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1 Odontologia – Campus Lins LEONARDO MARQUES GARCIA RA: 00730079 ANA ALICE ZEQUIM RA: 00730682 TATHIANA ABRAHÃO GUIMARÃES RA: 00730836 JULIA CAROLINE DE SOUZA RA: 00730902 INSTRUMENTOS OPERATÓRIOS MANUAIS E ROTATÓRIOS LINS OUTUBRO, 2022 2 LEONARDO MARQUES GARCIA RA: 00730079 ANA ALICE ZEQUIM RA: 00730682 TATHIANA ABRAHÃO GUIMARÃES RA: 00730836 JULIA CAROLINE DE SOUZA RA: 00730902 INSTRUMENTOS OPERATÓRIOS MANUAIS E ROTATÓRIOS Trabalho referente à disciplina de Dentística Laboratorial do Curso de Odontologia, da Universidade Metodista de Piracicaba, Campus – Lins, à ser utilizado como Avaliação do 4º Semestre. LINS OUTUBRO, 2022 3 INSTRUMENTOS OPERATÓRIOS MANUAIS E ROTATÓRIOS Para estabelecer o preparo da cavidade, são necessários instrumentos que possibilitem o acesso à lesão que acomete a estrutura dental, de modo a possibilitar diferentes abordagens, dependendo do tipo de procedimento a ser realizado. A estrutura do dente, especialmente o esmalte, é um elemento muito rígido, o que significa que são necessários ferramentas suficientemente resistentes para cortar ou lixar e desgastar eficientemente o esmalte ou a dentina. O uso racional e padronizado de instrumentos mecânicos ou manuais traz resultados benéficos tanto para o profissional quanto para o paciente. Com o uso de diferentes instrumentos cirúrgicos, é possível acessar diferentes áreas da cavidade oral e, consequentemente, receber preparos cavitários sistematizados. Os instrumentos operatórios que utilizamos para o preparo das cavidades são divididos em categorias: ∙ Instrumentos cortantes manuais ∙ Instrumentos rotatórios ∙ Laser ∙ Sistemas ultrassônicos Tanto o Laser quanto os Sistemas Ultrassônicos são instrumentos optativos aos rotatórios, com vasto aspecto para abordagens de lesões cariosas ou não cariosas, possibilitando uma configuração de cavidade especificamente concordante aos sistemas restauradores adesivos. DEFINIÇÃO Simples ou Duplos Os instrumentos cortantes manuais são utilizados para cortar, clivar (separar) e planificar o dente, sendo também complementares aos instrumentos rotatórios, eles podem ser classificados em instrumentos simples ou duplos. Simples: ponta ativa em uma extremidade. Duplos: ponta ativa nas duas extremidades. 4 PARTES CONSTITUINTES Esses instrumentos têm como constituintes 3 partes: cabo, intermediário e lâmina ou ponta ativa. CABO: parte maior do instrumento, pode ser reto de secção circular, hexagonal ou octogonal. Contém serrilhas e também pode conter porções emborrachadas com a mesma finalidade. INTERMEDIÁRIO: faz conexão do cabo com a ponta ativa. Facilita o acesso a cavidade dando estabilidade de uso, podendo ser reto ou angulado. LÂMINA/PONTA ATIVA: apresenta bisel em sua extremidade, o que determina a sua capacidade de corte, e é denominada de borda de corte primário ou de extremidade de trabalho. Em geral, os instrumentos apresentam um cabo octavado e serrilhado, evitando que ocorra deslizamentos quando em função. Porém, instrumentos de cabo circular oco são mais leves e de melhor empunhadura. Os instrumentos também podem apresentar o número de série, ele indica a posição do instrumento numa determinada coleção. 5 FÓRMULA DOS INSTRUMENTOS Fórmula de 3 números Instrumentos que possuem ponta “quadrada” (largura da lâmina em décimo de mm, comprimento da lâmina em mm, angulação entre o longo eixo do cabo e a lâmina). Fórmula de 4 números Instrumentos que possuem um bisel na ponta (largura, inclinação do bisel em relação à circunferência, comprimento da lâmina, inclinação da lâmina em relação ao longo eixo do instrumento). Instrumentos com extremidade cortante em ângulo reto com o eixo longitudinal da lâmina - 3 números ∙ Largura da lâmina em décimos de milímetro ∙ Comprimento da lâmina em milímetros ∙ Angulação da lâmina com o longo eixo do cabo Instrumentos com extremidade ativa em outra angulação - 4 números ∙ Ângulo formado pela extremidade cortante da lâmina e o eixo longitudinal do instrumento - Quarto número colocado em segundo - 95: distal 80: mesial TIPOS DE INSTRUMENTOS CORTANTES MANUAIS CINZÉIS: Planificam e clivam (restaurações em Classe IV e V) o esmalte. Podem ser: 1. Retos: o intermediário e a lâmina são retos e apresentam bisel em apenas um lado dos lados da lamina. Clivam estruturas vestibulares de classe V; 2. Mono angulados: possuem um ângulo intermediário e servem para alisar as paredes de esmalte e dentina de dentes inferiores posteriores; 3. Biangulados: possuem dois ângulos intermediários e servem para planificar paredes cavitárias de dentes superiores posteriores; 4. Wedelstaedt: tem o intermediário e a lâmina curvos e são usados em cirurgias periodontais; 6 ENXADAS: São muitos semelhantes aos cinzéis, só que apresentam uma angulagem maior. Servem para alisar as paredes cavitárias, principalmente classe V em dentes anteriores, aviva ângulos diedros, planificam as paredes de esmaltes. É usado para acabamento final para as paredes internas da cavidade e parede pulpar. MACHADOS PARA ESMALTE: Clivar, aplainar esmalte e planificar as paredes V e L das caixas proximais. Lâmina do machado é paralela ao eixo longitudinal do instrumento. MACHADOS PARA DENTINA: usados para determinar forma de retenção incisal em em preparações cavitárias de classe II. 7 RECORTADORES DE MARGEM GENGIVAL: Especialmente para planificação do ângulo cavo - superficial gengival, arredondamento do ângulo áxio-pulpar e determinação de retenção na parede gengival de cavidade classe II. Suas lâminas são curvas e anguladas (se o segundo número da fórmula for maior ou igual a 90 é para se usar na superfície distal, se for menor que 80 é para ser usado na superfície mesial). FORMADORES DE ÂNGULO: São usados para acentuar ângulos diedros e triedros e determina forma de retenção principalmente em cavidades classe III e V. Faz assoalho em canaleta. Apresentam a extremidade da lâmina em ângulo agudo com o eixo longitudinal, em vez de ângulo reto como na maioria dos instrumentos. COLHER DE DENTINA: Para remoção de tecido cariado. Ele tem o desenho semelhante ao do machado, sendo a lâmina ligeiramente curva e com extremidade arredondada. Também pode ter forma de disco dependendo da escolha do profissional. INTRUMENTOS PARA CONDENSAÇÃO CALCADORES DE AMÁLGAMA: Remoção do excesso de mercúrio CONDENSADORES: Ward ou Hollemback 8 AFIAÇÃO DOS INSTRUMENTAIS CORTANTES MANUAIS A afiação desses instrumentos é dividida em afiação mecânica ou afiação manual, deve manter os instrumentos sempre afiados para que os cortes dos mesmos sejam eficazes. AFIAÇÃO MECÂNICA: esta é feita através de motores elétricos especiais de Arkansas, em roda ou cilíndricas, montadas em seu eixo. Outra forma de ser utilizada é a pedra Arkansas ou discos de granulação finas montadas em mandril para peça de mão. Para a afiação os instrumentos devem ser colocados de acordo com o ângulo da extremidade cortante e com o bisel do instrumento em contato com a pedra, ligando-se em seguida o motor exercendo leve pressão sobre a pedra cilíndrica ou disco em movimento. 9 AFIAÇÃO MANUAL: nela, também usa-se a pedra de Arkansas, sendo ela plana e previamente lubrificada, sobreposta em uma superfície lisa e plana. Pega-se o instrumento com uma das mãos, e em seguida adapta-se o bisel sobre a pedra; com a pedra na outra mão, desliza-se o instrumento em movimento de vai e vem, deixando fixo o instrumento. Também pode-se manter um instrumento fixo com uma das mãos e movimentar a pedra com a outra mão. De acordo com Mondelli, qualquer que seja a técnica utilizada para a afiação dos instrumentos, elas devem seguir os seguintes princípios: => Estabelecer bisel adequado antes de iniciar a afiação e manter o instrumento fixo, em posição correta, durante todo o procedimento. => Manter a pedra lubrificada com uma fina camada de óleo bem fluido. =>Usar pouca pressão contra a pedra para evitar o desenvolvimento de calor por atrito. => Usar , sempre que possível,uma guia para orientar o plano de desgaste do instrumento. =>Conservar as pedras de afiar limpas e livres de equírolas de metal. 1 0 PREENSÃO DOS INSTRUMENTOS MANUAIS ∙ Caneta modificada (escrita) – Bronner Dentes inferiores ∙ Caneta modificada e invertida (escrita invertida) Giro de 180 graus Dentes superiores do lado esquerdo 1 1 ∙ Dígito Palmar Dentes superiores do lado direito e superiores anteriores INSTRUMENTOS ROTATÓRIOS Grupo de instrumentos que giram em torno de um eixo, aplicado aos procedimentos dentários de natureza basicamente de corte, desgaste, acabamento e polimento dos tecidos dentários ou dos diferentes materiais de restauração. Geram muito calor, por isso a necessidade dos sprays de água, para refrigeração. CLASSIFICAÇÃO DAS ROTAÇÕES • Baixa velocidade: Seu emprego é de menos de 6.000 rpm. Percepção tátil e menos geração de calor. Profilaxia dentária; Remoção tecido cariado; Acabamento e polimento. • Média velocidade: Seu emprego é de 40.000 a 200.000 rpm. Áreas de difícil visualização: preparo cavitário. • Alta velocidade: Seu emprego é acima de 100.000 rpm. Remoção de restaurações antigas. Obtenção da forma de contorno do preparo; Redução das cúspides; Desgastes axiais para coroas totais. 1 2 INSTRUMENTOS DE CORTE -Sua classificação de acordo com o modo de ação: • Por corte: representados pelas brocas • Por desgaste: representados pelas pontas diamantadas, pedras montadas de carborundum e outros abrasivos. • Brocas: apresenta haste (ligada à peça de mão, ao contra-ângulo ou à turbina), intermediário (união da ponta ativa à haste) e ponta ativa (pequenas lâminas) PARTES CONSTITUINTES DA BROCA: haste, intermediário e ponta ativa 1 3 CLASSIFICAÇÃO DAS BROCAS DE ACORDO COM O MATERIAL UTILIZADO Podem ser confeccionadas em aço carbono, barbureto de tungstênio ou carbide. • Aço (liga ferro-carbono): utilizado com mais frequência em brocas para realização de remoção de dentina cariada e para dar o acabamento das cavidades (baixa rotação). • Carbide (carboneto de tungstênio): possui potência maior que o aço, constitui a base das brocas que são usadas para o preparo de cavidades, em baixa e em alta rotação. FORMAS DE PONTA ATIVA • ESFÉRICAS: Remoção de tecido cariado Confecção de retenções Acesso em cavidades de dentes anteriores • CILÍNDRICAS: Confecção de paredes circundantes paralelas Avivar ângulos diedros • PÊRA ALONGADA (AMÁLGAMA): Determinar paredes convergentes para oclusal Proporciona ângulos diedros arredondados e parede de fundo plana 1 4 • TRONCO-CÔNICAS: Dão forma e contorno em cavidades com paredes circundantes expulsivas Determinar sulcos ou canaletas em cavidades para RMF Determinar retenções nas caixas proximais em cavidades para amálgama • CONE INVERTIDO (DESUSO): Determinar retenções adicionais Planificar paredes pulpares Avivar ângulos diedros • RODA: Determinar retenções (classe V) . 1 5 (Obs: as Brocas podem ter as formas lisas ou picotadas) LÂMINA CORTANTE De acordo com o tipo de corte, as fresas podem ser lisas (A) ou picotadas (B). Tipo de corte das fresas. A ponta ativa das fresas pode se apresentar de forma longa (B), ou curta (A). 1 6 As fresas apresentam diferentes números de lâminas, e cada uma tem sua função: => 8 lâminas: remoção de dentina cariada (A); => 12 lâminas: acabamento de escultura de amálgama (B); => 30 lâminas: acabamento de resina composta (C). Também, as fresas podem apresentar duas formas de extremidade de ponta ativa: => Extremidade plana (A); => Extremidade arredondada (B). INSTRUMENTOS DE DESGASTE São instrumentos que desgastam por atrito as estruturas dentárias e materiais restauradores. Segundo o método de colocação do abrasivo na ponta ativa esses instrumentos são divididos em: • Instrumentos abrasivos aglutinados: partículas ficadas por substâncias aglutinantes a uma base metálica • Instrumentos abrasivos de revestimento: partículas cimentadas a uma base flexível (discos polimentos) 1 7 DISCOS Caracteriza-se por serem abrasivos de revestimento, tendo uma fina camada de abrasivos cimentados em base flexível. Os discos têm como finalidade realizar o refinamento ao preparo cavitário ou à restauração. Possui diferentes tipos de abrasividades, com granulação grossa, média e fina. Esses discos são encontrados em vários diâmetros, a saber—> 1/2, 5/8, 3/4 e 7/8”, e com distintos sistemas de encaixe nos mandris. PONTAS PONTAS DIAMANTADAS: Reduzem a estrutura dentária, esmalte, e dentina, e devem ser utilizados em refrigeração aquosa para eliminar os detritos que se depositam nos grãos abrasivos, tendo como consequência a redução da eficiência de desgaste e maior produção de calor friccional. Assim como as brocas, possuem ponta ativa, intermediário e haste e são constituídas de um único material para todas essas partes. No entanto, a ponta ativa é formada por partículas abrasivas diamantadas aglutinadas ao metal. Pontas diamantadas para acabamento de resina composta: possui diâmetro de granulação fina (45 µm) e ultra-fina (15 µm). 1 8 PEDRAS PEDRAS MONTADAS: Possuem grande variadas de formas e diâmetros de pontas ativas. Podem ser utilizadas nas três modalidades, alta rotação, contra-ângulo e peça reta. Nas formas de alta rotação e contra- ângulo, são utilizadas diretamente na cavidade oral para acabamentos e polimentos iniciais. Na forma de peça reta, para acabamentos em grande peças, como próteses removíveis. As granulações de suas pontas ativas também são variáveis entre grossa e fina. As diferentes colorações das pedras montadas serve para distinguir a granulação se sua utilização é para metal, cerâmica, resina composta, resina acrílica, etc. BORRACHAS BORRACHA MONTADA: São semelhantes às pedras, tanto para contra-ângulo, como para peça reta, apresentam formas e diâmetros variados. São borrachas abrasivas que a granulometria varia de grossa a extrafina, dependendo do formato e do fabricante. São utilizadas em polimentos de amálgama, resina composta, resina acrílica ou porcelana. Suas cores variam de acordo com seus empregos. São basicamente pontas em forma de chama, roda ou taça. 1 9 TORQUE Resistência do instrumento rotatório após pressão executada pelo contato de superfície que está sendo submetido ao corte, sem a suspensão do movimento. CONCENTRICIDADE E EXCENTRICIDADE Concentricidade se caracteriza como a simetria da ponta ativa da broca. Excentricidade tem relação com o intermediário e a haste da broca, uma broca excêntrica tem sua eficiência de corte menor e desgasta de maneira incorreta, assimétrica e irregular a estrutura dentária. CALOR FRICCIONAL Grande parte da energia cinética da broca ou da pedra, em contato com o dente, se transforma em calor REFERÊNCIAS Livro: Fundamentos de Dentística Operatória José Mondelli Capítulo 03 2 0
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