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Ranicultura: Criação de Rãs

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Ranicultura
● Definição: Sua criação racional de rãs, através de técnicas
específicas, com a finalidade de produzir carne e couro de rã;
● Sua carne é mais destinada para crianças e Adultos que tem
muitas alergias;
● Produção anual de rã no Brasil: 400 ton/ano;
● As rãs são animais Anfíbios (do grego ANPHI = Duplo e BIOS =
Vida);
● Animais que vivem parte de sua vida na água e outra parte na
terra;
● São vertebrados, simétricos bilaterais (externamente a metade
esperada é bem semelhante a metade direita);
● Com circulação dupla (sangue venoso e arterial) e fechada;
● Temperatura corporal varia com a temperatura ambiente sempre a
1°c acima desta;
● Hibernantes;
● Temperatura média abaixo de 18°c.
Classificação:
● Reino Animalia ____ Filo Chordata___ Subfilo Vertebrata;
● SUperclasse Gnathostomata____Classe dos Anfíbios;
Na Classe dos anfíbios temos as seguintes ordens:
1. Ordem Urodela ou Caudata (ex: salamandra, com patas e caudas
na fase adulta);
2. Ordem Anura (ex: Rãs, sapos e pererecas. É o maior grupo de
anfíbios vivos; sem cauda na fase adulta);
3. Ordem Apoda ou Gymnophiona (ex: cobra cega e cecílios.
Animais escavadores sem membros e de corpo alongado).
Rãs:
● Da família Ranidae, Pipidae e Leptodactylidae;
● Possuem pele fina e úmida.
● As pernas posteriores são bem mais desenvolvidas (quase 60%
do corpo);
● Dão longos saltos;
● Os ovos ficam em forma de sagu ou espuma;
● São Comestíveis;
● São de tamanho médio a grande;
● As cores variam de verde ao marrom claro.
Sapos:
● Da família Bufonidae;
● Pele seca e rugosa e de cor escurecida (tendência a marrom);
● Dão saltos curtos;
● Põem os ovos em forma de cordões; têm tamanho médio;
● Não são comestíveis (possuem glândula venenosa atrás dos
olhos).
Pererecas:
● Da família Hylidae;
● Possuem ventosas no término de todos os dedos escalando
qualquer superfície;
● Vivem em árvores e ambientes úmidos;
● Os ovos são colocados num pequeno bolo de espuma.
● São bem pequenas em comparação a sapos e rãs;
● Não são comestíveis pelo ser humano.
Espécies Nativas:
● Rã Pimenta: (Leptodactylus labyrinthicus) - A maior rã brasileira e
atualmente em extinção. Tem cor de tijolo com flancos
avermelhados.
● Rã Manteiga: (Leptodactylus ocellatus) - Tem musculatura do
braço bem desenvolvida mas com produtividade inferior a da
Touro-Gigante.
● Rã Palmides: É de pequeno porte, sem valor comercial.
● Rã Paradoxo: seu girino atinge 25 cm e ele se transforma numa rã
de apenas 5cm (daí o paradoxo).
● Rã Touro Gigante - Lithobates (antiga Rana) catesbeiana (SHAW,
1802)
1. É a mais estudada;
2. Originária dos Estados Unidos (RANA Catesbeiana, Shaw)
chamada bullfrog americana, a rã mugidora;
3. Introduzida no Brasil em 1935.
Ranicultura:
● A rã criada comercialmente em cativeiro no Brasil é a rã-touro
gigante (Rana catesbeiana). Este animal de origem norte
americana foi introduzido em nosso país em 1935, e foi escolhido
pelos criadores devido às suas características zootécnicas tais
como:
1. • precocidade (crescimento rápido);
2. • prolificidade (alto número de ovos por postura);
3. • e rusticidade (facilidade de manejo).
● Outras espécies de rãs (nativas do Brasil como a rã-pimenta,
rã-manteiga ou paulistinha), também podem ser criadas em
cativeiro, mas apresentam comparativamente com a rã-touro, até
o momento, menor desempenho produtivo e maiores dificuldades
técnicas e burocráticas.
Características:
● Vive em média 16 anos sendo de 10 anos a sua capacidade
reprodutiva;
● No Brasil um reprodutor permanece de 4 a 5 anos no ranário;
● Sua postura chega a 3.000 ovos na 1° desova, podendo ir a
20.000 ovos nos subseqüentes. (No Brasil a média é de 5.000 a
6.000 ovos);
● É precoce pois atinge a maturidade sexual com 1 ano quando
peso médio de 250 gramas de peso vivo;
● Chega a 30cm no comprimento total;
● O tom da pele vai do verde-claro ao cinza-escuro;
● Possui membrana interdigital nas patas traseiras (característica
que as rãs nativas não têm).
Diferenças entre Machos e Fêmeas:
● O ouvido (a membrana timpânica que fica atrás do olhos e a
cavidade ocular têm tamanhos semelhantes na fêmea); No
macho a membrana timpânica é maior do que a cavidade
ocular.
● O braço do macho é forte e volumoso;
● Os machos são menores que as fêmeas.
● O papo do macho é intensamente mais amarelo na época
do acasalamento ( nas fêmeas é creme-esbranquiçado).
● O polegar do macho fica dilatado (verrugas nupciais) na
época do acasalamento para melhor aderência nas fêmeas
nesse período.
● O macho coaxa forte no período reprodutivo; As fêmeas
aaaa
Ciclo de Vida:
● G0- Primeiros dias de vida (até 1 grama), se alimentam de
microorganismos (bactérias, fungos, algas) flutuantes
(planctônicos) ou aderidos na vegetação e outros substratos
(perifíton). Nos ranários passam a receber gradativamente reação
em pó;
● G1- Fase de crescimento onde ainda não se iniciou a
metamorfose. Neste estágio, em algumas espécies de rã, já
ocorreu o desenvolvimento do pulmão, o que possibilita ao girino
respirar quando vem á superfície;
● G2- Inicia-se a metamorfose: os membros se desenvolvem e já
podem ser observados como dois pequenos apêndices na parte
posterior do corpo;
● G3- As patas posteriores agora já se exteriorizam quase
totalmente, mas ainda não estão completamente formadas.
Inicia-se a pré-metamorfose.
● G4- Os girinos aproximam-se do clímax da metamorfose. As
quatro patas estão totalmente prontas, as posteriores já têm a
forma das pernas adultas.
● G5- É o clímax da metamorfose. Nessa fase, as patas anteriores
exteriorizam-se. A cauda, ainda grande, filia-se, e vai sendo
absorvida gradativamente, fornecendo energia para o animal que,
enquanto isso, não se alimenta. As principais modificações que
ocorrem durante o clímax da metamorfose estão relacionadas
com a respiração, a circulação, a digestão, os órgãos dos sentidos
(olfato, visão) e com os membros.
● As rãs após a metamorfose são canibais (uma come a outra),
carnívoras e caçadoras, ou seja, precisam ser induzidas ou
condicionadas a se alimentar de alimentos que elas “acreditam”
estarem vivos ou em movimento.
O tempo que o animal leva desde a fase de ovo até o peso de
abate é em média de 7 meses, e varia conforme a temperatura,
manejo, alimentação e potencial genético. Destes 7 meses
apenas 4 meses são relativos à engorda propriamente dita, sendo
que os 3 meses iniciais são relativos ao tempo em que ocorre a
eclosão.
● Para os girinos recomenda-se administrar ração farelada de
trutas ou rãs com 35 a 40% de proteína bruta.
● Já para as rãs, a ração a ser ofertada, deve ser peletizada ou
extrusada com 40% de proteína bruta, que pode ser acrescida de
20% de larvas de dípteros, ou oferecida sobre cochos vibratórios,
ou ainda “a lanço” dentro da parte aquática, conforme o sistema
de engorda adotado.
● A área média recomendada para a implantação de um ranário
rentável comercialmente varia entre 500 a 700m2 .
● P/ produção anual média de 2.000 Kg de carne.
● O custo de implantação médio varia entre R$ 50,00 a R$
70,00/m2 de área construída.
● O custo de produção médio é de aproximadamente R$ 14,00/Kg
de carne
● O preço médio no atacado em São Paulo gira em torno de R$
17,00 a R$22,00/Kg de carne (AGO/16).
● Os ranários comerciais, em sua maioria, são constituídos por
vários setores tais como: Reprodução, Desenvolvimento
Embrionário, Girinagem, Metamorfose e Engorda.
● O setor de Engorda representa cerca de 70% das instalações em
um ranário.
Requisitos:
● Terreno próximo aos centros consumidores e pouco acidentado,
variando seu tamanho de acordo com a produção almejada
(tamanho médio 500 a 1000 m2).
● Água de boa qualidade, sem coliformes fecais, metais pesados e
ferro, com pH neutro, sendo preferencialmente de mina ou poço
artesiano.
● Disponibilidade de mão-de-obra tempo integral (2a a 2a).
● Condição financeira adequada ao tamanho do projeto.
● Locais com a temperatura ambiente mais elevada são
recomendados, pois as rãs são animais ectotérmicos, adaptando
sua temperaturacorporal ao ambiente. Em outras palavras
“quanto mais quente melhor”.
● É aconselhável que o terreno escolhido possua luz elétrica, o que
auxiliará na manutenção de um caseiro ou responsável e a
utilização de bombas, freezer etc..
Instalações
Bem-estar (organismos aquáticos)
Os sistemas orgânicos de produção aquícola devem ser planejados de
forma que sejam produtivos e respeitem as necessidades e o bem-estar
dos animais.
● Devem ser respeitadas;
● A liberdade nutricional: os organismos aquáticos devem estar
livres, fome e desnutrição, conforme níveis de exigências de cada
espécie;
● A liberdade sanitária: os organismos aquáticos devem estar livres
de feridas e enfermidades;
● A liberdade de comportamento: os organismos aquáticos devem
ter liberdade para expressar os comportamentos naturais da
espécie;
● A liberdade psicológica: os organismos aquáticos devem estar
livres de fatores estressantes;
● A liberdade ambiental: os organismos aquáticos devem ter
liberdade de movimentos em instalações que sejam adequadas a
sua espécie.
● As instalações devem ser protegidas e todo manejo deve ser
realizado de forma a não gerar estresse aos animais.
● Qualquer alteração persistente de comportamento detectada
deverá ser objeto de avaliação e possível redefinição dos
procedimentos de manejo e densidade dos organismos sob
cultivo.
Sistemas de Cultivo:
● Semi- alagados:
1. Tanque-ilha;
2. Confinamento;
3. Anfigranja;
4. Gaiolas.
● Alagados ou inundados:
1. Ranabox;
2. Climatizado;
3. Inundado;
4. Rana piscina.
Sistemas semi-alagados
Sistema Tanque-ilha:
● Balas com uma ilha central, onde são depositados produtos
orgânicos destinados à proliferação de insetos;
● O alimentos era representado pelos insetos mais girinos da
própria espécie, aproveitando a alta proliferação deste animal.
Confinamento:
● Composto de alvenaria, com 10 a 15m² cada;
● Altas densidades e seleção periódica de rã pelo tamanho;
● Alimentação com dípteros e suas larvas.
Anfigranja:
● Totalmente de alvenaria, onde o maior destaque técnico é dado ao
setor de engorda de rãs, ressaltando principalmente a forma dos
cochos, abrigos e piscina.
Sistema de gaiolas:
● Com as mesmas características de baias só que com dimensões
menores;
● O uso desse sistema possibilitaria uma maior produção por área.
Sistemas Alagados:
Ranabox:
Esse sistema adaptou às características do sistema de gaiolas, para o
uso comercial dos produtores.
● Também conhecida como a “criação de rãs em andares”.
Sistema Climatizado:
● Resultados de pesquisas comparativas com a engorda de rãs,
realizadas entre os sistemas Tanque-ilha, Confinamento,
Anfigranja e Gaiolas e a utilização de estufas agrícolas para
aumentar a temperatura ambiente. Criou-se então o “sistema
climatizado”.
● A engorda de rãs em qualquer dos sistemas deve ser feita em
estufas, pois, permite produções mais regulares ao longo do ano,
o que resulta em maior e menor fluxo de produção comercial.
Sistema Inundado:
● Desenvolvido em Taiwan (1995);
● Trabalha com altas densidades e apresentam-se totalmente
preenchido por água (0,05 m), eliminando a presença de abrigos e
cochos;
● Atualmente é uma forte tendência entre as criações comerciais.
Rana Piscina:
● Desenvolvido a partir das dificuldades encontradas no
desenvolvimento de projetos tradicionais de ranários em alvenaria;
● Baseado na criação das rãs em piscinas de lona;
● É uma derivação do sistema inundado.
Qualidade da água:
● Anfíbios, tais como a rã-Touro, têm necessidade de água como
qualidade física e química específica.
● Parâmetros como pH, condutividade elétrica, alcalinidade total,
dureza total, amônia, nitrito, nitrato, fósforo, cloretos, ferro e
principalmente oxigênio, devem ser medidos antes de iniciar uma
criação.
● Esses parâmetros são os índices mais importantes que
caracterizam a qualidade de uma água.
● Os ecossistemas aquáticos são dinâmicos. Mesmo em
tanques com pequenos volumes de água os parâmetros
físicos e químicos se inter-relacionam. Eles são
dependentes uns dos outros.
● A excreção dos animais (fezes e urina) resulta em
compostos a base de amônia. A amônia é extremamente
tóxica quando em grandes quantidades e, se transforma em
nitrito e em nitrato por ação de bactérias nitrificantes. O
nitrito também é um composto tóxico. Ele pode oxidar a
hemoglobina do sangue dos animais, convertendo-a em
meta-hemoglobina, molécula incapaz de transportar
oxigênio.
● Essa reação é uma das causas mais comuns de mortalidade em
tanques de girinos, mas também pode ser facilmente contornada
tomando-se precauções básicas tais como: controle da
quantidade de alimento ofertado, oxigenação constante e
eficiente, renovação da água e limpezas periódicas.
● A qualidade da água precisa ser mantida em excelentes
condições para evitar a proliferação de agentes patogênicos e
mortalidades.
● Antes de implantar uma criação comercial é imprescindível à
realização de um exame completo das características físicas,
químicas e bacteriológicas (quantidade de coliformes totais e
fecais no meio) da água de abastecimento, além dos exames de
alguns parâmetros periodicamente.
Setor de Reprodução
● Composto pela área de mantenças, com baias separadas para
machos e fêmeas, que normalmente apresentam peso médio em
torno de 400 a 500g; e área de acasalamento, composta por
pequenas piscinas, também denominadas motéis, onde os
animais acasalam.
● É o setor mais importante de um ranário, pois a partir deste se
colocar em prática todo o planejamento de produção previsto.
● Seu correto manejo permite a produção constante de rãs ao longo
do ano, logo, o controle da ambiência é primordial.
● Normalmente utiliza-se um modelo semi-seco para as baias de
mantença de reprodutores, enquanto que para a área de
acasalamento normalmente usam-se as baías de acasalamento
coletivo, com um grande número de piscinas para a formação dos
casais.
● Este modelo de reprodução é denominado de Reprodução
Natural, pois ao se colocar os animais neste ambiente, a seleção
e o acasalamento ocorrem sem a interferência humana.
● Usa-se, comumente, um número de machos correspondente ao
número de motéis e a proporção macho:fêmea é de 1:2 ou 1:3.
● A renovação dos reprodutores deve ser realizada num intervalo de
tempo inferior a quatro anos, idade esta em que seu desempenho
decai quando comparado aos primeiros anos de vida.
● A primeira desova de uma fêmea pode chegar a 20.000 ovócitos
viáveis, mas para efeito de cálculo, considera-se como uma boa
desova aquela que apresenta 10.000 larvas viáveis, ou seja,
10.000 girinos eclodidos.
Girinagem
● A desova deve ser disposta, preferencialmente, em telas que
flutuam na superfície dos tanques (incubadoras), para manter a
desova na superfície (mais oxigenadas), além de evitar a pressão
da coluna d’água (pode inviabilizar o desenvolvimento do embrião,
causando a sua morte).
● Pela presença do vitelo, não há necessidade de prover nenhum
alimento extra:
1. Aparato digestivo ainda não preparado para absorver partículas
exógenas;
2. Presença de restos de alimentos piora a qualidade da água,
podendo causar fermentações e outras reações deletérias aos
animais.
Algumas variações em relação aos sistemas existentes.
● Tanque Natural ou Viveiro:
1. caracterizado por tanque escavado na terra, de formato
trapezoidal, coberto com tela sombrite para evitar a
presença de predadores e cercado para evitar possíveis
fugas, entrada superior de água numa extremidade e saída
inferior de água na outra, de modo que as sujidades sejam
eliminadas mais facilmente quando da renovação da água.
● Tanque Artificial:
1. estrutura construída em concreto, plástico, aço galvanizado,
ou qualquer outro material que não aquele natural ao girino,
formatos diversos (retangular, quadrado ou circular), com
entrada de água superior e saída inferior, com cobertura ou
não, instalado em galpão fechado ou não.
2. A formação de alimento natural é inferior àquela encontrada
nos viveiros naturais (recomendados apenas às fases G1 e
G4), umavez que os girinos não necessitam de alimentos
exógenos nestes momentos.
Crescimento:
● • É uma das fases mais importantes dentro de um ranário, pois
animais que não crescem e não se desenvolvem conforme o
esperado podem representar perdas diretas, representadas por
altos índices de mortalidade no clímax e na engorda.
● Inicia logo após a absorção do vitelo e interiorização das
brânquias, ou seja, na fase de G2.
● O ambiente deve estar preparado, isto é, a água deve estar em
boas condições de manutenção dos animais e os alimentos
naturais, quando presentes, devem ser suficientes para promover
um bom desenvolvimento do lote.
● Protocolo de alimentação:
1. Alimento natural – Estará presente o tempo todo nos tanques,
sendo representado pelo perifíton presente nas raízes dos
aguapés, fito e zooplâncton na água, musgo nas paredes laterais
e pedaços de frutas ou legumes colocados na superfície dos
tanques no período noturno;
2. Alimento artificial – Representado por ração comercial para peixes
em pó, contendo 28% de proteína bruta. Será calculada na faixa
de 5% do peso da biomassa/dia para os tanques naturais de
crescimento e engorda e até 12% do peso da biomassa/dia para
os tanques artificiais de crescimento e engorda. O ideal é que se
divida esta quantia em, ao menos, três tratos diários (8, 11 e 14
horas).
Biometria:
● A biometria para os girinos poderá ser realizada a cada 15 dias e
servirá para verificar o aspecto dos animais, o ganho de peso no
período e os ajustes necessários na alimentação. Deverá ser
precedida por um jejum alimentar e poderá ser combinada com
uma triagem.
● No caso dos girinos, a triagem não deve ser feita baseando-se no
tamanho dos animais, mas na fase do ciclo zootécnico
correspondente, ou seja, os animais com pernas (G3) devem ser
separados dos sem pernas (G2), assim como daqueles com os
braços (G4) e assim por diante.
● A densidade nos tanques artificiais será de 2 litros de água por
girino, enquanto que nos naturais será de 3 litros por girino.
Clímax Metamórfico (g4 a imago):
● Tanques de transformação:
1. Lâmina d’água de até 5 cm;
2. Sombreamento / cobertura;
3. Pontos de apoio distribuídos por toda a superfície;
4. Formação de lotes.

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