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Aspectos culturais dos países que falam a língua inglesa

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ASPECTOS CULTURAIS DOS PAÍSES QUE FALAM A LÍNGUA INGLESA: ESTADOS UNIDOS E INGLATERRA.
 Daniela dos Reis Ferreira¹
 
RESUMO 
O presente trabalho tem como tema a cultura dos países que falam a língua inglesa: Estados Unidos e Inglaterra. O principal objetivo é expor alguns aspectos sobre a cultura inglesa e o papel da cultura no ensino de língua estrangeira inserir o inglês em sala como uma língua estrangeira e falar também sobre a língua inglesa. Este conteúdo foi produzido com bases em pesquisas tanto bibliográficas, quanto em fontes tiradas da internet. Para tal, o assunto aqui escrito expõe os pensamentos de alguns autores, como RAJAGOPALAN, MOTTA ROTH, CRYSTAL e outros, que facilitaram com que a produção deste trabalho tenha sido concluída com base aos pensamentos aqui expostos, tendo em vista que o trabalho expõe todos os aspectos culturais e a importância de ensinar a cultura inglesa quando inserida em sala de aula. Finalmente, o artigo conclui que a língua inglesa é um instrumento eficiente quando se trata de ensino, sem dúvida o Inglês proporciona uma enorme possibilidade e abre novos caminhos. 
Palavras-chave: Estados Unidos, Inglaterra, língua-cultura Inglesa . 
1. INTRODUÇÃO 
Para entender a relevância do inglês no contexto mundial e qual a influência que esta língua tem em diferentes áreas, é imprescindível compreender como começou a expansão dessa língua pelo mundo. Quando falamos da língua inglesa é preciso sempre avaliar o conceito que nós adotamos deste idioma. Numa abordagem tradicional, pensa-se unicamente nas culturas inglesas e estadunidense. No entanto, a língua inglesa é uma língua que possui variantes pelo mundo inteiro, que vai da América do Norte a o oceano Pacifico. O inglês tornou-se a língua da comunicação mundial, onde as pessoas além de aprender a se comunicar também se apropriar das mesmas, e assim haver a maior interação entre várias culturas. Nesse sentido, a escola exerce um papel essencial, pois deve possibilitar condições que os alunos adquiram as competências necessárias para a aquisição definitiva dessas habilidades. Portanto, quando mencionamos as culturas relacionadas a essa língua é importante estarmos cientes que estamos tratando das mais variadas partes do mundo com suas diversidades culturais. Visto isso, o objetivo do artigo é demostrar, com base na pesquisa, a variedade cultural da língua inglesa, este trabalho também levanta a seguinte questão: de que maneira é possível inserir a cultura inglesa nas aulas de língua estrangeira. 
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
 A Língua Inglesa, nos ditames dos avanços tecnológicos e acesso às informações advindas de um mundo dirigido sob a integração de saberes cada vez mais acelerados, no sentido econômico, social, político e cultural, tem seu papel de destaque por ser a língua que favorece este intercâmbio com outras culturas e formas de constituição social. Segundo Motta-Roth (2003), a respeito das considerações de Chouliaraki e Fairclough (1999). 
 Quando o conhecimento sobre uma prática torna-se parte significativa do nosso engajamento nessa prática, ele nos possibilita construir uma teoria local sobre essa dinâmica. Como consequência, adquirimos ‘reflexividade’, a capacidade de usar o conhecimento sobre esse processo, para alterá-lo e adaptá-lo a novos contextos. (p. 285, grifo do autor) 
 É necessário chamar a atenção para a necessidade de desmistificar a visão de Língua Inglesa como língua estrangeira que carrega em si a cultura do outro, não pertencendo à realidade do aluno e desenvolver no educando um melhor entendimento a respeito da realidade que o cerca, de forma crítica e reflexiva. Sarmento (2004) afirma: 
 O entendimento dos aspectos relacionados à cultura, principalmente as ‘pistas de contextualização’ (GUMPERZ, 1982) são de fundamental importância para a realização de uma comunicação de sucesso entre pessoas pertencentes a diferentes comunidades linguísticas. A sensibilização do aprendiz para a cultura invisível de sua própria comunidade e para as de outras culturas é, no meu entender, uma necessidade para que tenhamos alunos competentes comunicativamente. p.8, grifo do autor). 
 E daí a indispensabilidade de estimular, em relação à Língua Inglesa, a curiosidade do educando. Tal curiosidade é parte integrante da vida quando, segundo Freire (1996), se apresenta como “inquietação indagadora, como inclinação ao desvendamento de algo, como pergunta verbalizada ou não, como procura de esclarecimento, como sinal de atenção que sugere alerta” (p. 32). 
Dessa forma, fica pertinente o uso de artifícios para se estabelecer relações entre essas pessoas em seu mundo. E aí entra o papel fundamental da linguagem propriamente dita, ou aqui, mais especificamente, da língua inglesa, uma vez que é ela que irá estabelecer este elo. Atentamos para a necessidade de se adequar o ensino da Língua Inglesa às exigências da contemporaneidade. Rajagopalan (2003) considera: 
 
[...] nós, linguístas devemos, com urgência, rever muitos dos conceitos e das categorias com os quais estamos acostumados a trabalhar, no intuito de torná-los mais adequados às mudanças estonteantes, principalmente em nível social, geopolítico, e cultural, em curso neste início de milênio. (RAJAGOPALAN, 2003, p.25). 
 Nisso fundamenta-se a importância de trazer para a sala de aula conteúdos que vão além dos conceitos isolados de gramática e vocabulário, agregando ao ensino da Língua Inglesa o conjunto de significados que a mesma engloba no que diz respeito à natureza de seus falantes. Remete-se aqui ao estudo dos aspectos culturais que envolvem não apenas os países em que se utiliza a língua inglesa como primeira língua, mas também os que a utilizam como língua estrangeira, no sentido de proporcionar aos nossos educandos maiores condições de interagir com o mundo que o cerca. ‘é formar indivíduos capazes de interagir com pessoas de outras culturas e modos de pensar e agir. Significa transformar–se em cidadãos do mundo’. (RAJAGOPALAN, 2003, p. 70). 
 Tal interesse se estabelecerá a partir do diálogo com outras culturas, nos termos das competências interculturais, que segundo Motta Roth(2002): 
 
[...] são habilidades em sustentar a comunicação com o Outro que parte de sistemas de referências diferentes dos nossos. Esse tipo de competência nos possibilita vislumbrar como textos e contextos interagem dialeticamente de maneiras variadas em grupos sociais diferentes, de tal modo que possamos refrear a tendência em resistir ao diferente ou aderir ao estrangeiro sem qualquer criticidade. (MOTTA ROTH, 2002, p. 295). 
 
Só há mudança de comportamento frente à aquisição de novos saberes. Ou seja, pode-se desmistificar o conceito de cultura, por exemplo, quando se busca conhecer as razões de sua existência. E, em se tratando da aprendizagem de uma nova língua, pode-se considerar que esta “[...] deixa de lado suas supostas neutralidade e transparência para adquirir uma carga ideológica intensa, e passa a ser vista como um fenômeno carregado de significados culturais.” (PARANÁ, 2008, p. 55) Sob esse prisma, o ensino da Língua Inglesa deve ter seu foco na interação entre os seus aprendizes, de forma que eles consigam atribuir sentido à sua aprendizagem, como propósito comunicativo e de representação do mundo cultural que o cerca. Como consequência, a aquisição de consciência crítica a respeito da função da LI enquanto prática social e a compreensão da “[...] diversidade linguística e cultural, bem como seus benefícios para o desenvolvimento cultural do país”. (PARANÁ, 2008, p.56). Assim, de acordo com Gimenez (2008, p.1), “Alternativamente podemos pensar que a aula de língua estrangeira possibilita uma compreensão de cultura enquanto normas de interpretação de sentidos, que são, inevitavelmente, historicamente situadas”. Elucidando o fatode que a Língua Inglesa não pode mais ser vista como a língua que carrega, em si, somente a cultura do seu falante nativo, mas a cultura de todos os seus falantes é preciso que a interculturalidade seja praticada. Ou seja, faz se necessário a integração entre os povos, visando o acesso ao conhecimento de sua realidade, para que esta seja respeitada em sua diversidade. Vale lembrar que o respeito à diversidade, inclusive cultural é um fator explicitamente exigido pela sociedade atual. Motta Roth (2003) considera: 
Assim, ensinar língua estrangeira sob uma perspectiva intercultural pressupõe educar professores e alunos para analisarmos estereótipos culturais e vermos diferenças e conflitos como condições do mundo atual a partir de uma base paritária, ao invés de reforçar o mito do ‘falante nativo’. (MOTA ROTH, 2003, p. 286). 
 
Em contrapartida ao descaso com a qual a aprendizagem da Língua Inglesa é vista pelos alunos, e até mesmo por alguns professores de outras disciplinas, talvez por falta de consciência dos significados em termos de formação para uma cidadania crítica e atuante na sociedade, é que se dá a relevância de uma abordagem mais abrangente de ensino, agora voltada às possíveis gamas de conhecimento que a mesma pode proporcionar aos indivíduos que dela se utilizam de forma crítica e consciente. Paulo Freire, em seu livro Pedagogia da Autonomia, considera que: “é pensando criticamente a prática de hoje ou de ontem que se pode melhorar a próxima prática” (1996, p.39). E, tendo em vista a desmotivação acentuada que se observa sobre o ensino-aprendizagem da Língua Inglesa nas escolas, resultante do foco na reprodução descontextualizada de sua estrutura, fica clara a necessidade de se pensar em novas práticas, de modo a constituir um ensino voltado mais à formação do educando como um todo. 
3. Definição de cultura
Cultura é um conceito amplo que representa o conjunto de tradições, crenças e costumes de determinado grupo social. Ela é repassada através da comunicação ou imitações as gerações seguintes.
Dessa forma, a cultura representa o patrimônio social de um grupo sendo a soma de padrões dos comportamentos humanos e que envolve, costumes, língua, valores, crenças, símbolos etc. ainda assim é difícil definir o que é cultura em apenas algumas palavras.
A cultura também pode ser definida como o comportamento por meio da aprendizagem social. Essa dinâmica faz dela uma poderosa ferramenta para a sobrevivência humana e tornou-se o foco central da antropologia desde os estudos britânicos Edward Tylor (1832-1914). Segundo ele:
A cultura é todo aquele complexo que inclui o conhecimento, as crenças, a arte, a moral, a lei, os costumes e todos os outros hábitos e capacidades adquiridos pelo homem como membro da sociedade.
 Eduard Taylor continua muito atual, dizendo que Cultura é tudo aquilo produzido pela humanidade, seja no plano concreto ou no plano imaterial, desde artefatos e objetos, até ideias e crenças. Cultura é todo o complexo de conhecimentos e toda habilidade humana empregada socialmente. Além disso, é também todo comportamento aprendido, de modo independente da questão biológica. Ou seja, cultura vai muito além dos costumes e tradições de um determinado povo ou grupo, ela engloba também a questão de identidade de um povo e de ser pertencente a tal, quando se fala de identidade de um povo, não estamos falando apenas de um em especial e sim de todos os países, pois cada país tem seu conjunto de ideia, seus comportamentos, seus símbolos e suas práticas socias, onde se é aprendido de geração em geração em uma vida na sociedade, se tornando assim uma herança social. Sobre isso Kramisch explica que: 
As pessoas se identificam com membros se uma sociedade na extensão que têm um lugar na história da sociedade e que podem se identificar com os meios de relembrar seu passado e voltando sua atenção ao presente e antecipando o seu futuro. A cultura consiste precisamente desta dimensão histórica da identidade de um grupo.
A cultura tem um papel de delimitar as diversas personalidades, os padrões e as características de um grupo, esses tais grupos tendem a se modificar, pois nosso mundo é repleto de inovações e cabe ao grupo se adaptar nessas mudanças constantes, como foi visto por Kramisch, a sociedade tenta se colocar na história mostrando como a identidade de cada grupo foi se adaptando as mudanças do passar do tempo o quanto é importante ter uma identidade para que assim o passado seja lembrado em nosso presente e futuramente. 
4. O INGLÊS NO MUNDO 
 
 O inglês, na contemporaneidade, como língua para a comunicação global, tem recebido várias denominações; tais como: língua internacional, língua franca, língua global e língua dos países anglófonos. 
 No entanto, percebemos que estas denominações, embora apareçam com maior frequência nos materiais didáticos e nos currículos de ensino e aprendizagem de LI, não se apresentam de forma clara para professores e alunos. 
Dessa maneira, consideramos oportuno averiguar o uso desses termos no plano de destaque geopolítico em que a LI assume hoje no mundo. A língua inglesa, no quadro da geopolítica, destaca-se devido a sua notável difusão planetária, por ser a língua usada para a comunicação. Nesse sentido, compartilhamos com o pesquisador Breton (2005, p.16) que “[...] o inglês está um pouco presente em todos os lugares do mundo”. Além disso, consideramos, assim como Rajagopalan (2005, p.135), que “[...] a língua inglesa se encontra profundamente estabelecida como a língua-padrão do mundo, como parte intrínseca da revolução global das comunicações”. 
Por meio de uma trajetória histórica percebemos que a língua inglesa, segundo Breton (2005, p.14), passou de uma língua nacional (séculos XVI e XVII), para tornar-se língua imperial (séculos XVIII e XIX) e, enfim, língua mundial (durante a segunda metade do século XIX). 
Dessa forma, o inglês é a língua dos países anglófonos, ou seja, países cujo inglês é a língua materna e, ou língua oficial. A fim de definirmos língua materna e língua oficial, destacamos os conceitos apresentados por Guimarães. De acordo com o autor a língua materna “[...] é a língua cujos falantes a praticam pelo fato de a sociedade em que se nasce a praticar; nessa medida ela é, em geral, a língua que se representa como primeira para seus falantes.” Em relação à língua oficial, Guimarães a define como “[...] a língua de um Estado, aquela que é obrigatória nas ações formais do Estado, nos seus atos legais.” Notamos que a língua materna não é necessariamente a língua oficial, uma vez que uma criança pode ser educada, no âmbito familiar, com uma língua materna que pode ser diferente da língua oficial, dessa maneira, a criança aprende duas línguas, sendo ela, portanto, bilíngue. 
Além disso, devemos considerar que a língua inglesa usada nos países anglófonos não é a mesma, visto que a língua de cada um desses países possui suas especificidades lexicais, gramaticais, culturais, etc. No entanto, muitas vezes a língua inglesa, no ensino e aprendizagem como língua estrangeira, é vista como um sistema único, apresentando pouca variação ou diferença linguística. Em nosso contexto brasileiro, percebemos que os livros didáticos geralmente privilegiam ou o “inglês americano” ou o “inglês britânico”, sendo que as outras línguas dos outros países anglófonos acabam sendo praticamente esquecidas. Dessa forma, no Brasil há uma centralização do ensino de LI nos padrões das línguas americanas e britânicas que representam o imperialismo linguístico. 
Porém, em consequência da difusão do uso da língua inglesa no mundo, por e entre as diferentes nações, notamos que o inglês passou de língua materna, usada apenas pelos países anglófonos, para língua internacional. Dessa forma, concordamos com Silva (2012, p.11): 
 
O uso do inglês como língua internacional (ILI) leva à crescente desvinculação entre a língua e os espaços geográficos restritos a países ou nações específicas, passando o idioma a ser apropriado nos mais diversos contextos e para diferentespropósitos, enquanto a intensificação das interações entre pessoas de diferentes países, através da língua inglesa, levanos a pensar seu ensino por meio de uma abordagem intercultural. 
De fato, como apontam os autores Erling (2005), Crystal (2003) e Graddol (1997), o número de falantes não nativos da língua inglesa vem superado o de falantes nativos. 
Graddol (1997, apud Fernandes, 2009), por exemplo, registrou 375 milhões de falantes de inglês como primeira língua (L1) em países como Reino Unido, Estados Unidos, Canadá, Austrália e Nova Zelândia; outras 375 milhões de pessoas como segunda língua (L2), por exemplo, no caso da Índia, de Cingapura, da Nigéria e 750 milhões de falantes de inglês como língua estrangeira (LE), em países como Brasil, Alemanha, Portugal, Rússia, etc. 
Dessa forma, tencionamos descrever esses termos, no contexto do inglês como língua internacional, a fim de então compreender os seus usos no ensino e aprendizagem de LI. 
Dessa maneira, o inglês como língua franca não deve ser confundida com o inglês ensinado como LE, uma vez que este último tem privilegiado o ensino tradicional da LE focando na norma de países como Inglaterra ou Estados Unidos. 
4.1 Inglaterra
A partir do século V, o inglês começa a se espalhar pelas Ilhas Britânicas, no País de Gales, Corwall, Cumbria e sul da Escócia, locais em que predominavam línguas celtas.
No século XI, a partir de 1066, após a invasão dos normandos, os nobres da Inglaterra migraram para o norte da Escócia e a língua, em sua variante escocesa, difundiu-se pela região. A partir do século XII, o inglês vai gradualmente espalhou-se pela Irlanda, levado pelos cavaleiros anglo-normandos. De acordo com Crystal (1997), o número de falantes de inglês, ao final do século XVI, era em torno de 5 a 7 milhões, em sua maioria habitantes das Ilhas Britânicas.
É importante considerar, do ponto de vista geográfico, as denominações Reino Unido, Grã-Bretanha, Ilhas Britânica e Inglaterra. É bastante comum nos referimos ao Reino Unido e à Grã-Bretanha como Inglaterra. Grã-Bretanha, no entanto, é uma expressão geográfica E Reino Unido é a expressão política. A Grã-Bretanha compreende o grupo de ilhas entre o Mar do Norte e o Oceano Atlântico, o que não inclui a Irlanda, que forma outro grupo de ilhas. Juntos, os dois grupos de ilhas formam o que se denomina Ilhas Britânicas, ou seja, essa expressão, ou seja, essa expressão descreve as ilhas e não as divisões políticas ou as divisões entre os países (HARVEY; JONES, 1992) 
Politicamente, as Ilhas Britânicas compreendem dois estados independentes: a República da Irlanda, cuja capital é Dublin, e o Reino Unido, cuja capital é Londres. A abreviatura UK, de United Kingdom (Reino Unido), refere-se à denominação United Kingdom of Great Britain and Northem Ireland (Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte). A ilha da Grã-Bretanha é composta pela Inglaterra, Escócia e País de Gales.
Dessa forma, Britain e British têm dois significados, pois podem se referir tanto à Grã-Bretanha quanto ao Reino Unido, incluindo a Irlanda do Norte. As palavras England e English são usadas inapropriadamente para se referir a Grã-Bretanha como um todo (HARVEY; JONES, 1992) 
O inglês configura-se, portanto, como o idioma oficial das Ilhas Britânicas e, daí, é espalhado pelo mundo. Crystal (1997) indica que, entre o reinado de Elizabeth I, em 1603, e o início do reinado de Elizabeth II, em 1962, o número de falantes de inglês saltou para 250 milhões, em sua grande maioria, fora das Ilhas Britânicas, principalmente nos Estados Unidos, para onde o idioma é levado no século XVI e cuja história é alterada. 
4.2 Estados Unidos
A primeira expedição aos Estados Unidos chega à Ilha Roanoke em 1584, na região hoje conhecida como Carolina do Norte; mas, em função de conflitos com os povos nativos, um navio teve que voltar à Inglaterra para busca de auxílio e suprimentos (CRYSTAL, 1997).
A segunda expedição ocorre em 1607, que chega a Chesapeake Bay, na região hoje correspondente ao estado da Virgínia, e fundam a primeira colônia, chamada Jamestown, em homenagem ao rei James I.
Apesar dessas duas primeiras expedições, uma data marcante na colonização dos Estados Unidos é o ano de 1620, com a chegada do navio Mayflower, com o primeiro grupo dos chamados puritanos, composto por membros da English Separatist Church (Inglaterra Separatista Inglesa) e de outros colonizadores. Como não conseguiram atingir o estado da Virgínia, desviados por uma tempestade, chegam ao Cape Cod, onde hoje se localiza o estado da Nova Inglaterra (MCCRUM; MACNEIL; CRAN, 1992).
Esses colonizadores ficaram conhecidos como pilgrim fathers (pais peregrinos) e, embora fosse um grupo bastante heterogêneo, com diferentes bagagens regionais, sociais e ocupacionais, tinham como objetivo a busca por uma terra onde pudessem encontrar um novo reino religioso, livre de perseguições (CRYSTAL, 1997).
 Em relação ao idioma, as duas colônias, Virgínia ao sul e Nova Inglaterra ao norte, tinham marcas linguísticas específicas, trazidas das regiões da Inglaterra das quais provinham os colonizadores, uma vez que os habitantes do sul eram da região do oeste da Inglaterra e os habitantes do norte eram provenientes de condados do leste inglês e essas diferenças refletiram nos sotaques desses locais.
No século XVIII, há uma onda de imigrantes advindos da Irlanda. Em 1790, no primeiro censo realizado, a população era de 4 milhões de habitantes, em sua maioria vivendo na costa atlântica. Essa população cresce enormemente e, um século depois, gira em torno de mais de 50 milhões (CRYSTAL, 1997,2003).
Como resultado de revoluções, pobreza e fome na Europa, uma grande leva imigra para os Estados Unidos: irlandeses, alemães, italianos, judeus da Europa oriental. Em 1900, a população dos Estados Unidos atinge 75 milhões de habitantes e esse número é praticamente dobrado em 1950.
Esse contexto histórico faz com que o inglês cresça como língua materna, aumentando o número de falantes nos Estados Unidos e, a partir daí, os desenvolvimento sociais, científicos e tecnológicos e, principalmente a partir das duas grandes guerras, o inglês espalha-se pelo mundo e passa a ser o idioma usado para a comunicação internacional no pós-guerra.
5. O Papel da Cultura no Ensino de Língua Estrangeira 
Os PCN trabalham fortemente na questão do respeito entre as culturas os grupos que as constituem, pois, a própria cultura e povo brasileiro são oriundos de diferentes delas. O objetivo, pois, da escola, é o trabalho com a diversidade cultural para se evitar qualquer tipo de discriminação, e isso é função de todas as matérias, e não somente da língua inglesa.
“Conhecer e valorizar a pluralidade do patrimônio sociocultural brasileiro, bem como aspectos socioculturais de outros povos e nações, posicionando-se contra qualquer discriminação baseada em diferenças culturais, de crenças, de sexo, de etnia ou outras características individuais e sociais” (BRASIL, 1998, p.7)
 Segundo os PCNs ’a relação do processo de ensinar e aprender língua estrangeira com os temas transversais’ têm um foco claro em questão de interesse social, o qual pode ser facilmente trazidos para a sala de aula via Língua Estrangeira. Que este ensino tem um valioso papel construtivo como parte integrante da educação formal, envolve um complexo processo de reflexão sobre a realidade social, política e econômica, com valor intrínseco importante no processo de capacitação que leve à libertação. Em outras palavras, Língua Estrangeira no ensino é parte da construção da cidadania.
Esse trabalho com aspectos culturais na escola é justificável, pois “a criança na escola convive com a diversidade e poderá aprender com ela. Singularidades presentes nas características de cultura, de etnias, de regiões, de famílias, são de fato percebidas com mais clareza quando colocadas junto a outras” (BRASIL,1998, p.123)
Trabalhar a cultura em seus variados aspectos é outra proposta levantada pelo documento, e segundo este, os conhecimentos que os alunos devemadquirir sobre aspectos culturais envolvem definições estudadas na sessão anterior a esta: conhecimentos antropológicos, linguagens e representações, conhecimentos populacionais e pedagógicos.
O ensino da cultura, nas aulas de idiomas, faz-se importante porque a língua é um reflexo da cultura, visto que todo o acontecimento no idioma está relacionado a um acontecimento na cultura. Em outras palavras á língua se estrutura dentro de uma dimensão social e cultural. Também, o conhecimento sobre a cultura pode proporcionar ao aluno competência de comunica-se adequadamente em situações reais de uso da língua que se está aprendendo. Para completar, a língua é um código cultural que permite interpretar a realidade. Portanto, língua e cultura estão unidas e devem ser estudadas juntamente para que se alcance a competência comunicativa em um idioma. sendo assim, é essencial discutir essas questões em sala de aula, pois é a partir do entendimento sobre a pluralidade da sociedade afirma Sarmento: 
Deveríamos ter um ensino de inglês contextualizado que comtemple as reais necessidade dos alunos com a formação de uma consciência cultural crítica. Um maior foco nos aspectos culturais invisíveis seria também bastante útil para os alunos que têm a necessidade comunicarem-se com pessoas de várias nacionalidades. 
Isso confirma que o ensino de língua inglesa se torna para o aluno uma etapa importante para sua vida, pois estamos em uma época fundamental na formação de uma consciência crítica, haja visto que o ensino de inglês deve servir para formar cidadãos. E que o aluno compreenda que existem vários outros povos pelo mundo, de diferentes culturas, que esses povos manifestam sua cultura de diversas formas e se comunicam de maneiras diferentes, Berto (2011, p. 139) afirma em sua citação:
English is, nowadays, more than just another foreingn language, it is THE foreign language to be learned. That is, English is the language we need to use and understand in any international situation, such as participating in conferences, reading specific papers, and traveling, even if that situation is not held by native speakers or in native speakers’ countries. These changes have brought the english language to even bigger and more complex changes. 
O inglês é, hoje em dia, mais do que uma língua estrangeira, é A língua estrangeira para ser aprendida. Isso é, o inglês é a língua que precisamos usar para entender em qualquer situação internacional, como a participação em conferências, lendo artigos específicos, viajando, e até mesmo em situações que não são realizadas por falantes nativos ou em países dos falantes nativos. Essas mudanças têm trazidos milhões de pessoas ao redor do mundo a aprendê-lo, uma situação que está levando o inglês a transformações maiores e mais complexas (tradução: a autora)
Além dos acontecimentos, a tecnologia nos meios de comunicação vem aumentando de maneira espantosa rápida, e o uso de uma língua internacional se faz necessário. O inglês passa então a configurar como a língua da ciência, da música da informática e do cinema, com o advento da globalização é indiscutível o fato dessa língua ser considerada a principal do mundo.
6. MATERIAIS E MÉTODOS 
O presente artigo é resultado de uma pesquisa bibliográficas documental. Os dados utilizados no trabalho são de fontes bibliográficas adquiridas por meio de artigos e livros relacionados ao tema aqui abordados também foram analisados gráficos e dados em relação ao uso da língua inglesa pelo mundo inteiro. Foram feitas leituras de artigos da internet sobre os principais aspectos culturais dos países citado, a fim de representar um material prático e de fácil entendimento. 
CONCLUSÃO 
A partir dos resultados do presente trabalho, conclui-se que é importante o entendimento da cultura como parte de um povo, e que ela possui maneiras distintas de se manifestar. Além do importante papel do educando para que se perpetuem pensamentos positivos em relação ao que é diferente. Conclui-se que podem e devem der incluídas quando o assunto é a língua inglesa. Isso pode evitar que ideias estereotipadas sejam passadas a diante durante o ensino da cultura em sala de aula. Também é valido a ressalva que a discussão teórica dos autores referenciados corroboram, com o conhecimento adquirido a partir desta pesquisa. 
REFERÊNCIAS 
ALBRECHT, K.G. Aspectos Culturais Da Língua Inglesa. UNIASSELVI, 2017, p. 63-105. 
 Orlando Vian Jr. Lingua e cultura inglesa: Curitiba IESDE, 2008. Disponível em: <www².videolivraria.com.br>. Acesso em: 07 jun. 2020.
 
Olena KOVALEK. A Lingua inglesa no mundo: análise dos cadernos da rede pública de São Paulo. Disponível em: https//docplayer.com.br>. Acesso em: 10 jun. 2020.
 
CRYSTAL, D. English as a global language. Cambridge: CUP, 2003. 
RAJAGOPALAN, K. Por uma linguística crítica: linguagem, identidade e a questão ética. São Paulo: Parábola Editorial, 2003. 
 
________________. A geopolítica da língua inglesa e seus reflexos no Brasil: por uma política prudente e propositiva. In: LACOSTE, Y (Org.). A geopolítica do inglês. São Paulo: Parábola Editorial, 2005. 
1 Daniela dos Reis Ferreira
2 Centro Universitário Leonardo da vinci – UNIASSELVI – Licenciatura em Letras – Inglês - Prática do módulo V – 05/07/20.

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