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Metodologias O ENSINO DE LÍNGUA INGLESA NO CONTEXTO BRASILEIRO

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Introdução
Olá, estudante!
Você já sabe que falar inglês hoje é essencial para qualquer pessoa que deseje ter sucesso na vida
pro�ssional e pessoal. Além de ser uma das 3 línguas mais faladas no mundo, é a principal língua
METODOLOGIA E PRÁTICA DEMETODOLOGIA E PRÁTICA DE
ENSINO DE INGLÊS: ENSINOENSINO DE INGLÊS: ENSINO
MÉDIO E EJAMÉDIO E EJA
O ENSINO DE LÍNGUA INGLESA NOO ENSINO DE LÍNGUA INGLESA NO
CONTEXTO BRASILEIROCONTEXTO BRASILEIRO
Au to r ( a ) : T h a i s C o s t a N o g u e i ra
R ev i s o r : L e a n d ro C a p e l l a
Tempo de leitura do conteúdo estimado em 1 hora.
de comunicação na internet, expandindo horizontes e quebrando fronteiras.
Porém, no Brasil, apenas 5% da população é �uente em inglês, e você conhece bem nossa dura
realidade: o cenário educacional brasileiro está longe de ser o ideal.  Neste material, conversaremos
sobre essas questões, para podermos avaliar o status do ensino de inglês nas nossas redes de
educação, considerando suas dimensões críticas e culturais, adequando-o ao nosso ensino médio e
ao EJA. Vem comigo!
Você sabia que o registro mais antigo de ensino de língua inglesa no Brasil data de 1809, quando
Dom João VI decretou que o francês e o inglês fossem implantados no currículo escolar brasileiro?
O motivo era as relações comerciais que Portugal mantinha com a França e a Inglaterra. De lá para
cá, o sistema educacional brasileiro passou por numerosas reformas, nas quais o ensino de língua
inglesa passou por diversas transformações.
O motivo pelo qual uma língua se globaliza advém da combinação de três fatores: poderes político,
econômico e militar.
Nos séculos VXI e XVII, o inglês era a língua principal da nação colonizadora - a Grã-
Bretanha. Nos séculos XVIII e XIX, era a língua da nação que liderou a Revolução
Industrial - também a Grã-Bretanha. No �nal do século XIX e início do século XX, era a
língua da maior potência econômica - os EUA.   Como resultado, quando as novas
tecnologias trouxeram novas oportunidades linguísticas, o inglês emergiu como a língua
mais importante [...] (CRYSTAL, 2003, p.120)
O Ensino de Língua
Inglesa no Contexto
Brasileiro
Quando o inglês começou a ser o�cialmente ensinado no Brasil, no início do século XX, o seu
propósito era meramente comercial, visando ao fortalecimento das relações econômicas entre o
Brasil e outros países - principalmente a Inglaterra -, para impulsionar o desenvolvimento do país.
Entre 1930 e 1940, diante das diversas mudanças nos cenários econômico, político e internacional,
o ensino de línguas estrangeiras no país começou a se transformar, mas, naquela época, ainda era o
ensino do francês que se destacava nas escolas. Foi apenas em 1996, por meio da Lei de Diretrizes
e Bases da Educação Nacional (LDB), que o ensino de Língua Estrangeira (LE) se tornou obrigatório
no ensino fundamental.
Na parte diversi�cada do currículo será incluído, obrigatoriamente, a partir da quinta
série, o ensino de pelo menos uma língua estrangeira moderna, cuja escolha �cará a
cargo da comunidade escolar, dentro das possibilidades da instituição. (BRASIL, 1996, on
- line )
Apenas 21 anos depois, em 2017, com a Reforma do Ensino Médio, foi que o inglês se tornou
matéria obrigatória no Brasil a partir do 6º ano, por ser a língua mais ensinada em todo o mundo.
Atualmente, o acesso ao estudo de inglês é muito fácil no Brasil, dada a variedade de meios em que
os cursos são oferecidos, como em universidades, em escolas públicas e em particulares e cursos
pela internet. Porém, segundo o British Council no Brasil:
A falta de um ensino básico de qualidade, somada ao baixo acesso a cursos privados de
inglês, faz com que o mercado de trabalho tenha di�culdade em encontrar pro�ssionais
com pro�ciência na língua. (DATA POPULAR, 2014, p. 7)
Com o propósito de entender o interesse da classe média brasileira em aprender inglês, o British
Council realizou, em 2013, uma grande pesquisa para traçar o cenário do mercado brasileiro,
enfatizando, principalmente, os aspectos voltados ao trabalho e à empregabilidade. Veja quais
foram os resultados encontrados:
Figura -1.1: O conhecimento de inglês do brasileiro 
Fonte: Data popular (2014, p. 7).
#PraCegoVer : a �gura apresenta informações em um grá�co sobre o conhecimento de inglês do
brasileiro. Temos que, para a população brasileira de 16 anos ou mais, 5,1% a�rmam ter algum
conhecimento da língua inglesa. A �gura também traz a informação que 9% da população brasileira de 16
anos ou mais a�rmam que, para o próximo ano, pretendem iniciar um curso de inglês. Na sequência,
temos um grá�co em formato de pizza. Uma linha circula todo o grá�co e leva ao texto que diz “População
brasileira mais jovem, entre 18 e 24 anos”. Nesse grá�co, uma pequena fatia está destacada e com a
inscrição “10,3%”, que corresponde ao percentual dos que a�rmam ter algum conhecimento do idioma
inglês.
Atualmente, esse cenário permanece, praticamente, o mesmo. Para fazer com o que o aprendizado
do inglês deslanche - seja em qual for seu meio de propagação -, é necessário descobrir qual a
motivação que o aluno tem em se expressar e quais são os objetivos do seu aprendizado.
Um termo muito comum usado atualmente é o "bilinguismo", que nada mais é do que a capacidade
de se comunicar efetivamente em dois idiomas. Até o �nal do século XX, falar inglês ainda era um
diferencial, mas, agora, esse conceito se refere ao aluno que está pronto para se inserir no mundo
globalizado e enfrentar a realidade de um mercado pro�ssional cada vez mais competitivo e
exigente, no que diz respeito a falar mais de um idioma �uentemente - e, de preferência, o inglês.
As escolas bilíngues no Brasil já não são mais apenas uma tendência, nem são feitas
exclusivamente para a elite brasileira, mas já são uma realidade bastante comum e de fácil acesso à
classe média. Segundo a Associação Brasileira do Ensino Bilíngue (2021), nos últimos cinco anos,
houve um aumento de cerca de 10% desse segmento no Brasil, sendo que a maioria se concentra
nas capitais. Porém ainda não existe uma legislação que estabeleça a distribuição dos conteúdos e
o tempo de aula entre o ensino de inglês e português, e o MEC não regulamenta e nem �scaliza as
escolas bilíngues; já nas escolas internacionais, quase todo o conteúdo das matérias ministradas é
em inglês. Você sabe quais são as principais diferenças entre as escolas bilíngues e as
internacionais?
Figura - 1.2: População que fala inglês por faixa etária e classe 
Fonte: Data popular (2014, p. 7-8).
#PraCegoVer : a �gura apresenta um grá�co de barras com o título “População que fala inglês por faixa
etária e classe”. A seguir, temos “Faixa etária” e três barras na horizontal, a primeira representa a faixa de
18 a 24 anos e corresponde a 10,3% dessa população; a segunda representa a faixa de 25 a 34 anos e
corresponde a 5,2% dessa população; a terceira representa a população de 35 a 50 anos e corresponde a
3,5% dessa população. Na sequência, temos “Classe” e mais duas barras na horizontal: a primeira
representa a classe alta e corresponde a 9,9% dessa população; e a segunda representa a classe média e
corresponde a 3,4% dessa população.
Fonte: katemangostar / Freepik.
Escolas bilíngues:
Seguem o currículo brasileiro.
Oferece algumas aulas de outras
disciplinas em inglês (Matemática,
Biologia etc).
Segue o calendário letivo
brasileiro.
Oferece diploma brasileiro.
Maioria dos professores são
brasileiros.
Mensalidade mais acessível do
que as internacionais.
Fonte: katemangostar / Freepik.
Escolas internacionais
Seguem currículo internacional.
Todas as disciplinas são
ministradas em inglês.
Segue o calendário letivo do país
regente.
Oferece diploma estrangeiro.
Grande parte do corpo docente é
de estrangeiros.
Mensalidade mais cara que as
bilíngues.
A�nal, qual delas é melhor?
Depende, pois ambas atenderão a qualquer um que busque oferecer aos �lhos uma experiência
multicultural, e nenhuma das duas é garantia de ensino de qualidade. Para quem deseja que seus
�lhos sigamos estudos no Brasil e prestem o Enem, a escola bilíngue pode ser uma melhor
alternativa. Já para os pais que pretendem que seus �lhos continuem a educação no exterior, a
internacional provavelmente os atenderá melhor.
Atualmente, a maioria das escolas já dispõe de uma variedade de recursos didáticos que podem
garantir um bom aprendizado para o estudante de inglês como segunda língua, principalmente os
recursos tecnológicos, como computadores, smartphones , tablets , datashow e internet. Além
dessas ferramentas enriquecerem a relação entre professor e aluno e a interação entre colegas, é
um fator motivacional e aperfeiçoador do processo de aprendizagem para os alunos.
SAIBA MAIS
Você já ouviu falar no Observatório para o Ensino da Língua
Inglesa no Brasil? Essa é uma plataforma lançada pelo British
Council, em dezembro de 2020, com dados, notícias e pesquisas
sobre o ensino de inglês no Brasil. É um ótimo lugar para que você,
como professor de inglês, possa compartilhar suas experiências e
vivências com colegas de pro�ssão.
Link para o site: https://www.inglesnasescolas.org/
A S S I S T I R
REFLITA
Segundo o Observatório para o Ensino da Língua Inglesa no Brasil,
já há algum tempo, tem-se constatado que as universidades
brasileiras não têm conseguido formar professores de língua
inglesa tão preparados, no sentido de que, mesmo sem dominar o
idioma, muitos são diplomados e enviados para salas de aula.
Aproximadamente 55% dos professores de inglês que lecionam
em escolas públicas no Brasil não têm formação acadêmica para
https://www.inglesnasescolas.org/
Um estudo realizado pelo British Council no Brasil, em 2014, mostra que apenas 10,3% dos jovens
brasileiros entre 18 e 24 anos falam inglês (DATA POPULAR, 2014). E quanto maior a faixa etária,
mais esse percentual cai. Não é à toa que o ensino de inglês no Brasil é por muitas vezes chamado
de "elitista", pois apenas aqueles que têm acesso a um curso particular de idiomas, um intercâmbio,
ou que circula em meios multinacionais têm chances reais de evoluir no estudo da língua em
questão.
tal, e 81% deles demonstram insatisfação com os materiais
didáticos escolhidos para serem usados. É preciso questionar a
preparação que os professores recebem em seus cursos de
licenciatura e apontar soluções e�cazes. Quais seriam algumas
possíveis soluções?
Fonte: OBSERVATÓRIO (2020).
VAMOS PRATICAR
A disseminação do inglês por todo o planeta tem gerado grandes
debates sobre como esse idioma é ensinado nas salas de aula
brasileiras. Com isso, percebeu-se a importância de uma
abordagem intercultural, na qual o inglês é considerado um
recurso que pode ser adaptado para fazer sentido para o aprendiz
e, também, focado nele. Sob esse prisma, descreva uma atividade
que pode ser feita em sala de aula para os alunos desenvolverem a
capacidade de adaptar, negociar e mediar a comunicação de
forma dinâmica e interativa.
BNCC e a Reforma do
Você já deve ter ouvido falar na BNCC: a Base Nacional Comum Curricular, que foi homologada pelo
Governo Federal em 20 de dezembro de 2017, pelo então presidente Michel Temer e pelo Ministro
da Educação Mendonça Filho. Tal fato foi considerado um momento histórico na educação
brasileira, e o MEC previu que o processo de implementação dessa base duraria dois anos. Assim,
implementação dela se tornou obrigatória em todas as escolas do Brasil até o �nal de 2019.
A construção da BNCC teve início em 2015 e passou por três versões antes de ser �nalizada. A
elaboração da base teve a participação de organizações �nanceiras, instituições nacionais e
internacionais e do empresariado, todos amplamente envolvidos nas discussões, nos debates e nas
tomadas de decisões, buscando defender   interesses políticos e demandas econômicas, em
detrimento da função precípua da resolução de problemas da Educação, o que acabou por deixar a
melhoria da qualidade do ensino nas escolas brasileiras, o bem-estar comum dos estudantes e
corpo docente, e as questões sociais em segundo plano. O quanto você está familiarizado com os
preceitos da BNCC e com o que ela estabelece?
Ensino Médio
Primordialmente, a Base veio para regulamentar e nortear os currículos das escolas públicas e
particulares brasileiras, de modo a garantir que todos os estudantes do Brasil tenham o mesmo
direito à aprendizagem e ao desenvolvimento, de maneira igualitária e inclusiva. E para que isso
aconteça, a Base de�niu 10 elementos que “consubstanciam, no âmbito pedagógico, os direitos de
aprendizagem e desenvolvimento” (BNCC, 2018, p. 8). Observe, de maneira geral, as competências
de�nidas pela BNCC:
S A I B A M A I S
A Base Nacional Comum Curricular norteia os direitos de todos os alunos da educação básica no Brasil.
Todas as propostas pedagógicas das escolas privadas e públicas no nosso país devem ser
fundamentadas na BNCC.
Conheça as 10 competências gerais e seus objetivos na íntegra, acessando o link:
https://revistaeducacao.com.br/2018/10/05/bncc-competenciasgerais/
https://revistaeducacao.com.br/2018/10/05/bncc-competenciasgerais/
As 10 competências gerais da BNCCAs 10 competências gerais da BNCC
Fonte: BASE... (2021);lisitsaimage / 123RF.
1 - Conhecimento
2 - Pensamento cientí�co, crítico
e criativo
3 - Repertório cultural
4 - Comunicação
5 - Cultura digital
6 - Trabalho e projeto de vida
7 - Argumentação
8 - Autoconhecimento e
autocuidado
9 - Empatia e cooperação
10 - Responsabilidade e
cidadania
Fonte: BASE... (2021); lisitsaimage / 123RF.
#PraCegoVer : o infográ�co apresentado tem o seguinte título: “As 10 competências gerais da BNCC”. A
partir desse título, consta uma sequência numerada de 10 tópicos, numerados de 1 a 10. Ao clicar no
tópico número 1, é apresentado o título “Conhecimento” e o texto “valorizar e utilizar os conhecimentos
historicamente construídos sobre os mundos físico, social, cultural e digital para entender e explicar a
realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e
inclusiva”. No tópico 2, é apresentado o título “Pensamento cientí�co, crítico e criativo” e o texto “exercitar
a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a re�exão,
a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular
e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas), com base nos conhecimentos das
diferentes áreas”. No tópico 3, o título apresentado é “Repertório cultural” e o texto é “valorizar e fruir as
diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também participar de práticas
diversi�cadas da produção artístico-cultural”. No tópico 4, o título é “Comunicação” e o texto é “utilizar
diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras e escrita), corporal, visual, sonora e
digital –, bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e cientí�ca, para se expressar e
partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos, além de produzir
sentidos que levem ao entendimento mútuo”. No tópico 5, o título é “Cultura digital” e o texto é
“compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica,
signi�cativa, re�exiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares), para se comunicar,
acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e
autoria na vida pessoal e coletiva”. No tópico 6, o título é “Trabalho e projeto de vida” e o texto é “valorizar
a diversidade de saberes e vivências culturais, apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe
possibilitem entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício
da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade”.
No tópico 7, o título é “Argumentação” e o texto é “argumentar, com base em fatos, dados e informações
con�áveis, para formular, negociare defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e
promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local,
regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do
planeta”. No tópico 8, o título é “Autoconhecimento e autocuidado” e o texto é “conhecer-se, apreciar-se e
cuidar de sua saúde física e emocional, compreendendo-se na diversidade humana e reconhecendo suas
emoções e as dos outros, com autocrítica e com capacidade para lidar com elas”. No tópico 9, o título é
“Empatia e cooperação” e o texto é “exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de con�itos e a
cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com
acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, suas
identidades, suas culturas e suas potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza”. No tópico 10,
o título é “Responsabilidade e cidadania” e o texto é “agir pessoal e coletivamente com autonomia,
responsabilidade, �exibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões com base em princípios
éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários”. Logo abaixo dos 10 tópicos, há uma imagem
que mostra uma sala de aula com cinco crianças em volta de uma mesa, sendo que quatro crianças estão
sentadas e uma, em especial, está sentada em uma cadeira de rodas, e, ao centro, há uma professora.
Todas as crianças estão segurando seus respectivos livros e a professora está segurando um tablet e
estudando com elas. Somente uma criança está estudando em pé ao redor da mesa. Ao fundo da sala de
Você percebeu o quanto isso afeta nosso sistema educacional?  A começar pelo fato de que todos
os professores e as equipes pedagógicas deverão se adequar às especi�cações do documento,
assim como as editoras e seus materiais didáticos. É inegável que esse é um grande passo para
garantir a igualdade educacional, que é crucial para a formação de cidadãos brasileiros mais
preparados para os desa�os da vida e do mercado de trabalho.
O que já era um grande desa�o para professores, educadores, pedagogos e gestores educacionais
�cou mais difícil ainda com a chegada da pandemia da COVID-19, justamente no momento da
implementação da BNCC, prevista até o �nal de 2021. As interrupções das atividades escolares
presenciais e de outras atividades igualmente necessárias (consultas públicas, homologações etc)
afetaram os cronogramas de implementação.
A BNCC propõe que o inglês usado globalmente ( International English ) seja trazido para dentro da
sala de aula. A�nal, o inglês é o idioma predominante, por onde perpassam as forças propulsoras da
comunidade cientí�ca, da indústria do entretenimento, do comércio entre países, do
desenvolvimento tecnológico e de todo o interesse político e econômico por trás das maiores
indústrias e das potências do mundo, o que resulta na necessidade de uma mudança signi�cativa
na maneira de ensinar o idioma, focando muito mais na capacidade de uso do inglês do que nos
conhecimentos nominais da língua, para que os estudantes sejam capazes de interagir no mundo
globalizado de hoje.
aula, é possível notar que tem um quadro com um calendário indicando o mês de setembro. Ambos os
lados do quadro têm prateleiras com livros e objetos decorativos como vasos, pastas e caixas
organizadoras. Ao lado esquerdo da imagem, é possível ver a janela que mostra a paisagem do lado de
fora da sala de aula, e é provável que seja uma árvore.
S A I B A M A I S
É importante lembrar que, embora as propostas estabelecidas pela BNCC não sejam necessariamente
novas, é a primeira vez que elas foram organizadas dessa maneira, de modo a facilitar a expansão delas
para todas as instituições de ensino.
Para saber mais sobre o componente da Língua Inglesa na BNCC, acesse:
https://www.researchgate.net/publication/334041440_Lingua_Inglesa_na_BNCC .
Fonte: Vilaço e Grande (2019).
https://www.researchgate.net/publication/334041440_Lingua_Inglesa_na_BNCC
Conhecimento
Teste seus Conhecimentos 
(Atividade não pontuada) 
O inglês como língua franca é o uso deste idioma por falantes não nativos, para se comunicarem
em contextos sociais e pro�ssionais, seja no meio oral ou no escrito, visto que hoje o acesso a
conteúdos produzidos globalmente é muito fácil.  Pense sobre qual das alternativas abaixo é uma
característica do International ou do Global English .
A partir do exposto acima e com base nos estudos realizados, assinale a alternativa correta.
a) Misturar a ortogra�a do inglês americano e do britânico, para que o texto tenha um
caráter global e possa ser facilmente compreendido por todos que o lerem.
b) Procurar falar com o sotaque americano ou britânico, copiando o modelo de um
falante nativo e escolhendo uma pronúncia e um léxico regionais, permanecendo �el a
uma identidade regional especí�ca.
Isso traz à tona algumas questões importantes, principalmente sobre o quão democrático e viável
isso é dentro dos nossos cenários social, econômico e educacional e diante de nossa diversidade
cultural. Outro elemento passível de questionamento é se o fato de o inglês ter se tornado
obrigatório faz com que o ensino de outras línguas - que também pode ser de grande interesse
comercial, como o espanhol, ou até pessoal - se torne irrelevante.
Um fato, porém, é inquestionável: a melhora da qualidade do ensino de inglês nas escolas
brasileiras traz uma série de benefícios:
contribui para tornar o aluno um cidadão do mundo;
amplia a empregabilidade;
aumenta o conhecimento de mundo e de cultura geral;
melhora o currículo acadêmico e pro�ssional;
melhora o desempenho escolar;
possibilita maior interação com pessoas de outros países;
facilita a interação com a internet.
c) O conceito de inglês como língua franca envolve o uso e a adaptação do inglês aos
diversos contextos no qual ele é utilizado, sem haver uma grande preocupação com a
acuidade linguística.
d) Foi criado um padrão linguístico único e personalizado que é ensinado em países que
utilizam inglês como segunda língua, de modo a internacionalizar o idioma.
e) Falantes de inglês nativo têm di�culdade de entender o International Engl ish, pois
muitas palavras acabam sendo criadas por aqueles que utilizam o inglês como segunda
língua.
O mercado de trabalho brasileiro está cada vez mais competitivo, e as disputas por vagas de
emprego estão acirradas, por isso é necessário que você se quali�que e se destaque. Mas, como
fazer isso? Caro(a) estudante, certamente essa pergunta certamente já permeou seu pensamento,
principalmente, com os elevados índices de desemprego no país. Mas vamos voltar no tempo e
conhecer um pouco mais sobre como começou o ensino pro�ssionalizante no Brasil, em 1809.
Alguns eventos históricos importantes marcaram o surgimento da educação pro�ssional no Brasil:
a necessidade de mão de obra para as fábricas que surgiam naquele tempo, a vinda da família real,
em 1808 e a chegada das primeiras tecnologias que vinham de Portugal. A partir daí, surgiram
incentivos para que os ensinos industrial, comercial e agrícola fossem desenvolvidos, o que resultou
na aprendizagem em massa de ofícios, como mecânicos, alfaiates, fundidores e tipógrafos, dentre
outros.
Um século depois, com maquinários mais complexos e uma indústria mais evoluída, a quali�cação
pro�ssional passou a ser mais exigida, o que valorizou grandemente o ensino pro�ssional. A partir
de 1930, o mercado interno brasileiro cresceu exponencialmente, exigindo uma força de trabalho
ainda mais quali�cada. E, assim, ao longo dos anos, o ensino pro�ssionalizante brasileiro foi se
moldando às necessidades pro�ssionais e sociais da sociedade (MANFREDI, 2002)
O Ensino Técnico, 
Profissionalizante e EJA
A promulgação da Lei de Diretrizes e Bases de 1996 deu início a uma nova fase da educação
pro�ssional, que passou a ser considerada um direito à educação e ao trabalho (BRASIL, 1996).
No nível do ensino médio, após atendida a formação geraldo educando, onde o mesmo
se aprimora como pessoa humana, desenvolve autonomia intelectual e pensamento
crítico, bem como compreende os fundamentos cientí�cos e tecnológicos dos processos
produtivos, dando nova dimensão à educação pro�ssional, como direito do cidadão ao
permanente desenvolvimento de aptidões para a vida social e produtiva (BRASIL, 1996,
on-line).
De lá para cá, vários decretos foram instituídos por diferentes governos, deixando evidentes as
disputas políticas, econômicas e sociais que até hoje in�uenciam as políticas educacionais
brasileiras.
Você, enquanto pro�ssional da educação, precisa se manter atualizado para poder atender às
mudanças do mercado de trabalho, que está em constante mudança e evolução, tendo participação
ativa na preparação do seu aluno para o mercado pro�ssional.
É importante também lembrar que, além de estar com seus conhecimentos técnicos em dia, o
mercado de trabalho também exige habilidades comportamentais de destaque. Você conhece os
termos hard skills e soft skills ?
Uma dúvida bastante comum que surge tanto entre os que estão em início de carreira quanto os
que já estão empregados, mas buscam maiores quali�cações, é: devo fazer um curso técnico ou
REFLITA
O primeiro passo para se manter competitivo no mercado de
trabalho é estar sempre atualizado, com seu currículo em dia e
atento às demandas e às expectativas do mercado de trabalho na
sua área. No papel de professor, estando à frente na trajetória do
ensino-aprendizagem de jovens e adultos, essa necessidade torna-
se ainda mais latente. O quanto você tem se mantido atualizado?
Quais os últimos passos que você deu em direção à sua evolução
pro�ssional? Tem feito cursos para agregar conhecimento? Re�ita
sobre sua evolução acadêmica e pro�ssional e estabeleça metas
de curto prazo.
pro�ssionalizante? Você conhece as características de cada um, as diferenças entre eles e as
vantagens que ambos oferecem? Vamos lá:
Fonte: Wavebreak Media Ltd / 123RF. Fonte: Wavebreak Media Ltd / 123RF.
Qual deles escolher? Isso dependerá dos seus objetivos e do momento de vida em que você se
encontra. Pense na sua carreira pro�ssional como um todo, nas suas metas, em onde você está e
em aonde quer chegar e capacite-se! Para aqueles que, por algum motivo, não tiveram acesso à
educação escolar em idade apropriada - sejam jovens, adultos ou idosos - existe uma modalidade
de ensino criada pelo Governo Federal, chamada Educação de Jovens Adultos (EJA). Oferecida
tanto na modalidade presencial como EAD, antigamente conhecida como "supletivo", ela permite
que os alunos concluam os estudos em menos tempo e oferece o certi�cado de conclusão tanto do
Ensino Fundamental quanto do Ensino Médio. Esse é mais um meio para democratizar o ensino da
rede pública no Brasil.
Curso Técnico
● Precisa ser aprovado pelo MEC. 
● Tem uma carga horária padrão. 
● Dura entre 18 e 24 meses. 
● Exige idade mínima. 
● Exige conclusão do ensino fundamental ou médio. 
● Envolve estágio obrigatório. 
● Exige trabalho de conclusão de curso. 
● Emite diploma de conclusão com selo do MEC.
Curso Profissionalizante
● Não precisa ser aprovado pelo MEC. 
● Não demanda formação anterior. 
● Não emite diploma com selo do MEC. 
● Duração mais curta. 
● Concentra um único tema.
SAIBA MAIS
Os termos a seguir, comumente utilizados em inglês no mercado
de trabalho brasileiro, hard skills e soft skills , são aplicados com
bastante frequência no âmbito pro�ssional, então é muito
Em junho de 2005 foi criado o PROEJA: Programa Nacional de Integração da Educação Pro�ssional
com a Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos, para jovens e adultos
acima de 18 anos que chegaram a concluir os últimos anos do ensino fundamental e que não
tiveram acesso ao ensino médio na idade regular (BRASIL, 2007).
No que se refere à EJA e ao aprendizado de inglês como língua estrangeira, alguns fatores
socioeconômicos podem ser considerados impeditivos, tendo em vista o per�l dos alunos, como
idade, falta de recursos �nanceiros e falta de tempo.
Ou seja, o uso do inglês acaba acentuando as diferenças sociais que já são tão evidentes no Brasil.
Por isso, é muito importante não olhar para o ensino de inglês na EJA como uma série de
competências inacessíveis e de difícil aprendizado a um coletivo de sujeitos historicamente
vilipendiados. Precisamos ter em mente que esses sujeitos sofreram, em algum momento de suas
vidas, violências que acarretaram abandono de seus estudos. Desse modo, o ensino de inglês deve
ser visto, sim, como mais uma oportunidade de concretizar por meio da prática docente as três
funções da EJA: reparadora, equalizadora e permanente.
Em relação a essa discussão, qual você acredita ser a melhor idade para começar a aprender uma
língua estrangeira?
[...] a resposta para a pergunta “qual é a melhor idade para que as pessoas comecem a
aprender uma língua estrangeira” depende de diversos fatores, sendo os dois mais
importantes: 1) os objetivos e as expectativas do programa instrucional e, 2) o contexto
em que o ensino acontece. Se o objetivo de aprender/ensinar uma língua estrangeira é
obter o mais alto nível de habilidade na segunda língua, ou seja, o nível em que um
falante de segunda língua se torne igual ao falante nativo, há sustentação para o
argumento de “quanto mais cedo, melhor”. Esse apoio, encontrado na literatura sobre a
hipótese do período crítico, é baseado no princípio de que fatores biológicos e
maturacionais limitam a capacidade de aprendizagem de línguas depois de uma
determinada idade (SPADA, 2004, p. 4-5)
O tema é polêmico, não é mesmo? É certo que algumas circunstâncias favorecem o aprendizado
tanto mais cedo quanto mais tarde, e, por isso, o papel do professor é de suma importância para
tornar a aprendizagem e�ciente, seja qual for a idade dos seus alunos. Conhecer a variedade de
métodos disponíveis e escolher o adequado para o per�l dos seus alunos será determinante na
evolução deles.
importante que você entenda o que eles abrangem, pois são
habilidades avaliadas em uma seleção de emprego.
Este vídeo detalha e exempli�ca cada um desses termos de
maneira simples e prática:
A S S I S T I R
Alguns métodos que você poderá utilizar como professor infantil, são:
atividades e materiais lúdicos e interativos;
musicalização;
ludicidade (jogos e brincadeiras);
storytelling ;
Total Physical Response (TPR, ou Resposta Totalmente Física)
Embora não haja nenhum impedimento de utilização de abordagens lúdicas ou que envolvam o
corpo em movimento para o ensino de jovens e adultos, dependendo dos objetivos ou do per�l do
alunado, dentre várias características, outras abordagens de per�l andragógico são mais
recomendadas a esse público. Muitas vezes, esses alunos vão à escola após um dia cansativo no
trabalho ou podem se sentir constrangidos ao realizar rotinas educacionais, eventualmente, vistas
como “infantis”.   Por essas razões, recomenda-se que atividades como as exempli�cadas abaixo
sejam privilegiadas:
dinâmicas de grupo;
depoimentos de experiências vividas;
jogos didáticos;
trabalhos em dupla;
utilização de material audiovisual (fotos, pinturas, �lmes etc);
utilização de materiais autênticos (leituras de jornais, artigos e revistas).
Sejam crianças, jovens ou adultos, ensinar uma língua estrangeira exige formação linguística e
conhecimento metodológico e didático.
Conhecimento
Teste seus Conhecimentos 
(Atividade não pontuada) 
O embate entre o Inglês como Língua Estrangeira (ILE) e o Inglês como Língua Franca (ILF) tem
crescido no Brasil à medida que professores e escolas tomam consciência de que o inglês vai além
de uma matéria no currículo escolar. Sobre as diferenças entre esses dois termos, podemos
a�rmar que:
a) O ensino de Inglês como Segunda Língua realça a necessidade de se aprender sobre a
sociedade de falantes nativos e seus aspectos culturais, além da norma padrão do idioma
em questão.
b) O conceito de Inglês como Língua Estrangeira tem se modernizado progressivamente,
poisele tem sido cada vez mais usado fora das salas de aula.
c) Os proponentes do Inglês como Língua Franca ressaltam a importância de falantes
nativos permanecerem detendo o poder sobre a língua inglesa, pois esta deve ser
conservada.
d) Segundo o conceito de ILF, a precisão linguística é mais importante do que
inteligibilidade, assim como regras gramaticais se sobrepõem a uma consciência
metalinguística.
e) O ILF e o ILE são fenômenos similares e paralelos, orientados por necessidades e
interesses congruentes.
Você conhece o termo "Língua Franca"? E a sigla ILF? Imagine uma situação em que pessoas de
países diferentes, que não falam a mesma língua, precisem se comunicar; como em uma reunião de
negócios em uma multinacional, ou uma excursão de turismo multicultural em grupo. É necessário
que eles elejam uma língua em comum para que todos consigam interagir; ou seja, é necessário um
idioma de contato, que é o que chamamos de "Língua Franca". Atualmente, evidentemente, essa
língua é o inglês, que dá origem a sigla ILF: Inglês como Língua Franca.
O ILF enfatiza o papel do inglês na comunicação entre falantes de diferentes línguas
maternas, razão primária para se aprender inglês hoje em dia; sugere a ideia de
comunidade em oposição à estrangeiridade; enfatiza que as pessoas têm algo em
comum apesar de suas diferenças; implica que a "mistura" de línguas é aceitável...e, que,
Língua Inglesa:
Dimensões 
Culturais
portanto, não há nada inerentemente errado em manter certas características da língua
materna, tal como o sotaque (JENKINS, 2006, p. 11)
Várias razões �zeram com que o inglês se tornasse, no século XX, a língua mais utilizada como
meio de comunicação entre aqueles que não falam o mesmo idioma. Foram questões políticas,
econômicas, culturais e sociais que �zeram com que pessoas do mundo inteiro tivessem que
aprender inglês para se comunicar não apenas com falantes nativos mas também de qualquer outro
idioma, o que originou o Inglês como Língua Franca, também chamado de International English , ou
Global English .
Você certamente já ouviu muita gente comparar o inglês americano com o britânico. Para uns, o
americano é muito mais fácil de entender, para outros o britânico é mais claro - ou até mais bonito -
e o debate pode enveredar por outros tipos de inglês, como o australiano, irlandês, escocês etc. A
verdade é que existem inúmeras variantes desse idioma, com vocabulário, pronúncia e gramática
característicos. Inclusive, se um americano do Texas conversar com um britânico do País de Gales,
é possível que eles tenham uma enorme di�culdade em se comunicarem, assim como é difícil para
muitos brasileiros entenderem o português de Portugal, ou da Angola.
Para sanar essa questão sobre o mais fácil ou o mais difícil, o inglês americano, assim como o
britânico (e até o português) tem sua norma padrão. Essas "versões" são chamadas de Standard
English , ou seja, o inglês que não sofre in�uências ou interferências de regionalismos, cuja
gramática e a ortogra�a devem ser uniformes.
Deve-se evitar gírias e expressões idiomáticas, pois esses elementos costumam ser muito
característicos a algumas regiões, como muitas expressões usadas no nordeste brasileiro que não
são usadas - ou até compreendidas - no Sul, e vice-versa.   Você pode ver claros exemplos de
Standard English em discursos e palestras feitas por chefes de estado, âncoras de jornais e
Figura 1.3 - English-speaking countries 
Fonte: Aleksandr Popovskiy / 123RF.
#PraCegoVer : a imagem mostra um desenho dos cinco continentes, ilustrando seis países onde se fala
inglês como língua-mãe, sendo: Estados Unidos, Canadá, Inglaterra, Austrália, África do Sul e índia.
repórteres, professores em sala de aula e até em seriados e �lmes, de modo geral, justamente para
poderem ser exibidos e compreendidos em todo o mundo, dentre outros exemplos.
Dimensão cultural do ensino de L2
Para sobreviver e ter sucesso no mundo globalizado de hoje, seja pro�ssionalmente, culturalmente e
socialmente, é inegável e necessário aprender inglês, pois, quando aprendemos qualquer língua,
abraçamos também a cultura e a identidade de uma nação. Nesse caso, de várias delas, pois o
inglês é língua o�cial de, nada mais, nada menos, do que 67 nações, e hoje é a língua mais falada e
escrita que já existiu no mundo.
REFLITA
Uma breve busca na internet vai lhe mostrar dezenas de fórmulas -
algumas mágicas e ine�cientes, outras muito contundentes e
e�cazes - para aprender ou melhorar o seu inglês de forma
autônoma. Como você aprendeu inglês? Como você avalia sua
competência nesse idioma? E o mais importante: o que você tem
feito para ele poder melhor?
REFLITA
A maioria das pessoas associa o inglês aos Estados Unidos (230
milhões de falantes nativos) e ao Reino Unido (60 milhões). O
Canadá é o terceiro país com a maior população de inglês nativo
(20 milhões), seguido pela Austrália, com cerca de 17 milhões.
Além desses principais, outras dezenas de países na África, na
Ásia, no Caribe, na Oceania e na Europa têm o inglês como língua
nativa.
Essa dimensão cultural é algo que propulsiona e motiva o aprendizado de um idioma, além de
também ser um veículo facilitador. No que diz respeito ao ensino de inglês como segunda língua,
esse fator se destaca ainda mais, dada a extrema exposição que nós brasileiros temos ao idioma e
os aspectos culturais que o permeiam, como na música, nos �lmes, nas séries de TV, na
alimentação e na cultura pop.
Por isso, é muito importante que você como professor inclua, em suas aulas, o uso de materiais
auxiliares que revelem e re�itam aspectos culturais, uma vez que o professor está em uma posição
de re�exão sobre o processo de ensino e aprendizagem do inglês como língua estrangeira.
Dimensões críticas do ensino de língua inglesa
Desenvolver as habilidades comunicativas do estudante brasileiro no inglês sempre foi um grande
desa�o nas escolas públicas, assim como em muitas particulares, devido a uma série de fatores:
turmas numerosas, recursos físicos inadequados e a escassez de professores pro�cientes na
língua inglesa com formação adequada. Consequentemente, na maioria das escolas públicas e
particulares de ensino fundamental e médio, o ensino de inglês como segunda língua �cou limitado
à mera explicação de regras gramaticais, à leitura de textos curtos e à resolução de questões de
múltipla escolha em provas, voltadas unicamente para o ingresso na universidade. Você, como
estudante, provavelmente lembra de ter estudado regras gramaticais básicas, exempli�cadas com
frases curtas e descontextualizadas, no melhor estilo "decoreba".
Fazia-se necessário admitir que as escolas brasileiras não conseguiam garantir a aprendizagem do
inglês aos alunos, e, para isso acontecer, era necessário pagar um curso particular de idioma, que,
para a maioria dos alunos de escolas públicas, é algo inacessível, contrariando o que determinava a
constituição brasileira em vigor. Ainda hoje, é preciso reconhecer que as escolas de idiomas são
mais bem aparelhadas para oferecer um ensino mais e�caz.
Atualmente, a difusão do inglês como língua franca tem in�uenciado a forma de pensar o ensino do
inglês e o papel que ele exerce no mundo, e nasce uma linha de pensamento em que já não são
mais os falantes nativos que detém a "propriedade" do inglês e não são eles que devem estabelecer
o que é aceitável, certo ou errado na língua; mas, sim, deve-se considerar o falante, o propósito da
comunicação e o contexto no qual a língua está sendo utilizada.
Ser comunicativamente competente em inglês não pode mais ser descrito como
referência às normas do conhecimento e comportamento que são relevantes somente a
determinadas comunidades de falantes nativos (SEIDLHOFER, 2011, p. 92 apud ALVES,
2015, p. 58)
O que signi�ca exatamente o termo " International English ", mencionado anteriormente? Alguns
especialistas de�nem esse termo como um inglês de padrão neutro, que é utilizado como referência
de ensino nas escolas públicas, particulares e na grande maioria de escolasde idiomas. Já para
outros estudiosos, o Global ou International English é um conceito abstrato, pois nele não existe
certo, errado, ou nem mesmo uma norma padrão. Mas como o objetivo principal do International
English é o de passar uma ideia adiante para a outra pessoa, ruídos e negociações na comunicação
são permitidos, até que a mensagem principal �que compreendida. Essa é a máxima dentro do
International English : não importa como dizer as coisas, o que importa é se fazer entender e
entender a outra pessoa.
- Frank Smith -
De maneira geral, os alunos acabam sendo expostos a mais de uma origem linguística, devido à
forma como o conhecimento é transmitido hoje em dia e aos diversos tipos de exposição linguística
à qual somos submetidos diariamente no inglês. Conclui-se, então, que é impossível que haja uma
versão de inglês padronizada, e, por isso, professores devem estar sempre atentos às formas
faladas nos Estados Unidos, na Inglaterra e em outros lugares do mundo.
praticar
Vamos praticar
Agora que você já conhece bem os conceitos de ILE e ILF e suas principais diferenças, liste, pelo
menos, uma característica de cada, considerando os seguintes critérios: variedade linguística;
normas linguístico/culturais; objetivos; motivação dos alunos; habilidade dos professores; e
ambiente de aprendizagem.
""Language is not a genetic gift, it is a""Language is not a genetic gift, it is a
social gift. Learning a new language issocial gift. Learning a new language is
becoming a member of the club – thebecoming a member of the club – the
community of speakers of that language."community of speakers of that language."
F E E D B A C K
Material
Complementar
F I L M E
O Terminal (The Terminal)
Ano : 2004
Comentário : Esse �lme, estrelado por Tom Hanks, mostra as di�culdades de
um viajante ao adentrar nos Estados Unidos e, por questões adversas, �car
preso no aeroporto, sem poder retornar ao seu país, onde ele passa a viver
temporariamente. O personagem não fala inglês, e as di�culdades de
comunicação se evidenciam em situações ora engraçadas, ora dramáticas.
TRA I LER
L I V R O
English as a lingua Franca: Attitude and Identity
Editora : Oxford University Press
Autor : Jenniffer N. Jenkins
ISBN : 9780194422376
Comentário : Para se aprofundar na temática do inglês como língua franca,
que foi abordada neste material, este livro expõe a problemática do inglês
que é ensinado em sala de aula em contraposição ao conceito de ILF,
perpassando a questão dos materiais didáticos atuais e os métodos
avaliativos.
Conclusão
Caro(a) estudante, como você pôde ver, o ensino do inglês no Brasil percorreu um longo caminho e passou
por inúmeras transformações até agora.  E não parou por aí! Com a instauração da BNCC, a globalização e
a rapidez com que o inglês é disseminado pelo mundo, escolas e professores são cada vez mais
desa�ados, e uma nova forma de enxergar o ensino e o aprendizado dessa língua torna-se urgente.
Concluímos este capítulo conscientes de que existe uma mobilização sólida e contínua em direção a uma
mudança de mentalidade acerca do ensino de inglês no contexto cultural e educativo brasileiro. Você, com
certeza, estará presente nesse processo de evolução. Até breve!
Referências
ALVES, P. C. R. O ensino de inglês como língua
desnacionalizada e a dimensão cultural : a visão de
professores formadores. 2015. Dissertação (Mestrado em
Língua e Cultura) – Universidade Federal da Bahia – UFBA,
Instituto de Letras Programa de Pós-graduação em Língua e
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http://www.revel.inf.br/files/entrevistas/revel_2_entrevista_nina_spada.pdf
https://www.youtube.com/watch?v=iZqQRmhRvyg&t=50s
https://www.researchgate.net/publication/334041440_Lingua_Inglesa_na_BNCC

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