARY e BRITISH ENGLISH
VOCABULARY ; na coluna de AMERICAN ENGLISH VOCABULARY:
airplane, eggplant, parking lot, drugstore, french fries, line, zee (letra
Z), truck, pants e holiday , enquanto a coluna de BRITISH ENGLISH
VOCABULARY está em branco para ser preenchida. Depois, está
escrito em cada coluna, respectivamente: AMERICAN ENGLISH
SPELLING e BRITISH ENGLISH SPELLING ; na coluna de ENGLISH
SPELLING , tem as seguintes expressões: organize, apologize,
center,theater, odor, labor, honor, dialog, catalog, jewelry, traveler,
skillful, ful�ll, defense, offense, program , enquanto a coluna de
BRITISH ENGLISH SPELLING está em branco para preenchimento.
center,theater
odor, labor, honor
dialog, catalog
jewelry, traveler
skillful, ful�ll
defense, offense
program
Já mencionamos, neste estudo, o conceito de World English , International
English e Global English , que, de maneira geral, signi�cam a mesma coisa. Em
1985, um linguista indiano chamado Braj Kachru foi quem iniciou, modelou e
de�niu o termo World English , pautando todos os seus estudos no campo da
linguística. Kachru percebeu que precisava categorizar a forma como o inglês
era falado e utilizado nos diferentes países; assim, ele criou “os círculos do
inglês”.
International English
Dentro dessa concepção, os círculos categorizam o inglês da seguinte forma:
● Inner Circle (círculo central): compreendendo os países que têm o inglês como
língua materna (Reino Unido, Estados Unidos, Austrália, Canadá, Nova Zelândia);
● Outer Circle (círculo externo): compreendendo os países de comunidades
multilíngues e multiculturais, nos quais o inglês é falado como segunda língua
(Índia, África do Sul, Nigéria e Filipinas, entre outros);
● Expanding Circle: o círculo em expansão, que engloba os países nos quais o
inglês é reconhecido como língua internacional.
Figura 4.1 - Os círculos do inglês, segundo Kachru 
Fonte: Adaptada de Kachru (1982).
#PraCegoVer : a �gura apresenta três círculos, um dentro do outro. O círculo menor é
intitulado Círculo Interno e é exempli�cado pelos países cujo inglês é a língua nativa
(EUA, Reino Unido, Austrália, Canadá, Austrália). O segundo círculo é chamado de
círculo externo e representa os países que têm o inglês como segunda língua por
alguma razão histórica ou cultural (Índia, Cingapura, Nigéria, Paquistão, África do
Sul). O maior e último círculo que engloba os outros dois se chama círculo crescente
e envolve o restante dos países onde o inglês é ensinado como língua estrangeira
(China, Brasil, Arábia Saudita, Israel).
Prezado(a) estudante, desde sua concepção inicial em 1985, o uso do inglês
pela comunidade global cresceu exponencialmente, e o número de falantes de
inglês como segunda língua ultrapassou a quantidade dos falantes nativos. Já
não existiam fronteiras para o idioma que não estava mais ligado a nenhum país
ou povo em especí�co. Linguistas de todo o mundo perceberam a necessidade
de rever seus conceitos para descrever novas formas de comunicação que
estavam surgindo; em 2004, Kachru reviu os seus círculos e propôs mudanças.
SAIBA MAIS
Muitas pessoas acreditam que a palavra “ English ”
não tem plural, mas, de acordo com os nossos
estudos, nós sabemos que isso não é verdade, não
é, caro(a) estudante? No vídeo, a seguir, um dos
maiores linguistas e estudiosos da língua inglesa,
David Crystal, explica o termo “ Englishes ”, como
ele surgiu e o que exatamente signi�ca.
A S S I S T I R
Na nova versão dos seus círculos, já não há divisões geográ�cas, mas, sim,
relacionadas às competências linguísticas dos falantes . O círculo interno se
manteve igual. Porém, o círculo externo passou a englobar os falantes não
nativos com pro�ciência linguística no inglês ( high pro�ciency non-native
speakers ) e, no círculo em expansão, estão os falantes com baixa pro�ciência (
low pro�ciency non-native speakers ). Como decorrência dessa reorganização,
conclui-se que o inglês é uma ferramenta de comunicação intercultural e seu
objetivo primordial deve ser a inteligibilidade do discurso, sem maiores
preocupações, como a eliminação de sotaque, pois essa é uma meta irreal.
Deve-se, porém, ter cuidado para não desvalorizar ou desencorajar práticas
pedagógicas que estejam relacionadas à melhoria da qualidade linguística,
usando como argumento o fato de que, por ser uma língua internacional, não é
necessário seguir regras.
Figura 4.2 - Os círculos do inglês, segundo Kachru, após 2004 
Fonte: Adaptada de Kachru (2004).
#PraCegoVer : a �gura apresenta três círculos, um dentro do outro. O círculo menor é
intitulado Círculo Interno e é exempli�cado pelos países cujo inglês é a língua nativa
(EUA, Reino Unido, Austrália, Canadá). O segundo círculo é chamado de círculo
externo e representa os falantes pro�cientes em língua inglesa (índia, Nigéria,
Cingapura, Paquistão, África do Sul). O maior e último círculo que engloba os outros
dois se chama círculo crescente e engloba os falantes de baixa pro�ciência em
língua inglesa (China, Japão, Arábia Saudita, Brasil, Israel).
Qual variedade de LI ensinar?
Durante muitos anos e até recentemente, o inglês privilegiado em salas de aula,
ou seja, aquele que era ensinado e presente nos materiais didáticos, era apenas
o inglês britânico ou o americano. A�nal, as versões nativas do idioma eram
consideradas mais corretas, puras e livres de imperfeições. Não podemos negar
que, na nossa cultura, muitas instituições de ensino ainda pensam dessa forma,
mas esse paradigma está, aos poucos, sendo quebrado .
O linguista indiano e professor titular da UniversidadeEstadual de Campinas por
mais de trinta anos, Kanavillil Rajagopalan, a�rma que a ideia de que o inglês dos
países no círculo interno é superior aos demais gera algo muito perigoso: um
complexo de inferioridade linguística que é bastante comum não apenas entre
professores do idioma, mas também entre alunos que não conseguem replicar o
idioma estudado da mesma maneira que os nativos.
Fonte: lightwise /
123RF.
Pode-se pensar (erroneamente) que, para se falar o inglês �uente e perfeitamente, é preciso falar a
variedade americana ou britânica, emulando o sotaque, usando as mesmas expressões idiomáticas
etc. Obviamente, isso faz com que o aprendizado da língua se torne muito mais difícil do que
realmente é ou precisa ser. Portanto, é essencial combater a ideia de que o inglês precisa ser
dominado em sua totalidade para que se seja um bom falante.
Caro(a) estudante, a globalização foi o elemento determinante que causou uma
reviravolta nos padrões tradicionais das formas e usos de uma língua e foi
quando iniciaram os primeiros debates acerca de que a língua inglesa é de uso
internacional, ou seja, uma língua franca. Segundo Jeremy Harmer, “a pessoa
que fala o World English é, talvez, capaz de lidar com uma ampla gama maior de
variedades da língua inglesa do que uma pessoa que �ca presa às atitudes e
competências do falante nativo” (HARMER, 2007, p. 18).
Atualmente, os grandes mercados do ensino de idiomas – escolas, editoras,
empresas, professores – dão um enfoque muito maior ao inglês internacional do
que às variantes nativas, e o conceito do International English tem sido cada vez
mais discutido e disseminado entre pro�ssionais do ensino de inglês.
SAIBA MAIS
Muito se debate sobre a longevidade do inglês e o
futuro da linguagem. Quem teria previsto que o
latim, a língua mais falada e estudada há mais de
mil anos, cairia em desuso? Situação similar
acontecerá com o inglês? Um dos maiores
linguistas da atualidade, David Crystal, conversa
sobre a globalização do inglês e tudo que isso
acarreta. Con�ra no link a seguir.
A S S I S T I R
Você, enquanto professor de inglês, deve preparar seus alunos para falarem
inglês com qualquer pessoa, de qualquer parte do mundo, tenham eles o inglês
como língua materna ou não. No ensino de língua inglesa atual, o docente deve
formar pessoas pro�cientes o su�ciente para serem capazes de se comunicar
com alemães, chineses, italianos, franceses etc. Jamais se deve passar aos seus
alunos a ideia de alguma superioridade linguística; todas as formas devem ser
reconhecidas, aceitas e compreendidas.
Alcançar esse nível requer um pouco mais de dedicação ao estudo do idioma,
porque você, enquanto docente, deverá ter um conhecimento mais amplo sobre
as variedades e diferenças linguísticas, que requer um maior envolvimento com
a língua e motivação para um aprendizado contínuo.
Conhecimento
Teste seus Conhecimentos 
(Atividade não pontuada) 
Segundo Crystal (1997), a língua é uma imensa instituição democrática.
Aprendê-la nos confere direitos sobre ela. Podemos acrescentar coisas,
modi�car, brincar, criar, ignorar partes, da forma como bem desejarmos. Ainda
para o autor, é assim que o provável rumo da língua inglesa será in�uenciado
por aqueles que a falam como uma segunda língua ou língua estrangeira, bem
como por aqueles que a falam como uma língua nativa. O número de falantes
nativos da língua inglesa tem caído drasticamente em comparação aos
usuários de World Englishes .
CRYSTAL, D. English as a Global Language . Cambridge: Cambridge University
Press, 1997.
A respeito do que se discute atualmente nos círculos acadêmicos, o que
podemos a�rmar sobre o World English ?
a) Os saberes acerca do viés sistêmico gramatical são tão importantes
quanto a perspectiva histórica do inglês, pois os professores desse
idioma precisam não apenas ter um profundo conhecimento da
estrutura linguística, mas também o que construiu a língua, que é objeto
do seu trabalho.
b) O inglês é, atualmente, uma língua internacional simplesmente
porque é o idioma mais falado globalmente, inclusive já tendo superado
o mandarim.
c) Uma língua assume o caráter de língua franca com base na
quantidade de indivíduos que falam determinado idioma. O latim, por
exemplo, espalhou-se pelo mundo durante o Império Romano, porque
os romanos eram mais numerosos do que os que foram escravizados
por eles.
d) Pelo fato de a superpotência mundial das últimas décadas ser os
Estados Unidos e por toda a vastidão que o inglês já assumiu pela sua
dominância política, econômica e cultural, essa língua jamais perderá o
caráter de língua franca.
e) Quando pensamos em uma língua global, não nos referimos a uma
língua natural, mas, sim, a uma língua arti�cial, pois ela assume o status
de língua global com planejamento prévio.
Material
Complementar
F I L M E
Relatos do Mundo (News of the World)
Ano: 2020
Comentário: Com uma mistura de drama, aventura e western,
o recente �lme estrelando Tom Hanks se passa na era da
reconstrução da América. No enredo, um contador de
histórias, que anda de cidade em cidade, encontra uma
menina perdida e se incumbe da missão de levá-la ao
encontro de seus tios. A menina, porém, não sabe uma
palavra de inglês, e o �lme mostra como os dois passam a se
comunicar. Disponível no link a seguir.
TRA I LER
L I V R O
A revolução da linguagem
David Crystal
Editora: Zahar
Ano: 2005
ISBN: 857110896X
Comentário: de acordo com o próprio autor, seu quarto livro é
apresentado como “uma tentativa de enxergar mais além”
(CRYSTAL, 2005, p. 11). Nele, Crystal discute as tendências
linguísticas que foram debatidas nos seus três livros
anteriores ( English as a Global Language, Language Death e
Language and the Internet ) e as atualiza com uma nova ótica
sobre as tendências linguísticas já discutidas nos livros
publicados entre 1997 e 2001.
Conclusão
Caro(a) estudante, como você pôde ver, o sistema educacional brasileiro tem sido
bastante discutido e atualizado, a partir dos conjuntos de leis e normas que o rege: a
Constituição Federal, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação e a Base Nacional
Comum Curricular – nossos documentos o�ciais. É necessário que eles evoluam tão
rapidamente quanto a língua inglesa, como você pôde ver por meio das
especi�cidades regionais e variedades espalhadas pelo mundo, que deram origem a
tantos termos que, atualmente, designam os novos “ingleses”.
Concluímos este estudo conscientes de que os professores de inglês como língua
estrangeira têm dois grandes desa�os pela frente: acompanhar a rápida evolução do
World English e suas mudanças, além de desmisti�car a necessidade de se falar
inglês com a acuidade e perfeição de um nativo. Até breve!
Referências
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(orgs.). The Handbook of Applied linguistics . Oxford:
Blackwell Publishing, 2004.
BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm
. Acesso em: 4 jun. 2021.
BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 . Estabelece as diretrizes e bases
da educação nacional. Brasília, DF: Presidência da República, [1996]. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm . Acesso em: 4 jun. 2021.
BRASIL. Lei nº 13.005, de 25 de junho de 2014 . Aprova o Plano Nacional de
Educação – PNE e dá outras providências. Brasília, DF: Presidência da República,
[2014]. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-
2014/2014/lei/l13005.htm . Acesso em: 4 jun. 2021.
BRASIL. Lei nº 13.415, de 16 de fevereiro de 2017 . Altera as Leis nº 9.394, de 20 de
dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, e
11.494, de 20 de junho 2007, que regulamenta o Fundo de Manutenção e
Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Pro�ssionais da
Educação, a Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, aprovada pelo Decreto-Lei nº
5.452,de 1º de maio de 1943, e o Decreto-Lei nº 236, de 28 de fevereiro de 1967;
revoga a Lei nº 11.161, de 5 de agosto de 2005; e institui a Política de Fomento à
Implementação de Escolas de Ensino Médio em Tempo Integral. Brasília, DF:
Presidência da República, [2017]. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2017/lei/l13415.htm . Acesso
em: 4 jun. 2021.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: Educação é a
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Disponível em:
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versao�nal_site.pdf
. Acesso em: 4 jun. 2021.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Diretrizes
Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica . Brasília, DF: MEC/SEB/DICEI,
2013.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros
Curriculares Nacionais: Introdução aos Parâmetros Curriculares Nacionais. Brasília,
DF: MEC/SEF, 1998.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2014/lei/l13005.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2017/lei/l13415.htm
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf
CRYSTAL, D. English as a Global Language . Cambridge: Cambridge University Press,
1997.
CRYSTAL, D. A revolução da linguagem . Tradução de Ricardo Quintana. Rio de
Janeiro: Zahar, 2005.
DAVID Crystal – Will English Always Be the Global Language? [S. l.: s. n.], 2013. 1 vídeo
(13 min 50 s). Publicado pelo canal BritishCouncilSerbia. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=5Kvs8SxN8mc. Acesso em: 4 jun. 2021.
DAVID Crystal – World Englishes. [ S. l.: s. n. ], 2013. 1 vídeo (10 min 15 s). Publicado
pelo canal BritishCouncilSerbia. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?
v=2_q9b9YqGRY . Acesso em: 4 jun. 2021.
DIFERENÇAS entre BNCC, PCN e Diretrizes Curriculares (Papo de Educador). [ S. l.: s. n
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https://www.youtube.com/watch?v=T1ztHC8f2Os . Acesso em: 4 jun. 2021.
HARMER, J. The Practice of English Language Teaching . Londres: Pearson Longman,
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KACHRU, B. Asian English: beyond the canon. Hong Kong: Hong Kong University
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RAJAGOPALAN, K. Ensino e línguas como parte da macro-política linguística. In:
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RELATOS do Mundo – Trailer O�cial. [ S. l.: s. n .], 2020. 1 vídeo (2 min 52 s). Publicado
pelo canal Universal Pictures Brasil. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?
v=OawrKhc3XdM . Acesso em: 4 jun. 2021
https://www.youtube.com/watch?v=2_q9b9YqGRY
https://www.youtube.com/watch?v=T1ztHC8f2Os
https://www.youtube.com/watch?v=OawrKhc3XdM

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