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Meninges, Ventrículos Encefálicos e Líquor

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Ana Fernanda Leal - @medicina.resume 
 
@medicina.resume 
B. M. F 
Meninges, Ventrículos Encefálicos e Líquor 
→ Meninges: 
• São constituídas por tecido conjuntivo 
• Anestesias podem ser: peridurais ou ra-
quidianas. A diferença entre a anestesia 
raquidiana e peridural é que na raquidia-
na o anestésico é aplicado no líquido que 
envolve a espinha, enquanto na peridural 
a agulha não atinge o espaço em que 
está o líquido 
 
 
 
Dura-Máter: 
 
• Constituída por tecido conjuntivo e tecido 
epitelial 
• Mais externa 
• Membrana bilaminar de tecido conjuntivo 
rico em fibras colágenas. 
• Bastante vascularizada 
• Camada periostal externa (voltada para 
o crânio): fortemente aderido aos ossos 
do neurocrânio e é considerado estrutural 
e funcionalmente seu periósteo – sem 
função osteogênica. 
• Camada meníngea interna (voltada para 
a aracnoide): membrana fibrosa forte 
que é contínua ao forame magno com a 
parte espinal da dura-máter. 
 
Pregas da Dura-máter: 
 
1. Foice do cérebro 
2. Foice do Cerebelo: separa o hemisfério 
esquerdo e direito 
3. Tenda do Cerebelo ou Tentório Cerebelar: 
separa a cavidade craniana superior da 
inferior 
4. Diafragma da Sela Túrcica: cobre a sela 
túrcica e a hipófise 
5. Cavo Trigeminal: parte da dura-máter 
que recobre o gânglio do trigêmeo 
 
Irrigação: Artéria: a. meníngea média que é ra-
mo da carótida externa. Caso haja uma perfura-
ção da artéria o primeiro sintoma é a sonolência 
(mascara outros sintomas) 
 
 
Inervação: 
• Anterior: oftálmico 
• Médio: maxilar 
• Região posterior superior: mandibular 
• Região posterior inferior: nervos cervicais 
C2 e C3 
 
Aracnoide- Máter 
 
• Tecido conjuntivo fibroso e elástico ( re-
vestindo a parte interna da dura-máter) 
• Trabéculas aracnoideas (delgadas e finas 
que se estendem até a pia máter) → Está 
aderida a pia-máter pelas trabéculas 
aracnoideas 
• Granulações aracnoideas ( drenam o lí-
quor para os seios durais, principalmente 
o seio sagital superior) 
• Cisternas aracnoideas: são dilatações do 
espaço subaracnoideo 
o Cerebelobulbar ou magna 
 
Pia-Máter 
 
• Constituído de tecido conjuntivo, epitélio 
simples pavimentoso e células meningote-
liais que formam uma barreira líquor-
encefálica 
• É a meninge mais interna 
• Vascularizada 
• Não tem contato direto com células neu-
rais e sim com os prolongamentos dos as-
trócitos 
• Sua superfície externa é revestida por cé-
lulas epiteliais pavimentosas. 
 
 
As setas vermelhas indicam as células 
 pavimentosas meningoteliais 
Ana Fernanda Leal - @medicina.resume 
 
@medicina.resume 
Espaços entre as Meninges 
 
• Espaço epidural: 
o Entre a dura-máter e o periósteo do 
canal vertebral 
o Conteúdo: tecido adiposo e plexo ve-
noso vertebral - espaço virtual 
 
• Espaço Subdural: 
o Entre a dura-máter/ aracnoide (virtual) 
o Conteúdo: Pequena quantidade de 
líquido 
 
• Espaço subaracnoide: 
o Entre a aracnoide e a pia-máter 
o Conteúdo: líquido cerebrospinal 
 
Barreiras Encefálicas 
 
1a barreira: hematoencefálica 
 
• Está entre o sangue e o tecido nervoso 
 
• Formada pelos prolongamentos dos astrócitos 
que envolvem totalmente o vaso sanguíneo, 
junto com a forte junção das células endote-
liais e o revestimento da pia-máter 
 
• Tornando menos permeável as membranas 
do vaso para o tecido nervoso, evitando que 
as células atravessem para o sistema nervoso 
 
 
 
2a barreira: liquorencefálica 
• Está entre o líquor e o tecido nervoso 
• Formada pelas células de revestimento 
do espaço subaracnoideo (chamadas de 
meningoteliais) que são pavimentosas e 
impedem o líquor de chegar ao tecido 
nervoso. 
 
3a barreira: hematoliquórica: 
• Esta barreira não só atua impedindo o 
contato do sangue com o líquor e tam-
bém trabalha na produção deste líquor. 
• A estrutura relacionada com a barreira 
hematoliquórica é a epêndima ou células 
ependimárias. Já a estrutura que produz 
esse líquor é uma junção entre capilar 
sanguíneo e células ependimárias. de-
nominado plexo corioide 
 
 
 
Ventrículos e Líquor 
O sistema ventricular é uma rede de cavidades 
preenchidas com líquido cefalorraquidiano (ven-
trículos) do cérebro. 
 
Existem quatro ventrículos: 
 
• Dois ventrículos laterais dentro dos lobos 
do cérebro 
• Terceiro ventrículo encontrado entre os 
tálamos 
• Quarto ventrículo localizado sobre a pon-
te e a medula e abaixo do cerebelo 
 
Estes ventrículos são conectados por forames 
através do qual o LCR passa: 
• Forame interventricular (de Monro) entre 
os ventrículos laterais e o terceiro ventrícu-
lo 
• Aqueduto do mesencéfalo (de Sylvius) 
entre o terceiro e o quarto ventrículos 
• Duas aberturas laterais (de Luschka) entre 
o quarto ventrículo e a cisterna magna 
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/lobos-cerebrais
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/lobos-cerebrais
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/anatomia-do-talamo
Ana Fernanda Leal - @medicina.resume 
 
@medicina.resume 
• Abertura mediana (de Magendie) entre o 
quarto ventrículo e o canal central da 
medula espinhal 
 
 
 
Em verde: forame interventricular 
 
Líquido Cefalorraquidiano: 
 
• Circula nos ventrículos, espaço subarac-
noideo do encéfalo e da medula e canal 
central da medula. 
• Possui a absorção de força mecânica, 
funcionando como um coxim, para pro-
teção do SNC e transporte de nutrientes 
ao tecido nervoso. Também remove os 
resíduos metabólicos do tecido neural, 
permite o transporte de neurotransmisso-
res e neuromoduladores. 
• É produzido por um tecido especializado 
chamado plexo coroideo, localizado nas 
paredes dos ventrículos (3º, 4º e laterais). 
• Sua produção é igual a sua drenagem, 
então sempre há LCR circulando no sis-
tema ventricular. Aproximadamente 20mL 
por hora, e em média 140-170mL em um 
adulto. 
 
 
 
Em verde: plexo coroideo do terceiro ventrículo 
Circulação do LCR: 
 
O líquido cefalorraquidiano passa dos ventrículos 
laterais para o terceiro ventrículo através do fo-
rame interventricular (de Monro). Do terceiro ven-
trículo, o LCR passa pelo aqueduto cerebral (de 
Sylvius) para o quarto ventrículo. 
 
Do quarto ventrículo, parte do LCR passa através 
de uma estreita passagem denominada óbex e 
entra do canal central da medula. A maior parte 
restante passa através da abertura mediana no 
quarto ventrículo (de Magendie) e das duas 
aberturas laterais (de Luschka) e entra nas cister-
nas interpeduncular e subaracnóidea. 
 
Dali, o líquido cefalorraquidiano flui para o espa-
ço subaracnóideo ao redor do encéfalo e da 
medula espinhal e, finalmente, é reabsorvido 
(drenagem) nos seios venosos durais pelas granu-
lações aracnóideas. 
 
Aplicação Clínica: 
 
Hidrocefalia: síndrome resultante do desbalanço 
entre a produção e a absorção do líquor (au-
mento na produção ou déficit de absorção)

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