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VITÒRIA CAROLINE Odontologia - UFPE CHECAR O LOCAL O atendimento pré hospitalar (APH) é a prestação de suporte básico ou avançado de vida, por profissional qualificado e habilitado de acordo com a legislação vigente para avaliar, identificar e corrigir, no local da ocorrência, os problemas que comprometem a vida de uma vítima acidentada ou por condições clínicas, transportando-a com segurança ao recurso hospitalar. Sendo assim o APH ocorre tanto na cena do acidente, quanto a caminho do hospital. Quando se trata do APH, o socorrista tem um planejamento a ser executado. Tendo todo o cuidado de adentrar a cena (local que aconteceu o acidente), pois podem ainda existirem riscos que comprometam a vida do socorrista e se torne mais uma vítima. Ex: risco de explosão, precisa ser controlada a situação antes mesmo do socorrista habilitado adentrar a cena. PRIMEIROS SOCORROS 2022. 1 Pág. 1 Existe risco de explosão, desabamento, choque elétrico ou etc ? PEDIR AJUDA Caso não tenha chegado com ambulância e equipe, chamar SAMU (192) ou bombeiros (193). AVALIAR A VÍTIMA Fazer toda a avaliação primária, testes neurológicos, identificar possíveis emergências ou urgências. CUIDAR DA VÍTIMA MANTER OS SINAIS VITAIS Toda manobra pré hospitalar visa manter os sinais vitais, pois são de fácil detecção e dão um parâmetro da manutenção de vida do paciente. Existem 2 tipos de suportes de APH: Unidade de suporte básico: 2 técnicos/auxiliares de enfermagem e 1 condutor. Unidade de suporte avançado: 1 médico, um enfermeiro e 1 condutor. Faz intervenções mais invasivas como intubação e etc. 1. 2. Executa todo procedimento que não seja invasivo; Qualidade da circulação e oxigenação (fornecer oxigênio) Curativo oclusivo (para debelar perda de sangue) Imobilização cervical (todo paciente vítima de trauma é um potencial vítima de fratura cervical) Contenção do sangramento Imobilização em prancha longa (mandatória) 1. 2. 3. 4. 5. EXEMPLO: vítima de acidente automobilístico em estado não grave. VITÒRIA CAROLINE Odontologia - UFPE Pág. 2 Em acidentes com multiplas vítimas e emergências podem ser utilizado o método de Start e manchester: Os profissionais executam procedimentos mais complexos e invasivos: Qualidade da intubação endotraqueal Periocardiocentese Toraconcentese Drenagem torácica 1. 2. 3. 4. EXEMPLO: Vítima de PAF (projétil de arma de fogo) em região torácica, estado grave. CENA O socorrista deve fazer uma boa observação da cena, sendo cauteloso, de modo que não o torne mais uma vítima. Exemplo: em acidentes automobilísticos, muitas vezes quem vai ajudar acaba se tornando mais uma vítima por não sinalizar. Importante observar quais as condições do local: chove? tá escuro? dificil observação? nevoeiro? Mecanismo da lesão: foi atropelamento? abarroamento? existe fios e riscos? vazamento de combustivel? observar a via do local do acidente. SEGURANÇA Da equipe, das vítimas e biossegurança, observar se ainda há riscos como explosão, eletricidade. Fazer isolamento da área da cena, utilizar meios de sinalização como galhos (meios de fortuna), triângulos, pisca alertas, camisas, faróis e afastar curiosos. SITUAÇÃO Saber a situação da cena e das vítimas, pois durante a avaliação da cena inclui a triagem das vítimas, de modo que pacientes mais graves sejam avaliados primeiro. Contudo, se a cena envolver mais de um paciente ou uma cena de risco, a prioridade muda: em vez de dirigir os recursos paciente mais grave, deve-se dirigi-los para salvar o maior nº possivel de vítimas. Chegando próximo ao paciente não deve existir mais o risco de novos acidentes que tornem o socorrista mais uma vítima, como por exemplo explosões e choque elétrico. O socorrista deve apoiar os 2 joelhos no chão de modo que dê estabilidade e não caia sobre a vítima e agrave o quadro dela. Segurar a vítima pelos ombros para inspeciona-la desde o 1º contato visual. Sempre se apresentando como socorrista desde o ínicio. Observando coloração da pele, coloração das musocas, se existe expansão torácica/abdominal, pois no homem é mais inferior na região abdominal. VITÒRIA CAROLINE Odontologia - UFPE Pág. 3 A abordagem ABCDE deverá ser empregada. O uso do colar cervical no paciente é de extrema importância, assim como a prancha longa e tirantes (para dar estabilidade), coxins (ao lado da cabeça do paciente) pois é um potencial portador de fratura na coluna vertebral. Se existe sangue na cena, perda de sangue para o meio externo, coloração da pele e pulso. Identificar-se antes de falar com a vítima ou familiar Questionar se pode se aproximar da vítima, iniciando o discurso por ex: "compreendo que não se esteja a sentir bem, mas estamos aqui para te ajudar" Ter uma atitude calma, postura tranquila e estar ao mesmo nível. Se houver algum familiar, perguntar sobre o acidente, se faz uso de medicamentos, se tem alguma comorbidade e ir testando o nível de consciência do acidentado. Evitar gesticulação excessiva e rápida (pode ser interpretada como uma forma de comunicação agressiva). Mostrar disponibilidade e empatia. Utilizar o contato visual e o toque de forma ponderada. Na utilização do toque, utilizar de preferência o braço. Utilizar linguagem simples e clara. Ao abordar a vítima: 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. Toda a análise do ABCDE deve durar no máximo 60 segundos. É um protocolo de avaliação rápido e direto. Não tem respiração? fazer inspeção nas vias aéreas superiores com dedo indicador colocar na mucosa jugal do lado direito ou esquerdo (bochecha) ir até orofaringe pois se tiver algum objeto obstruindo já faz a remoção com o dedo em forma de anzol voltando pelo lado que não foi visto ou tocado. Se começar a inspeção pelo lado esquerdo, voltar com o dedo pelo lado direito. B= respiração A= vias aéreas. Controle da coluna cervical: -Suspeitar sempre de lesão na medula espinhal para cada doente. -Estabilizar manualmente em posição neutra, caso não tiver utilizar meios de fortuna. -Imobilizar coluna cervical. Se verificar fazer as manobrar de CHIN LIFT E JAW THRUST. -Observar respiração: expansão de torácica ou abdominal/diafragmática. Ver, ouvir e sentir. VITÒRIA CAROLINE Odontologia - UFPE Pág. 4 Verificação do pulso carotídeo D= disfunção neurológica Posicionar os dedos indicador e médio na linha média do pescoço na parte anterior na região da proeminência da cartilagem tireóide, e descer para o lado direito/esquerdo antes da proeminência do músculo esternocleidomastoideo e pressiona sentindo o pulso carotídeo. Segurando o paciente pelos ombros, pois ele pode estar de olhos fechados, mas acordado e respondendo. Na avaliação do estado neurológico o socorrista deve avaliar o nível de consciência e exame de pupílas. Alterações como midríase, míose, anisocoria, puntiforme e não reagente à luz. Pode ainda utilizar o método AVDI para avaliar o nível de consciência: A= paciente em alerta, responde, sabe falar qual dia da semana é, nome, data. V= responde em estimulo verbal, mas pode não ser convincente como: Qual dia é hoje "hoje vou comer feijão" D= Aproveitar a mão nos ombros, apertar para ver se há resposta a esse estimulo como fala ou sons de dor. Se estiver em estado mais grave não irá imitir nada. I= Inconsciente E= exposição -Remover toda a roupa necessária para determinar a presença ou ausência de lesão no ambiente externo. -Recobrir a vítima imediatamente para conservar o calor corporal. C= circulação -Observar coloração da pele e mucosa, se tiver descorada com certeza o paciente tem parada respiratória ou tem perda sanguínea para alguma cavidade interna se não há externo. Paciente fica arroxeado quando tem comprometimento circulatório/respiratório, observar unhas e volta do sangue. Verificar pulso do paciente (de preferência carotídeo), se tiver sangramentos fazer o controle. Todo ABCDEé para inspeção, se o paciente tiver uma parada, esteja sem pulso, iniciar a sequência C-A-B e realizar a reanimação cardiopulmonar. Anamnese= obter todo o histórico do paciente com exames e etc, investigar se tem alergias, medicamentos que faz uso, se está gravida, alimentos e líquidos que ingeriu, hora e como ocasionou o trauma. Identificar todos os ferimentos de forma precisa Realizar exames físicos de forma mais detalhada Realizar questionários básicos e monitoramento continuo de debito urinário e sinais vitais. É mais apurada, é usada para resolver problemas que não foram identificados inicialmente, será observado lesões que não apresentam risco imediato de vida, como um rompimento de uretra. Na avaliação secundária temos: VITÒRIA CAROLINE Odontologia - UFPE Pág. 4 Liberar o cinto de segurança e os pés da vítima. Com a mão esquerda, passar por baixo do braço da vítima e posicionar no mento/mandibula a mão, fazendo a imobilização da cervical. Com o braço direito, passar por baixo do braço direito da vítima segurando o punho sobre o peito. Chave de Rautek é uma manobra executada para remoção rápida de uma vítima de acidente automobilístico com suspeita de lesão na coluna cervical a ser realizada por um socorrista ou pessoal treinado, que permite a extricação da vítima por uma pessoa sem o uso de equipamentos, desde que a vítima esteja no banco dianteiro não encarceirada (a vítima deve ser acessível pela porta dianteira). A manobra só é indicada em casos de extrema necessidade de extricação do veículo, como parada cardiorrespiratória ou risco de incêndio. Passo a passo: 1. 2. 3. Observações: *O contato face a face com o socorrista é de extrema importância para a estabilização da coluna cervical. *O socorrista está exposto biologicamente nessa situação, visto o contato próximo face a face da vítima. *A depender do peso da vítima não terá como apenas 1 socorrista fazer o socorro. *Se houver risco de vida muito alto como por exemplo explosões, retirar de forma imediata sem utilizar a chave de R. 4. Remover a vítima tracionando junto ao corpo do socorrista e arrasta-la para um local seguro. Mantendo a coluna cervical estabilizada e deita-la em um ambiente seguro. O doente traumatizado deve ser reavaliado constantemente para assegurar que nenhum trauma negligenciado e para descobrir deterioração dos traumas registrados previamente A transferência deve ser considerada toda vez que as necessidades de tratamento do doente excederem a capacidade da instituição que o recebeu. Essa decisão requer uma avaliação detalhada das lesões do doente e da capacidade da instituição, incluindo equipamentos, recursos e equipe. Os critérios de triagem inter- hospitalar ajudam a determinar o grau, o ritmo e a intensidade do tratamento inicial que devem ser ministrados ao doente traumatizado.
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