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Semiologia da Genitália Externa

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Thais Alves Fagundes 
EXAME DA GENITÁLIA EXTERNA MASCULINA 
 SINAIS E SINTOMAS 
Distúrbios sexuais: 
• Disfunção erétil 
• Impotência sexual 
• Infertilidade 
• Ejaculação precoce: incapacidade de controlar o processo de ejaculação. 
• Ausência de ejaculação: falha na emissão do esperma por obstrução dos canalículos ejaculatórios. 
• Dispareunia: dor ou desconforto durante ou após o ato sexual. 
• Diminuição da libido: pode ser motivada por um processo orgânico ou por fatores psicossociais 
• Anorgasmia: incapacidade de chegar ao orgasmo durante o coito. 
 EXAME FÍSICO 
 
Região inguinal: 
Linfonodomegalia (“íngua”) 
 
Drenagem da genitália para linfonodos inguinais: câncer de pênis 
 
Drenagem dos testículos para linfonodos interaortocaval: 
• Orquite (não ocorre linfonodomegalia inguinal na orquite). 
• Câncer de testículo 
 
Hérnia inguinal Hérnia: protusão de estrutura de uma região para outra. 
• Hérnia inguinal ocorre pela passagem de uma estrutura pelo canal inguinal. 
• Hérnia inguino-escrotal: estrutura pode descer até o escroto. 
 
Manobra de Valsalva: 
• Aumento da pressão intra-abdominal. 
• Abaulamento na presença de hérnia. 
 
PÊNIS 
Pênis: composto pela glande peniana, pelo prepúcio e pelo freio. 
• Glande peniana é o final da uretra, um alargamento cônico formada pelo corpo esponjoso. 
• Corpos cavernosos são o tecido erétil do pênis. 
• Ereção peniana é um processo vascular. 
o Musculatura contrai, sinusoides abrem e se enchem de sangue, quando há estímulo. 
o Artérias são centrais e veias periféricas, aumento do corpo cavernoso comprime as veias. 
o Túnica albugínea mantém e suporta a pressão, além de aumentar de tamanho, sendo muito forte e maleável. 
Thais Alves Fagundes 
Retração completa do prepúcio: 
Fimose Estreitamento do anel prepucial, sendo este menor que a glande. 
Pode haver incapacidade de expor a glande e constrição. 
 
Classificação: fimose primária (criança) e fimose secundária (adulto). 
Graus de fimose: I a V 
Tratamento: 
• Criança: pomada que dilata o anel ou cirúrgico. 
• Adulto: cirúrgico com postectomia (remoção do prepúcio) 
Complicações: fimose aumenta o risco para câncer de pênis. 
Higiene local em crianças: 
• Não utiliza mais fazer retração do prepúcio. 
• Expõe a glande até onde consegue e limpa. 
• Utiliza um cotonete, se a glande for incapaz de ser exposta. 
 
Parafimose Emergência urológica 
Incapacidade de expor a glande e constrição, com risco de necrose. 
Tratamento: 
• Desconstrição manual. 
• Corte no prepúcio, antibioticoterapia (não realiza postectomia na urgência, apenas depois). 
 
Freio curto Percebido principalmente na ereção, podendo sangrar. 
Tratamento: cirúrgico (frenoplastia). 
 
Meato uretral: 
Posição (central) Má-formação: tratamento cirúrgico a depender do grau de alteração 
• Hipospadia: meato uretral mais inferior. 
• Epispádia: meato uretral mais anterior. 
 
Diâmetro (8mm) Compressão anteroposterior da glande, afastando lábios meatais. 
Estenose do meato uretral: estreitamento que dificulta a saída de esperma e de urina. 
 
Corrimento uretral Presença de secreção que sai pelo meato da uretra. 
Causas: uretrite e prostatite 
 
Priapismo Ereção involuntária, sem desejo sexual, prolongada 
 
Doença de Peyronie 
 
placas fibróticas à 
palpação do corpo 
peniano 
Curvatura do pênis por progressão de fibrose: 
• Placa de fibrose, possivelmente devido a microtraumas repetitivos (relação sexual) na região. 
• Túnica albugínea fibrosada impede o crescimento peniano, visto que a fibrose é um tecido inelástico. 
• Durante a ereção, ocorre curvatura do pênis para o lado da lesão. 
 
Tratamento: cirurgia de Nesbit 
• Pontos contralaterais para retificar o pênis, reduzindo o tamanho. 
• Realizar a cirurgia após a estabilização da placa, geralmente após 6 meses. 
• Indicações: incapacidade de relação sexual satisfatória ou por vontade estética. 
 
Fratura de pênis Trauma: 
• Levando ao rompimento da túnica albugínea. 
• Há perda imediata da ereção, pois era a túnica que estava mantendo o sangue no corpo cavernoso. 
• Pênis em aspecto de beringela, com hematoma na base do pênis. 
• Fratura de pênis apenas ocorre se houver ereção. 
 
Tratamento: costurar a túnica albugínea. 
Complicações: fibrose, que pode impedir o fluxo sanguíneo, causando disfunção erétil. 
 
 
Thais Alves Fagundes 
ESCROTO 
Escroto: bolsa que contém testículos, epidídimos, cordão espermático. Túnica albugínea do escroto sustenta os testículos. 
• Escroto tem papel na regulação da temperatura do testículo. 
• Cremaster contrai e relaxa de acordo com a temperatura ambiente. 
Lesões dermatológicas: 
Lúpias Cisto sebáceo na região do escroto 
 
Foliculite Se inflamação e infecção, pode evoluir para abcesso e grangrena de founier (evitar utilização de gilete) 
 
Grangrena de founier Necrose extensa por infecção. Exige ressecção ampla e posterior reconstrução cirúrgica 
 
Angioqueratoma Pequenas lesões vasculares benignas que podem sangrar 
 
Espermatocele / Cisto 
de epidídimo 
Cisto no escroto, que bolsa no epidídimo, contendo esperma 
Transiluminação da bolsa escrotal: 
Transiluminação 
positiva 
Hidrocele: 
• Há líquido entre os dois folhetos da túnica vaginal do escroto 
• Hidrocele é o acúmulo de líquido, por obstrução da drenagem por microgránulos 
 
Transiluminação 
negativa 
Hérnia inguinoescrotal 
Tumor 
 
Varicocele (varizes no escroto): 
• Infertilidade reversível 
• Devido à passagem de sangue na temperatura corporal, aumentando a temperatura do testículo 
• Impede espermatogênese, visto que testículos precisam estar 1 a 2°C abaixo da temperatura corporal 
• Lado esquerdo (90%): 
o Veia testicular direita drena para veia cava inferior, facilitando o retorno venoso. 
o Veia testicular esquerda drena para veia renal, devido à passagem da aorta abdominal. 
▪ Redução do retorno venoso. 
▪ Plexo venoso esquerdo tem maior pressão. 
▪ Favorecendo o aparecimento de varizes do lado esquerdo. 
• Tratamento: cirúrgico 
• Indicações: desejo de ter filhos e espermograma anormal 
TESTÍCULOS 
Testículos: estruturas ovais, pares, localizadas no interior das bolsas escrotais. Artéria testicular é ramo da aorta abdominal. 
• Produção de testosterona (células de Leyding) → vasos sanguíneos. 
• Produção e maturação dos espermatozoides: 
o Ducto eferente testículo → cabeça, corpo, cauda epidídimo → ducto deferente → próstata → vesícula seminal 
o Vasectomia: ducto deferente – estéril. 
▪ Não é castração, não afeta hormônio, não ocorre disfunção erétil e não altera libido por vasectomia. 
▪ Continua havendo ejaculação, pelo líquido prostático, porém sem espermatozoides. 
Palpação bimanual: sensibilidade, tamanho, simetria, superfície, mobilidade, consistência, nódulos, lesão. 
Pesquisa do reflexo cremastérico: avalia se o testículo se contrai – elevação – após estímulo. Ausente na torção testicular. 
Thais Alves Fagundes 
Orquialgia 
Orquialgia (dor no testículo): 
• Emergência médica 
• Não dar alta em orquialgia com início a menos de 24 horas, sob nenhuma hipótese. 
 
Diagnóstico diferencial: 
• Ultrassonografia com doppler. 
• Se não houver US com doppler, a conduta é cirúrgica. 
 
Orquite 
(inflamação) 
Infecção do testículo. Pode causar gangrena de Fournier. 
Associada a febre, calor local, rubor, e demais sinais flogisticos. 
Tratamento: anti-inflamatório 
 
Torção testicular 
 
Testículo roda em seu próprio eixo e torção impede que o sangue chegue ao testículo, havendo isquemia. 
 
Tratamento: cirúrgico. Pode ser destorcido manualmente para alívio de dor, antes do procedimento cirúrgico. 
 
Desfeita cirurgicamente < 6 horas: 90% de sucesso 
Desfeita cirurgicamente > 6 horas: risco de necrose, com perda do testículo (24h = 99% de chance de perda). 
 
Gangrena de Fournier: 
• Necrose extensa, de alta mortalidade, odor fétido, causado por microrganismos aeróbios. 
• Tratamento: resseção ampla e reconstrução plástica. 
• Causas: 
o Evoluide um abscesso escrotal ou de um abscesso perianal 
▪ Foliculite (se inflamar, infeccionar e evoluir para abcesso). 
▪ Orquite. 
o Ocorre principalmente em diabéticos descompensados.

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