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Universidade Federal Fluminense Instituto de Saúde de Nova Friburgo Relatório da Aula Prática Coagulograma Milena Caetano Sarah Decnop Vitória Lopes Bruna Teixeira Talita Reis Jéssica Coutinho Ana Clara Rosa Nova Friburgo, RJ 2022 Índice Introdução ------------------------------------------------------------------------------------- Página 3 Metodologia ----------------------------------------------------------------------------------- Página 6 Resultado e Discussão: 1º experimento ------------------------------------------------------------------------------- Página 7 2º experimento ------------------------------------------------------------------------------- Página 8 3º experimento ------------------------------------------------------------------------------- Página 8 4º experimento -------------------------------------------------------------------------------- Página 8 Introdução O coagulograma, também chamado de prova de coagulação, consiste em um conjunto de exames usados para avaliação da coagulação do paciente, com o objetivo de verificar se ela está ou não dentro dos parâmetros estabelecidos ideais, observando se há distúrbios na coagulação. Sendo assim, capaz de auxiliar no diagnóstico de uma série de complicações hemorrágicas, servindo como triagem antes de cirurgias para avaliar se há riscos de complicações durante ou após o procedimento, e como monitoramento de pacientes que utilizam medicamentos anticoagulantes. Quando o corpo sofre alguma hemorragia, a hemostasia entra em ação. Ela é dividida em hemostasia primária e secundária. A hemostasia primária estanca o sangramento com a ação das plaquetas para a formação do tampão plaquetário. Já a hemostasia secundária evita o ressangramento com a ação dos fatores da cascata de coagulação para a formação da rede de Fibrina, ela pode se iniciar através de duas vias, uma intrínseca e outra extrínseca, que no final se encontram na via comum. Os exames realizados durante a prática do coagulograma foram a determinação do tempo de coagulação, do tempo de sangramento, da retração do coágulo e a prova de resistência capilar. 1. Determinação do tempo de coagulação: O tempo em que o sangue extraído do organismo consome para coagular-se completamente sem o anticoagulante é denominado tempo de coagulação, a determinação desse tempo é o objetivo geral dessa prática. Ele varia de acordo com o tipo de método empregado e com as condições em que se faz essa determinação. Dessa forma, ao realizarmos a prática, adotamos apenas o método de Lee-White, executando-o com a mesma técnica e com as mesmas condições. É necessário observar que o tempo de coagulação varia de acordo com o diâmetro do tubo. Com o tubo de 8mm, utilizado na prática, o tempo normal oscila entre 5 e 10 minutos. A coagulação faz parte da homeostasia secundária. Na prática, por conta de o sangue estar fora do corpo, no tubo de hemólise, um vidro carregado negativamente, a coagulação é feita pela via intrínseca, pelo colágeno e outros componentes negativos da matriz extracelular, já que a via intrínseca se inicia pelo contato do sangue com uma superfície de carga negativa. A partir disso é liberada uma substância chamada de Cininogênio de Alto Peso Molecular (CAPM). Ele faz com que o fator XII seja ativado, formando o XIIa. Em seguida, o XIIa faz a ativação do XI em XIa. o XIa, por sua vez, transforma o IX em IXa, que ativa o fator X, dando origem ao Xa. Essa última reação ocorre mediante a presença de cálcio, do fosfolipídio plaquetário e do fator VIIIa. Na via comum, o fator Xa, juntamente com cálcio, o fosfolipídio plaquetário e o fator Va, transformam a protrombina em trombina. Ela, em seguida, transforma o fibrinogênio em monômeros de fibrina, que se unem formando uma rede de fibrina. A trombina também promove a ativação dos fatores V e VIII em Va e VIIIa. A rede de fibrina, produto da hemostasia secundária, é ainda estabilizada pelo fator XIIIa. Dessa forma, temos um coágulo bem formado que evita o ressangramento da lesão. 2. Determinação do tempo de sangramento: O tempo de sangramento é o tempo necessário para a cessação da hemorragia ocasionada por incisão artificial, podendo também ser descrito como o tempo necessário para que haja um estanque de uma punção digital com lanceta, sendo a determinação dele o objetivo geral dessa prática. Alterações vistas nesse tempo são, geralmente, independentes da coagulação do sangue. Isso se dá, pois, a cessação da hemorragia se processa por mecanismos inteiramente diferentes, condicionados a um ou mais dos seguintes fatores: • Número, ação mecânica e química das plaquetas. • Estado de fragilidade capilar decorrente de causas alérgicas, infecciosas, tóxicas ou nutricionais. • Estado de elasticidade da pele. É importante observar que, com a metodologia empregada na prática, método de Duke, o tempo de sangramento deve variar de 1 a 3 minutos, pois ao ultrapassar 3’ há indicação de anormalidade no sangue coletado. Por conta de a incisão artificial ser uma lesão vascular de pequena dimensão, o tampão hemostático primário, também chamado de tampão plaquetário, na hemostasia primaria, é suficiente para coibir a hemorragia da região, mesmo sendo um evento transitório. O tampão hemostático primário inibe momentaneamente o sangramento e fornece uma superfície pró-coagulante para os passos seguintes da cascata da coagulação. A hemostasia primária possui 3 etapas: Adesão, ativação e agregação plaquetária. A aderência das plaquetas com o colágeno da matriz extracelular em conjunto com a mudança da forma das plaquetas e a liberação dos grânulos plaquetários, que atraem mais plaquetas, forma a agregação plaquetária, que, por sua vez, faz o bloqueio temporário da ruptura pelo tampão, fazendo com que o tempo de sangria pare. 3. Determinação da retração do coágulo: A prática tem como principal objetivo determinar quanto tempo o coágulo demora para se retrair e se separar do soro. Normalmente, o coágulo começa a se retrair dentro de 1 a 2 horas, desligando-se gradualmente das paredes do tubo e separando- se do soro, a retração é completa dentro de 18 a 24 horas. A retração do coágulo depende, principalmente, do número de plaquetas e das variações do tempo de sangria. Dessa forma, essa prática fornece dados relativos à atividade plaquetária. A ausência ou deficiência do coágulo ocorre em todos os estados de trombocitopenia primária e secundária. O fator XIII, também chamado de fator estabilizador de fibrina tem um papel importante na prática, pois interfere diretamente na retração do coágulo, já que forma, junto com a fibrina, na via comum, a rede de fibrina, uma rede insolúvel na qual as plaquetas e outras células do sangue se ligam, formando o coágulo. 4. Prova de resistência capilar: A exploração da resistência capilar põe em evidência a fragilidade dos capilares, sendo o objetivo geral da prática em questão testá-la. A prova consiste no método de Rumpel-Leed, em que é aplicada uma pressão no braço do paciente por 5 minutos e é verificado o aparecimento de novas petéquias. Normalmente, essa prova é feita para avaliar a possibilidade de Dengue e a sua positividade depende do número de plaquetas e de alterações do endotélio vascular, pois se aparece um grande número de petéquias recém-formadas distribuídas abaixo do local de pressão. A Dengue existe um distúrbio de coagulação, pois na doença há uma diminuição na produção de megacariócitos, um aumento da destruição periférica das plaquetas e uma diminuição da secreção plaquetária de moléculas que promovem agregação e retração do coágulo. Metodologia • Método de Lee-WhiteOs materiais necessários foram: • Seringa descartável com agulha • Álcool 70% • Tubos de hemólise, 8mm de diâmetro • Cronômetro Colheu-se de 1 a 2 ml de sangue e armazenou-se no tubo de hemólise. Após isso, o tubo foi deixado em posição vertical é inclinado de minuto em minuto, até ser possível vertê-lo sem que deforme o coágulo. • Método de Duke Materiais utilizados: • Equipamento de punção digital • Papel de filtro • Cronômetro Após fazer a assepsia da polpa digital, foi feito uma pequena incisão (cerca de 3mm de profundidade) e deixado o sangue fluir. No instante em que surgiu a primeira gota de sangue, foi ligado o cronômetro. De 30 em 30 segundos, o papel de filtro foi colocado para absorver a gota de sangue formada. • Método de Rumpel Leed Materiais utilizados: • Lápis demográfico • Esfigmomanômetro Primeiramente, foi verificado a existência de petéqueas no braço da paciente voluntária. Após isso, foi colocada a braçadeira de pressão arterial e mantido na pressão diastólica por 5 minutos. Então, feita a verificação se houve o aparecimento de petéqueas recém-formadas. Discussão dos resultados • 1º experimento - Método de Lee-White: O sangue do aluno voluntário Pedro Lucas foi colhido pela profissional e colocado em um tubo de 8 mm na posição vertical e foi inclinado de minuto a minuto até o coágulo ficar visível. O tempo ideal de coagulação para esse tipo de tubo oscila entre 5 e 10 minutos. Observou-se que do voluntário ficou entre 8 à 9 minutos podendo ter ocorrido circustância como a temperatura do ambiente local na hora da coagulação. Entretanto, considera-se normal dentro do tempo limite. • 2º experimento - Determinação do tempo de sangramento - Método de Duke: Nesse experimento tem como objetivo analisar o tempo para cessão de sangramento ocasionada por incisão artificial. A voluntária em questão foi a aluna Karyn em que teve seu dedo perfurado porequipamento de punção para cronometragem. Observou-se que não houve demora na cessão da hemorragia em que ocorreu 1 minuto após a perfuração, levando em consideração que o tempo normal nã o poderia ultrapassar de 3 minutos. A cada 30 segundos o papel filtro é posto sobre o local de sangramento para acompanhar o processo de cessão. • 3º experimento - Determinação da retração do coágulo: Esse experimento, diferentemente dos outros, não precisou de alunos voluntários devido ao seu fundamento. O método também é de Lee - White em que o sangue deve ser coletado por pulsão venenosa e colocado em um tubo posteriormente posto em banho maria à 37ºC durante 24 horas observando-se que a o coágulo retrai-se dentro de 1 a 2 horas desligando-se das paredes do tubo tendo a retração completa entre 18 e 24 horas. Contudo, ao chegarmos ao laboratório observamos que ocorreu esta retração em que foi posto em banho maria anterior pela profissional ajudante dos experimentos. • 4º experimento - Prova de resistência capilar - Método de Rumpel-Leed: Esse experimento objetivou avaliar a possível evidência de fragilidade capilar. A voluntária deste foi a aluna Yasmin que teve sua pressão medida em 90 por 60 por um esfigmomanômetro, aparelho para a determinação de pressão arterial. A pressão diastólica foi mantida por 5 minutos, e logo após observou que a voluntária aparentava plaquetas recém-formadas distribuídas pelo local de medição em pouquíssimas quantidades, fato que não evidência que a mesma possa possuir dente que também é uma doença que pode ser descoberta atrás desse exame plaquetário. A profissional que realizou o experimento para a turma relatou que em muitos hospitais não são feitos corretamente e utilizam até mesmo outros materiais como garrote, podendo refletir em um possível diagnóstico errado.
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