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Nutrição-UFGD Resolução RDC n° 216, de 15 de setembro de 2004 (BPF): boas práticas para serviços de alimentação. • Objetivo de garantir as boas práticas higiênicas-sanitárias e se aplica aos serviços de alimentação que realizam uma das seguintes atividades: manipulação, preparação, armazenamento, distribuição, transporte, posição a venda e entrega de alimentos preparados ao consumo. DENTRE eles cantinas, confeitarias, cozinhas industriais, cozinhas institucionais, lanchonetes, padarias, restaurantes, entre outros. Resolução RDC n° 275, de 21 de outubro de 2002 (POP e Lista de Verificação): dispõe sobre o regulamento técnico de procedimentos operacionais padronizados (POP) e em anexo possui a lista de verificação de boas práticas em estabelecimento produtores e distribuidores de alimentos. Portaria CVS 5, de 09 de abril de 2013 (BP e roteiro de inspeção): regulamento técnico sobre boas práticas para estabelecimento comerciais de alimentos e serviços de alimentação e em anexo roteiro de inspeção. As resoluções 216 e 257 são de abrangência nacional, enquanto a portaria CVS 5 se aplica em São Paulo. Serviço de alimentação: serviços de alimentação, são locais que produzem e/ou servem e/ou armazenam alimentos. • Qualquer tipo de estabelecimento que tenham manipulação, armazenamento, que tenha disponibilidade para consumo, são considerados serviços de alimentação ; • Inclui as Unidades Produtoras de Refeição (UPR) e Unidades de Alimentação e Nutrição (UAN). Antissepsia: operação que visa reduzir os microrganismos que estão presentes na pele em níveis seguros durante a lavagem das mãos utilizando sabonete antisséptico ou usando agente antisséptico após a lavagem e secagem das mãos. Boas Práticas: devem ser adotadas por serviços de alimentação para garantir a qualidade higiênico- sanitária e a conformidade dos alimentos com a legislação sanitária. Contaminantes: substâncias ou agentes que podem ser biológicos, químicos ou físicos estranhos aos alimentos e podem ser considerados nocivos à saúde humana ou comprometer a qualidade dos alimentos. Limpeza: operação para remover minerais e substâncias orgânicas indesejáveis, como terra, poeira, gorduras e outras sujidades. Higienização: operação que compreende duas etapas. • Limpeza; • Desinfecção: operar para reduzir por método físico ou agente químico o número de microrganismos em um nível que não comprometa a qualidade higiênico-sanitária do alimento Manipulador: qualquer pessoa que entra em contato direto ou indireto com o alimento, então abrange desde a pessoa que está lavando/higienizando a verdura e quem está cozinhando o arroz, até quem está servindo os alimentos, quem manipula as cubas térmicas, a quem fica apenas na recepção e cuidando do estoque até o entregador de alimentos. Nutrição-UFGD Para evitar a veiculação de doenças aos consumidores através de produtos alimentícios, a saúde do manipulador de alimentos deve ser comprovada por meios de atestados médicos, exames e laudos laboratoriais. Esses documentos devem permanecer a disposição das autoridades sanitárias sempre que solicitado no efeito local de trabalho do manipulador. Importância do controle médico e laboratorial: • Prevenção dos acidentes do trabalho; • Prevenção e tratamento das doenças ambulatórias; • Prevenção das toxinfecções alimentares; • Doenças profissionais: Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional; • Doenças dos funcionários: causam problemas profissionais e transmissão aos alimentos. Obrigatoriedade do serviço médico-laboratorial para funcionários de empresas nas áreas de alimentos: • Exame médico admissional, revisional e demissional; • Exames médicos e laboratoriais complementares; • Obrigatoriedade do exame de saúde e definição da semestralidade dos exames revisionais. Todas as pessoas que tenham contato com matérias- primas, alimentos em processo e processado terminado, equipamentos e utensílios devem ter muita atenção às boas práticas de higiene pessoal e comportamento no trabalho, para proteger os alimentos de contaminações físicas, químicas e microbiológicas. Tomar banho diariamente, enxugar-se com toalha limpa, fazer uso de uniforme e equipamentos de proteção individual, deve-se estar sempre barbeado, bigode aparado e limpo ou preferencialmente sem, unhas aparadas, limpas e livre de qualquer esmalte e sem adornos. Uniforme: em estado de boa conservação, limpo, deve ser trocado diariamente e a utilização deve ser feita somente nas dependências internas da empresa. • Uso de botas de borrachas para manutenção ou limpeza do estabelecimento. EPI (Equipamentos de Proteção Individual): empresa deve disponibilizar em local de fácil acesso, limpos e em bons estados de conservação em números suficientes, tamanho adequado considerando o quadro de funcionários, além de visitantes e de atividades envolvidas no local. • Obrigatório o uso de casacos, botas, luvas, toucas para quem trabalha em câmara fria para proteção térmica. • É vedado o uso de sacos plásticos para proteção de uniforme; • O uso de avental plástico é restrito ao uso de atividades onde há grande quantidade de água e não deve ser utilizado para processamento térmico. Deve ser afixadas no local cartazes sobre o procedimento correto da higienização das mãos e pias exclusivas instaladas para esse fim, estrategicamente na linha de produção inclusive nos laboratórios, banheiros e vestiários. Nutrição-UFGD Procedimento: • Deve-se umedecer as mãos e antebraço com água, lavar com sabonete líquido neutro, inodoro e com ação antisséptica (por exemplo, álcool 70); • Massagear bem as mãos e antebraços, entre os dedos e unhas, por pelo menos 3 minutos; • Depois enxaguar as mãos e antebraços e secar com papel toalha descartável, não reciclado ou outro procedimento não contaminante, e coletor de papel não acionado manualmente. Periodicidade a higienização das mãos e antebraços: • Antes de iniciar; • Troca de atividade; • Após o uso de sanitários; • Após manipular dinheiro; • Na troca de vestimenta, etc. Uso de luvas e máscara nasobucal: • O uso de luvas descartáveis, de borracha ou látex, não é permitido em procedimentos que envolvam calor; • Luvas de malha de aço devem ser utilizadas durante o corte e desossa de carnes (entre como EPI); • Luvas térmicas devem ser utilizadas em situações de calor intenso, como em fornos e devem estar conservadas e limpas (entra como EPI); • Luva nitrílica: luva de borracha de cano longo obrigatória para manipular produtos saneantes durante a higienização do ambiente, equipamentos e utensílios. Também para fazer coleta e transporte de lixo, higienização de contentores de lixo e na limpeza de sanitários 9entra como EPI); • Luva nasobucal: não é indicado o uso no processamento, manipulação de alimentos. De acordo com a CVS é vetado/proibi o uso (fora do contexto de pandemia). Higiene e comportamento pessoal Os dentes devem ser escovados após cada refeição. Ao usar luvas, higienizar as mãos antes de coloca- las. Usar touca para cobrir os cabelos. Informar ao supervisor sempre que apresentar alterações de saúde ou estado físico. COMPORTAMENTO NO TRABALHO Proibido: • Tossir ou espirrar sobre os alimentos; • Mascar chicletes; • Manter objetos na boca ou atrás da orelha; • Fumar; • Adornos; • Cílios e unhas postiças; • Pano de algodão. Cozinhar industriais e serviços de nutrição e dietéticas hospitalares: exigido profissional técnico – nutricionista. Estabelecimentos comerciais de alimentos e serviços de alimentação: exigido profissional técnico – nutricionista. Autoridade e competência para (responsável pode ser o proprietário ou funcionários, desde que tenha passado por um curso capacitante):• Capacitação de pessoal em boas práticas; • Elaboração e implementação de manual de boas práticas e POPs; • Acompanhar e prestar informações durantes inspeções; • Notificar surtos alimentares. Visitantes: • Informações mínimas sobre boas práticas; Nutrição-UFGD • Requisitos de higiene e saúde estabelecidos para os funcionários; • Manutenção e supervisão: devidamente uniformizados. RECEPÇÃO E CONTROLE DE MERCADORIA Condições de higiene dos entregadores e veículos de transporte. Área exclusiva para recepção. Embalagens limpas e íntegras, e conferir o rótulo. Avaliações quantitativas, qualitativas e sensoriais. REGISTRO E CONTROLE DE TEMPERATURA PARA ALGUNS ALIMENTOS Congelados: • -12°C, menor ou conforme recomendação do fabricante. Refrigerados: • Pescados: 2 a 3°C ou conforme o frigorífico; • Demais produtos: de 4 a 10°C ou conforme recomendação. Informações de rotulagem obrigatórias: • Razão social; • Endereço completo e CNPJ do fabricante; • Instruções sobre conservação, preparo e uso do produto; • Número de registro na ANVISA ou MAPA; • Informação nutricional. Armazenamento de produtos: • Local; • Embalagens de maneira; • Caixas de papelão; • Paletes, prateleiras e/ou estrados; • Produtos reprovados. ARMAZENAMENTO DE PRODUTOS Fracionamento ou transferência de embalagem, identificação: • Nome do fornecedor ou fabricante; • Nome e marca do produto; • Forma de conservação; • Prazo de validade e data de transferência. Alimentos preparados crus manipulados, parcialmente cozidos, ou prontos para o consumo: • Refrigeração; • Identificação: designação, data de preparo e prazo de validade. Alimentos destinados à refrigeração: • Volume adequado; • Diferentes alimentos em um mesmo refrigerador; • Temperatura; • Proibido desligar. Na ausência de informações do fabricante e para alimentos preparados no estabelecimento e produtos congelados: Produtos resfriados: Nutrição-UFGD Proibido contato entre alimentos crus, semipreparados e prontos para consumo. Descongelamento: • Rápido: microondas; • Lento: refrigeração. Dessalgue: • Água fervente; • Água sob refrigeração. Higienização de hortifrutícolas Instruções facilmente visíveis. Cocção (min 74°C). Cocção por fritura: • Aquecimento (< 180°C); • Reutilização de óleo; • Descarte; • Higienização. Utilização de ovos: • Preparações, cozido, frito; • Condições higiênicas; • Higienização. Resfriamento e armazenamento de alimentos pré- preparados e preparados: • Refrigeração; • Identificação. Alimentos expostos devem estar protegidos. Critérios de t e T. Água do balcão térmico (80 a 90°C). Área de consumação ou refeitório: ornamentos e ventilação. Área de recebimento. Reutilização de alimentos para fins de doação gratuita. Guarda de amostras em cozinhas industriais e serviços de alimentação. Método de colheita: • Identificar o recipiente com nome do estabelecimento, produto, data, horário e nome do responsável; • Proceder a higienização das mãos; • Colocar a amostra do alimento; • Retirar o ar e fechar a embalagem. T e t de guarda: • Alimentos distribuídos sobre refrigeração e líquidos: máximo de 4° C por 72h; Nutrição-UFGD • Alimentos distribuídos quentes: -18°C por 72h. Veículos transportadores: • Cabine do condutor isolada; • Bom estado de conservação; • Higienizados; • t e T adequada; • Pré condicionada com a temperatura. POPs de higienização do veículo. Alimentos e embalagens não devem ter contato com o uso do compartimento. Não é permitido transporte concomitante se houver risco de contaminação cruzada.
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