Buscar

Fluidoterapia em Espécies Domésticas

Prévia do material em texto

FLUIDOTERAPIA 
NAS ESPÉCIES 
DOMÉSTICAS 
M.V MSC. FERNANDA CANELLO BANDIERA 
COMPOSIÇÃO CORPORAL 
• 55% A 80% - ÁGUA 
• Variações fisiológicas 
Fluidoterapia nas Espécies Domésticas 
COMPOSIÇÃO CORPORAL 
Fluidoterapia nas Espécies Domésticas 
LIC: 40% do peso corporal 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LEC: 20% do peso corporal 
 * Plasma (4%-5%) 
 * Interstício (15%) 
 * Transcelular (-1%) 
EQUILÍBRIO HÍDRICO 
 
• OBTENÇÃO: ingestão e produto final do metabolismo 
 - Sede: hipotálamo (sede ou SRAA) 
 
 
• Excreção: urina, fezes, lactação e perdas inevitáveis (pele, 
respiração) 
 - Adh 
 
 
Fluidoterapia nas Espécies Domésticas 
DESEQUILÍBRIO HÍDRICO ENTRE 
OS COMPARTIMENTOS 
 
• < Ingestão de água 
 - < acesso a água, alterações neurológicas e sistêmicas 
 
• > Perda de fluidos 
 - Poliúria, vômito, diarréia, febre, sudorese (cavalos), queimaduras 
extensas, efusões 
 
Fluidoterapia nas Espécies Domésticas 
AVALIAÇÃO DO PACIENTE 
• Histórico clínico 
 - Possível estimar perda de fluido 
 - Vômito, diarréia 
 * 4ml/kg por episódio emético 
 
Ex: cão de 20 kg com dois episódios eméticos 
Fluidoterapia nas Espécies Domésticas 
AVALIAÇÃO DO PACIENTE 
• EXAME FÍSICO 
 
 - Grau de turgor da pele 
 - Umidade das mucosas 
 - Olhos 
 - Frequência e intensidade do pulso 
 - Tpc 
 - Depressão mental 
 - Fraqueza 
Fluidoterapia nas Espécies Domésticas 
AVALIAÇÃO DO PACIENTE 
• GRAUS DE DESIDRATAÇÃO 
Fluidoterapia nas Espécies Domésticas 
GRAU 
PERDA DE 
H2O 
SINTOMAS 
Inaparente < 5% Indetectáveis 
Leve 5 a 6%  Elasticidade pele, mucosas secas 
Moderada 7 a 9% 
 discreto TPC, olhos levemente profundos, 
 elasticidade, mucosas secas 
Grave 10 a 12% 
Pele não retorna,  TPC, mucosas secas, 
olhos profundos 
Choque 12 a 15% 
Taquicardia, pulso rápido e filiforme, choque, 
extremidades frias, morte iminente 
INDICAÇÕES DA FLUIDOTERAPIA 
 
• Correção da desidratação / manutenção do equilíbrio hídrico e eletrolítico 
 
• Manutenção de acesso vascular 
 
• Preservação da função renal em pacientes anestesiados 
 
• Correção eletrolítica e ácido-básica 
 
• Suporte nutricional 
 
Fluidoterapia nas Espécies Domésticas 
TIPOS DE FLUÍDO 
• Cristalóides 
 - Solutos eletrolíticos e não eletrolíticos capazes de penetrar 
todos compartimentos 
 - Uso geral 
 * Nacl 0,9%, nacl 7,5%, nacl 0,45% 
 * Ringer, ringer lactato 
 * Glicose 5% e 50% 
 
Fluidoterapia nas Espécies Domésticas 
TIPOS DE FLUÍDO 
• Colóides 
 - Substâncias de alto peso molecular que se mantêm exclusivamente 
no plasma 
 - Expansor plasmático 
 * emergências e hipoproteinemia 
 - Plasma, dextranos, albumina, hidroxietilamidos 
Fluidoterapia nas Espécies Domésticas 
TIPOS DE FLUÍDO 
• Aditivos concentrados 
 - Reposição de déficits específicos 
 * Nahco3 5%, K... 
 
• Outros 
 - Sangue, hemoderivados e substitutos, 
 Soluções de nutrição parenteral total 
 
Fluidoterapia nas Espécies Domésticas 
ESCOLHA DO FLUIDO 
 
 
 
Similar em composição e 
volume ao fluido perdido 
 
 
 
Fluidoterapia nas Espécies Domésticas 
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO 
• SUBCUTÂNEA 
 
Fluidoterapia nas Espécies Domésticas 
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO 
• ORAL 
 
- É a mais fisiológica 
 - Sonda nasogástrica, seringa, mamadeira 
 - Ideal para sol. Hipertônicas c/ alto teor calórico 
 - Não usar quando há vômitos ou perda líquida aguda e severa 
 - Cuidar com pneumonia aspirativa 
 
Fluidoterapia nas Espécies Domésticas 
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO 
• INTRAVENOSA 
 
 
Fluidoterapia nas Espécies Domésticas 
CATETERES INTRAVENOSOS 
• De veia periférica 
 - Uso máx. De 72h, risco trombose e infecção, fluxo posicional 
 
Fluidoterapia nas Espécies Domésticas 
CATETERES INTRAVENOSOS 
Fluidoterapia nas Espécies Domésticas 
CATETERES INTRAVENOSOS 
Fluidoterapia nas Espécies Domésticas 
QUANTIDADE DE FLUIDO (24H) 
• PASSO A PASSO 
 - CALCULAR O NECESSÁRIO DE ACORDO COM O QUE FOI 
PERDIDO: 
 DÉFICIT 
 
 - CALCULAR O QUANTO O ANIMAL IRIA INGERIR DURANTE AS 24H: 
 MANUTENÇÃO 
 
 
 DÉFICIT + MANUTENÇÃO = TOTAL DE FLUIDO 
Fluidoterapia nas Espécies Domésticas 
QUANTIDADE DE FLUIDO 
DÉFICIT 
 
MANUTENÇÃO 
 
 
EX: CÃO, ADULTO, MACHO, 10KG, VÔMITO, 7% DESIDRATAÇÃO 
 
Fluidoterapia nas Espécies Domésticas 
40 mL/kg (cães grande porte) 
50 mL/kg (cães médio porte) 
60 mL/kg (cães pequeno porte e gatos) 
60 a 130 mL/kg (filhotes e neonatos) 
Kg x desidratação (%) 
+ 
VELOCIDADE DE 
ADMINISTRAÇÃO 
• GPM = GOTAS POR MINUTO 
 1 – QUANTIDADE DE FLUIDO POR HORA 
 2 – QUANTIDADE DE FLUIDO POR MINUTO 
 3 – DETERMINAR GPM (QNT/MIN X GOTAS/ML) 
 
 * GOTAS/ML 
 - MACROGOTAS = 20 
 - MICROGOTAS = 60 
Fluidoterapia nas Espécies Domésticas 
GRANDES ANIMAIS 
• RINGER COM LACTATO 
 
• NACL 0,9% 
 
• GLICOSE 5% 
 
Fluidoterapia nas Espécies Domésticas 
GRANDES ANIMAIS 
Fluidoterapia nas Espécies Domésticas 
GRANDES ANIMAIS 
• CÁLCULO QUANTIDADE (24H) 
 
DÉFICIT = % DESIDRATAÇÃO X PESO (KG) = ML 
 
MANUTENÇÃO = 50 A 100 ML/KG/DIA 
 
EX: CAVALO 450KG COM CÓLICA E DESIDRATAÇÃO MODERADA 
(8%). 
 
Fluidoterapia nas Espécies Domésticas 
GRANDES ANIMAIS 
• VIAS DE ADMINISTRAÇÃO 
• ORAL 
• IV 
 
 
 
 
Fluidoterapia nas Espécies Domésticas 
MONITORIZAÇÃO 
• PESO 
 
• HIDRATAÇÃO 
 
• PRODUÇÃO DE URINA 
 
• HIPER-HIDRATAÇÃO 
 
• CATETER / EQUIPO 
 
Fluidoterapia nas Espécies Domésticas 
COMPLICAÇÕES 
 
• EXTRAVASAMENTO SC 
• HIPERHIDRATAÇÃO 
• DESEQUILÍBRIO ELETROLÍTICO 
• SANGRAMENTO 
• EMBOLISMO PULMONAR, FRAGMENTOS DO CATETER 
• INFECÇÃO PELO CATETER (LOCAL À SISTÊMICA) 
• FLEBITE (MECÂNICA, QUÍMICA, INFECCIOSA) 
Fluidoterapia nas Espécies Domésticas 
TÉRMINO DA FLUIDOTERAPIA 
• DESIDRATAÇÃO CORRIGIDA 
• INGESTÃO SATISFATÓRIA DE ÁGUA E ALIMENTOS 
• REDUÇÃO DO VOLUME GRADATIVO (24-48H) 
• IV  SC 
• VO DURANTE A FLUIDOTERAPIA PARENTERAL 
 
Fluidoterapia nas Espécies Domésticas

Continue navegando