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UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA PEDAGOGIA BEATRIZ PONTES FERNANDES DA SILVA LETRAMENTO ACADÊMICO E PROBLEMAS DE LITERACIA Trabalho da Disciplina RIO DE JANEIRO 2022 BEATRIZ PONTES FERNANDES DA SILVA LETRAMENTO ACADÊMICO E PROBLEMAS DE LITERACIA Trabalho da Disciplina Trabalho apresentado ao Curso de Pedagogia da Universidade Veiga de Almeida para a disciplina de Produção de Textos Acadêmicos. Orientador(a): Profª Aline Chaves de Paulo Santos. RIO DE JANEIRO 2022 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO..................................................................................................4 2 DESAFIOS DO LETRAMENTOS ACADÊMICO..............................................4 3 CONCLUSÃO...................................................................................................6 REFERÊNCIAS...................................................................................................7 1 INTRODUÇÃO Ao ingressar na universidade, os estudantes se deparam com um novo mundo, o mundo da escrita acadêmica. Muitas vezes acostumados a não dar a devida importância a seus trabalhos e regras da ABNT, os estudantes têm dificuldades em se adaptarem ao ambiente acadêmico e suas leituras de artigos científicos. O plágio é também um desafio para os professores, já que ao fazer a leitura de artigos os estudantes não conseguem interpretar e fazer sua própria crítica sobre o assunto. Vamos discutir no presente trabalho os desafios do letramento acadêmico e práticas para auxiliar no enfrentamento deste problema. 2 DESAFIOS DO LETRAMENTO ACADÊMICO Inicialmente vamos voltar nossa atenção ao significado de letramento. Segundo Kleiman (1995:19) letramento é “um conjunto de práticas sociais que usam a escrita enquanto sistema simbólico e enquanto tecnologia, em contextos específicos para objetivos específicos”. Portanto, letramento não é somente saber ler e escrever e sim, exercer as práticas sociais de leitura e escrita existentes na sociedade. Quando pensamos em desafios do letramento acadêmico, a leitura dos artigos científicos é o primeiro tópico que pensamos. Os estudantes, em sua maioria, apresentam dificuldades na leitura dos textos recomendados pelos docentes e, baseiam-se somente nas explicações orais. De acordo com Correa (2001:59) “leitores que não conseguem fazer relações entre os vários aspectos contidos nos textos, que lêem, mas não interpretam, que não têm um posicionamento crítico ante as idéias do autor”. É, infelizmente, comum ouvirmos de professores que os estudantes universitários apresentam dificuldades para se apropriarem de forma crítica e ativa dos artigos científicos lidos. Com isso, ao lerem os textos acadêmicos, os estudantes, que não são pesquisadores e cientistas, se deparam com textos com grande carga conceitual, necessitando assim de uma retextualização por parte dos professores universitários. Os estudantes devem entender o porquê e para que estão lendo o conteúdo, para que o processo de escrita se torne mais fácil e significativo. Com retextualização, entende-se o processo de produção de um novo texto a partir de um ou mais textos de apoio. Matencio & Silva (2003:3) diz que “a produção de um novo texto a partir de um ou mais textos-base, o que significa que o sujeito trabalha sobre as estratégias lingüísticas, textuais e discursivas identificadas no texto base para, então, projetá-las tendo em vista uma nova situação de interação, portanto um novo enquadre e um novo quadro de referência”. Sendo assim, os professores fazem suas aulas a partir de um determinado texto, praticando uma retextualização, já que produzem um novo texto com as ideias do autor e sua interpretação e olhar crítico. Com isso, o docente levará em conta a linguagem e o vocabulário dos estudantes, para que possam verdadeiramente se apropriar dos conceitos científicos presentes nos textos. A retextualização irá refletir em uma inclusão, respeitando a individualidade dos alunos e trazendo-os para o ambiente acadêmico. Ademais, o plágio é outro desafio para o letramento acadêmico. Proveniente da defasagem da prática de leitura, interpretação e dificuldade com a linguagem acadêmica, o plágio pode facilmente ser identificado com textos muito próximos dos originais e a incapacidade de citar os autores dos respectivos trabalhos. Lembrando sempre que não desenvolver um texto autônomo e não citar as fontes leva a anulação da nota, acarretando em problemas para o cumprimento do currículo acadêmico. Ao procurar fontes para compor os trabalhos, os estudantes devem priorizar as mais confiáveis, mesmo não sendo uma tarefa fácil quando, no mundo digital, temos acesso a tantos blogs, sites e canais na plataforma Youtube que se dizem entendedores de vários assuntos. É fundamental conhecer a origem das fontes para então perceber que sites como o Google têm interesses comerciais que oferecem a informação que está disponível, enquanto os sites acadêmicos disponibilizam estudos desenvolvidos e validados pelos especialistas das áreas em que o estudante deve se aprofundar (DAVIES; HOWARD, 2016). 3 CONCLUSÃO Conclui-se que o letramento acadêmico enfrenta desafios como a escassa prática de leitura, a dificuldade com o vocabulário acadêmico, problemas de interpretação e a realização de textos autônomos, acarretando em plágio. Observamos como a prática da leitura e escrita, a procura de fontes confiáveis, a retextualização por parte dos docentes e alunos podem auxiliar nesta problemática e contribuir para um ambiente acadêmico sadio e significativo. Somente assim, os estudantes irão usufruir toda educação ofertada e poderão se ver como leitores, como pesquisadores e como escritores. REFERÊNCIAS BERTOLUCI, Kaluana Nunes. Letramento acadêmico: leitura(s) em um curso de pedagogia. Revista Ao Pé da Letra, Volume 11.2, 2009. Disponível em:<https://periodicos.ufpe.br/revistas/pedaletra/article/viewFile/231734/25866>. Acesso em: Novembro de 2022. FESTAS, Isabel; MATOS, Armanda; SEIXAS, Ana. Escrita acadêmica e plágio no ensino superior. Revista Educação em Questão, Natal, v. 58, n. 56, p. 1-20, e- 19986, abr./jun. 2020. Disponível em: < https://periodicos.ufrn.br/educacaoemquestao/article/view/19986/13148>. Acesso em: Novembro de 2022. 4