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SISTEMA RESPIRATÓRIO

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SISTEMA RESPIRATÓRIO
FÉLIX HENRIQUE AMARAL 
MEDICINA VETERINÁRIA UFJF 
PATOLOGIA II
→ PALATO FENDIDO (palatosquise) – alteração congênita 
• Pode ser causado por drogas esteroidais, tóxico ou hereditário. 
• CONSEQUÊNCIAS: pneumonia aspirativa e nanição (insuficiência 
da sucção do leite = fome) 
→ AMILOIDOSE: alteração metabólica
• Depósito de proteína amiloide (fibrilas com a configuração 
pregueada Beta) em vários tecidos, e acomete equinos. 
• Macroscopicamente é possível observar nódulos lisos com 
aspecto de cera de abelha nas pregas alares, septo nasal 
anterior e na cavidade nasal. 
• A amiloidose em outros órgãos de animais domésticos é do tipo 
reativo (AMILOIDE AA)
• A amiloidose nasal equina é do tipo imunocitica (AMILOIDE AL)
• Os equinos afetado com as massas de amiloide tem dificuldade 
de respirar devido a obstrução nasal, podendo apresentar 
epistaxe (hemorragia nasal) e desempenho atlético reduzido. 
→ ALTERAÇÕES CIRCULATÓRIAS NA CAV NASAL E SEIOS
• Variações na mucosa nasal do fluxo sanguíneo pode ser 
passivamente com interferência do retorno venoso 
(congestão), ou ativamente por vasodilatação (hiperemia)
• CONGESTÃO: lesão inespecífica, pode estar associada a 
falha circulatória ante morte que pode causar um 
impedimento ou diminuição do retorno venoso como 
insuficiência cardíaca, timpanismo, etc. 
• HIPEREMIA: vista nas fases iniciais de inflamação causada 
por irritações como amônia, infecções virais, bacterianas 
alergias ou traumas. 
RINITE E FARINGITE FIBRINONECRÓTICA causado por BVD. 
→ RINORRAGIA: (hemorragia da cavidade nasal) 
• Pode ser resultado de traumatismo local, erosões de vasos da submucosa por inflamação (ex: 
micose da bolsa gutural) ou por neoplasmas. 
→ HEMOPTISE: 
• Presença de sangue no escarro, saliva (tosse ou cuspida de sangue) e pode ser resultado de 
pneumonia, abcessos pulmonares, bronquite ulcerativa, tromboembolismo e neoplasia 
pulmonar.
→ HEMATOMA ETMOIDAL EM UM EQUINO:
• Comum em equinos mais velhos, caracterizado 
pelo sangramento nasal crônico, progressivo. 
Aparece como massa vermelho-escura, única, 
macia, pedunculada e expansiva. 
Hemoptise, pode ser em decorrência de 
tromboembolismo pulmonar, abcessos. 
→ RINITE: inflamação da mucosa nasal
→ SINUSITE: inflamação dos seios nasais 
Geralmente ocorrem juntas
Clinicamente a rinossinusite é caracterizada pela descarga nasal. 
• Bactérias não patogênicas através da exclusão competitiva mantém os 
patógenos em numero inofensivo. 
• Esse mecanismo protetor pode ser perturbado por vírus, 
bactérias, fungos, mudanças ambientais.
• De acordo com o exsudato, a rinite pode ser classificada em:
• Serosa (líq. claro)
• Catarral (muco)
• Purulenta 
• Fibrinosa
• Granulomatosa (causada pp por fungos)
RINITE CATARRAL:
Processo ligeiramente mais grave, apresenta secreções serosas, aumento 
substancia da produção de muco pela alta atividade das células 
caliciformes e glândula da mucosa. 
Liquido espesso, translucido ou ligeiramente turvo. 
Nesse caso, causado por cinomose.
→ RINITE PURULENTA:
• Exsudato espesso e opaco, mas pode variar de branco, verde, 
marrom de acordo com o tipo de bactéria e leucócitos (neutrófilo 
ou eosinófilos) 
• Ocorre em casos que a mucosa nasal sofre lesão mais grave 
acompanhada de necrose e infecção bacteriana secundaria; 
Conchas nasais: mucosa nasal hiperemica e coberta por 
exsudato purulento amarelo esbranquiçado. 
→ RINITE FIBRINOSA: 
• Cobertura flexível amarelada ou cinzenta sobre a mucosa 
nasal, a fibrina se acumula na superfície formando uma 
película de exsudato: pseudomembrana.
• Se esse exsudato fibrinoso for removido deixando a mucosa 
subjacente intacta é denominada rinite cruposa ou 
pseudodifterica. 
• Já se a pseudomembrana for removida e a mucosa ficar 
ulcerada esta é denominada rinite diftérica ou 
fibrinonecrótica.
DM: Conchas nasais, rinite fibrinosa 
DE: Rinite viral 
E: Herpes vírus bovino tipo 1 (RINOTRAQUEITE INFECCIOSA BOVINA)
→ RINITE GRANULOMATOSA:
• Infiltração de macrófagos, com presença de poucos linfócitos e 
plasmócitos. 
• Em alguns casos há a formação de nódulos polipoides que pode vir a 
causar obstrução da cav nasal. 
• Pode ser causada por micoses sistêmicas e micobactérias pp, e 
também por corpos estranhos e alergias.
Rinite causada por Rhinosporidium (fungo)
→ SINUSITE
• Geralmente esta combinada com a rinite 
→ CAUSAS:
• Pode ocorrer como sequela de feridas penetrantes ou sépticas dos ossos nasais, frontais, maxilares ou 
palatinos. 
• Descornas impróprias em bovinos 
• Infecção dentária em equinos e nos cães 
• Larvas de Oestrus ovis 
→ CONSEQUÊNCIAS: os seios paranasais tem drenagem pobre, com isso o exsudato tende a acumular.
• MUCOCELE: acumulo de muco com capsula 
• EMPIEMA: acumulo de pus sem capsula 
• OSTEOMIELITE: a sinusite pode se estender para o osso adjacente 
• MENINGITE E ENCEFALITE: pode se estender através dos cornetos etmoidais para as meninges e encéfalo 
• SINDROME HEAD HIT ou síndrome vestibular: o animal fica batendo a cabeça; 
→ DIAGNÓSTICO: 
• Citologia (swab), microbiologia.
DOENÇAS ESPECÍFICAS DA CAVIDADE NASAL E SEIOS
→ DOENÇAS VIRAIS
• Rinopneumonite viral 
• Influenza 
• Parainfluenza 
• Adenovírus 
• Rhinovirus 
Entrada desses vírus são aerógenas 
São indistinguíveis entre si, pois apresentam os mesmos sinais 
clínicos. São eles:
Febre, tosse, corrimento nasal, mal estar
→ RINOPNEUMONITE VIRAL EQUINA: 
• Herpes vírus equino 1 e Herpes vírus equino 4
• Geralmente, a rota de entrada desses vírus são aerógenas. 
• Doença branda, acomete potros recém-desmamados e cavalos de corrida 
jovens, pode gerar abortos em éguas. 
• Pode ter infecções latentes, isto é, uma vez contaminado, o vírus ficara 
latente em terminações nervosas para sempre, e a são reativados em 
situações de estresse ou imunossupressão. 
• A excreção desse vírus vai ser fonte de infecção para outros animais 
susceptíveis. 
→ INFLUENZA EQUINA: 
• Alta morbidade e baixa moralidade 
• Febre, conjuntivite, descarga serosa 
• Em animais imunossuprimidos podem levar a pneumonia broncointersticial severa
• E os animais com mecanismos de defesa danificados pela influenza, pode vir a ter complicações como a 
broncopneumonia bacteriana secundaria, que é causada por organismos oportunistas como Streptococcus 
zooepidemicus e Sthaphilococcus aureus. 
DOENÇAS BACTERIANAS dos EQUINOS 
→ GARROTILHO:
• Streptococcus equi → o vírus chega na mucosa nasofaringea → segue para os linfonodos regionais (pp mandibular e 
retrofaringeo) onde causa suas pp lesões. 
• Doença bacteriana sistêmica: causa rinite purulenta e supuração em outros órgãos
• Descarga nasal: pp sinal clinico: doença do trato respiratório superior, além de conjuntivite, tosse, linfonodos reativos 
(podendo comprimir traqueia e esôfago); afeta animais de todas as idades.
• O animal pode se contaminar pelo alimento, exsudato e gotículas de ar. 
→MACRO: 
• Rinite purulenta, linfadenite purulenta (também serve como diagnostico morfológico) 
• GARROTILHO BASTARDO: abcessos metastáticos (pulmão, baço, rins, cérebro, articulações) : essa forma de garrotilho, 
geralmente é fatal.
Garrotilho bastardo em um 
linfonodo mesentérico. 
→ SEQUELAS DO GARROTILHO:
• Broncopneumonia 
• Hemiplegia laríngea (ronco) 
• Purpura hemorrágica: hemorragia e edema, as vezes generalizado
• Empiema de bolsas guturais: dificuldade de drenar líquidos, causando inflamação e acumulo de pus 
→ MORMO:
• Burkholderia mallei 
• Zoonose fatal, utilizada ate como arma de bioterrorismo 
• Contaminação ocorre por ingestão de alimentos e agua contaminados, sendo as pps portas de entrada são a orofaringe 
e intestino, onde as bactérias penetram nas mucosas e disseminam através dos vasos linfáticos aos linfonodos 
regionais e depois para a corrente sanguínea e demais órgãos, principalmente os pulmões.
• MACRO: na cavidade nasal, começam com nódulos piogranulomatosos na submucosa, que evoluem para ulceras que 
liberam o exsudatocom a bactéria na cavidade nasal, depois essas ulceras vão formar cicatrizes fibrosas estreladas. Os 
pulmões possui numerosos nódulos milimétricos em um ou mais lobos pulmonares. 
SEPTO NASAL 
→MORMO
Em suspeita de mormo, deve acionar os órgãos 
de defesa;
Mucosa com múltiplas ulceras e granulomas 
nasais. A burkholderia coloniza as conchas 
nasais, provocando inflamação 
piogranulomatosa, necrose e ulceração da 
mucosa.
→ MELIOIDOSE
• Burkholderia pseudomallei
• Também é uma doença fatal, atinge humanos, bovinos, equinos, 
ovinos caprinos, suínos, cães, gatos e roedores. 
• Via de infecção: alimento e agua contaminados, transmissão 
direta entre animais e mordidas de inseto 
• PATOGENIA: penetra no animal, dissemina pela corrente 
sanguínea e causa supuração e abcesso na maioria dos órgãos. 
DOENÇAS BACTERIANAS dos BOVINOS
→ RINOTRAQUEITE INFECCIOSA BOVINA (IBR)
• HERPESVÍRUS BOVINO 1 
• MACRO: Conjutivite, vulvovaginite, balanopostite. 
• Pode causar abortos e complicações devido a a
grande quantidade de fibrina (fibrinonecrótico), 
broncopneumonia fibrinosa grave. 
→ FEBRE CATARRAL MALIGNA 
• Atinge bovinos, bubalinos e cervídeos 
• Herpes vírus ovino 2 
• Nos ovinos é silenciosa.
• Atinge sistema respiratório, urinário e SNC, e lesões em 
vários locais, pp na cavidade oral e nasal. 
DOENÇAS DE OVINOS E CAPRINOS DA 
CAVIDADE NASAL E SEIOS
→ OESTROSE: 
• Oestrus ovis 
• MECANISMO: mosca adulta → larva → narina → cavidade nasal/seios 
→maturação → lesões → solo → pupa →mosca 
• Causa irritação, inflamação, obstrução, rinite e sinusite erosiva e 
mucopurulenta e pode causar meningite. 
DOENÇAS DE SUINOS DA CAVIDADE NASAL E 
SEIOS 
→ RINITE ATRÓFICA DOS SUINOS: 
• Deformidades faciais, comum em suínos em crescimento
• ETIOLOGIA: Bordetella bronchiséptica – Pasteurella muitocida
• A toxina diminui a atividade osteoblástica e aumenta a osteoclástica.
• Ambiente adverso (gases), def de cálcio e fosforo e fatores genéticos 
são fatores predisponentes. 
• MACRO: desvio de septo, conchas menores e assimétricas. 
→ RINITE VIRAL DOS SUÍNOS
• AE: Citomegalovirus
• Atinge pp animais entre 1 a 5 semenas. 
• Na macro, presença de inflamação seromucosa→ catarral purulenta. 
CAVIDADE NASAL E SEIOS DE CANINOS E 
FELINOS
→ RINOTRAQUEITE VIRAL FELINA:
• AE: Herpes vírus felino 1
• Atinge animais jovens, frequente. 
• Filhotes com baixa imunidade materna em contato com um portador também 
pode adquirir a doença. E essa infecção inicial, mesmo depois de recuperada, o 
vírus fica em latência no organismo e então o animal é um portador e transmissor 
da doença; 
• MACRO: amidalas aumentadas e ulceradas 
• Ocorre uma febre transitória com espirro súbito e também uma descarga nasal 
sero-mucosa. A replicação ocorre no epitélio nasal, conjutival e faringeal. 
• E predispõe pneumonia bacteriana e rinite bacteriana secundaria. 
• SEQUELAS: rinite e sinusite bacteriana, atrofia de ossos nasais, pneumonia, 
abortos, ceratite e necrose hepática. 
→ CALICIVIROSE FELINA:
• AE: Calicivirus felino 
• Pode manifestar descarga óculo nasal, rinite, conjuntivite mucopurulenta e estomatite 
ulcerativa (vesículas e ulceras na cavidade oral e nasal)
→ CLAMIDIOSE FELINA:
• AE: Chiamydophila felis
• Rinite e sinusite serosa ou mucopurulenta, conjuntivite e pneumonia bronco-intersticial 
• DD: Calicivirose e rinotraqueite viral felina. 
→ RINOSPORIDIOSE: 
• AE: Rhinosporidium seeberi 
• MACRO: estruturas em formato de pólipo, aspecto de couve flor, de cor 
rosada e sangra com facilidade. 
• Mais frequente em caninos, mas também acontece em outras espécies. 
Rinite granulomatosa
→ ASPERGILOSE (cães) 
• AE: Aspergillus fumigatus 
• MACRO: exsudato de coloração azul esverdeada?
GRANULOMA
Sinusite em um cão causado por Aspergillus fumigatus
Sinusite e rinite, cão - Aspergillus fumigatus 
→ CRIPTOCOCOSE:
• AE: Cryptococcus neoformans 
• MACRO: nódulos ou massas difusas. 
Ceratoconjuntivite 
Produz material mucinoso que origina em sua parede 
causando um aumento do volume. 
Produzido pelo fungo. 
NEOPLASIAS DE CAVIDADE NASAL E SEIOS
→ CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS 
• Comum em gatos e equinos 
→ CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS (equino) 
→ TUMOR ETMOIDAL ENZOÓTICO 
• Comum em ovinos e caprinos, geralmente é de origem 
infecciosa 
→ CONDROSSARCOMA:
• Proliferação de cartilagem em cães.
FARINGES E BOLSAS GUTURAIS
→ NECROBACILOSE OROLARINGEAL 
• AE: Fusobacterium necrophorum
• Áreas demarcadas com crostas espessadas, ulceras, 
fibrinonecrótico. 
• Acomete principalmente região da língua, gengiva, palato, 
faringe e laringe. 
• Comum em animais confinados e pode estar ligado a outras 
doenças, como IBR, estomatites, deficiências nutricionais ou 
sanitárias. 
→ EMPIEMA DAS BOLSAS GUTURAIS: 
• AE: Streptococcus equi 
• Exsudato purulento
• CONSEQUÊNCIAS: lesões de nervos craniais, otite, osteíte e 
encefalite.
→ MICOSE DAS BOLSAS GUTURAIS:
• AE: Aspergillus fumigatus 
• MACRO: inflamação fibrinosa ou fibrinonecrótica, epistaxe.
• CONSEQUÊNCIAS: trombose, aneurisma, ruptura de carótida (pela 
proximidade anatômica das bolsas guturais)
LARINGE E TRAQUÉIA 
→ COLAPSO TRAQUAL 
• Comum em cães de pequeno porte, onde ocorre um achatamento 
dorsoventral de forma difusa e alargamento da membrana dorsal. 
• Em equinos, ocorre a achatamento lateral e há hipótese de causar 
uma degeneração do nervo laríngeo recorrente esquerdo 
• Pode ser também de origem congênita ou adquirido (trauma, 
compressão, inflamações. 
→ PARALISIA OU HEMIPLEGIA LARINGEA: síndrome do cavalo roncador
• Hipotrofia dos músculos cricoaritenóides dorsal e lateral, + comum no 
lado esquerdo
• CONSEQUÊNCIAS: obstrução do ar e vibração de cordas vocais soltas. 
• CAUSAS: 
• Degeneração primária do nervo laríngeo recorrente 
• Degeneração secundária por compressão (raro) ou por lesões em 
LN retrofaringeo e bolsas guturais. 
→ EDEMA (alt circulatória)
• MACRO: espessamento da mucosa, diminuição da luz e 
hiperemia ativa.
• CAUSAS: doença do edema em suínos, inalação de 
substancias irritantes, abelhas, iatrogênica. 
→ LARINGITES E TRAQUEITES:
• Laringites – acompanham rinites 
• Traqueites – acompanham bronquites e pneumonias 
• Ocorrência isolada: exceção da necrobacilose oral em suínos e bovinos causado pelo fusobacterium 
necrophorum. 
→ TRAQUEOBRONQUITE INFECCIOSA CANINA:
• Multiagentes e fatores. 
• Geralmente sem lesão, ou com traqueobronquile catarral a mucopurulenta.
• CAUSAS VIRAIS: Adenovirus canino 2, Herpes vírus canino 1, Coronavirus respiratório. 
• CAUSAS BACTERIANAS: Mycoplasma cynos, Streptococcuus zooepidemicus. 
PULMÕES
→ MELANOSE: 
• Comum em bovinos e suínos 
→ ANTRACOSE:
• Pontos milimétricos distribuídos 
difusamente. 
Ambos sem importância 
clinica, achados incidentais. 
→ ANTRACOSE em linfonodo bronquial
• Linfonodo difusamente enegressido
→ ATELECTASIA: 
• Ausência de ar e de qualquer outro conteúdo 
• CONGÊNITA: natimortos ou fetos abortados, ou ruptura do 
cordão umbilical com o feto no canal do parto. 
• ADQUIRIDA: obstrução nas vias aéreas ou estreitamento 
luminal, compressão da cavidade torácica 
• Mais comum em bovinos e suínos, ventilação colateral pobre. 
MACRO: 
• Firme, escuro, deprimido, sem exsudato 
DD: pneumonia (a diferença é que na pneumonia há presença de pus) 
Há também presença de enfisema. 
→ ENFISEMA: 
• Obstrução da saída de ar (o ar entra mais não sai) →
broncopneumonia 
• O abate também pode gerar, já que ocorre uma inspiração forte e 
repentina. 
• TIPOS: alveolar e intersticial 
Enfisema intersticial em um bovino adulto. 
→ CONGESTÃO:
• Pulmões difusamente avermelhados 
• Insuficiência cardíaca esquerda ou bilateral 
• Alterações no tônus vascular, normalmente acompanhado por edema. 
• MEC da congestão !! Estudar 
→ EDEMA: 
• Geralmente associado com proc. inflamatórios 
• CAUSAS: Aumento da pressão hidrostática, diminuição da pressão 
oncótica, redução ou obstrução da drenagemlinfática, aumento 
da permeabilidade vascular, viroses pneumotrópicas, tóxicos, CID, 
toxinas...
• MACRO: úmido, pesado, liquido espumoso rico em albumina, não 
colabados
→ HEMORRAGIAS
• Hemoptise: ruptura de aneurismas, congestão, erosão de vasos por 
abcessos ou tromboembolismo 
• Petequiais: diáteses hemorrágicas, septicemias e toxemias, migração 
erradica de larvas. 
• Excessão (especial): hemorragia induzida pelo exercício no equino
→ EMBOLISMO PULMONAR 
• SÉPTICO: Endocardite (comum em bovinos), abcessos 
hepáticos, artrites e onfalites 
• NÃO SÉPTICO: Dirofilariose em cães, angloestrongilos em 
gatos, hiperadrenocorticismo (sangue coagula facilmente), 
hipotireoidismo, glomerulopatias imunomediadas (formação 
de imunocomplexos formando trombos em vasos de grande 
calibre)
• EMBOLISMO GORDUROSO: neoplasias
Áreas de infarto
→ BRONQUITE: 
• MEC: inf crônica → hiperplasia células caliciformes → excesso 
de muco → bronquite crônica 
• BRONQUITE CRÔNICA → bronquiectasia (aumento do lumem, 
cartilagem degenerada) 
• BRONQUIECTASIA x ABCESSOS: ambos possuem áreas lobulares 
preenchidas com pus. Diferenciação feita apenas 
histologicamente devido a presença de capsula . 
DM: Bronquite catarral crônica 
E: Dictocaulus viviparous 
Bronquiectasia
→ BRONCOESTENOSE 
• CAUSAS (etiologias)
• Bronquite → edema da mucosa + acumulo de exsudato
• Compressão externa: tuberculose (linfoadenomegalia), tumores mediastinais 
• Hipertrofia da musculatura lisa (vermes pulmonares: ex Dictyocaulus viviparous
• CONSEQUÊNCIAS:
• Enfisema: ar entra e não consegue sair 
• Atelectasia: alvéolos colabam (obstrução), o ar não entra 
→ BRONQUIOLITE:
• Extremamente susceptíveis, bronquíolos são áreas mais sensíveis 
• Parainfluenza tipo 3, adenovírus, crinomose, gases e substancias tóxicas são algumas das causas. 
• Possíveis mecanismos: mais vulnerável a oxidantes e radicais livres, oxidases de função das células 
clara lesando o epitélio, tendencia de acumulo leucocitário 
→ BRONQUIOLITE OBLITERANTE: 
• Consequência de uma doença crônica e severa dos bronquíolos
• Respostas inespecíficas a vários agentes: vírus, gases tóxicos, vermes pulmonares 
• Causa necrose do epitélio na junção bronquíolo alveolar e fibrose 
• CONSEQUÊNCIAS:
• Broncopneumonia 
• Atelectasia 
• Enfisema 
→ DOENÇA OBSTRUTIVA RECORRENTE DE VIAS AÉREAS DOS EQUINOS
• Dificuldade respiratória recorrente, tosse crônica. 
• Lesão prévia -> predisposição. Patogenia relacionada a genética, Th2?
• MACRO: apenas enfisema 
→ ASMA FELINA: 
• MACRO: sem alteração ou enfisema 
• PATOGENIA relacionada a hipersensibilidade tipo 1 
• FATORES PREDISPONENTES: poeira, cigarro...
• Broncoconstrição, tosse, dispneia são sinais recorrentes.
→ ALVÉOLOS (pneumócitos tipo 1 são mais susceptíveis) 
• Degeneração/vacuolização →morte celular → desprendimento → exposição de membrana basal 
→ aumento da permeabilidade → edema alveolar 
• Se a membrana basal estiver intacta → proliferação de pneumocitos tipo II → fetalização →
diferenciação → pneumócitos tipo I (regeneração)
• Se o dano for acentuado → fibrose alveolar (perda de membrana basal)
→ PNEUMONIA: (termo mais usual)
• Lesão inflamatória dos pulmões
• CLASSIFICAÇÃO:
• Aguda, subaguda, crônica 
• Tipo de exsudato: catarral, fibrinoso, purulento, hemorrágico e necrótico 
• Broncopneumonia, pneumonia intersticial, pneumonia embólica e pneumonia granulomatosa 
→ BRONCOPNEUMONIA: 
• Infecção aerógena, inicia o processo na junção bronquíolo-
alveolar
• Distribuição crânio-ventral (MACRO), nessa área a gravidade 
dificulta a remoção do exsudato, os mec de defesa são 
menos eficientes e também há maior deposição de 
partículas e agentes infecciosos. 
• Pulmão mais firme, perda de crepitação, firme, hepatização. 
• FATORES PREDISPONENTES:
• Animais de origens diferentes em um mesmo local 
• Imunodeficiencias (ex: cinomose) 
• Desidratação, frio, gases tóxicos, infecções virais 
• AGENTES ETIOLÓGICOS:
• Bovinos e ovinos: Trueperella pyogenes
• Suinos: Pasteurella multocida
• Equinos: Streptococcus equi 
• Cão: Streptococcus sp
• Aves: Escherichia coli 
→ BRONCOPNEUMONIA
→ FASES DO PROCESSO PNEUMÔNICO:
1. Hiperemia: dilatação dos capilares 
2. Hepatização vermelha: aumento das hemácias 
3. Hepatização cinzenta aumento do neutrófilo nos alvéolos 
4. Resolução: destruição do agente, liquefação da fibrina e regeneração do epitélio. 
→ COMPLICAÇÕES DAS BRONCOPNEUMONIAS:
• Bronquiectasia, atelectasia, enfisema 
• Necrose com formação de abcessos que corroem os vasos ou rompem-se na 
cavidade pleural (empiema)
• Pleurite adesiva (inflama a pleura e a parte visceral se adere a parte parietal)
BRONCOPNEUMONIA SUPURADA
Cavidade torácica cheia de pus, piotorax, empiema. 
→ BRONCOPNEUMONIA FIBRINOSA:
• Envolvimento pleural e cavitário precoce, resposta 
de injuria mais severa 
→ COMPLICAÇÕES:
• Fibrose, cicatriz, abcesso, gangrena
→ AGENTES ETIOLÓGICOS:
• Bovinos: Manheimia haemolytica
• Suinos: Actinobacillus pleuropneumoniae
• Gato: Pasteurella muitocida
• Cavalo: Streptococcus equi
Septo espessado
→ Broncopneumonia fibrinosa 
→ PNEUMONIA INTERSTICIAL: inicio do processo se dá na parede alveolar 
• Via de infecção aerógena (epitélio) ou hematógena (endotélio ou MB)
• Aerógena: gases, fumaças toxicas, vírus pneumotrópicos
• Hematógena: septicemias, CID, toxinas, viroses endoteliotrópicas (ex: 
língua azul)
→ MACRO da pneumonia intersticial aguda:
• Difuso, não colaba (impressão das costelas), pesado, ausência de 
exsudato, pulmão range ao corte.
Ocorre espessamento alveolar por conta da proliferação do endotélio; 
prot. plasmáticas se aglutinam próximo ao endotélio formando a 
membrana hialina.
→ PNEUMONIA INTERSTICIAL CRÔNICA:
• Presença de fibrose (parede alveolar), pp característica 
• Exs de pneumonia intersticial crônica: 
• Pneumonia progressiva dos ovinos 
• Silicose em cavalos 
• Migração maciça de áscaris em suínos 
→ AGENTES ETIOLÓGICOS DAS PNEUMONIAS INTERSTICIAIS:
• Viremias (CINOMOSE), septicemias, parasitemias, toxinas 
(ex: uremia, começa com lesão endotelial e mineralização 
da parede dos alvéolos) 
→ PNEUMONIA EMBÓLICA (inf hematógena) 
• Causa lesão ao redor dos vasos e no vaso 
• Nódulos ou abcessos focal ou multifocal em todos os lobos via 
embolo séptico
• AGENTES ETIOLÓGICO: 
• Trueperella pyogenes
• Streptococcus equi 
• Streptococcus suis 2 
• Fusobacterium necrophorum 
→ PNEUMONIA GRANULOMATOSA: 
• Infecção aerógena ou hematógena 
• Nódulos - granulomas focal ou multifocal 
• CAUSAS: micobacterioses (tuberculose) e fungos
DD: neoplasia metastática, tuberculose, pneumonia supurada.
→ FORMAS ESPECIAIS DE PNEUMONIA:
• Pneumonia por aspiração: fenda palatina → animal pode fazer falsa via. 
Bezerros em aleitamento artificial. 
• Pneumonia hipostática. 
PNEUMONIAS EM EQUINOS
→ RINOPNEUMONITE VIRAL EQUINA: 
• Herpes vírus equino 1 e 4 
• Rhodococcus equi: ocorre em potros ou adultos 
imunossuprimidos. Broncopneumonia supurada → abcessos →
pneumonia granulomatosa 
Áreas de inflamação por Rhodococcus equi. 
→ PNEUMONIAS PARASITÁRIAS EM EQUINOS
→ Parascaris equorum: pequenos nódulos e petequiais devido a 
migração de larvas no pulmão 
→ Dictocaulus amfield: tosse, burros são mais resistentes e 
assintomático, a presença desses animais em um pasto pode 
causar a pneumonia. Ocorre uma bronquite e irritação na 
mucosa com proliferação de células caliciformes que causam 
um aumento na produção de muco
→ PNEUMONIA ENZOÓTICA BOVINA:
• Viroses e bactérias (mycoplasma bovis) seguido de agentes oportunistas como Manheimia hemolítica, trueperella
pyogenes. 
• Causa pneumonia broncointersticial ou broncopneumonia supurada.
→ FEBRE DO TRANSPORTE:
• Mannheimia haemolytica
• Causa broncopneumonia fibrinosa acentuada com 
necrose 
• Estresse e viroses são fatores que predispõe infecção.
Muita fibrina recobrindo o pulmão
→ TUBERCULOSE (também causa pneumonia granulomatosa em bovinos)
• Mycobacterium tuberculosis
Pneumonia granulomatosa(presença de granuloma)
→ DICTYOCAULUS VIVIPARUS
• Também causa uma pneumonia granulomatosa, e 
uma bronquite eosinofilica. 
→ PNEUMONIA EM PEQUENOS RUMINANTES
→ MANNHEIMIOSE E MAEDI
• Pneumonia progressiva ovina, causado por lentivirus ovino e caprino/? 
• Transmitida por colostro ou contato direto 
• DD: CAE (artrite encefalite caprina)
PNEUMONIAS EM SUINOS 
→ SINDROME DO DELINHAMENTO MULTISSISTEMICO PÓS-DESMAMA (PMWS)
• AE: Circovírus suínos tipo 2 
• Pneumonia intersticial, linfadenite granulomatosa e infec secundárias 
• DD: PRRS, arterivirus
→ PNEUMONIA ENZOÓTICA SUINA: 
• AE: Mycoplasma hyopneumoniae
• Broncopneumonia supurativa ou catarral, mortalidade alta em 
coinfecções. 
→ PLEUROPNEUMONIA SUÍNA 
• AE: Actinobacillus pleuropneumoniae
• Broncopneumonia e pleurite fibrinosa.
• Severa e fatal. 
PNEUMONIA EM CÃES
→ TOXOPLASMOSE 
→ PASTEURELA MULTOCIDA, BORDETELLA BRONCHISEPTICA 
→ BLASTOMICOSE, HISTOPLASMOSE, CRIPTOCOCOSE E ASPERGILOSE: agentes micóticos causadores de 
broncopneumonia granulomatosa
→ CINOMOSE:
• Broncopneumonia intersticial 
• Broncopneumonia supurada
→ PASTEURELLA MULTOCIDA
• Broncopneumonia supurada 
→ PNEUMONIA URÊMICA
• Animal com uremia → aumento da concentração de ureia no sangue 
que é tóxica para as células endoteliais causando um aumento da 
permeabilidade vascular
• Mineralização da pleura visceral. 
→ PNEUMONIAS EM GATOS:
→ Pneumonite felina:
• Chlamydophila felis (lesão intersticial) 
→ Pasteurella multocida (broncopneumonia supurada)
→ Cryotococcus neoformans (broncopneumonia granulomatosa)
NEOPLASIAS
→ ADENOCARCINOMA PULMONAR
• Nódulos, esbranquiçados e irregulares
→ CARCINOMA MAMÁRIO (neoplasia secundária)
• Metástase de êmbolos neoplásicos como tumores de 
mama
→ OUTRAS NEOPLASIAS PRIMÁRIAS:
• Adenoma papilar e bronquíolo-alveolar 
• Adenocarcinoma 
• Carcinoma bronquíolo alveolar 
• Carcinoma pulmonar ovino 
• Sarcomas
→ CARCINOMA HEPATOCELULAR (neoplasia secundária)
PLEURA E CAVIDADE TORÁCICA
→ MINERALIZAÇÃO:
• CAUSAS:
• Uremia 
• Hipervitaminose D 
• Int. por Solanum malacoxylon (mimetiza os efeitos da vit D)
Aspecto arenoso, mineralização em padrão de escada.
→ HIDROTÓRAX:
• Liquido claro, amarelado e viscoso
• Em gato pode ser causado pela PIF
→ HEMOTÓRAX:
• Causado por ruptura de aneurismas (que pode ser causado por 
Spirocerca lupi)
• Traumatismos e erosão de vasos por neoplasia ou inflamação. 
→ QUILOTÓRAX:
• Linfa rica em triglicerídeos (material leitoso) 
• Causado por ruptura de ducto torácico, trauma e 
neoplasias. 
→ PLEURITE:
• CAUSAS:
• Extensão de pneumonias, esofagites, traumatismo de cav
torácica, infecção primária da pleura. 
• CONSEQUÊNCIAS:
• Atelectasia e aderências (pleura visceral e parietal)
Pleurite em felino, causado por PIF, presença de muita fibrina. 
Pleurite em bovinos, causado por tuberculose, aderências. 
Outros agentes causadores:
Bovinos: Carbúnculo sintomático 
Suínos: Haemophilus parasuis
Equino: Nocardia
Cães e gatos: Actinomyces
→ NEOPLASIAS DA PLEURA E CAVIDADE TORÁCICA:
• MESOTELIOMA
CARCINOMA MAMARIO METASTATICO (METASTASE)

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