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Política e Regimes Políticos - aula 2

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Política e Regimes Políticos 
O que é Política? 
 Conjunto de esforços com vistas a participar do poder ou 
a influenciar a divisão do Poder. (Weber, 1989, p.56). 
 A Política foi inventada pelos humanos como o modo 
pelo qual pudessem expressar suas diferenças e conflitos. 
O modo pelo qual os humanos regulam e ordenam seus 
interesses conflitantes e obrigações enquanto seres sociais 
(Chauí, 2000). O poder político deve regular estes 
interesses de forma a equilibrar o interesse comum. 
 Foi inventada como modo pelo qual a sociedade 
internamente dividida, possa dialogar, discutir, 
deliberar, decidir conjuntamente para aprovar ou 
rejeitar ações que dizem respeito a todos seus membros. 
 No imaginário popular a política é vista pejorativamente 
por causa dos escândalos que envolvem políticos e 
partidos que foram eleitos e tem um mandato (Chauí, 
2000). 
Quando surge a Política? 
 A Política (POLIS) surge entre os gregos e romanos 
para combater os governos despóticos com a 
participação dos cidadãos para regular a vida nas 
cidades. 
 Surge junto com a ideia de Democracia (DEMOS= 
povo) (KRATOS= Poder) e representa o poder de 
escolher seus governantes, participar da vida política. 
Contribuições da Política 
 Contribuir para separar o privado do público e impedir 
a identificação do poder político com a pessoa do 
governante; separar autoridade militar do poder civil 
subordinando o primeiro ao segundo; 
 Separar autoridade religiosa do poder laico, impedindo 
a divinização dos governantes e a formação das 
Teocracias. 
 Permitir que a lei fosse colocada como expressão da 
vontade coletiva e pública, definindo direitos e deveres 
para todos os cidadãos. 
 Retirar dos indivíduos o direito de fazer justiça com as 
próprias mãos - o uso da força passou para o Estado que 
vai ter instituições para cuidar disso; 
 Permitir a criação dos fundos públicos-bens que pertencem 
à sociedade (tributos) e não mais ao governante. 
Formas de organização do poder nos 
estados 
 Dependendo das fontes de legitimidade, das principais 
funções políticas e de quem as exerce, de como as diferentes 
funções políticas estão distribuídas e de como o exercício 
do poder é controlado, classifica-se em diferentes regimes 
políticos e distintas formas e sistemas de governo. 
Formas de Governo 
 “O conceito de forma de governo está relacionado com a 
maneira como se dá a instituição do poder na sociedade e 
como se dá a relação entre governantes e governados. 
 Se a forma de governo for caracterizada pela eletividade 
e pela temporariedade dos mandatos do Chefe do 
Executivo, teremos a República; 
 caso estejamos diante de um governo caracterizado por 
sua hereditariedade e vitaliciedade, teremos a 
Monarquia.” Op cit. Marcelo Alexandrino e Vicente 
Paulo, 2007 pág. 13) 
 É a maneira pela qual é exercida a função da chefia do 
Estado. 
Características da República 
 Na República os representantes do povo são eleitos pelo 
próprio povo, de forma direta ou indireta. 
 As principais características da República são: 
 Transitoriedade (mandato do Executivo a cada 4 
anos por meio de eleições); 
 Alternância do poder (variar para evitar núcleos 
familiares ou outros); 
 Responsabilidade Jurídica e Política. 
Sistemas de Governo 
 Sistema de Governo está relacionado ao modo como 
interagem o Poder Executivo e o Poder Legislativo em 
suas funções governamentais, ou seja, é a maneira pela 
qual o poder político é dividido e exercido no âmbito de 
um Estado. É a forma pela qual os governos se organizam. 
 O sistema de governo varia de acordo com o grau de 
separação dos poderes. São sistemas de governo o 
Presidencialismo, o Parlamentarismo e o sistema 
Monocrático. 
 “A forma como se dá a relação entre o Poder 
Legislativo e o Poder Executivo no exercício das 
funções governamentais consubstancia outro 
importante aspecto da organização estatal. 
 A depender do modo como se estabelece esse 
relacionamento, se há uma maior independência ou 
maior colaboração entre eles, teremos distintos sistemas 
de governo” Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo 
(Direito Administrativo Descomplicado. Impetus. 
2007. pág. 12). 
Sistemas políticos ou de Governo 
A) Monocrático onde as funções executivas e legislativas 
estão sob a tutela de um chefe supremo (religioso, 
militar, de um partido) 
B) Parlamentarista: Nos governos parlamentaristas as 
chefias de Governo e Estado estão separadas. O rei ou 
o presidente (conforme a forma de governo) é o chefe 
de Estado, e o Primeiro Ministro é o chefe de governo. 
A fonte de legitimidade do governo está no parlamento, 
eleito pelo povo. A população elege seus representantes 
(deputados, senadores), e os partidos que obtiverem a 
maioria irão constituir o governo. 
C) Presidencialista: No presidencialismo a chefia do 
Estado e de governo estão na mesma pessoa. A fonte de 
legitimidade decorre diretamente do povo. 
Presidencialismo 
 No presidencialismo o Presidente e seus ministros compõem 
o Poder Executivo, os deputados federais e os senadores 
compõem o Poder Legislativo e juízes e magistrados 
compõem o Poder Judiciário. 
 Os poderes devem controlar uns aos outros de forma 
equilibrada, o chefe do governo nesse caso é o presidente. A 
chefia de governo e a chefia de Estado ficam concentradas 
nas mãos do Presidente da República. 
 O Presidente é eleito para mandato determinado. 
 
 
 
Parlamentarismo 
 No parlamentarismo as decisões sofrem maior influência do 
parlamento (deputados e senadores), são eles os responsáveis 
por indicar um primeiro ministro, sendo assim é possível que 
o chefe do governo seja um presidente ou um monarca. Em 
um sistema parlamentarista puro, a Constituição não é 
rígida: se uma lei for considerada inconstitucional, o 
Parlamento pode alterar a Constituição. 
 No Brasil tivemos um breve período de Parlamentarismo 
(inicio da década de 60). 
Estado e Governo 
 Quando governo e o Estado misturam-se, o Estado sempre 
perde por causa de interesses transitórios de governo. É 
importante lembrarmos que os órgãos de Estado existem 
para controlar o governo, ou seja, garantir que ele haja 
conforme os padrões constitucionais e legais vigentes. 
 Os órgãos de Estado não fazem política (ou, pelo menos, 
não deveriam fazer). A missão deles é garantir que o 
governo atue conforme os princípios fundamentais da 
Constituição. 
 Portanto, toda vez que há conflito entre o interesse de 
Estado e o interesse de governo numa república 
presidencialista, o interesse de Estado sai perdendo, ou seja, 
o povo perde. 
Regime Político 
 Regime de Governo pode ser descrito como a relação entre 
o Estado (governantes) e a sociedade. 
 É o conjunto de instituições políticas por meio das quais um 
Estado se organiza de maneira a exercer o seu poder sobre 
a sociedade. Estas instituições políticas têm por objetivo 
regular a disputa pelo poder político e o seu respectivo 
exercício, inclusive o relacionamento entre aqueles que detêm 
o poder político (autoridade) e os demais membros da 
sociedade (administrados). 
 Caracteriza-se pelas regras e instituições que 
regulam a disputa pelo poder político e o seu 
exercício entre os cidadãos ou grupos sociais. 
Tipos de Regime político: Classificações 
 Para os Gregos: 
 Monárquicos (governos de um só): 
 Aristocráticos (governo de alguns) 
 Democráticos (governo de todo o povo). 
 Para Aristóteles, há a degeneração da monarquia 
quando o interesse do governante é para si próprio, 
transformando-se em Tirania; 
 A Oligarquia seria a forma de governo egoística da 
aristocracia ou de um grupo de pessoas ou famílias e até 
mesmo a democracia desnaturada, quando não prega o 
bem comum. Quando a lei coincide com a vontade pessoal 
e arbitrária do governante, não há politica, mas 
despotismo e tirania. Quando não há lei de espécie 
nenhuma, não há política, masanarquia. 
 Regimes políticos quanto aos que estão no comando 
 Monarquia: o governo de um só 
 Oligarquia: o governo de alguns 
 Poliarquia: o governo de muitos 
 Anarquia: governo de ninguém. 
 Autocracia: o poder político se concentra em uma 
única pessoa. Existem três fontes de legitimidade para 
regimes autocráticos: 
1. a divindade e a religiosidade, quando o titular 
do poder político é considerado o representante 
divino que tem a missão de guiar e proteger seu 
povo (Teocracia); 
2. a força e a inteligência “sobre-humanas”, 
normalmente atribuídas aos chefes militares 
(Nazismo); 
3. as doutrinas político ideológicas, que atribuem 
ao chefe de organizações políticas o poder de 
dirigir e proteger seu povo (Nazismo, Fascismo e 
Comunismo). 
 Aristocracia: poder dos considerados nobres. 
 Democracia: Princípios-síntese: 
 Supremacia da vontade popular com participação 
popular que inclui os sufrágios, os sistemas eleitorais e 
partidários; 
 Igualdade de Direitos: direitos iguais independente 
de classes sociais, crença religiosa ou motivos 
econômicos; A aprovação dos Direitos Humanos em 
1945 traz um novo compromisso desses regimes. 
 Regime Democrático: As democracias são regimes 
políticos onde a origem do poder está no povo, no 
cidadão. A distribuição do poder e o controle do seu 
exercício, mesmo sendo representada pelos eleitos, 
deve ser fiscalizada pelo povo e tendo como base a 
legalidade e os princípios constitucionais. Todos os 
membros da sociedade têm iguais direitos políticos e 
é esse valor político que constitui a soberania popular, 
base da organização de um regime democrático. É 
considerado um regime que sempre está se 
aperfeiçoando, em virtude do fortalecimento do 
exercício da cidadania. 
Os Direitos Humanos 
 Consistem ems direitos básicos de todos os seres 
humanos. São direitos civis, e políticos como o direito à vida, 
à propriedade privada, à liberdade de pensamento e de 
expressão, de crença, igualdade formal, ou seja, de todos 
perante a lei, de participar do governo do seu Estado, 
podendo votar e ser votado, entre outros, fundamentados 
no valor da liberdade, direitos econômicos, sociais e culturais 
como o direito à educação, à saúde, à previdência social, à 
moradia, à distribuição de renda, entre outros, 
fundamentados na igualdade de oportunidades. 
 Direitos difusos e coletivos como o direito à paz, do 
consumidor, o direito ambiental, a autodeterminação dos 
povos e a inclusão digital, fundamentados no valor 
fraternidade. A Declaração Universal dos Direitos Humanos 
da Organização das Nações Unidas afirma que "Todos os 
seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em 
direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns 
para com os outros em espírito de fraternidade." 
Outros Tipos de Regime Político 
 Autoritarismo: É caracterizado pela ênfase na autoridade do 
Estado em uma república ou união. É controlado por 
legisladores eleitos ou não que restringem as liberdade 
individuais de opinião, com exceção dos que os apoiam. Pode 
ser definido como um comportamento em que uma instituição, 
um partido ou pessoa se excede no exercício da autoridade que 
lhe foi investida. As manifestações políticas de oposição são 
criminalizadas. Há abuso de poder e da autoridade, mas 
mantém em funcionamento o Legislativo e o Judiciário sob 
seu controle. 
 
 
 Ditadura: regime autoritário que exprime poder extra 
constitucional, normalmente advém de um golpe de Estado. 
O poder exercido na ditadura não tem limites. Pode ser 
também uma medida de urgência do Estado em dada 
situação (Estado de Sítio ou Defesa). Seu intento é uma 
atuação política rápida e rigorosa. Ele suprime todas as 
liberdades individuais do povo, portanto, é autoritário e deixa 
os outros poderes sob sua dependência. Caracteriza-se pela 
violência do Estado. Regime de exceção. 
 Totalitarismo: governo que não respeita princípios 
constitucionais nem respeitos individuais. Poder concentrado 
nas mãos de uma pessoa ou grupo ou partido. O totalitarismo 
é caracterizado pela coincidência do autoritarismo onde os 
cidadãos comuns não têm participação na tomada de decisão 
do Estado e da ideologia (um esquema generalizado de 
valores promulgado por meios institucionais para orientar a 
maioria, senão todos os aspectos da vida pública e 
privada). Os regimes totalitários mantêm o poder político 
através de uma propaganda abrangente divulgada através 
dos meios de comunicação controlados pelo Estado, um 
partido único que é muitas vezes marcado pelo culto de 
personalidade, o controle sobre a economia, regulação e 
restrição da expressão, a vigilância em massa e o disseminado 
uso do terrorismo de Estado. 
Fascismo: principais aspectos 
 Preocupação excessiva com o declínio da comunidade, a 
moralização da política e da sociedade com limpeza étnica e 
política. Apropriação de mitos e símbolos, ícones, tradições e 
heróis, tradições. Naturalização das desigualdades. 
 Retórica populista usando argumentos moralistas, apelando 
para o emocional, crítica as instituições fracas, a corrupção, 
exalta a disciplina e a união de todos pelo progresso. 
 Quando assume o poder trabalha para a manutenção do 
status quo dos mais fortes. 
 Diz-se revolucionário, redentor, mas é contra as minorias e 
reprime a oposição de forma violenta, exclusão dos diferentes 
e negação de mudanças e modernização dos costumes e dos 
direitos. 
 Culto do chefe, o líder com exaltação do personalismo. O 
Guia, o Redentor, o Salvador e estimula o corporativismo. 
 Tem sua própria milícia, usa e mistifica o uso da força, da 
Violência; 
 
 Controle estatal forte dos meios de 
comunicação, com uso da censura. 
 Demoniza o legislativo, o judiciário e a luta de 
classes e usa alguma questão para criar uma 
guerra: santa, étnica ou política. Abominam a 
Democracia. 
 É contra a cultura, o conhecimento que não seja técnico. 
Nega avanços científicos. 
Estado laico & Estado teocrático 
 Estado laico não é um estado ateu. Nele a constituição e 
as instituições devem garantir a liberdade religiosa, sem 
prejuízo de nenhum credo. Deve ser obrigatório o 
ensino religioso nas escolas públicas? 
 Fusão entre uma religião e o Estado. Os dogmas 
religiosos decidem os rumos políticos e jurídicos da nação 
e também a moral do seu povo. 
 Fundamentalismo religioso: intolerância ao diferente, 
proibição de pensamentos e atitudes críticas e autônomas, 
culpabilização, relação de subordinação pelo medo. 
 Extremismo: Perseguição e violência contra os diferentes, 
repressão às manifestações críticas e de oposição à 
ideologia dominante; ideia de povo superior e eleito. 
O caso do Brasil 
 Forma de Estado (Federativo); 
 Forma de Governo (República); 
 Sistema de Governo (Presidencialismo); 
 Regime (Democracia Representativa) com forte 
influência do populismo conservador. 
 Problemas que interferem na ação do Estado: 
 Patrimonialismo, clientelismo, corrupção. 
 Apropriação do estado por interesses 
econômicos ou de grupos ideológicos 
dominantes 
 Falta de interesse da população em participar 
da vida política por ter uma representação 
negativa sobre a politica 
 Discurso de neutralidade como uma forma de 
fazer política (quem não pensa é pensado) 
 Ausência de reformas políticas: a ética na 
politica 
 
A dinâmica das democracias reféns 
da politica partidária patrimonialista 
 A penetração de interesses de grupos econômicos ou 
político-partidários na organização administrativa e na 
formação da estrutura de governo (nomeações para 
cargos no executivo, judiciário e assessorias parlamentares 
em todos os níveis da administração governamental), é o 
que se chama de partidarização do governo: partidos 
aliados só contribuem com o funcionamento do executivo 
quando são contemplados com partes de cargos do 
governo. Pode provocar paralisiagovernamental e do 
legislativo. 
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