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Anatomia e fisiologia ocular 7˚ semestre GLOBO OCULAR Divisao em 3 tunicas: 1. EXTERNA (FIBROSA): córnea, limbo e esclera. 2. MÉDIA (ÚVEA): íris, corpo ciliar e coroide. 3. INTERNA: retina. TUNICA EXTERNA 1. Córnea à Avascular, muito enervada PELO NERVO TRIGEMIO ( ramo oftálmico) (40x mais enervada do que a polpa do dente). à Espessura media: 550 micras na parte central e mais espessa na periferia (700-800 micras) à nutrida pelo LIMBO, O2 do meio externo e pelo humor aquoso. à Funções: proteção e óptica à Camadas da córnea: Endotélio: através das bombas de sódio e potássio retira o excesso de agua, permitindo uma córnea e sem edema. à Inflamação da córnea: ceratite 2. Conjuntiva à Membrana mucosa e transparente à Dividida em: bulbar e palpebral. à alteracoes importantes: Conjuntivite: inflação da conjuntiva. Causas: bacterianas, virais, alérgicas... Quemose: edema da conjuntiva. Causa principal: alérgica Pterígio: degeneração da conjuntiva e pode entrar um pouco na córnea. Principal causa: exposição solar. 3. Esclera: parte branca dos olhos à Espessura de 0,6mm à Mais fina na inserção dos músculos retos (0,3 mm) à Avascular à 75% colágeno e 25% fibras elásticas e glicoaminoglicanos ( ac hialuronico e sulfato de condroitina) Entre esclera e córnea fica o LIMBO ( parte muito nobre, onde se localizam as células tronco - > funções: cicatrização da córnea, e nutrição) à Alteracoes: 4. Íris: parte colorida dos olhos à Cor modifica até 2-3 anos de idade. à Localização: túnica media, porção anterior. à Orifício central: pupila. à Função: controlar a luz penetrante. à Possui dois MUSCULOS muito importantes: 1. ESFÍNCTER DA PUPILA: inervação parassimpática. à Miose 2. DILATADOR DA PUPILA: inervação simpática. (luta ou fuga) à Midríase ✓VIA AFERENTE : Estimula células ganglionares e vai ate o trato optico e conecta-se ao núcleo pré-tectal, onde os axônios se conectam bilateralmente aos neurônios do núcleo de Edinger- Westphal ✓VIA EFERENTE: Axônios do núcleo de Edinger-Westphal se conecta ao n. oculomotor , que faz sinapse com o gg ciliar => esfíncter da pupila CAMARA ANTERIOR: espaço entre íris e córnea à Principais alterações: Hifema: sangue na câmara anterior. Hipópio: pus na câmara anterior. 5. Cristalino: lente biconcoxa. à Localizado atrás da íris. à NÃO possui vasos e nervos à Zônula ciliar: sistema de fibras orientadas radialmente, que mantem o em sua posição. à Função: acomodação = focalização dos raios luminosos sobre a retina. à Principais alterações: Catarata: é a opacificação do cristalino. Principal causa: senil. PROCESSOS/ CORPOS CILIARES: O corpo ciliar é uma dilatação da coroide na altura do cristalino, e reveste a superfície interna da esclera, sendo formado por duas faces. No corpo ciliar estão os processos ciliares, que são extensões de uma das faces do corpo ciliar e é onde o humor aquoso é produzido. à função: acomodação e produzem de humor aquoso (epitélio). à Auxilia na acomodação. HUMOR AQUOSO à Função: nutrir o cristalino e a córnea. à Líquido claro produzido no epitélio do corpo ciliar. à Circula da câmara posterior até a câmara anterior. à Composição: 99% H2O e 1% glicose, O2, aminoácidos, proteínas, sódio, cálcio, magnésio, ac ascórbico e ac lático. à Drenagem: na câmara anterior ele é DRENADO pelos CANAIS DE SCHELMM. à Vias de escoamento: Trabeculado → canal Schlemm ou canal úveo-escleral → canal coletor → veias episclerais Desequilíbrio entre produção e drenagem do humor aquoso leva a alteracoes na pressão intraocular ( PRESSAO INTRAOCULAR NORMAL = 20mmHg) *Aumento da pressão intra ocular esta relacionado a desenvolvimento de GLAUCOMA. MECANISMO DE ACOMODAÇÃO à É o processo onde o olho muda o poder refrativo para focas em objetos em distancias diferentes, o que ocorre graças a mudanças na curvatura do cristalino promovidas pela contração dos músculos ciliares transmitida pela zônula ciliar ao cristalino. à Ocorre a contração do músculo ciliar com relaxamento da zônula e aumento na curvatura do cristalino. Tríade funcional da acomodação para perto: ✓ Aumento da curvatura do cristalino ✓ Miose ✓ Convergência dos eixos visuais Tríade funcional da acomodação para longe: ✓ Diminuição da curvatura da lente ✓ Midríase ✓ Divergência dos eixos visuais. 6. Coróide: membrana. à Ultima parte da túnica média (ou uvea) à Função: nutrir parte da retina. 7. Humor vitreo à Gel claro e avascular. à Preenche certa de 2/3 do volume ocular. à Composição: 99% água, 1% colágeno e ácido hialurônico. à Membrana externa: hialoide -> ponto de fixação do gel. à Função: manter a forma no olho. Deslocamento de humor vítreo: leva ao que conhecemos como: moscas volantes -> pode ocorrer processo senil de envelhecimento. 8. Retina à Parte mais interna à Porção sensorial fotorreceptora. à Possui 10 camadas: epitélio pigmentado(porção não neural) + 9 camadas. à Porção neural: fotorreceptores, células bipolares (1˚ ordem) e células ganglionares (2˚ ordem). Retina central normal: FOTORREPTORES: cones e bastonetes. 1. Cones: à 6 milhões em cada olho. à LOCAL: Grande densidade na mácula. à Únicos fotorreceptores da fóvea àVisão de detalhes e cores. 2. Bastonetes: à 120 milhões em cada olho. à LOCAL: predominam na periferia da retina. à Mais sensíveis a luz. (precisam de estimulo menor) à Visão noturna e orientação visual. 9. Nervo óptico à Fibras ganglionares. à Comprimento total: 5-6 cm. à Possui 3 porções: 1. Porcão intraorbital (1mm); 2. Porcão orbital (25mm); 3. Porcão intracanalicular (10mm); 4. Porcão intracraniana (16mm). Anatomia das estruturas anexas 1. ÓRBITA à Volume da orbita no adulto: 30 ml à Globo ocular ocupa 20% do volume, o restantente é gordura e musculo. à Formada por 7 ossos: 1. Frontal 2. Maxilar 3. Lacrimal 4. Palatino 5. Zigomático 6. Esfenóide 7. Etmóide à Relação anatômica: Acima: seio frontal Abaixo: seio maxilar Medial: seio esfeinodal e etmoidal. à Inervação: NERVO TRIGEMIO (ramos oftálmico e maxilar) à Irrigação: pela ARTERIA OFTALMICA E MAXILAR (são ramos das artérias carótida interna e externa). à Drenagem: VEIA OFTALMICA e infra orbital (são ramos das veias jugular interna e externa) à Possui vários forames que dão passagem a nervosa e vasos sanguíneos: Principais forames: Fissura orbital superior e inferior, da passagem a: à Diversos Nervos sensitivos e motores extraoculares. à Veia oftálmica. Canal óptico, da passagem a: à Nervo óptico à Artéria oftálmica. 2. MÚSCULOS EXTRAOCULARES (extrínsecos) Músculo levantador da pálpebra Alteração: ptose (queda da pálpebra) Retos: se originam do anel tendíneo comum. 1. Superior: à movimento de elevação 2. Inferior: à movimento de abaixamento. 3. Medial: à adução 4. Lateral: à abdução Oblíquos 1. Superior à principal rotador medial 2. Inferior à se origina da parte anterior da orbita à principal rotador lateral do olho Todos os movimentos do olho precisam da ação conjunta de vários músculos, que se auxiliam como sinergistas ou se opõem como antagonistas, assim, músculos que são sinérgicos para uma ação podem ser antagonistas para outra. 3. VASCULARIZAÇÃO à Artéria oftálmica à Artéria infraorbital à Artéria central da retina. • Ramos terminais: responsáveis pela nutrição da face interna da retina. 4. DRENAGEM A drenagem da órbita é feita pelas veias oftálmicas superior e inferior. Erros de refração Refração: termo usado pelo oftalmologista para indicar o grau do paciente. Dioptria: medida do poder derefração da lente. o Quanto maior o número de dioptrias, maior o desvio da luz Número de dioptrias= 1/distância focal (m) D=1/F (em metros) Tipos o Miopia o Hipermetropia o Astigmatismo o Alteracoes de acomodação (presbiopia) o Checar motilidade ocular o Principais queixas relacionadas a consulta oftalmológica. Fatores envolvidos o Idade o Profissão o Perfil psicológico o Doenças associadas o Hereditariedade Sinais e sintomas – astenopia= sintomas inespecíficos relacionados ao erro de refracao não corrigido o Baixa acuidade visual o Sensação de peso nos olhos o Cansaço após esforço visual o Dores de cabeça o Ardência ocular, lacrimejamento, desconfortos inespecíficos o Visão dupla, baixo contraste EXAME PELA TABELA DE SNELLEN 20/20 – NORMAL 20/200 – PIOR EMETROPIA – quando os olhos luminosos alcançam a retina na ausência de acomodação. Ou seja ausência de erro refrativo. AMETROPIA – erro refrativo Dioptrias esféricas (DE) ● Miopia - ● Hipermetropia + HIPERMETROPIA : dificuldade em enxergar da longe. o A imagem se forma atrás a retina. o Correção: LENTES CONVERGENTES MIOPIA:. dificuldade em enxergar de longe - acomoda pouco o Olho muito grande, ou córnea muito curta. o A imagem se forma antes da retina. o Correção: LENTE DIVERGENTES. Dioptrias cilíndricas (DC) ASTIGMATISMO: é o estado refrativo do olho em que os raios de luz paralelos não alcanam um único ponto focal. o Mais comum: astigmatismo corneado – quando a córnea é mais curvada que o normal. o CORRECAO: lentes cilíndricas e em determinado eixo. Dioptrias esféricas (DE) ● Miopia - ● Hipermetropia + Dioptrias cilíndricas (DC) ● Astigmatismo – EXAME DE GRAU DE REFRACAO Autorefrator: da uma ideia aproximada do grau Analise subjetiva: exame subjetivo, em que o medico oferece varias opções de lente para refinar o grau. EM CRIANCAS Retinoscopia o Uso de reflexo luminoso oara medida objetiva do grau o Ideal para crianças e pacientes pouco colaborativos o Mede miopia, hipermetropia e astigmatismo PRESBIOPIA ( vista cansada ) o Rigidez do cristalino pela idade, e perda do poder de acomodação. A PRESCRIÇÃO MÉDICA GRAU ESFÉRICO (DE) o Miopia à grau NEGATIVO (-) o Astigmatismoà grau POSITIVO (+) GRAU CILINDRICO (DC) o astigmatismo à grau NEGATIVO (-) ADIÇAO o presbiopia à grau positivo (óculos bifocais ou multifocais) CORREÇÃO o Óculos o Lente de contato o Cirurgia refrativa ● PRK (córneas mais finas) à mexe menos na arquitetura do olho ● LASIK (córneas mais grossas) à faz um corte na córnea (recuperação mais rápida) o Lente intraocular AMBLIOPIA à Déficit visual secundário a não estimulação à Quando um olho não é estimulado no desenvolvimento. à Para evitar a diplopia e confusão de imagens o cérebro vai realizar fenômenos de inibição - deletando o olho que tem imagem ruim à Pode ser corrigido ATÉ os 7 ANOS de idade Tratamento: OCLUSÃO do olho bom, para estimular o olho ruim Causas: o Estrabismo o Privação o Ametropia o Anisometropia Privação • Catarata congênita o Impede a passagem das imagens • Brafatoptose o Fechamento da pupila • Estrabismo o Desvio ocular na infância (esotropia ou exotropia) Anisometropia • diferença de grau entre os 2 olhos • Principalmente na hipermetropia, miopia menos frequente • Teria que corrigir essa diferença: tampão, se necessário, p/ forçar o olho ruim a trabalhar Orgânica • Excesso de tabaco/álcool o Perda bilateral de visão central o Escotomas cecocetral (área de fixação e mancha cega) Nistagmo • Tremor no olho involuntário • Dificulta visão, gerando uma ambliopia CLASSIFICAÇÃO • Leve: diferença de 2 a 3 linhas • Moderada: diferença de 4 a 5 linhas • Grave: diferença maior do que 5 linhas DIAGNÓSTICO • É feito por exclusão • Refração • Refração dilatada • Ver se tem alguma lesão orgânica • Se paciente ler 2 ou 3 linhas a menos: ambliopia
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