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AÇÃO MONITÓRIA – AÇÃO DIRECIONADA PARA COBRANÇA DE QUANTIA CERTA COM PROVA ESCRITA SEM EFICÁCIA DE TÍTULO EXECUTIVO Trata-se de instrumento processual utilizado para que credores de quantia certa e coisa fungível, representado por documento escrito que não possui eficácia de título executivo, possam efetuar a cobrança judicial do que lhe é devido. Tem por finalidade de obtenção de título executivo judicial, fundada na existência de prova escrita sem eficácia executiva, ou seja, todo documento que, embora não prove cabalmente o fato constitutivo do direito, permite ao Magistrado deduzir a existência do direito alegado, como exemplo, cheque ou nota promissória prescrita sem eficácia executiva, orçamentos assinados pelo devedor, contratos de prestação de serviços e etc. É procedimento especial previsto nos artigos 700 a 702 do Código de Processo Civil, ou seja, não é cabível sua propositura nos Juizados Especiais, devendo ser ajuizada, em regra, no foro do domicílio do devedor (art. 46, CPC). A petição inicial deverá vir acompanhada, além da procuração, dos documentos pessoais e comprovante de endereço, da prova escrita da dívida sem eficácia executiva, e memória de cálculo. Caso não seja dinheiro o objeto da ação, deve informar o valor atual da coisa ou explicar o conteúdo perseguido (art. 700, §2º). O Magistrado, caso recebe a inicial, determinará a expedição de mandado de pagamento, concedendo 15 (quinze) dias para o seu cumprimento. Devidamente citado, o devedor poderá: a)Pagar integralmente o débito, ficando isento do pagamento de custas processuais, e os honorários advocatícios restritos a 05% (cinco por cento) sob o valor da causa (art. 701, caput); b)Reconhecer o débito e comprovar o pagamento de 30% (trinta por cento) do valor cobrado, acrescido das custas processuais e honorários advocatícios, e parcelar o restante em até 06 (seis) vezes (art. 701, §5º, vide 916). c)Oferecer embargos no prazo de 15 (quinze), onde pode impugnar os fatos e os pedidos apresentados pelo autor, bem como declarar o valor que entende correto, acompanhado de memória de cálculo; ou d)Permanecer inerte, constituindo-se de pleno direito o título executivo judicial, convertendo- se o mandado inicial em mandado executivo, e o feito prosseguirá na forma prevista no art. 523 e seguintes do CPC. Caso oferecido os embargos, poderá o Magistrado julgar antecipadamente o feito, ou se entender pela complexidade da matéria, poderá sanear e organizar o processo, resolvendo questões processuais e delimitando os pontos controvertidos, e designar audiência de instrução e julgamento, caso entenda pela produção de prova testemunhal. Rejeitados os embargos, constitui-se de pleno direito o título executivo judicial, convertendo-se o mandado inicial em mandado executivo, e o feito prosseguirá na forma prevista no art. 523 e seguintes do CPC.
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