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odontogênese ESTÁGIO DE INICIAÇÃO - Começa entre a 6ª e a 7ª semana de desenvolvimento embrionário, com a indução do estomodeu dando origem à 2 estruturas: - A parte externa do ectoderma, que recobre a boca primitiva, dá origem ao epitélio oral primitivo (EOP). Ao mesmo tempo, ocorre a formação do EQM, originado das células da crista neural. - O EOP começa a invaginar e proliferar em direção ao EQM, formando a banda epitelial primitiva. - No final da 7ª semana, o EO cresce e cria duas lâminas: a vestibular e a dentária. - As células da periferia da lâmina vestibular se proliferam muito rápido, enquanto as do centro não conseguem e acabam se degenerando, formando um sulco vestibular. - A lâmina dentária (LD) é responsável pela formação do germe dentário, sofrendo todas as fases: broto, capuz, campânula, coroa e raiz. ESTÁGIO DE BROTO - É a segunda fase da odontogênese, ocorre na 8ª semana semana do desenvolvimento embrionário, e há uma grande proliferação do EO e do EQM. - A LD se prolifera e cresce em um formato de botão, além de ocorrer a condensação do EQM, ficando concentrado logo embaixo desse botão. ESTÁGIO DE CAPUZ Órgão do esmalte -> dividido em ep. interno, externo e retículo estrelado, dará origem ao esmalte. Papila dentária -> dará origem futuramente à polpa e à dentina Folículo dentário -> envolve o germe dentário e futuramente formará o periodonto (cemento, ligamento periodontal e osso alveolar). - A proliferação das 2 estruturas continua, entre a 9ª e 10ª semana, porém agora ocorre uma resistências das células centrais do EQM, não deixando esse botão crescer de forma simétrica. Com isso, o botão consegue crescer apenas nas bordas, dando esse formato de capuz. - Nessa fase, já se concentram as estruturas que formam o germe dentário: Na 10ª semana começa o desenvolvimentos dos dentes incisivos permanentes, em uma lâmina dental sucessória em uma região lingual ao germe dental decíduo em desenvolvimento. Os dentes permanentes que possuem antecedores decíduos são chamados de sucedâneos (incisivos, caninos e pré-molares), e os que não possuem são chamados de não sucedâneos (molares). Esses 6 molares se desenvolvem a partir de uma extensão posterior da lâmina dental, à esquerda do segundo molar decíduo. 04/03/21 morfo Com esse processo de diferenciação, as células do EIE passam de células cúbicas, com núcleo no centro, para células colunares, com o núcleo em um polo. Ao mudarem de forma, passam a chamar-se de pré- ameloblastos (PABT). Eles induzem as células externas da papila dentária a se diferenciarem também e formarem os OBT (células maduras). Esses OBT já começam a formar a pré-dentina, uma primeira "versão" dela. Todo esse processo na papila dentária induz os a se diferenciarem em ABT (células maduras) e produzirem o pré-esmalte, uma primeira "versão" dele. - E por fim, ocorre a diferenciação dos OBT e ABT: - O processo de formação da raiz, só acontece após a formação total da coroa do dente. - A alça cervical começa a crescer e proliferar no sentido apical, porém ela é impedida pelo folículo dentário de continuar crescendo nesse sentido. Sendo assim, ela começa a crescer no sentido horizontal e "para dentro", formando a Bainha de Hertwig (BEH), estrutura responsável por dar forma às raízes e induzir a diferenciação dos OBT e a formação da dentina radicular . - Ao passo que a dentina vai se formando e crescendo, ela rompe e desintegra essa BEH, formando os Restos Epiteliais de Malassez, que estarão localizadas no ligamento periodontal. Alça cervical (AC)-> junta os epitélios internos e externos, futuramente ajudará na formação da raiz Estrato intermediário (ETI)-> entre o retículo estrelado e o epitélio interno do órgão do esmalte, que ajudará na formação do esmalte. O germe dentário se isola do epitélio oral, se desprendendo da lâmina dentária. - Acontece durante a 11ª e 12ª semana, ocorre uma alta diferenciação celular, surgindo novas estruturas: ESTÁGIO DE CAMPÂNULA - Ainda ocorre um processo de dobramento no epitélio interno, que vai dar origem ao formato da futura coroa do dente. Algumas células param seu processo de divisão enquanto outras continuam, e uma vai "empurrando" a outra. ABT-> crescimento centrífuga (dentro pra fora) OBT-> crescimento crentrípeta (fora pra dentro) - A matriz do esmalte é secretada pelo Processo de Tomes, no sentido de cima para baixo e com o contato entre o esmalte e a dentina, forma-se a JAD. ESTÁGIO DE RAIZ - Após essa fase, temos a fase de coroa, que é como se fosse uma fase de campânula, porém acontecendo de forma contínua e já com todas as células maduras. Diafragma epitelial - Quando essa dentina radicular entra em contato com o folículo dentário, ele é induzido a diferenciar-se em cementoblastos (CBT) maduros. - Eles se descolam para recobrir a área da dentina radicular e promover a cementogênese. Ao contrário dos ABT e dos OBT, os CBT deixam corpos celulares entre os produtos secretados, ou seja, eles acabam ficando presos entre o cemento, se tornando cementócitos (CTC) maduros nos estágios posteriores. - Aparece também a junção cemento-dentinária (JCD) na área do cemento com a dentina. E nesse momento também está sendo formada a polpa, pelas células centrais da papila dental, que será posteriormente envolvida pela dentina radicular. - Ao mesmo tempo em que as outras coisas estão acontecendo, ocorre a formação dos ligamentos periodontais (LPD) e do osso alveolar (OA) a partir do folículo dental. - O EQM do folículo começa a formar o LPD, sintetizando fibras colágenas que são arranjadas em feixes desses ligamentos. - As extremidades dessas fibras se inserem nas camadas mais externas do cemento e do OA para sustentar o dente (fibras de sharpey). - O EQM dos folículos também se mineraliza para a formação dos alvéolos dentais do OA em torno do LPD ERUPÇÃO DO DENTE DECÍDUO - Quando aparece o ERE (achatamento das camadas do órgão do esmalte) em um dente decíduo, significa que ele já pode começar sua erupção na cavidade oral. - Para começar o processo de erupção, o ERE tem que se fundir com o epitélio que reveste a cavidade oral. Após isso, as enzimas do ERE desintegram a parte central do tecido que se fundiu, formando um túnel para o dente irromper. Essa desintegração gera um processo inflamatório, causando sensibilidade e edema do tecido local. - Após o dente decíduo irromper, a parte do tecido epitelial que se fundiu, solta a coroa, que "passa direto", e agarra depois a parte da JAC na parte cervical do dente. Após a erupção do dente, esse tecido serve como um epitélio juncional inicial, que será substituído com definitivo quando a raiz for completamente formada. - 0corre somente quando há a presença do dente permanente sucedâneo, que se desenvolve lingualmente ao decíduo. - Os osteoclastos fazem a reabsorção do osso alveolar entre os dois dentes (decíduo e permanente). - Os odontoclastos fazem a reabsorção de porções da dentina e cemento da raiz do dente decíduo e de pequenas partes do esmalte da coroa. Fibroclastos destroem remanescentes de fibras colágenas. - Porém esse processo de esfoliação do dente é intermitente (liga/desliga), pois enquanto os osteoclastos e odontoclastos fazem a reabsorção de osso e tecido, os OBT e CBT podem substituis as partes que foram absorvidas. Por isso, um dente decíduo pode se manter preso, mesmo tendo mobilidade. ESFOLIAÇÃO DO DENTE DECÍDUO ERUPÇÃO DO DENTE PERMANENTE - O dente permanente sucedâneo irrompe em posição lingual à raiz do dente decíduo esfoliado exatamente no local onde se desenvolve. A única exceção são os incisivos superiores permanentes, que irrompem de uma posição mais vestibular. - O processo é o mesmo de um dente decíduo: ERE se funde ao epitélio oral e dá origem a um tecido que se degenera, formando um túnel epitelial. - O processo de erupção de um dente permanente não sucedâneo (molares) é similar, porém não ocorre a esfoliação do decíduo. - Todos dentes (decíduos e permanentes) irrompem emuma ordem cronológica.
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