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000052.340015.6b2ee4.30c468.f353a9.e88c27.712b90.1e1ac Pgina 1 de 13 CURSO DE MEDICINA - AFYA NOTA FINAL Aluno: Componente Curricular: Integração Ensino Serviço Comunidade I Professor (es): Período: 202202 Turma: Data: N1_Especifica_IESC 1_2022.2_PROVA 1 1ª QUESTÃO Enunciado: Osvaldo, 63 anos, recebeu visita domiciliar da ACS junto com seu médico, pois teve amputação de uma perna por complicações de diabetes. Osvaldo relatou ao médico que sempre teve mais fé nas benzedeiras que na medicina, mas que agora iria tomar a medicação e a insulina. Por outro lado, disse que não tomaria nenhuma dose de vacina para covid-19, pois as pessoas estavam pegando o vírus do mesmo jeito e que com fé em Deus ele não iria pegar o vírus de novo. De acordo com as definições estudadas sobre o processo saúde- doença, qual delas você considera que explicaria a visão de saúde- doença do Senhor Osvaldo? Alternativas: (alternativa D) (CORRETA) Mágico-religioso. Resposta comentada: A visão mágico-religiosa sobre a saúde e a doença e sobre como cuidar era a predominante na Antiguidade. Os povos da época concebiam as causas das doenças como derivadas tanto de elementos naturais como de espíritos sobrenaturais. O adoecer era concebido como resultante de transgressões de natureza individual e coletiva, sendo requeridos, para reatar o enlace com as divindades, processos liderados pelos sacerdotes, feiticeiros ou xamãs (Herzlich, 2004). As relações com o mundo natural se baseavam em uma cosmologia que envolvia deuses e espíritos bons e maus, e a religião, nesse caso, era o ponto de partida para a compreensão do mundo e de como organizar o cuidado. REFERÊNCIA: SOLHA, Raphaela Karla de Toledo. Saúde coletiva para iniciantes. Políticas e práticas profissionais. 2 ed. Erica/Saraiva. Cap. 1. E- book disponível em: Minha biblioteca. RELATÓRIO DE DEVOLUTIVA DE PROVA PROVA 05234 - CADERNO 001 000052.340015.6b2ee4.30c468.f353a9.e88c27.712b90.1e1ac Pgina 2 de 13 2ª QUESTÃO Enunciado: Flávia, 45 anos, viúva, moradora da comunidade Parque Felicidade, apresenta quadro clínico de tosse seca, cefaleia e obstrução nasal, há 5 dias. Procurou a unidade de estratégia de saúde da família (ESF) do seu bairro que após o teste para COVID-19 confirmou a doença. Foi orientada e medicada apenas com medicação sintomática. Flavia ficou preocupada com sua mãe Lenisse que tem 78 anos, é hipertensa e diabética, pois relata que elas são vizinhas. Com base na situação-problema, faça o que se pede nos itens a seguir. a) (0,75) Cite quatro ações de prevenção primária que podem ser realizadas no cuidado de Lenisse. b) (0,75) Em qual período da história natural da doença a paciente Flávia se encontra? Justifique. Alternativas: -- Resposta comentada: Resposta da letra A (valor 0,75). Respostas a serem consideradas corretas: Flávia deve permanecer em isolamento. Dona Lenisse deve manter a distância de pelo menos 1 metro da Flávia, utilizando máscara cirúrgica bem ajustada ao rosto quando estiver na mesma sala e durante a eventual manipulação de Flávia, sendo que as máscaras não devem ser tocadas ou manuseadas durante o uso. Se a máscara ficar molhada ou suja com secreções, deve ser trocada imediatamente. Descartar a máscara cirúrgica imediatamente após o uso e realizar a higiene das mãos com água e sabonete ou produto alcoólico após a remoção da máscara. Ao realizar higiene das mãos com água e sabonete, utilizar, preferencialmente, toalhas de papel descartáveis para secar as mãos. Caso toalhas de papel descartáveis não estejam disponíveis, usar toalhas de pano e trocar quando ficarem molhadas. Os cuidados de medida preventiva (etiqueta respiratória) devem ser praticados por todos, cuidadores e pacientes. Cobrir a boca e o nariz durante a tosse e espirros, usando máscara cirúrgica, lenços de papel ou cotovelo flexionado, seguido de higiene das mãos. Descartar os materiais usados para cobrir a boca e o nariz imediatamente após o uso. Evitar o contato direto com fluidos corporais, principalmente os orais, ou secreções respiratórias e fezes. Usar luvas descartáveis para fornecer cuidados orais ou respiratórios e quando manipular fezes, urina e resíduos. Realizar a higiene das mãos antes e depois da remoção das luvas. Luvas, máscaras e outros resíduos gerados pelo paciente ou durante os cuidados com o paciente devem ser colocadas em lixeira com saco de lixo no quarto da pessoa doente antes do descarte com outros resíduos domésticos. Evitar o compartilhamento de escovas de dente, talheres, pratos, bebidas, toalhas ou roupas de cama, tereré, chimarrão e narguilé. Talheres e pratos devem ser limpos com água e sabão ou detergente comum após o uso e podem ser reutilizados. Limpar e desinfetar as superfícies frequentemente tocadas, como mesas de cabeceira, quadros de cama e outros móveis do quarto do paciente diariamente com desinfetante doméstico comum. Limpar e desinfetar as superfícies do banheiro pelo menos uma vez ao dia com desinfetante 000052.340015.6b2ee4.30c468.f353a9.e88c27.712b90.1e1ac Pgina 3 de 13 doméstico comum. Roupas limpas e sujas, roupas de cama, toalhas de banho e de mão do paciente devem ser lavadas com água e sabão comum. Evitar agitar a roupa suja. Usar luvas descartáveis e roupas de proteção (por exemplo, aventais de plástico) ao limpar ou manusear superfícies, roupas ou superfícies com fluidos corporais. Retirar o avental antes da remoção das luvas e realizar higiene das mãos imediatamente e Álcool gel é uma das alternativas para assepsia, mas lavar as mãos frequentemente com produtos surfactantes, como sabão, detergente, sabonete líquido ou em barra e até em shampoos. Resposta da LETRA B (valor 0,75). Período patogênico ou Patogênese: período no qual a doença já está instalada e as alterações no organismo são iniciadas, podendo esse processo patológico resultar em cura, cronificação da doença, sequelas/invalidez e morte.Apresenta se na Fase clínica: aparecimento de sinais e sintomas. Gravidade variável. Limiar clínico depende da doença, das características do paciente, da capacidade do observador e da tecnologia empregada. Dos afetados que apresentam sinais e sintomas clínicos, somente uma proporção procura o sistema formal de atenção à saúde. Pode evoluir para a cura total sem sequelas, para o óbito ou para a fase seguinte. REFERÊNCIA: SOLHA, Raphaela Karla de Toledo. Saúde coletiva para iniciantes. Políticas e práticas profissionais. 2 ed. Erica/Saraiva. Cap. 2. E-book disponível em Minha biblioteca. ROUQUAYROL, Maria Zélia; GURGEL, Marcelo. Epidemiologia e saúde. 8. ed. Rio de Janeiro: MedBook, 2018. p. 449-460. 3ª QUESTÃO Enunciado: No Brasil, em 1923, a organização de trabalhadores insatisfeitos com as condições de trabalho e assistência à saúde resultou em diversas greves. Nessa mesma época, com o objetivo de garantir assistência médica individual ao trabalhador e suas famílias, bem como pensões em caso de morte e invalidez, algumas categorias de profissionais se juntaram e formaram fundos financeiros mútuos, formados a partir da contribuição de uma porcentagem sobre o salário de cada trabalhador, e isso passou a ser assegurado por meio de uma lei que é considerada o marco da Previdência Social no Brasil. Com base no texto acima, qual é o nome dessa lei? 000052.340015.6b2ee4.30c468.f353a9.e88c27.712b90.1e1ac Pgina 4 de 13 Alternativas: (alternativa C) (CORRETA) Lei Eloy Chaves. Resposta comentada: Em 1923, foi promulgada a Lei Eloy Chaves, que determinava a criação das Caixas de Aposentadoria e Pensão (CAP), uma derivação dos fundos mútuos. A lei inovou ao determinar que o empregador também contribuísse com uma porcentagem para a formação do fundo comum. Essa lei é considerada o embrião da Previdência Social no Brasil.REFERÊNCIA: SOLHA, Raphaela Karla de Toledo. Saúde coletiva para iniciantes. Políticas e práticas profissionais. 2 ed. Erica/Saraiva. 4ª QUESTÃO Enunciado: A reforma do setor de saúde brasileiro foi um grande movimento que c construção do sistema de saúde, atualmente vigente no Brasil. Este oc simultânea ao processo de democratização do país, liderado por profiss pessoas de movimentos e organizações da sociedade civil. Um evento importante, pois aprovou o conceito da saúde como um direito do cidad fundamentos do Sistema Único de Saúde. Que evento foi este e em que ano aconteceu? Alternativas: (alternativa C) (CORRETA) A 8ª Conferência Nacional de Saúde, em 1986. 000052.340015.6b2ee4.30c468.f353a9.e88c27.712b90.1e1ac Pgina 5 de 13 Resposta comentada: A 8ª Conferência Nacional de Saúde, realizada entre 17 e 21 de março momentos mais importantes na definição de Sistema único de Saúde ( temas principais: * A saúde como dever do estado e direito do cidadão. * A reformulação do Sistema Nacional de Saúde. * Garantia da participação popular. REFERÊNCIA: VI I Conferência Nacional de Saúde. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/8_conferencia_nacional_sau Acesso em: 27 set. 2022. 5ª QUESTÃO Enunciado: A situação retratada na charge representa 000052.340015.6b2ee4.30c468.f353a9.e88c27.712b90.1e1ac Pgina 6 de 13 Alternativas: (alternativa A) (CORRETA) o excesso de intervenção médica sem embasamento clínico, fundamentado apenas em exames, o que pode levar a alterações patológicas, indo contra a prevenção quaternária. Resposta comentada: A prática do especialista focal tem como objetivos principais a redução da incerteza e a busca por todo diagnóstico possível, o que geralmente leva a um aumento dos custos, do grau de invasão e do tempo diagnóstico. Tudo isso se justifica se for, de fato, necessário, se o diagnóstico e o tratamento melhorarem o prognóstico em todos os seus aspectos e se houver mais benefícios do que malefícios. Se, entretanto, o referenciamento ao especialista focal não se justificar, se ele não foi necessário, a situação se converte em um total absurdo, tanto em relação aos custos para o sistema de saúde e à carga de trabalho para os profissionais da saúde como em relação à medicalização de situações normais e de “anormalidades normais”. Nesse contexto, o médico generalista tem uma função primordial de filtro (no inglês: gatekeeper, porteiro) que, embasada em uma boa história clínica e na longitudinalidade característica desse nível de atenção, produz, a muito baixo custo, um aumento da probabilidade (prevalência) de doenças nas pessoas referenciadas. Isso, por sua vez, melhora a avaliação diagnóstica do especialista, justificando seus métodos diagnósticos e terapêuticos, além de evitar que pessoas com condições benignas tenham contato desnecessário com especialistas e exames invasivos (prevenção quaternária). REFERÊNCIA: Tratado de medicina de família e comunidade: princípios, formação e prática [recurso eletrônico] / Organizadores, Gustavo Gusso, José Mauro Ceratti Lopes, Lêda Chaves Dias; [coordenação editorial: Lêda Chaves Dias]. – 2. ed. – Porto Alegre : Artmed, 2019. 2 v. 6ª QUESTÃO 000052.340015.6b2ee4.30c468.f353a9.e88c27.712b90.1e1ac Pgina 7 de 13 Enunciado: Leia com atenção as afirmativas abaixo. O Conselho de Saúde é um órgão composto por representantes do governo, prestadores de serviço, profissionais de saúde e usuários. PORQUE É direito e dever da população participar individual e coletivamente no planejamento e na execução de seus cuidados de saúde. Marque a alternativa correta. Alternativas: (alternativa C) (CORRETA) As asserções I e I são proposições verdadeiras, e a I é uma justificativa da I. 000052.340015.6b2ee4.30c468.f353a9.e88c27.712b90.1e1ac Pgina 8 de 13 Resposta comentada: Constituição Federal Brasileira Art. 198. As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes: I- descentralização, com direção única em cada esfera de governo; I - atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais; I I- participação da comunidade. Lei n° 8.142/90 Art. 1° O Sistema Único de Saúde (SUS), de que trata a Lei n° 8.080, de 19 de setembro de 1990, contará, em cada esfera de governo, sem prejuízo das funções do Poder Legislativo, com as seguintes instâncias colegiadas: I - a Conferência de Saúde; e II - o Conselho de Saúde. 1° A Conferência de Saúde reunir-se-á a cada quatro anos com a representação dos vários segmentos sociais, para avaliar a situação de saúde e propor as diretrizes para a formulação da política de saúde nos níveis correspondentes, convocada pelo Poder Executivo ou, extraordinariamente, por esta ou pelo Conselho de Saúde. 2° O Conselho de Saúde, em caráter permanente e deliberativo, órgão colegiado composto por representantes do governo, prestadores de serviço, profissionais de saúde e usuários, atua na formulação de estratégias e no controle da execução da política de saúde na instância correspondente, inclusive nos aspectos econômicos e financeiros, cujas decisões serão homologadas pelo chefe do poder legalmente constituído em cada esfera do governo. VI I - participação da comunidade. REFERÊNCIA: BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal: Centro Gráfico, 1988. Lei 8142/90 de 28 de dezembro de 1990. Dispõe sobre a participação da comunidade no SUS. Brasil, Ministério da Saúde, Conselho Nacional de Saúde. 7ª QUESTÃO Enunciado: O Agente Comunitário de Saúde conduz o médico da Unidade de Saúde da Família para uma visita domiciliar à família Soares. Chegando lá encontra Sr. Bartolomeu com paralisia parcial direita depois de receber alta hospitalar, pós Acidente Vascular Encefálico há 2 semanas. Aproveita para avaliar o recém-nascido, Karlos (10 dias), que está com coriza, febre e diarreia há 2 dias, e sua mãe, Karolyne (25 anos), que adquiriu diabetes durante a gravidez. Diante do caso, considerando o modelo Leavell e Clarck, marque a alternativa correta quanto à classificação do tipo de prevenção para a família Soares. 000052.340015.6b2ee4.30c468.f353a9.e88c27.712b90.1e1ac Pgina 9 de 13 Alternativas: (alternativa C) (CORRETA) A usuária Karolyne precisa de ações do tipo prevenção secundária para acompanhamento da diabetes adquirida desde a gestação. Resposta comentada: O médico atua com a prevenção SECUNDÁRIA quando verifica a glicemia de jejum e solicita hemoglobina glicada para Karolyne. O médico atua com a prevenção SECUNDÁRIA quando faz diagnóstico de virose e prescreve a medicação antitérmica para Karlos. O usuário Sr. Bartolomeu precisa de ações de prevenção TERCIÁRIA para limitar os danos e evitar sequela, a exemplo da fisioterapia. A usuária Karolyne precisa de ações do tipo prevenção secundária para acompanhamento da diabetes adquirida desde a gestação, pois a usuária já recebeu diagnóstico, faz o tratamento e precisa de acompanhamento para não desenvolver sequelas. REFERÊNCIA: ROUQUAYROL, Maria Zélia; GURGEL, Marcelo. Epidemiologia e saúde. 8. ed. Rio de Janeiro: MedBook, 2018 8ª QUESTÃO Enunciado: Uma menina de 4 anos do território de uma Unidade de Saúde da Família foi internada às pressas na pediatria do Hospital Universitário (HU) do município de João Pessoa. Inicialmente a criança foi atendida na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) com sintomas de dor de cabeça, câimbras na mandíbula e espasmos musculares repentinos e involuntários, hipótese diagnóstica de tétano. Assim, foi encaminhada ao HU, referência para esses casos. Ao consultar o cartãovacinal, observou-se que a criança só havia tomado vacinas quando nasceu, na maternidade. Assim, responda: a) (0,75) Qual(is) princípio(s) doutrinário(s) pode(m) ser identificado(s) no caso acima? Justifique sua resposta com elementos textuais. b) (0,75) Qual(is) princípio(s) organizativo(s) pode(m) ser identificado(s) no caso acima? Justifique sua resposta com elementos textuais. Alternativas: -- 000052.340015.6b2ee4.30c468.f353a9.e88c27.712b90.1e1ac Pgina 10 de 13 Resposta comentada: a. Universalidade: teve acesso aos serviços de saúde. Integralidade: teve suas necessidades de saúde atendidas conforme suas demandas (durante a doença), a equipe da unidade não atendeu as necessidades, vacina é um direito da criança não houve integralidade por parte da equipe de saúde. b. Descentralização e hierarquização: devido ao acesso aos três níveis de atenção a saúde no mesmo município: atenção básica (USF saúde em ação), atenção especializada (UPA) e atenção hospitalar (HU). REFERÊNCIAS: BRASIL, Lei n. 8080 de 19 de setembro de 1990. BRASIL, Lei n. 8142 de 28 de dezembro de 1990. BRASIL, Presidência da República Casa Civil. ANDRADE L. O. M. et al. Política de saúde no Brasil. In: ROUQUAYROL, Maria Zélia; GURGEL, Marcelo. Epidemiologia e saúde. 8. ed. Rio de Janeiro: MedBook, 2018. p. 449-460. 9ª QUESTÃO Enunciado: Sobre a manchete, são feitas as seguintes afirmações: I – O modelo unicausal pode explicar parcialmente a situação da doença em questão, porque a presença da bactéria é suficiente para justificar o quadro infeccioso. I – A presença da palavra “prevenção” denuncia uma concepção de sa centrada na ausência de doença, uma vez que, ao evitar a infecção, o indivíduo estaria, em tese, saudável. II I – A manchete reforça o modelo biomédico, aquele que está centrado doença com foco no tratamento e cura do usuário. É correto o que se afirma em 000052.340015.6b2ee4.30c468.f353a9.e88c27.712b90.1e1ac Pgina 11 de 13 Alternativas: (alternativa D) (CORRETA) I e I I. Resposta comentada: A afirmação do item I resgata a questão do modelo explicativo centrad no agente etiológico, ou seja, a presença da bactéria seria suficiente pa justificar a doença, configurando o modelo chamado unicausal. No item a manchete destaca o modelo biomédico, visto que apresenta como sugestão para o tratamento e a cura da sífilis, desconsiderando outros fatores de risco para o aparecimento da doença. Conforme a matéria, elementos no fragmento que corroboram a afirmativa. REFERÊNCIA: GUSSO, G; LOPES, J.M.C. Tratado de medicina de Família e Comunidade: Princípios, Formação e Prática. 2. ed. Artmed, 2012. v. 10ª QUESTÃO Enunciado: A Equipe de Saúde de Riacho Fundo realizou o recadastramento de famílias de sua área adscrita com um único membro e que apresentavam como características o não sair de casa, se sentirem tristes, dormindo a maior parte do dia, emagrecidas, sem vontade de comer e que faziam o uso de antidepressivo. Durante a reunião de equipe na Unidade de Saúde da Família, os profissionais decidiram criar grupos de convivência com a ajuda das lideranças locais para oportunizar o encontro das pessoas que se enquadravam no perfil de famílias acima recadastradas, para que pudessem resgatar a alegria de viver e, assim, diminuir o aparecimento de casos de depressão, que, ultimamente, tem aumentado muito na área adscrita. Tendo como base o modelo de Dahlgren e Whitehead, que inclui os Determinantes Sociais da Saúde dispostos em diferentes camadas, marque a alternativa que apresenta a camada em que se situa a proposta feita pelos membros da Equipe de Saúde da Família. 000052.340015.6b2ee4.30c468.f353a9.e88c27.712b90.1e1ac Pgina 12 de 13 Alternativas: (alternativa B) (CORRETA) Redes Sociais e Comunitária. 000052.340015.6b2ee4.30c468.f353a9.e88c27.712b90.1e1ac Pgina 13 de 13 Resposta comentada: As diversas definições de determinantes sociais de saúde (DSS) expressam, com maior ou menor nível de detalhe, o conceito atualmente bastante generalizado de que as condições de vida e trabalho dos indivíduos e de grupos da população estão relacionadas com sua situação de saúde. Para a Comissão Nacional sobre os Determinantes Sociais da Saúde (CNDSS), os DSS são os fatores sociais, econômicos, culturais, étnicos/raciais, psicológicos e comportamentais que influenciam a ocorrência de problemas de saúde e seus fatores de risco na população. A comissão homônima da Organização Mundial da Saúde (OMS) adota uma definição mais curta, segundo a qual os DSS são as condições sociais em que as pessoas vivem e trabalham. Nancy Krieger (2001) introduz um elemento de intervenção, ao defini-los como os fatores e mecanismos através dos quais as condições sociais afetam a saúde e que potencialmente podem ser alterados através de ações baseadas em informação. Tarlov (1996) propõe, finalmente, uma definição bastante sintética, ao entendê-los como as características sociais dentro das quais a vida transcorre. O modelo de Dahlgren e Whitehead inclui os DSS dispostos em diferentes camadas, desde uma camada mais próxima dos determinantes individuais até uma camada distal, onde se situam os macrodeterminantes. A terceira camada destaca a influência das redes comunitárias e de apoio, cuja maior ou menor riqueza expressa o nível de coesão social que é de fundamental importância para a saúde da sociedade como um todo. Os laços de coesão social e as relações de solidariedade e confiança entre pessoas e grupos são fundamentais para a promoção e proteção da saúde individual e coletiva. Aqui se incluem políticas que busquem estabelecer redes de apoio e fortalecer a organização e participação das pessoas e das comunidades, especialmente dos grupos vulneráveis, em ações coletivas para a melhoria de suas condições de saúde e bem-estar, e para que se constituam em atores sociais e participantes ativos das decisões da vida social. REFERÊNCIA: BUSS P. M.; PELLEGRINI FILHO, A. A saúde e seus determinantes sociais. PHYSIS: Rev. Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, 17(1):77-93, 2007.
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