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AULA 01 ANATOMIA DO OLHO

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EMILY NARA – MEDICINA UPE ST
Anatomia funcional do olho
INTRODUÇÃO
ÓRBITA
· 
· Cada olho repousa dentro de uma cavidade óssea (a órbita), que o protege em todas as direções, com exceção da sua parte anterior.
· Os músculos que movem o olho unem-se no ápice orbitário formando o cone muscular. 
· Dentro da órbita ainda encontramos os nervos motores, sensoriais e autonômicos do olho e de estruturas associadas.
· O espaço orbitário é preenchido por gordura e por uma complexa malha de tecido conjuntivo que ajuda na sustentação do globo ocular e na interação com os músculos extraoculares.
· As paredes ósseas da órbita formam uma estrutura piramidal. 
· São constituídas pelos ossos frontal, maxilar, zigomático, etmoidal, lacrimal e esfenoidal. 
· A parede medial e o assoalho da órbita são finos.
· Quando uma forte pressão é exercida sobre a órbita (por exemplo nos traumas), sua descompressão através de fraturas do assoalho ou da parede medial ajuda a minimizar o dano ao globo ocular. 
· Por outro lado, infecções dos seios maxilar e etmoidal podem facilmente penetrar na órbita.
· No ápice orbitário, o forame orbitário leva o nervo óptico, posteriormente, para o quiasma óptico intracraniano, e a artéria oftálmica, anteriormente, para a órbita. 
· Lateralmente ao forame, existem duas fissuras:
· A fissura orbitária superior, a qual dá passagem para os nervos lacrimal, frontal e nasociliar (divisão oftálmica do V par craniano), para os III, IV e VI pares cranianos e para a veia oftálmica superior.
· A fissura orbitária inferior, a qual permite a saída da veia oftálmica inferior e a entrada da divisão maxilar do V par craniano.
· Os quatro músculos retos extraoculares (medial, superior, lateral e inferior) deixam o ápice da órbita para se inserir no globo ocular de 5 a 7 mm atrás da junção córneo-escleral. Eles formam um cone, cujo interior possui nervos sensoriais e autonômicos, artérias do globo ocular, nervo óptico e nervos motores para todos os músculos extraoculares, com exceção do músculo oblíquo superior. 
· Portanto, a compressão do ápice orbitário por um tumor, por exemplo, pode resultar na perda da sensibilidade corneana, na redução dos movimentos oculares e no prejuízo da função visual, assim como num deslocamento anterior do globo ocular (proptose). 
· A completa anestesia ocular, por injeção local, requer que o anestésico seja injetado ou difundido para esse espaço intraconal.
MÚSCULOS EXTRAOCULARES
· Os 4 músculos retos têm uma adesão posterior comum no anel de tecido conjuntivo que circunda o canal óptico e que divide a fissura orbitária superior em 2 compartimentos.
1, Reto lateral: inervado pelo VI par craniano (abducente). Sua contração move o olho lateralmente e, portanto, sua paralisia gera um desvio para dentro (convergente).
2. Reto medial: inervado pelo III par craniano (oculomotor). Sua contração move o olho nasalmente.
3. Reto superior e inferior: esses músculos não só movem o olho para cima e para baixo, respectivamente, mas também têm ações adicionais, ajudando na adução (movimento em direção ao nariz) e na rotação. Eles também são inervados pelo nervo oculomotor.
4. Oblíquo superior: o músculo oblíquo superior se origina na região posterior da órbita, sofre um desvio em um tipo de polia (tróclea) situada atrás da rima orbitária súpero-nasal, e é então direcionado para trás, para se inserir no globo ocular. É inervado pelo IV par craniano (troclear). Age principalmente na rotação do olho, mas também contribui para o movimento lateral (abdução) e para alguma depressão ocular. 
5. Oblíquo inferior: O músculo oblíquo inferior origina-se na rima orbitária inferior próximo à parede medial e passa lateralmente, e, posteriormente, para se aderir ao globo próximo à topografia da mácula. Como o oblíquo superior, ele roda o olho e ajuda na elevação e na abdução. É inervado pelo nervo oculomotor.
MÚSCULO LEVANTADOR DA PÁLPEBRA
· O músculo levantador (inervado pelo III par craniano) projeta-se anteriormente na forma de uma ampla aponeurose, ligando-se na placa tarsal superior e na pele da pálpebra superior.
· Associadas a ele encontram-se fibras de músculo liso inervadas pelo sistema nervoso simpático. 
· A função do músculo levantador é a de elevar a pálpebra superior.
ANATOMIA DO GLOBO OCULAR
· O olho humano é uma estrutura composta por diversos tipos de tecido, parte deles especializado nas propriedades da refração da luz, focalizando os raios luminosos no plano da retina, um tecido extremamente especializado em converter os estímulos luminosos em corrente elétrica, transmitindo-os de forma precisamente organizada para o nervo óptico que, por sua vez, conduz tais estímulos às vias ópticas do SNC.
· O olho recebe cerca de 85% dos estímulos do ambiente – órgão que mais traz informações do meio externo (órgão-nobre). 
· Obs.: quando se quebra um osso que tem seio, pode sentir ar, pode-se sentir crepitações ao exame físico.
BULBO OCULAR:
· Dividimos as estruturas anatômicas do olho humano em 3 camadas (túnicas) que, da porção externa para interna, são denominadas:
· Túnica externa ou fibrosa: córnea e esclera.
· Túnica média ou vascular ou trato uveal: íris, corpo ciliar, coroide;
· Túnica interna ou neurossensorial: retina.
· 2 segmentos – anterior e posterior.
SEGMENTO ANTERIOR 
· Câmara anterior – espaço entre a córnea e a íris.
· Localização do ângulo iridocorneano (goinoscopia).
· Câmara posterior – espaço posterior à íris e anterior ao cristalino.
· Produção do humor aquoso.
CÓRNEA
· Porção anterior do globo ocular, compreendendo cerca de 1/6 da túnica externa/fibrosa.
· Continua posteriormente com a esclera.
· Estrutura convexa, transparente que recobre a parte posterior do olho.
· AVASCULAR – importante para manutenção da sua transparência.
· Ricamente inervada, o que confere extrema sensibilidade à região (sensação de areia no olho).
· Inervação pelos nervos ciliares longos e curtos (NC V1).
· Funciona como uma grande lente, responsável por redirecionar os raios luminosos para dentro do olho.
· Trata-se da estrutura mais importante para o poder refrativo do olho.
· Unicamente modificada para transmitir e refratar a luz.
· Nutrição: Humor aquoso, lágrima e vasos do limbo – responsáveis por manter a viabilidade da córnea.
· Uma parte do oxigênio chega através do ar atmosférico, dissolvendo nas lágrimas que banham a córnea. 
· Oxigênio e nutrientes também alcançam os tecidos corneanos por meio do humor aquoso e dos vasos perilímbicos.
· A isquemia do limbo pode levar a um afilamento corneano periférico (melting), e a restrição da oxigenação através do filme lacrimal (devido ao uso de lentes de contato, por exemplo) pode resultar em ulceração da córnea.
· Função: proteção contra invasão de microrganismos e transmissão e refração da luz.
· Espessura: 
· Central: 0,5 mm;
· Periférica: 0,7 mm.
· Diâmetro: tem um formato esférico quase perfeito, porem o seu diâmetro horizontal é discretamente maior que o diâmetro vertical num adulto médio.
· Horizontal: 11,7 mm.
· Vertical: 10,6 mm.
· Poder refracional:
· 43-44 dioptrias.
· Responsável por 2/3 da refração ocular.
CAMADAS DA CÓRNEA:
· O tecido da córnea é composto por 5 camadas, de externo para interno:
1. Epitélio: estratificado não queratinizado, de alto potencial de renovação e reparo.
· Uma lesão puramente epitelial pode ser reconstituída em apenas 3h ou até poucos dias, não deixando sequelas.
2. Membrana de Bowman: constituída por fibras colágenas e glicosaminoglicanas, tendo uma espessura de 8-14 micras.
· Não tem boa capacidade regenerativa; 
· Lesões que atingem a membrana de Bowman costumam evoluir com difícil cicatrização, irregularidades e mancha corneana (haze) que, se for localizada na projeção da pupila, pode comprometer a visão.
· Entre o epitélio e a MB é onde se encontra o plexo de fibras nervosas responsáveis pela inervação sensitiva da córnea, além de ter função trófica sobre suas céls.
3. Estroma: camada mais espessa da córnea, representando 90% da espessura corneana.
· Fibras colágenas paralelas à superfície,dispondo-se em camadas firmemente unidas, porém diversamente anguladas entre si, entremeadas por fibroblastos.
· Essa disposição é responsável pelo alto poder refrativo da córnea, enquanto que sua relação proteína-água e a ausência de vasos sanguíneos mantêm sua transparência. 
4. Membrana de Descemet: membrana colágena resistente, que funciona como membrana basal da camada de céls do endotélio.
5. Endotélio: camada mais interna da córnea, composta por uma fila única de céls (camada única de céls hexagonais).
· Regula as trocas osmolares e hidroeletrolíticas entre a córnea e o humor aquoso.
LIMBO
· Zona de transição entre córnea e esclera.
· Vasos sanguíneos (perilímbicos) – processos inflamatórios da córnea.
· Canal de Schlemm – seio venoso da esclera onde há drenagem do humor aquoso.
ESCLERA
· Camada fibrosa que recobre externamente o globo ocular e promove suporte e proteção às estruturas internas do olho.
· Resistente e bem elástica.
· “Se continua” com a córnea.
· AVASCULAR, apesar de apresentar vasos em sua superfície, e relativamente acelular.
· Vasinhos em cima da esclera – conjuntiva (cobre a esclera). 
· Porção anterior - “Parte branca do olho”.
· Recoberta pela conjuntiva bulbar e episclera.
· Constituída por fibras colágenas – barreira física para o conteúdo intraocular.
· Compreende cerca de 5/6 da superfície do globo ocular.
· Suporte: fixação dos músculos extrínsecos e intrínsecos do bulbo ocular.
· Inervação: nervos ciliares longos.
EPISCLERA:
· Fina camada de tecido frouxo, ricamente vascularizada, localizada entre a esclera e a conjuntiva, recoberta por uma capa de tecido elástico, a cápsula de Tenon.
· Episclerite: inflamação da episclera.
· Esclerite: inflamação da esclera propriamente dita, sendo um processo inflamatório mais profundo e de maior gravidade.
· Tanto a episclerite como a esclerite possuem importante associação com colagenoses e vasculites.
CONJUNTIVA
· Membrana mucosa transparente que cobre as pálpebras posteriormente e cobre a superfície anterior do olho até a córnea.
· Na reflexão superior e inferior, entre o globo ocular e as pálpebras, a conjuntiva forma um fundo de saco, denominado “fórnice”.
· A conjuntiva é firmemente aderida às pálpebras, frouxamente aderida ao globo ocular e encontra-se livre na região dos fórnices.
· Portanto, inflamações podem causar edema (quemose) na região dos fórnices e da conjuntiva bulbar.
· Quemose: edema conjuntival (mais comum na conjuntiva bulbar).
· A inflamação da conjuntiva causa congestão vascular – conjuntivite.
· Ricamente vascularizada: artérias ciliares anteriores e posteriores.
· Inervação: n. oftálmico (divisão oftálmica do V par).
· A conjuntiva é composta de uma camada epitelial e de um estroma subjacente. Na camada epitelial encontramos as células caliciformes, responsáveis pela secreção de mucina (importante componente do filme lacrimal).
· Auxilia na lubrificação dos olhos: produção de céls componentes da lágrima.
· Auxilia na proteção do olho: reação à presença de microrganismos.
· Facilita o livre movimento do globo ocular e promove uma superfície lisa para que as pálpebras deslizem sobre a córnea.
· Conjuntiva bulbar (cobre o olho): estrutura transparente que contém uma grande quantidade de pequenos vasos sanguíneos e terminações nervosas.
· Conjuntiva tarsal: conjuntiva que recobre a pálpebra.
ÍRIS
· Porção anterior da úvea.
· Divide o espaço entre a córnea e o cristalino em câmara anterior e posterior.
· Possui um orifício central – pupila.
· “Parte colorida do olho”.
· Tecido conjuntivo composto por fibras musculares, vasos sanguíneos e céls pigmentares, que promovem a cor dos olhos.
· Camadas da íris, de externo para interno, são:
1. Epitélio simples, em continuação com o endotélio da córnea.
2. Estroma da íris, um tecido conjuntivo frouxo ricamente vascularizado e inervado, contendo mais fibras colágenas em sua superfície.
3. Epitélio de dupla camada, sendo uma delas constituída por epitélio pigmentado da íris, o qual contém muitos melanócitos, o que torna a íris uma membrana opaca à luz.
· Função: Controla a quantidade de luz que entra no olho por meio da regulação do tamanho da pupila, protegendo contra danos causados por excesso de luminosidade.
· A pigmentação da íris reduz a lesão intraocular mediada pela luz.
· A cor dos olhos depende da quantidade de pigmento presente na íris: olhos azuis contém menos quantidade de pigmento do que olhos marrons.
· A íris forma um ângulo com a córnea, chamado ângulo iridocorneano, no qual ocorre a maior parte da drenagem do humor aquoso, através de uma rede trabecular e do canal de Schlemm.
· Músculos: esfíncter da íris (miose) e radial da íris (midríase).
· A dilatação da pupila é causada por contrações de fibras musculares lisas radiais inervadas pelo sistema nervoso simpático.
· A contração pupilar ocorre quando um anel de fibras musculares lisas em torno da pupila se contrai. Esse anel é inervado pelo sistema nervoso parassimpático.
PUPILA
· Orifício central da íris, por onde a luz passa para dentro do olho.
· O tamanho da pupila é controlado pela contração muscular e se ajusta conforme a intensidade da luz.
· O diâmetro normal da pupila é de 2-4mm, variando por influência autonômica, entre 0,5mm (miose máxima) e 8mm (midríase máxima).
· M. esfíncter da pupila e M. dilatador da pupila: variação do tamanho do diâmetro da pupila.
· Em ambientes claros, o anel de fibras musculares em torno da pupila se contrai, fazendo com que a pupila se feche (miose) e, em ambientes escuros, o músculo dilatador da pupila aumenta a abertura pupilar (midríase). 
HUMOR AQUOSO
· Líquor transparente, de consistência aquosa, composto por sais dissolvidos (parecido com o plasma).
· Preenche as câmaras anterior e posterior.
· É produzido nos processos ciliares por ultrafiltração e secreção ativa.
· Composição: glicose, oxigênio e AA que servem de nutrientes para a córnea e o cristalino.
· Função: nutrição da córnea, a íris e o cristalino.
· Trajeto: flui para a câmara anterior pela pupila, seguindo para o ângulo iridocorneano. Vai para o seio venoso da esclera. Em seguida para as veias episclerais.
· A drenagem do humor aquoso é importante, pois o acúmulo do líquido pode promover o aumento da pressão intraocular.
CRISTALINO
· Grande lente biconvexa e transparente que tem por objetivo, assim como a córnea, redirecionar os raios luminosos para dentro do olho.
· Lente biconvexa discoide (3 partes): cápsula externa, epitélio subcapsular anterior e massa interna.
· Composição: 65% água e 35% proteínas e minerais. O cristalino é relativamente desidratado e suas fibras contêm proteínas especiais, o que gera sua transparência.
· Poder refrativo: 20 a 30D (1/3 do poder refrativo do olho).
· Um cristalino de um adulto tem em média um diâmetro de 9mm e uma espessura de 4mm. Essa espessura pode aumentar cerca de 1mm com o reflexo da acomodação, aumentando o seu poder refrativo de 20D (repouso) para 30D (acomodação).
· Responsável pela habilidade do sistema visual de focalizar imagem de perto e longe por meio da acomodação (mudança no formato da lente).
· Cápsula do cristalino: inserção das fibras da zônula, que permite a acomodação visual e a focalização a partir de movimentos do músculo ciliar.
· Com a idade, esse poder de acomodação diminui, pelo enfraquecimento natural dos músculos e aparece a dificuldade para leitura.
· A perda da transparência que ocorre pela idade leva a dispersão dos raios luminosos causando o embaçamento visual e sensação de névoa – catarata senil.
· A catarata é a opacidade do cristalino com alguma perda da qualidade visual.
CORPO CILIAR
· Porção intermediária da úvea; une a íris a coroide.
· Estrutura formada por músculos ciliares responsável pela contração do cristalino (processo de acomodação visual).
· Segura o cristalino (2° lente do olho).
· Também tem como função a produção do humor aquoso e secreção do ácido hialurônico, uma das composições do humor vítreo.
· Ligado ao cristalino através das fibras zonulares (ou zônula), que mantêm o cristalino mais “esticado”(menos convexo), posição essencial para garantir nitidez para a visão de longe.
· A contração de fibras musculares presentes no músculo ciliar causa uma redução em sua circunferência; isso reduz a tensão na zônula, fazendo com que a elasticidade natural do cristalino gere um aumento em sua convexidade, propiciando um melhor foco para a visão de perto. Esse fenômeno é chamado “acomodação”, o qual é controlado por fibras parassimpáticas do nervo oculomotor (III par craniano). 
· O relaxamento das fibras é um processo passivo, aumentando a tensão na zônula, de forma que aplaina o cristalino, gerando melhor visão para longe - se o corpo ciliar afrouxa, o cristalino fica mais larguinho.
· Duas porções/camadas:
· Anterior (pars plicata) – parte interna enrugada, que contém o epitélio ciliar, que está em contato com o limbo.
· Posterior (pars plana) – parte externa achatada, que forma a ora serra que une-se à retina.
· Vascularização: artérias ciliares longas posteriores, artérias ciliares anteriores.
· Inervação: n. ciliares curtos e longos.
· O estroma do corpo ciliar é formado por um estroma ricamente vascularizado, revestido na face externa por um epitélio pigmentar escuro e na face interna por um epitélio de dupla camada (epitélio ciliar), sendo a camada mais superficial o maior responsável pela produção e secreção do humor aquoso.
· O estroma do corpo ciliar contém as fibras do músculo ciliar, o qual é inervado por fibras parassimpáticas; quando um objeto se aproxima do olho e a visão torna-se instantaneamente borrada, um arco reflexo mesencefálico age para estimular o músculo ciliar e acomodar o cristalino. Esse reflexo vem acompanhado de miose.
SEGMENTO POSTERIOR 
· Compreende os 2/3 posteriores do olho, delimitado anteriormente pelo cristalino e envolvendo humor vítreo, retina, coroide e nervo óptico. 
HUMOR VÍTREO
· Gel transparente que preenche 4/5 do globo ocular e está localizado entre o cristalino e a retina, ocupando toda a cavidade posterior ao cristalino.
· Função: nutrição da retina e manter o formato do globo – mantém a forma do olho.
· Ajuda no amortecimento do globo ocular e tem um menor papel como fonte de metabólitos.
· É composto por um líquido transparente de aspecto viscoso composto 99% por água, fibras de colágeno e ácido hialurônico.
· Aspecto de “clara de ovo”.
· 4,5 ml.
· Fixação: ora serrata, n. óptico e cápsula posterior do cristalino.
· Hialócitos: pouco numerosos, apresentando função fagocitária e de síntese do material extracelular.
· Com o avançar da idade, sofre progressiva liquefação (degeneração). Quando isso ocorre, pode haver tração e consequente descolamento da retina.
· Obs.: Na retinopatia diabética proliferativa, surgem neovasos na retina, que infiltram o corpo vítreo, mantendo-o ancorado à retina.
· Esse fato é o grande fator predisponente à hemorragia vítrea e ao descolamento da retina, 2 eventos que podem causar amaurose no diabético.
RETINA
· A retina é uma membrana fina que recobre a parede interna do olho.
· É formada por milhões de céls fotossensíveis que captam e decodificam os estímulos luminosos e convertem em impulsos elétricos, que são enviados por meio do nervo óptico ao córtex visual, onde a visão é processada.
· Dividida em retina central e retina periférica;
· 9 camadas neurossensoriais: 
· Fotorreceptora;
· Membrana limitante externa;
· Nuclear externa;
· Plexiforme externa;
· Nuclear interna;
· Plexiforme interna;
· De céls ganglionares;
· De fibras nervosas;
· Membrana limitante interna.
· Vascularização: artéria central da retina; 1/3 interno pela artéria coroidiana, e 2/3 externos pela veia central da retina.
· Vasos retinianos: seu endotélio não possui fenestrações (manutenção da barreira hemato-retiniana, isolando a retina da circulação sistêmica).
· A quebra dessa barreira, que ocorre na retinopatia diabética, leva a um edema retiniano e acúmulo de proteínas e lipídios, causando perda da transparência retiniana e diminuição da acuidade visual.
· Obs.: escavação aumentada – pensar em glaucoma (perda de visão periférica, visão tubular) – consumo das céls periféricas.
RETINA – CONES E BASTONETES:
· Camada fotorreceptora: formada pelas porções receptoras dos cones e dos bastonetes – 120 milhões de bastonetes e 7 milhões de cones.
· Os fotorreceptores contêm pigmentos visuais, como o retinol (vitamina A), ligados à proteína (opsina). 
· A absorção luminosa causa uma mudança estrutural e química que resulta na hiperpolarização elétrica do fotorreceptor.
· Externamente à retina neurossensorial encontra-se o EPR, uma camada única de células pigmentadas que são essenciais na fisiologia dos fotorreceptores.
· As células do EPR reciclam a vitamina A para formação do fotopigmento, transportam água e metabólitos, renovam os fotorreceptores e ajudam na redução do dano luminoso. 
· Prejuízo na função do EPR, que pode ocorrer com a idade e em muitos estados patológicos, pode levar a uma perda da função retiniana e, consequentemente, da visão.
· 10 camadas com 3 componentes celulares: cones/bastonetes, céls bipolares, céls ganglionares.
· Cones e bastonetes: elementos para percepção de luz em intensidade normal, permitindo visão a cores e com nitidez.
· Os bastonetes (maior número) têm maior funcionalidade para visão no escuro ou em movimento e estão distribuídos em toda a retina.
· Retina periférica x retina central (mácula): divisão baseada pela diferença de proporção cones/bastonetes.
· Periférica: maior quantidade de bastonetes em relação aos cones.
Propriedades dos cones e bastonetes – função, númeroe e concentração.
MÁCULA
· A mácula está localizada no centro da retina.
· É a região com maior concentração de cones (céls responsáveis pela visão de detalhes, acuidade visual e apreciação de cores), consequentemente, sendo a região de melhor visão.
· No centro da mácula há uma depressão, denominada fóvea, região formada apenas por cones, promovendo uma alta resolução da imagem captada.
CORÓIDE
· Camada uveal formada por um estroma ricamente vascularizado, cuja rede capilar origina-se primariamente de vasos sanguíneos supridos pelas artérias ciliares curtas.
· Porção posterior da úvea, que está localizada entre a retina (camada interna) e a esclera (camada externa).
· Ocupa 2/3 posteriores do olho.
· Função: aporte de oxigênio e nutrição das camadas mais externas da retina.
· É composta por tecido conjuntivo frouxo: rico em vasos sanguíneos, fibroblastos, fibras colágenas, elásticas e substância intercelular amorfa.
· Membrana de Brunch: separa a coroide da retina; tem aspecto hialino e espessura fnia, que mantém essas camadas unidas entre si.
· Alterações degenerativas dos componentes elásticos da membrana de Brunch podem desencadear o descolamento de retina espontâneo e contribuem para uma retinopatia muito comum em idosos: degeneração macular senil.
· Vascularização: artérias ciliar posterior curtas.
· Inervação: n. ciliares.
· Grande número de céls pigmentadas com melanina, contribuindo para o escurecimento do interior do globo ocular.
· Existe um espaço virtual entre a coroide e a esclera, o qual pode ser preenchido por sangue ou liquido seroso em algumas patologias oculares.
NERVO ÓPTICO
· Constituído por cerca de 1 milhão de axônios das células ganglionares da retina, que chegam ao nervo óptico através do disco óptico, o qual não possui fotorreceptores e corresponde, portanto, a uma mancha cega fisiológica.
· A maioria dos discos ópticos tem uma cavidade central, denominada “escavação”, a qual é pálida em comparação com a coloração rósea das fibras nervosas que a circundam.
· A perda das fibras nervosas, que ocorre no glaucoma e em outras patologias, resulta em um aumento dessa escavação.
· Emerge nasalmente ao polo posterior do olho, atingindo a cavidade craniana através do canal óptico.
· Une-se ao nervo óptico contralateral, formando o quiasma óptico.
· Suas fibras fazem sinapse com o corpo geniculado lateral, terminando no córtex visual primário do lobo occipital.
· O campo e a qualidade de visão são gerados pelos dois olhos conjuntamente.· Os nervos ópticos de cada olho são coordenados e conectados a outras áreas em nível cortical cerebral; disso resulta a visão. 
· Determinados centros motores, núcleos cranianos e conexões interligam os dois olhos (como as rodas da frente de um carro) para manter a visão binocular sem diplopia.

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