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Enf.Laryssa Lima Trelha MÓDULO 1 AVALIAÇÃO INICIAL DE ACIDENTES PRIORIDADES EM CENA DE TRAUMA AVALIAÇÃO DA VÍTIMA MÉTODO XABCDE PRIMEIROS SOCORROS Com esse presente estudo você estará apto a compreender as prioridades que devemos ter em cenas de traumas, saber avaliar as vítimas e aprender a sequência ABCDE que foi criada com base em uma prioridade de risco de morte. SÃO INFORMAÇÕES NECESSÁRIAS SEREM PASSADAS PARA O SERVIÇO DE ATENDIMENTO MÓVEL DE URGÊNCIA(SAMU): Saber o número de vítimas e se há crianças, gestantes ou idosos envolvidos; O tipo de acidente(colisão, abalroamento, tombamento, capotagem, atropelamento) bem como seu mecanismo (mecânica, térmica, química, elétrica e radiativa); O local exato do acidente e se há vias de acesso. ATENÇÃO AVALIAÇÃO INICIAL DE ACIDENTES A primeira prioridade em uma cena de trauma é garantir a segurança do local. Devem ser observadas situações que ofereçam risco(incêndio, linhas elétricas caídas, tráfego de veículos). É importante manter o isolamento, fazendo com que as pessoas mantenham distância da cena de trauma e sinalização do local com materiais improvisados ou específicos. Com a segurança estabelecida. O socorro a caminho. Garantia de que o acesso é seguro. O socorrista deve aproximar-se da vítima e realizar a avaliação inicial. AVALIAÇÃO DO NÍVEL DE CONSCIÊNCIA A avaliação de consciência da vítima é composta por três etapas. ESTÍMULO VERBAL ESTÍMULO SENSITIVO ESTÍMULO DOLOROSO 3 AVALIAÇÃO DA VÍTIMA 2 1 É IMPORTANTE LEMBRA: A vítima jamais deve receber esses estímulos de maneira muto agressiva. SE POSSÍVEL CHAME A VÍTIMA PELO NOME TOQUES COM CUIDADO APERTOS NAS UNHAS OU FRICCIONE O PUNHO CONTRA O PEITO DA VÍTIMA MÉTODO XABCDE É um uma sequência que padroniza o atendimento inicial ao paciente politraumatizado e define prioridades na abordagem ao trauma. O QUE É? IMPOTÂNCIA Cada letra corresponde a uma avaliação a ser realizada nesse atendimento, que deverá seguir uma ordem específica. Proporcionar melhor atendimento. Estabelecer a real gravidade da vítima. Sentido de padronizar o atendimento. X-EXSANGUINAÇÃO A-VIAS AÉREAS E CONTROLE DE COLUNA CERVICAL. B-RESPIRAÇÃO E VENTILAÇÃO. C-CIRCULAÇÃO. D-AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA. E-EXPOSIÇÃO. XABCDE X-EXSANGUINAÇÃO(HEMORRAGIA) Compressão direta; Compressão indireta (pontos de pressão); Elevação do membro; Torniquete. OBSERVAÇÃO: Com sangramento abundante e que não tenha respondido às técnicas anteriores; Tentar estancar a hemorragia, utilizando um dos métodos abaixo: 1. 3. Compressão indireta 2. 4. Para sistematizar a avaliação da circulação e sangramento utiliza-se o método HPPP. HPPP H-HEMORAGIA: Procurar sangramento externos e sinais de sangramentos. P-PULSO: Verificar velocidade e amplitude. P-Pele: Verificar a cor umidade e a temperatura. P- Perfusão: Verificar se o sangue está chegando aos tecidos. A-VIAS AÉREAS E CONTROLE DA COLUNA CERVICAL A vítima deve ter seu pescoço imobilizado o quanto antes a fim de evitar movimentos bruscos que possam afetar a coluna cervical. O socorrista deve também avaliar se as vias aéreas da vítima estão abertas e se não há perigo de serem obstruídas durante o atendimento CASOS DE SUSPEITA DE OBSTRUÇÃO DAS VIAS AÉREAS Inclinar a cabeça do paciente para trás empurrando a testa para baixo. Colocar as pontas dos dedos indicador e médio embaixo do queixo e tracionar a mandíbula (não os tecidos moles). O socorrista pode realizar a abertura das vias aéreas com a manobra de Inclinação da cabeça e elevação do queixo: CASOS DE SUSPEITA DE LESÃO CERVICAL A boca da vítima deve ser verificada a fim de detectar a presença de agentes que possam, obstruir a passagem de ar(chicletes, sangue, vômitos, entre outros.) Elevar a mandíbula com os dedos, pelo menos até os incisivos inferiores estejam mais altos do que os incisivos superiores. O socorrista deve: Figura 1. Manobra de inclinação da cabeça-elevação queixo Figura 2. Manobra de tração da mandíbula VER E OUVIR: O socorrista deve aproximar sua orelha próxima do nariz e da boca. SENTIR: Olhar para o tórax, fazer auscultas a fim de eliminar qualquer lesão torácica. Ventilação: Abaixo do normal: <12 elevações no tórax adulto. Acima do normal: >20 elevações no tórax adulto. Figura 3. Procedimento ver, ouvir, sentir. C-CIRCULAÇÃO Nível de consciência Pulso Pele Polpa digital Pressão arterial Figura 4. Palpação do pulso braquial B- RESPIRAÇÃO E VENTILAÇÃO Para saber se o cidadão está, de fato, respirando bem. Deve-se executar o procedimento de VER, OUVIR E SENTIR: Portanto o controle da ventilação deve ser o mais rapidamente estabelecido para que a vítima tenha maiores chances de sobreviver. Nesta etapa deve-se perceber a qualidade da circulação sanguínea. As características que podem nos dar uma impressão real do estado circulatório são: Na avaliação inicial da vítima é necessário que o socorrista seja capaz de palpar os pulsos e dizer se há ou não circulação naquele ponto. Figura 5.Avaliação do pulso carotídeo No atendimento pré-hospitalar nem sempre é possível fazer uma avaliação neurológica muito específica devida ao pouco tempo que se tem para realizar o atendimento. O procedimento mais rápido é o método AVDI: MÉTODO AVDI A- Alerta V- Resposta ao estímulo Verbal D-Resposta ao estímulo Doloroso I- Inconsciência Essa etapa da avaliação é realizada instintivamente ao se aproximar da vítima como foi explicado anteriormente. D-AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA Figura 6. Representando avaliação neurológica E- EXPOSIÇÃO SAMPLA Em casos onde há demora no atendimento é importante identificar todas as lesões possíveis, nunca se esquecendo de evitar expor demais a vítima. S- Sinais Vitais A- Alergia M- Medicamentos em uso P- Passado médico L- Líquidos ou Alimentos ingeridos A- Ambiente A última etapa do atendimento é a avaliação geral da vítima a procura de lesões que não foram vistas durante as primeiras etapas do atendimento. Na maioria das vezes essa fase não é executada pelo fato da chegada do socorro médico. Caso o SAMU não tenha chegado, o socorrista dever sempre reavaliar os sinais vitais da vítima e colher a história SAMPLA: A avaliação secundária no atendimento do politraumatizado consiste em um exame físico completo (crânio-caudal) e uma história resumida sobre o paciente (história SAMPLA), após estabilidade clínica. REFLEXÃO Um estudo bem-feito da cena do acidente, bem como a interpretação das informações coletadas, favorece o mapeamento das lesões, podendo levar à identificação prévia de 90% delas, inclusive as ocultas. Dessa forma, é uma etapa crucial para o encaminhamento da vítima e a definição do tratamento a ser adotado. REFERÊNCIA LIGA DE EMÊRGENCIA MÉDICAS E TRAUMA. Curso de Primeiros Socorros: Projeto Alfa,2019, Rio Branco-Ac, Apostila,26 de maio, 1-66p. image1.png image2.png image3.jpg image4.emf image5.png image6.png image7.png image8.png image9.png image10.png image11.png image12.png image13.png image14.png image15.png image16.png image17.png image18.png image19.png image20.png image21.png image22.png image23.png image24.png image25.png image26.png