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Sistema respiratório PNEUMONIA • Doença inflamatória aguda de causa infecciosa; • Acomete os espaços aéreos e o parênquima pulmonar; • Normalmente com etiologia bacteriana. No mundo: • Pneumonia e diarreia são as duas principais causas de mortalidade infantil no mundo; • 2 milhões mortes/ano; • Alta morbidade. No Brasil: • Representa 9,54% do total de todas as internações; • Óbitos; 1.502; • Gastos com internações por pneumonia: R$ 214.464.642,40; • Média de permanência hospitalar: 5,3 dias. Classificações da PNM •Local de aquisição: Adquirida na comunidade ou de origem hospitalar; •Tempo de evolução: Aguda, Subaguda e Crônica; •Comprometimento: PNM Típica ou Atípica; •Etiologia: Bactérias, vírus, fungos e outros; PNEUMONIA ADQUIRIDA NA COMUNIDADE · Principal causa de morte no mundo. · Refere-se a doença adquirida fora do ambiente hospitalar. · Se manifesta em até 48h da admissão á unidade assistencial. PNEUMONIA HOSPITALAR • Refere-se à doença adquirida no ambiente hospitalar; • Se manifesta após 48h da admissão à unidade assistencial, excluindo os casos em que a infecção já estava incubada no momento da internação. * PNM associada à VM: Doença adquirida após 48 horas de IOT e VM. * Agente etiológico – Enterobacter, Escherichia coli, Klebsiella, Proteus, Serratia marcescens, P. aeruginosa e Staphylococcus aureus FISIOPATOLOGIA Em condições normais, as características das vias aéreas superiores impedem que partículas potencialmente infecciosas alcancem o trato respiratório inferior; Quando há falha no sistema imunológico: • Por propagação, aspiração ou inalação os microrganismos se deslocam até chegarem aos alvéolos; • Ocorre extravasamento de líquido, replicação de microrganismos, infecção estabelecida; lesão do parênquima pulmonar. • O comprometimento variável dos alvéolos e a existência de áreas não comprometidas geram um distúrbio de ventilação/perfusão; •O exsudato alveolar e intersticial causa redução da complacência e aumento do trabalho respiratório; • O exsudato intersticial aumenta a espessura da barreira alvéolo-capilar e causa distúrbio na difusão dos gases; •O comprometimento das vias aéreas resulta em obstrução do fluxo de ar (por muco, edema ou broncoespasmo). Permanece dentro do segmento ou lobo. Se estende por meio do exsudato contaminado através dos bronquíolos, interstício ou por via hematogênica. Estende-se para todo o tecido pulmonar. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS • Lesões na mucosa das vias aéreas: TOSSE • Comprometimento da função pulmonar: TAQUIPNÉIA, DISPNÉIA E SINAIS SISTÊMICOS; • Infecção: FEBRE E SINAIS SISTÊMICOS. FATORES DE RISCO • Pacientes imunossuprimidos ou neutro pênicos; • Tabagismo; • Hospitalizações e imobilidade prolongadas; • Reflexo de tosse deprimido; • Bronca aspiração; • Mecanismos de deglutição anormais; • Depressão respiratória; • Idade (Idosos e crianças < 5 anos); • Ventilação mecânica; • Prematuridade e baixo peso ao nascimento; • Ausência de aleitamento materno nos primeiros 4 meses de vida (...) PREVENÇÃO • Vacinações; • Promover a tosse e expectoração das secreções; • Aspiração quando necessário; • Reduzir fatores de risco – ex.: tabagismo; • Reposicionar o paciente adequadamente; • Fisioterapia respiratória; • Deambulação e mobilização precoces; • Material asséptico e/ou estéril. CARACTERÍSTICAS • PNM Típica: infecção de VAS seguida por febre alta, dor pleurítica, tosse produtiva, sintomas respiratórios, quadro clínico agudo, RX com consolidação definida. • PNM Atípica: Febre, pouca ou nenhuma dor, tosse seca, sintomas extrapulmonares, quadro clínico agudo ou subagudo, RX com múltiplos padrões. DIAGNÓSTICO CLÍNICO • Anamnese; • Exame Físico (MV diminuído, estertores crepitantes e roncos, macicez local e frêmito toraco-vocal aumentado no local); • Exame de imagem (Radiografia de tórax é a referência padrão – incidências póstero-anterior e perfil demonstrando consolidações); • Exames complementares (hemograma, gasometria). * Deve-se complementar o exame físico com um exame de imagem em pacientes com suspeita de pneumonia, SEMPRE QUE POSSÍVEL. PADRÃO RADIOLÓGICO • Incidências: AP e perfil; • Essencial para confirmação diagnóstica (*Padrão ouro); • Auxilia na avaliação de gravidade ex.: multilobar, derrame pleural; • Auxilia no diagnóstico diferencial ex.: tuberculose, neoplasia. Achados: Infiltrados pulmonares; opacidade homogênea dos lobos ou segmentos envolvidos, possíveis broncogramas aéreos. DIAGNÓSTICO POR IMAGEM TRATAMENTO Medicamentoso (geralmente com antibioticoterapia); Fisioterapia respiratória!!! DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA (DPOC) • DPOC = Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica; • Doença comum, tratável e de prevenção possível; • Caracterizada por sintomas respiratórios persistentes e limitação ao fluxo de ar; • Causada por anormalidades de vias aéreas e/ou alveolares, geralmente resultante da exposição a gases ou partículas nocivas. • Problema de saúde pública, tanto em homens quanto em mulheres; • É atualmente a 4a principal causa de morte no mundo; • Estima-se que se tornará a 3a principal causa de morte mundial; • Alta morbidade e mortalidade. FATORES DE RISCO • Exposições ao fumo do tabaco (tabagistas ou fumantes passivos); • Exposições ambientais – ex.: combustível de biomassa, poluição do ar; • Exposições ocupacionais - incluindo pós orgânicos e inorgânicos, agentes químicos e vapores; • Anormalidades genéticas; • Desenvolvimento pulmonar anormal durante período gestacional e infância; • Condição socioeconômica baixa; • Envelhecimento; • Sexo feminino; • Asma e hiper-reatividade das vias aéreas / Bronquite crônica / Histórico de infecções respiratórias. AÇÕES DO TABAGISMO • Estímulo à produção de muco; • Hipertrofia de glândulas submucosas; • Redução dos movimentos ciliares; • Ativação de macrófagos e neutrófilos; • Inibição da alfa-1 antitripsina; • Leva ao aumento da destruição do parênquima pulmonar; • Aumenta o risco de morte. FISIOPATOLOGIA Bronquite crônica: Tosse e produção de escarro na maior parte dos dias, por no mínimo três meses em pelo menos dois anos consecutivos. Enfisema: Aumento dos espaços aéreos distais ao bronquíolo terminal, com destruição das paredes alveolares. = DPOC • Resposta inflamatória exacerbada e crônica; • Destruição progressiva do parênquima pulmonar; • Intenso e repetitivo processo de lesão/reparo das vias aéreas; • Alterações estruturais crônicas; • Obstrução e perda da elasticidade pulmonar; • Hiper insuflação; • Distúrbio V/Q; • Retenção progressiva de CO2; • Possibilidade de Cor Pulmonale. INFLAMAÇÃO NA DPOC • INFLAMAÇÃO DAS PEQUENAS VIAS AÉREAS REMODELAMENTO DAS VIAS AÉREAS; •DESTRUIÇÃO DO PARÊNQUIMA RUPTURA DAS LIGAÇÕES ALVEOLARES REDUÇÃO DO RECOLHIMENTO ELÁSTICO; · LIMITAÇÃO AO FLUXO AÉREO; EXAME DE IMAGEM Radiografia na DPOC: •Horizontalização das costelas; • Aumento do espaço intercostal; •Diminuição da trama vascular periférica; • Planificação do diafragma; • Hiperinsuflação; • Aumento do diâmetro ântero-posterior (Rx em Perfil). EFEITOS SISTÊMICOS • DPOC Efeitos cardiovasculares; Efeitos respiratórios; Efeitos no metabolismo ósseo; Alterações nutricionais; Alterações musculares. Baixa tolerância ao exercício; Sedentarismo; Desnutrição; Inflamação sistêmica; Menor qualidade de vida. DIAGNÓSTICO Baseados em: • História de exposição a fatores de risco; • Presença de limitação do fluxo aéreo que não é totalmente reversível, na presença ou não de sintomas; • Exames complementares: Espirometria (padrão-ouro para diagnóstico e avaliação), Gasometria, Escala de Dispnéia MRC modificada (MMRC), Teste de Avaliação da DPOC (CAT). CONFIRMAÇÃO DA DPOC: •ESPIROMETRIA Após-broncodilatador VEF1/CVF < 0,7 mMRC - Escala de dispneia modificada Avaliação da dispneia: CAT - Teste de Avaliação da DPOC Escala de avaliação dos sintomas: EXACERBAÇÕES Evento agudo que ocasiona a piora dos sintomas respiratórios e exige ajustes terapêuticos; Critérios: Piorada dispneia; Aumento no volume de escarro; Mudança na cor do escarro Consequências: Pior qualidade de vida; Impacto nos sintomas e função pulmonar; Declínio acelerado da função pulmonar; Aumento da mortalidade; Aumento dos custos econômicos. TRATAMENTO OBJETIVOS: Prevenir a progressão da doença; Aliviar os sintomas; Melhorar a tolerância a atividades físicas; Melhorar o estado da saúde; Prevenir e tratar exacerbações; Prevenir e tratar complicações; Reduzir a mortalidade; Minimizar os efeitos colaterais do tratamento. TRATAMENTO • Baseado na anamnese e exame físico; • Importante para a monitorização da doença; • Redução dos fatores de risco; • Conduta na DPOC estável: Educação, Farmacológica e Não- farmacológica. • Conduta nas exacerbações. FISIOTERAPIA NA DPOC • Promover higiene brônquica; • Favorecer troca gasosa; • Melhorar capacidade funcional; • Favorecer biomecânica respiratória; • Prevenir e controlar exacerbações; • Favorecer condicionamento cardiorrespiratório e capacidade funcional; •Melhorar qualidade de vida. DOENÇAS PULMONARES DO ADULTO E PEDIÁTRICAS ASMA BRÔNQUICA •Doença inflamatória crônica das vias aéreas inferiores; •Frequente e potencialmente grave; •Clinicamente, caracteriza-se por aumento da responsividade das vias aéreas a variados estímulos, com consequente obstrução ao fluxo aéreo, de caráter recorrente e tipicamente reversível. IMPACTO •Calcula-se que a asma afete cerca de 300 milhões de pessoas em todo o mundo; •Constitui um grave problema de saúde que afeta todas as faixas etárias, seguindo com prevalência crescente a nível mundial; •A asma é uma das principais causas de absenteísmo no trabalho e na escola; • O controle da doença exige altos custos com assistência médica. No entanto, investimentos em medicações preventivas podem reduzir gastos com tratamento emergencial da doença. FATORES DE RISCO Resulta de uma interação entre genética, exposição ambiental e outros fatores específicos que levam ao desenvolvimento e manutenção dos sintomas. •Fatores genéticos; •Obesidade e sexo masculino (durante a infância); Baixo nível socioeconômico; •Peso ao nascimento; •Peso ao nascimento; •Exposição ao fumo; •Exposição a infecções virais (especialmente vírus sincicial respiratório e rinovírus); •Exposição a alérgenos (ácaros, fungos e baratas); •Estado nutricional. PATOGENIA •Na patogenia da asma, está envolvida uma variedade de células e mediadores inflamatórios que atuam sobre a via aérea e levam ao desenvolvimento e manutenção dos sintomas; •A inflamação brônquica constitui o mais importante fator fisiopatogênico da asma, estando presente em pacientes com formas leves da doença e mesmo entre os assintomáticos. PATOGENIA •Reação inflamatória a um alérgeno; •Resposta exagerada dos linfócitos tipo 2 (TH2); • TH2 liberam citocinas (ex.: Interleucinas tipo 4 e 5 – IL-4 e IL-5); Epitélio Respiratório • IL-4 estimulam os linfócitos B a produzirem Imunoglobulina E (IgE) e ativam os receptores de mastócitos; • IL-5 ativam os eosinófilos recrutados localmente PATOGENIA Mediadores inflamatórios; Broncoespasmo; Hiper-reatividade brônquica; Vasodilatação; Edema; Presença de muco; Obstrução ao fluxo aéreo. CONSIDERAÇÕES FISIOPATOLOGICAS Resistência expiratória muito elevada + FR alta + Tempo expiratório insuficiente para esvaziamento pulmonar = Aprisionamento de ar AUTO PEEP. DIAGNÓSTICO CLÍNICO • História de sintomas característicos (sibilância, dispneia, desconforto torácico e tosse); Sugestivo quando: • Piora à noite e no início da manhã, após exercícios; exposição a alérgenos; baixas temperaturas (ar frio); • Melhora com broncodilatadores ou corticoides sistêmicos. * Confirmação diagnóstica e classificação da gravidade por meio de teste de reversibilidade medicamentosa. DIAGNÓSTICO – EXAME FÍSICO •Realizar exame físico completo e detalhado; •Em geral, não há alterações significativas; •Ruídos adventícios: SIBILO, principalmente na expiração forçada. •Aumento da sibilância; dispneia severa; uso de músc. acessória; aumento da FR e FC; diminuição da SpO2. •Pode evoluir com cianose; “tórax silencioso”, bradicardia, insuficiência respiratória e necessidade de ventilação mecânica invasiva. DIAGNÓSTICO FUNCIONAL – ESPIROMETRIA Estudo da função pulmonar após expiração forçada, cujos valores são comparados com a média esperada para sexo, altura e peso. Valores normais: VEF1/CVF > 0,75 -0,80 (adultos saudáveis); VEF1/CVF > 0,90 (crianças saudáveis). ASMA: Obstrução das vias aéreas com redução do VEF1 e da relação VEF1/CVF; Reversibilidade ao broncodilatador. DIAGNÓSTICO FUNCIONAL – PFE PICO DE FLUXO EXPIRATÓRIO (PFE): É a medida do fluxo expiratório máximo, obtida com o medidor de PFE, chamado Peak Flow. ASMA: Se houver aumento do PFE em 20% nos adultos e em 30% nas crianças, 15 minutos após uso de broncodilatador de ação rápida; Reversibilidade ao broncodilatador. CLASSIFICAÇÃO DA GRAVIDADE • Intermitente; •Persistente (leve, moderada ou grave). A classificação se dá pela: ◦ Frequência e intensidade dos sintomas; ◦ Frequência do uso do broncodilatador; ◦ Resultado à prova de função pulmonar. OBJETIVOS DO TRATAMENTO •Controle dos sintomas; •Prevenir limitação crônica ao fluxo aéreo; • Garantir adequada função pulmonar; •Evitar crises, idas a serviços de emergências e hospitalizações; • Reduzir a necessidade do uso de broncodilatador para alívio; • Minimizar efeitos adversos dos medicamentos; •Melhorar a qualidade de vida; Reduzir risco de morte. TRATAMENTO •Farmacológico: Broncodilatadores ß 2 agonistas, Anticolinérgicos; Xantinas, Corticosteróides (...) • Não-farmacológico: Fisioterapia; Educação do paciente e sua família; Controle ambiental.
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