Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
AHP– Analytic Hierarchy Process Professor Breno Barros Telles do Carmo, Ph.D Universidade Federal do Ceará Centro de Tecnologia Departamento de Engenharia de Produção • Contexto da aula • Premissas de Base do método • Princípios do método AHP • Etapas do método AHP • Exemplo • Estudo de caso – atividades Agenda 1 Ø Sua equipe é composta por empreendedores de visão que desenvolveram um produto inovador chamado “Pochete tanquinho charmoso” para transporte de objetos de valor junto ao corpo, proporcionado uma camuflagem perfeita que evita furtos; Ø Com o intuito de impulsionar as vendas deste produto, vocês devem escolher a localização de um ponto comercial capaz de alavancar seu negócio. Contexto da aula de hoje: o caso da empresa “Camuflando com estilo” 2 Desenvolvido por Thomas Saaty na década de 1970. ü Visa refinar o processo de decisão examinando a consistência e a lógica das preferências do tomador de decisão; ü Trata-se de um método de síntese, com característica compensatória; ü Comercializado por meio do software "Expert-Choice". Premissas de Base do método 3 Estrutura hierárquica: ü Ordena os elementos de um sistema em diferentes níveis e grupos com características semelhantes; ü Estrutura de árvore (dimensões detalhadas em critérios que por sua vez podem ser detalhados em subcritérios); Princípios do método 4 Unidades de medida: ü Permite o uso de escalas qualitativas e quantitativas; Sistema de comparações por pares: ü Uso sistemático de comparação par a par para coletar informações. Princípios do método 5 Consistência: ü Avalia a consistência lógica dos julgamentos usados para determinar as prioridades. ü Permite a validação da qualidade das informações utilizadas na análise Identificação de prioridades: ü Considera a prioridade relativa de cada critério para obter a melhor alternativa de acordo com os objetivos identificados. Síntese: ü Permite obter uma apreciação geral da conveniência de cada alternativa. Etapas do método AHP 6 Etapa I: Decompor o problema em uma estrutura hierárquica. Etapa II: Ponderar os critérios: ü Estabelecer uma escala de comparação; ü Realizar as combinações binárias; ü Calcular o peso relativo dos critérios; ü Testar a coerência das respostas quanto aos pesos dos critérios. Etapa III: Obter as performances relativas das alternativas nos diferentes atributos. Etapa IV: Obter o score multicritério de cada alternativa para o estabelecimento do ranking. Etapa I – Decomposição do problema em uma estrutura hierárquica 7 Ø Definir objetivo alvo (meta) - superior (nível 0); Ø Definir os critérios de decisão/análise (nível 1); Ø Definir as características dos critérios (nível 2); Ø O último nível da hierarquia compreende as diferentes alternativas possíveis. Observação: Saaty recomenda limitar o número de critérios, subcritérios ou alternativas à 7 Etapa I – Exemplo sem sub-critérios 8 Objetivo: Escolher a melhor alternativa (processo produtivo) para automação na fábrica Nível 0 Nível 1 C1: Compatibilidade C2: VPL C3: Nível de serviço C4: Esforço de impl. C5: Risco Nível 2 Alternativa A Alternativa B Alternativa C Etapa I – Exemplo com sub-critérios Objetivo: Escolher a melhor alternativa (processo produtivo) para automação na fábrica Nível 0 Nível 1 C1: Compatibilidade C2: VPL C3: Nível de serviço C4: Esforço de impl. C5: Risco Nível 2 Alternativa A Alternativa B Alternativa C SC1 SC2 Apresente a estrutura hierárquica do problema de decisão. Atividade 1 10 Etapa II – Ponderação dos critérios 11 ü Escala de comparação – ESCALA FUNDAMENTAL DE SAATY Escala Numérica Escala Verbal 1 Igual importância dos dois elementos 3 Um elementos é um pouco mais importante que o outro 5 Um elemento é mais importante que o outro 7 Um elemento é muito mais importante que o outro 9 Um elemento é absolutamente mais importante que o outro 2, 4, 6, 8 Valores intermediários entre dois julgamentos, utilizado para refinamento Etapa II – Ponderação dos critérios 12 ü Realizar as combinações binárias e calcular o peso relativo dos critérios: üDefinir uma matriz quadrada recíproca (K x K) formada pelas comparações binárias, sendo K a quantidade de elementos comparados. üA matriz é estabelecida da seguinte forma: v comparação binária = eij v eji = 1/eij üOs valores de eij são definidos por meio da escala semântica apresentada no slide anterior; üComparar a importância relativa de todos os elementos que pertencem a um mesmo nível hierárquico, dois a dois, considerando o nível imediatamente superior; üUtilizar a técnica do vetor próprio para calcular os % que representam a importância relativa dos critérios Testar a coerência das respostas quanto aos pesos dos critérios: ü As respostas obtidas apresentam, frequentemente, um certo grau de incoerência; ü O AHP não exige que os julgamentos sejam coerentes e transitivos; entretanto, Saaty definiu um índice de coerência (IC): IC = ( ∑" #" $ − n) / ' − 1 sendo n: quantidade de critérios comparados Etapa II – Ponderação dos critérios 13 ü Quanto maior o índice de coerência, mais inconsistente é o julgamento do usuário e vice-versa... )* = , - ./- ∗ 1-23 = 4/5 , onde: Etapa II – Ponderação dos critérios 14 ü O IC deve ser comparado aos valores críticos obtidos por simulação; ü Saaty definiu, por experimentação, uma razão de coerência como a relação entre o índice de coerência calculado na matriz correspondente aos julgamentos do decisor e o índice aleatório (IA) de uma matriz da mesma dimensão. N 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 IA 0 0,58 0,90 1,12 1,24 1,32 1,41 1,45 1,49 1,51 Etapa II – Ponderação dos critérios 15 ü A taxa de coerência é dada pela seguinte equação: TC = IC / IA IC: Índice de Coerência IA: Índice Aleatório ü A taxa de coerência pode ser interpretada como a probabilidade que a matriz tenha sido completada de forma aleatória; ü Assim, a coerência global é avaliada por meio desta taxa de coerência (TC); ü O seu valor deve ser, no máximo 10% (ou seja <= 10%); ü Em casos que este valor ultrapasse 10%, as combinações binárias devem ser revistas. Considere o problema da compra de um carro: Ø Três alternativas: ØAlt. A ØAlt. B ØAlt. C Ø Cinco critérios: ØC1: Preço ØC2: Potência ØC3: Consumo de combustível ØC4: Espaço interno ØC5: Design. Etapa II – Exemplo 16 Critérios C1 C2 C3 C4 C5 C1 1,00 0,33 5,00 6,00 5,00 C2 3,00 1,00 6,00 7,00 6,00 C3 0,20 0,17 1,00 3,00 1,00 C4 0,17 0,14 0,33 1,00 0,25 C5 0,20 0,17 1,00 4,00 1,00 Etapa II – Exemplo 17 O decisor exprime seu julgamento de valor por meio da escala semântica: ü Preço é mais importante que consumo, ou ainda ü O peso do critério Preço é 5 vezes mais importante que aquele do critério consumo. Critérios C1 C2 C3 C4 C5 C1 1,00 0,33 5,00 6,00 5,00 C2 3,00 1,00 6,00 7,00 6,00 C3 0,20 0,17 1,00 3,00 1,00 C4 0,17 0,14 0,33 1,00 0,25 C5 0,20 0,17 1,00 4,00 1,00 Etapa II – Exemplo 18 Utilizando a técnica do vetor próprio, calcular os % que representam a importância relativa dos critérios: a. Calcular a soma das colunas; Total: 4,57 1,81 13,33 21 13,25 Critérios C1 C2 C3 C4 C5 C1 .219 .184 .375 .286 .377 C2 .656 .551 .450 .333 .454 C3 .044 .094 .075 .143 .075 C4 .037 .077 .025 .048 .019 C5 .044 .094 .075 .190 .075 Total: 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 Peso relativo: 1,44 / 5 = 0,288 2,444 / 5 = 0,489 0,43 / 5 = 0,086 0,206 / 5 = 0,041 0,48 / 5 = 0,096 b. Normalizar: dividir cada termo da matriz pela soma da coluna respectiva; c. Somar as linhas e dividir pela ordem da matriz para obter o vetor de ponderação. ü Cálculo do valor próprio máximo da matriz de comparações pareadas da importância relativa dos atributos: a. Obter a relação ; w = peso Etapa II – Exemplo 19 Critérios C1 C2 C3 C4 C5 C1 1,00 0,33 5,00 6,00 5,00 C2 3,00 1,00 6,00 7,00 6,00 C3 0,20 0,17 1,00 3,00 1,00 C4 0,17 0,14 0,33 1,00 0,25 C5 0,20 0,17 1,00 4,00 1,00 b. c.γmédio= média (γ ) W 0,288 0,489 0,086 0,041 0,096 λ 1,605 2,732 0,446 0,212 0,487 γ 1,605 / 0,288 = 5,57 5,58 5,19 5,17 5,07 γ médio= 5,32 ! =# $ %&$ ∗ ($ ) = !( Etapa II – Exemplo 20 d. Cálculo do Índice de Coerência (IC): IC = (5,32 – 5) / (5 – 1) = 0,08 e. Cálculo da taxa de coerência (TC): TC = 0,08 / 1,12 = 7% <= 10%, o que significa teste de coerência satisfatório Calcule os pesos dos critérios subcritérios e teste a coerência dos resultados. Atividade 2 21 ü Por meio de um procedimento similar (definição dos pesos), coletamos, calculamos e validamos os desempenhos relativos das alternativas nos diferentes critérios: ü Matrizes de comparação por pares de alternativas em cada critério. ü Para o critério ”Preço”: Etapa III – Performance das alternativas nos critérios 22 Critério Preço Alt. A Alt. B Alt. C Alt. A 1 1/3 1 Alt. B 3 1 2 Alt. C 1 1/2 1 Critério Preço Alt. A Alt. B Alt. C Alt. A 0,2 0,18 0,25 Alt. B 0,6 0,55 0,50 Alt. C 0,2 0,27 0,25 Pesos 0,63 / 3 = 0,21 0,55 0,24 Calcule a performance relativa das alternativas nos diferentes critérios. Atividade 3 23 Matriz de performances relativas: Etapa IV – Obter score multicritério 24 Perf. C1 C2 C3 C4 C5 Alt. 1 0,21 0,12 0,50 0,63 0,62 Alt. 2 0,55 ... ... ... ... Alt. 3 0,24 ... ... ... ... Pesos 0,288 0,489 0,086 0,041 0,096 Alternativa Score Multicritério Alt. A 0,21*28,8+0,12*48,9+0,50*8,6 +0,63*4,1+0,62*9,6 = 24,8 Alt. B 48,9 Alt. C 26,8 Matriz de pesos: Obtenha o score multicritério agregado de cada alternativa e subsidie sua decisão. Atividade 4 25 26 Grazie! Thanks! Merci! Gracias! Děkuji! Благодаря! Obrigado! brenobarros@ufc.br
Compartilhar