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Definição DPOC * Segundo a Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease (GOLD) se caracteriza por sintomas respiratórios persistentes e limitação ao fluxo aéreo devido a alterações nas vias aéreas e/ou no parênquima pulmonar - é uma doença comum, prevenível e tratável; - a limitação do fluxo aéreo usualmente é progressiva e associada à uma resposta inflamatória do pulmão partículas ou gases nocivos. Epidemiologia * É mais comum em idosos < 65 anos; * Prevalência global de 15,7% em homens e 9,9% em mulheres; * Foi a 3ª maior causa de mortalidade em 2020 * No Brasil há uma prevalência de 17% * Tem componentes de doença de pequenas vias aéreas – bronquite crônica e também a destruição do parênquima pulmonar – enfisema pulmonar. Enfisema Pulmonar * É definido anatomicamente como um alargamento anormal, permanente, dos espaços aéreos distais aos bronquíolos terminais, acompanhado de destruição de suas paredes - afeta os espaços aéreos de trocas gasosas: bronquíolos respiratórios, sacos alveolares e alvéolos em si (àcino) * Causa uma hiperinsuflação pulmonar – pelas bolhas de ar que não são parte da troca gasosa eficaz: - “tórax em barril”. * Há quebras das fibras elásticas da matriz alveolar. * Perda da tração radial de parênquima sobre a via aérea. Fisiopatologia do enfisema pulmonar * Ainda é incerta, existindo duas teorias: desequilíbrio de proteases- antiproteases e a deficiente de alfa1-antitripsina * A mais aceita é a teoria de Desequilíbrio Proteases – Antiproteases: - tudo começa quando esse pulmão é exposto à gases nocivos (mais comum é a fumaça do cigarro), que leva à uma inflamação pulmonar - acredita-se que algumas pessoas tem uma amplificação dessa inflamação pulmonar além do esperado - essa inflamação favorece a formação de enzimas proteinases/proteases que fazem a quebra de fibras elásticas (elastases) do pulmão - a maioria das pessoas tem um mecanismo de defesa chamado de antiproteases, que são enzimas que bloqueiam a ação das proteases, agindo em um equilíbrio - em algumas pessoas a produção de protease é maior que o sistema de defesa de antiproteases, levando ao desequilíbrio - todo o desequilíbrio leva à uma quebra de fibras elásticas, que é o fator de patologia para a enfisema que a causa da DPOC * Teoria da deficiência da alfa1-antitripsina, que é uma das maiores antiproteases presentes no pulmão: - nesse caso algumas pessoas nascem com deficiência dessa enzima e com isso ela desenvolve a enfisema precoce mesmo sem a exposição à gases tóxicos. Bronquite Crônica * Definida clinicamente pela presença constante ou por aumentos recorrentes da secreção pulmonar, suficientes para causar expectoração - essa expectoração deve estar presente pelo menos por 3 meses por ano, em dois anos sucessivos Fisiopatologia da bronquite crônica * É causado pela inflamação crônica das pequenas vias aéreas, em decorrência disso ocorre a hipertrofia das glândulas mucosas - com isso há uma grande produção de muco, gerando tampões mucosos - a longo prazo se torna uma fibrose peribrônquica * Geralmente se inicia em vias aéreas de pequeno calibre (VAP) e progride para as de grande calibre (VAG) Limitação do fluxo aéreo na DPOC * Há uma grande limitação do fluxo aéreo, com isso esse paciente sofre com uma grande dificuldade da passagem do ar através das vias aéreas, levando a uma resistência das vias aéreas muito aumentada: - leva a um impacto tanto na inspiração (forçar muito o diafragma) quanto na expiração (via se fecha precocemente, antes da exalação completa) * As causas são: - produção excessiva de muco na luz da via aérea – diminui o raio; - alterações na parede da via aérea, como a hipertrofia peribrônquica ou a hipertrofia das glândulas mucosas – diminui o raio - alterações na região peribronquica com a perda da tração radial, deixando a via aérea sem fixação – não mantém a via aberta * É baseado na tríade: presença de sintomas, fatores de risco e espirometria. Sintomas * Dispneia: geralmente progressiva * Tosse crônica; * Expectoração; * Fadiga Fatores de risco * Tabagismo / queima de biomassa * Ocupacionais * Genéticos: historia familiar * História de infecções do trato respiratório inferior recorrentes
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