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trabalho - Direito adm A2

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Elabore um texto sobre necessidade de punição dos agentes públicos contra a epidemia e sobre os aspectos abordados pelo PL nº 1068/2020, na disponibilização e aplicação da vacina da COVID 19. Trazer base legal, jurisprudencial ou doutrinária para fundamentar sua análise crítica sobre o tema;
Diante de todo cenário político no qual lideranças políticas e religiosas, pessoas com influência social, foram na contramão de todas as orientações dadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e propagaram falsas notícias, anúncio de tratamentos sem comprovação científica com resultados ineficazes e até mesmo profissionais de saúde adotando e propagando tais medidas, o que fez com que os números de propagação do Coronavírus, avançasse em proporções catástroficas, e temos aí a CPI da Covid para apurar tais estragos. La em 2020, foi necessário trazer essa discussão a luz do Direito, para que a Lei tipificasse essas condutas, ainda que já existsse previsibilidade em Lei, como acontece com o artigo 267 e 268, do Código Penal, sendo este último discutido no Projeto de Lei 1068/2020 que visava alterá-lo. Conforme artigos abaixo:
 Art. 267 - Causar epidemia, mediante a propagação de germes patogênicos:
Pena - reclusão, de cinco a quinze anos.
(Revogado)
Pena - reclusão, de dez a quinze anos. (Redação dada pela Lei nº 8.072, de 25.7.1990)
§ 1º - Se do fato resulta morte, a pena é aplicada em dobro.
§ 2º - No caso de culpa, a pena é de detenção, de um a dois anos, ou, se resulta morte, de dois a quatro anos.
Infração de medida sanitária preventiva.
Art. 268 - Infringir determinação do poder público, destinada a impedir introdução ou propagação de doença contagiosa:
Pena - detenção, de um mês a um ano, e multa.
Parágrafo único - A pena é aumentada de um terço, se o agente é funcionário da saúde pública ou exerce a profissão de médico, farmacêutico, dentista ou enfermeiro.
Omissão de notificação de doença.
No artigo 268, do Código Penal, o objeto Jurídico, é a saúde pública, no qual infringir ou desobecer uma determinação do poder público, ajuda na propagação da doença e o individuo que descumpre, ajuda para que a doença se propague. Conforme artigo abaixo:
O Artigo 268, do CP, já se enquadra nos casos, porém é uma norma penal em branco de caráter homogêneo e precisa de previsão legal que defina condutas que não estão previstas na Lei de forma expressa e o Projeto de Lei 1068/2020, que prevê detenção de um mês a um ano, e multa para quem infringir a Lei e aumenta a pena em um terço se o agente é funcionário da saúde pública ou exerce a profissão de médico, farmacêutico, dentista, enfermeiro, psicólogo, nutricionista ou veterinário. Caso o infrator seja um agente político, é previsto que o descumprimento pode incorrer em crime de responsabilidade, conforme abaixo:
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 Art. 1º O artigo 268 da Lei nº 2.248, de 07 de dezembro de 1940, passa a 
vigorar com a seguinte redação:
 “Art. 268 Infringir determinação do Poder Público, destinada a 
impedir introdução ou propagação de doença contagiosa:
Pena - detenção, de um mês a um ano, e multa.
§1º A pena é aumentada em um terço, se o agente é funcionário 
da saúde pública ou exerce a profissão de médico, farmacêutico, 
dentista, enfermeiro, psicólogo, nutricionista ou veterinário.
§2º No caso de agentes políticos, o descumprimento do 
disciplinado no caput acarreta também em crime de responsabilidade 
disciplinado pela Lei nº 1.790 de 10 de abril de 1950.
Art. 268-A Disseminar informações falsas ou orientações contrárias 
às disposições sanitárias do Poder Público, que estão em 
conformidade com a Organização Mundial da Saúde (OMS), nas 
situações de epidemia, pandemia ou estado de calamidade pública 
decretada, provocando pânico ou dificultando a ação do Poder Público
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.
§1º A pena é aumentada em um terço, se o agente é funcionário 
da saúde pública ou exerce a profissão de médico, farmacêutico, 
dentista, enfermeiro, psicólogo, nutricionista ou veterinário.
§2º No caso de agentes políticos, o descumprimento do 
disciplinado no caput acarreta também em crime de responsabilidade 
disciplinado pela Lei nº 1.790 de 10 de abril de 1950.”
Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
No caso da vacina, muito se tem discutido no STF, no caso da CPI da Covid, que o poder público não agiu com eficiência para garantir as doses que pudesse imunizar a população, o que no caso do Projeto de Lei supracitado, incorreria em Crime de responsabilidade. Assim como também, houve a decisão do STF de que o Estado pode determinar aos cidadãos que se submetam, compulsoriamente, à vacinação contra a Covid-19, prevista na Lei 13.979/2020. Chegou-se a esse entendimento no julgamento conjunto das Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADIs) 6586 e 6587, que tratam unicamente de vacinação contra a Covid-19, e do Recurso Extraordinário com Agravo (ARE) 1267879, no qual se discute o direito à recusa da imunização por convicções filosóficas ou religiosas, o que no caso da PL 1068/2020 também teria a conduta de negativa da vacina, criminalizada no artigo 268.
Talvez se tal Projeto de Lei fosse sancionado e fiscalizado de forma eficaz, teríamos evitado a continuação de condutas que fizessem chegarmos a 430 mil mortes, num período de mais de um ano, o que acarretam até mesmo a economia do país, tão discutida com o Lockdown proposto para conter os índices pandêmicos. Hoje discutimos a responsabilização da morosidade de garantir a vacina aos cidadãos, assim como a propagação do tratamento de hidroxicloroquina que matou pessoas e a ivermectina e a obrigatoriedade da vacinação pelo cidadão.
Referência
https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=1871013&filename=PL+1068/2020
https://www.youtube.com/watch?v=9R6waN-J6co
https://www.youtube.com/watch?v=UIgERMkrn28&list=TLPQMTUwNTIwMjH4F0Xvs_zBYA&index=2
https://jus.com.br/artigos/83023/a-pandemia-de-covid19-e-o-art-268-do-codigo-penal-aplicabilidade-e-limites

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