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FACULDADE SANTO AGOSTINHO DE ITABUNA - MEDICINA @angelarocha.s @angelarocha.s Biblioteca virtual em saúde (BVS): Unifica conteúdos de base de dados mais específicos (BBO para odontologia, BDENF para enfermagem, DESASTRES para situações de catástrofes e outras), além de outras bases de dados internacionais, como MEDLINE. LILACS (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde): Pesquisas científicas da região latino-americana e do Caribe. MedLine (Medical Literature Analysis and Retrievel System Online): É uma base de dados online de acesso gratuito a referencias e resumos de revistas cientificas da área Biomédica; é o principal componente do PUBMED. PubMed: Livraria de artigos científicos relacionados a área da saúde; É um recurso gratuito desenvolvido e mantido pela Biblioteca Nacional de Medicina (NLM) dos Estados Unidos. Além de oferecer acesso aos recursos relacionados ao MedLine, o PubMed também contém registros de artigos em fase de indexação, informações sobre os descritores, registros de livros disponíveis no NCBL, links para sites que possuam artigos com texto completo e outros assuntos relacionados, filtros especiais para consultas especificas, entre outros. NCBI (Nacional Center for Biotechnology Information). O NCBI alberga dados provenientes da sequenciação de genomas no seu GenBank e mantém um índice de artigos de investigação biomédica que disponibiliza nas bases de dados PubMed Central e PubMed. SCI-HUB: É uma ferramenta de buscas online para download de artigos científicos, ele burla os artigos pagos, tendo a possibilidade de baixar gratuitamente. Ele viola os direitos autorais. Ministério da saúde: Importante para consulta sobre saúde no Brasil. Plataforma Sucupira: Neste é possível ver o impacto da revista na qual o artigo foi publicado. Qualis Faça sua pesquisa Título da revista. Também é possível ver o impacto da pesquisa através do google pesquisar o nome da revista como “impact fator” Cochrane Library: Maior banco de dados de revisões sistemáticas (as quais são mais eficazes numa pesquisa cientifica, pois estão diretamente ligadas à analises estatísticas). Quando um artigo científico é publicado, ele é catalogado com palavras que o identificam (Tags ou palavras-chave). Essas palavras serão utilizadas nas bases de artigos para localizar os que se referem ao assunto pesquisado. No entanto, é necessário especificar mais a busca do que apenas uma área de pesquisa, para isso se utiliza os operadores booleanos. Este operador é utilizado para a união de dois conceitos. AND é uma palavra em inglês para representar “e”. Quando se deseja encontrar artigos que falem sobre o conceito 1 e o conceito 2 se utiliza o AND. Exemplo: Para pesquisar um artigo relacionado à “vacina” e “COVID-19”, deve-se pesquisar por vacina and COVID-19, então aparecerão artigos contendendo esses dois temas (no mesmo artigo). Artigos que possuem somente “vacina” ou somente “COVID-19” não aparecerão na busca. Operadores Booleanos Fontes de pesquisas (artigos científicos) FACULDADE SANTO AGOSTINHO DE ITABUNA - MEDICINA @angelarocha.s @angelarocha.s Esse operador resulta em artigos que possuam qualquer um dos termos pesquisados, tanto sozinhos quanto em conjunto. OR significa “ou” em inglês, logo, serão procurados por artigos que apresentem o Conceito 1 ou o Conceito 2. Exemplo: Quando se pesquisa sobre “vacina” ou “COVID-19” resultará em todos artigos que contenham os dois assuntos juntos ou separados. Esse valor é o equivalente a uma subtração. Quando se utiliza o NOT, é o mesmo que estar dizendo para a base de artigos que se deseja resultados que falem de um conceito, mas que não tenha relação com outro conceito. NOT significa “não” em inglês e se pode procurar por artigos com conceito 1 mas não com o conceito 2. Exemplo: quando se deseja realizar uma busca por “vacina” e que não inclua o “COVID-19” insere o NOT. Pesquisas qualitativas quantitativas são métodos complementares que podem ser combinados nas pesquisas para obter resultados aprofundados e abrangentes. Para se obter os melhores resultados a partir desses métodos nas pesquisas, é necessário entender as diferenças entre eles. Dados quantitativos visam coletar fatos concretos: Números. Dados quantitativos são estruturados e estatísticos. Formam a base para tirar conclusões gerais da pesquisa. Dados qualitativos coletam informações que não buscam apenas medir um tema, mas descrevê-lo, usando impressões, opiniões e pontos de vista. A pesquisa qualitativa é menos estruturada e busca se aprofundar em um tema para obter informações sobre as motivações, as ideias e as atitudes das pessoas. Pesquisa qualitativa e quantitativa FACULDADE SANTO AGOSTINHO DE ITABUNA - MEDICINA @angelarocha.s @angelarocha.s Embora essa abordagem proporcione uma compreensão mais detalhada das perguntas da pesquisa, ela dificulta a análise dos resultados. Como obter dados qualitativos Entrevistas; Estudo de caso; Opiniões de especialistas; Grupos de discussão; Perguntas abertas de pesquisa; Pesquisa empírica. Dados quantitativos podem ajudar a enxergar o panorama geral. Dados qualitativos podem também proporcionar uma perspectiva mais humana aos resultados da pesquisa. Formulação de hipóteses: O estudo qualitativo ajuda a coletar informações detalhadas sobre um tópico. É possível utilizar essas informações para iniciar uma pesquisa descobrindo os problemas e as oportunidades que as pessoas têm em mente. Essas ideias poderão se tornar hipóteses que poderão ser comprovadas por meio de uma quantitativa. Validação de hipóteses: Com o estudo quantitativo, será possível obter números aos quais poderá ser aplicada uma análise estatística para validar suas hipóteses. Aquele problema era real ou apenas a percepção de uma pessoa? As informações concretas obtidas permitem a tomada de decisões com base em observações objetivas. Descoberta de respostas gerais: As pesquisas quantitativas costumam ter mais respostas do que as pesquisas qualitativas, pois é mais fácil de conduzir uma pesquisa com perguntas de múltipla escolha do que uma série de entrevistas ou grupos de discussão. Dessa forma, elas podem ajudar o pesquisador a encontrar respostas para as perguntas mais amplas, como: As pessoas preferem a sua marca às dos concorrentes? Quais serviços mais importantes da sua empresa? Qual anúncio é mais atrativo? Incorporação do elemento humano: A pesquisa qualitativa também pode ajudar nas etapas finais de um projeto. As respostas obtidas com perguntas abertas podem trazer uma perspectiva humana às tendências e aos números objetivos encontrados nos resultados. Muitas vezes, ouvir seus clientes descrevendo a empresa com as palavras deles ajuda a descobrir quais são os seus pontos cegos, será possível conseguir isso com dados qualitativos. Pesquisadores geralmente não podem fazer observações diretas de todos os indivíduos da população que são objetos de estudos. Em vez disso, eles coletam dados de um subconjunto de indivíduos – uma amostragem – e usam essas observações para fazer inferências sobre toda a população. Esse é um conceito da estatística que é Amostragem FACULDADE SANTO AGOSTINHO DE ITABUNA - MEDICINA @angelarocha.s @angelarocha.s amplamente aplicado na Metodolofia Lean Six Sigma. Idealmente, a amostra corresponde à população maior nas características de interesse. Nesse caso, as conclusões do pesquisar da amostragem provavelmente se aplicam. A amostragem é processode seleção de determinados membros ou um subconjunto da população para fazer inferências estatísticas a partir deles e estimar características de toda a população. É amplamente utilizada pelos pesquisadores em pesquisa de mercado, para que eles não precisem pesquisar toda a população para coletar insights acionáveis. Também é um método conveniente e econômico, e, portanto, forma a base de qualquer projeto de pesquisa. Exemplo: Se um fabricante de medicamentos deseja pesquisar os efeitos colaterais adversos de um medicamento na população do país, é quase impossível poder realizar um estudo de pesquisa que envolva todos. Nesse caso, o pesquisador decide uma amostra de pessoas de cada grupo demográfico e, em seguida, realiza a pesquisa sobre elas, o que lhes dá um feedback indicativo sobre o comportamento do medicamento na população. Qualquer estudo de pesquisa de mercado requer dois tipos essenciais de amostragem. Sendo eles: Amostragem de probabilidade A amostragem de probabilidade é um método que seleciona membros aleatórios de uma população, definindo alguns critérios de seleção. Esses parâmetros de seleção permitem que cada membro tenha oportunidades iguais de fazer parte de várias amostras. Amostragem sem probabilidade O método de amostragem sem probabilidade depende da capacidade do pesquisador de selecionar membros aleatoriamente. Esse método não é um processo de seleção fixo ou predefinido, o que dificulta que todos os elementos de uma população tenham oportunidades iguais de serem incluídos em uma amostra. A amostragem por probabilidade é uma técnica na qual escolhem a amostra de uma população maior usando um método baseado na teoria da probabilidade. Esse método considera todos os membros da população e forma amostras com base em um processo fixo. Por exemplo, em uma população de 1.000 membros, cada um desses membros terá 1/1000 de chances na seleção para fazer parte de uma amostra. Isso elimina o viés da população e oferece uma chance justa a todos os membros de inclusão na amostra. Existem 4 tipos de técnica de amostragem probabilística: Amostragem aleatória simples (probabilística) Uma das melhores técnicas de amostragem probabilística que ajuda a economizar tempo e recursos é método de amostragem aleatória simples. É um método confiável de obter informações em que cada membro de uma população é escolhido aleatoriamente, apenas por acaso, e cada individuo tem exatamente a mesma probabilidade de ser escolhido para fazer parte de uma amostra. Amostragem por cluster/conglomerados (probabilística) A amostragem por cluster é um método em que os pesquisadores dividem toda a população em seções ou clusters que representam uma população. FACULDADE SANTO AGOSTINHO DE ITABUNA - MEDICINA @angelarocha.s @angelarocha.s Os clusters são identificados e incluídos em uma amostra com base na definição de parâmetros demográficos, como idade, local, sexo etc., o que torna extremamente fácil para um criador de pesquisa derivar inferência efetiva a partir do feedback. Por exemplo, se o governo dos Estados Unidos deseja avaliar o número de imigrantes que vivem nos EUA, eles podem dividi-lo em grupos com base em estados como Califórnia, Texas, Flórida, Massachusetts, Colorado, Havaí etc. A maneira de conduzir uma pesquisa será mais eficaz, pois os resultados serão organizados em estados e fornecerão dados perspicazes da imigração. Amostragem Sistemática (probabilística) Usando o método de amostragem sistemática, os membros de uma amostra são escolhidos em intervalos regulares de uma população. Requer a seleção de um ponto de partida para a amostra e o tamanho da amostra que podem ser repetidos em intervalos regulares. Esse tipo de método possui um intervalo predefinido e, portanto, essa técnica de amostragem é a que consome menos tempo. Por exemplo, um pesquisador pretende coletar uma amostra sistemática de 500 pessoas em uma população de 5000. Numera-se cada elemento da população de 1 a 5000 e cada 10 pessoas selecionadas para fazer parte da amostra (população total / Tamanho da amostra = 5000/500 = 10). Amostragem aleatória estratificada (probabilística) A amostragem aleatória estratificada é um método em que a população pode ser dividida em grupos menores, que não sobrepõem, mas representam a população inteira junta. Esses grupos podem ser organizados e, em seguida, extrair uma amostra de cada grupo. Uso do método de amostragem probabilística Reduzir o viés da amostra: Usando o método da amostragem por probabilidade, o viés na amostra derivada de uma população é insignificante ou inexistente. A seleção da amostra descreve em grande parte o entendimento e a inferência do pesquisador. A amostragem probabilística leva a uma coleta de dados de maior qualidade, pois a população é adequadamente representada pela amostra. População diversa: Quando a população é grande e diversificada, é importante ter uma representação adequada para que os dados não sejam inclinados para uma demografia. Por exemplo, se a Square gostaria de entender as pessoas que poderiam usar seus dispositivos de ponto de venda, uma pesquisa realizada com uma amostra de pessoas nos EUA de diferentes indústrias e contextos socioeconômicos ajuda. O método de não probabilidade é um método que envolve uma coleta de feedback com base nas capacidades de seleção de amostras de um pesquisador ou estatístico e não em um processo de seleção fixo. Na maioria das situações, o resultado de uma pesquisa realizada com uma amostra não provável leva a resultados distorcidos, que podem não representar totalmente a população- alvo desejada. Porém, existem situações como as etapas preliminares da pesquisa ou onde há restrições de custo para a realização da pesquisa, nas quais a amostragem não probabilística será muito mais eficaz do que o outro tipo. Existem 4 tipos de amostragem não probabilística, sendo elas: Amostragem de conveniência ou acidental Esse método depende da facilidade de acesso a assuntos como pesquisar clientes em um shopping ou transeuntes em uma rua movimentada. Geralmente é denominado como amostragem por conveniência, pois é realizado com base em FACULDADE SANTO AGOSTINHO DE ITABUNA - MEDICINA @angelarocha.s @angelarocha.s quão fácil é para um pesquisador entrar em contato com os sujeitos. Os pesquisadores quase não têm autoridade sobre a seleção de elementos da amostra e isso é feito puramente com base na proximidade e não na representatividade. Esse método sem probabilidade é usado quando há limitações de tempo e custo na coleta de feedback. Em situações em que existem limitações de recursos, como os estágios iniciais da pesquisa, são utilizados a amostragem por conveniência. Por exemplo, startups e ONGs geralmente realizam amostragem de conveniência em um shopping para distribuir folhetos dos próximos eventos ou promover uma causa – eles fazem isso de pé na entrada do shopping e distribuindo panfletos aleatoriamente. Amostragem de julgamento ou proposital/intensional Na amostragem de julgamento ou proposital, a amostra é formada pelo critério do juiz, considerando apenas o objetivo do estudo, juntamente com a compreensão do público- alvo. Também conhecido como amostragem deliberada, os participantes são selecionados apenas com base nos requisitos de pesquisa e os elementos que não são suficientes para o objetivo são mantidos fora da amostra. Por exemplo, quando os pesquisadores querem entender o processo de pensamento de pessoas interessadas em estudar para o mestrado. Os critérios de seleção serão: “Você está interessado em estudar para mestrado em…?” E aqueles que responderem com um “Não” serão excluídos da amostra. Amostragem de bolas de neve A amostragem de bolas de neve é um métodode estudos que realizam para entender assuntos difíceis de rastrear. Por exemplo, será extremamente desafiador pesquisar pessoas sem abrigo ou imigrantes ilegais. Nesses casos, usando a teoria da bola de neve, os pesquisadores podem rastrear algumas dessas categorias especificas para entrevistas e os resultados serão obtidos com base nisso. Amostragem de cotas A seleção de membros nessa técnica de amostragem ocorre com base em um padrão predefinido. Nesse caso, como uma amostra é formada com base em atributos encontrados na população total. É um método extremamente rápido de coletar amostras. Uso do método de amostragem sem probabilidade Criar uma hipótese: Usa-se o método de amostragem sem probabilidade para que crir um hipótese quando limitado a nenhuma informação anterior disponível. Esse método ajuda no retorno imediato de dados e ajuda a construir uma base para qualquer pesquisa adicional. Pesquisa exploratória: Utilizam amplamente esta técnica de amostragem quando os pesquisadores buscam realizar pesquisas qualitativas, estudos piloto ou pesquisas exploratórias. Restrições de orçamento e tempo: O método de não probabilidade quando existem restrições de orçamento e tempo e alguns dados preliminares precisam de coleta. Como o design da pesquisa não é rígido, é mais fácil escolher os entrevistados aleatoriamente e fazer com que eles respondam à pesquisa ou ao questionário. FACULDADE SANTO AGOSTINHO DE ITABUNA - MEDICINA @angelarocha.s @angelarocha.s Os níveis de evidência dos estudos para tratamento e prevenção são hierarquizados de acordo com o grau de confiança dos estudos que está relacionado à qualidade metodológica dos mesmos. Assim, no topo da pirâmide está a revisão sistemática da literatura. Confira na sequência os ensaios clínicos randomizados (com mais de mil pacientes e com menos de mil pacientes), os estudos coorte, caso- controle, série de casos, relato de casos, e por último, opinião de especialistas e pesquisas em animais ou in vitro (COOK et al., 1995). Para cada condição, pode ser necessária ou possível a escolha de cada um desses estudos. Cada desenho tem suas vantagens e limitações. Entretanto, é fundamental saber até onde se pode aplicar os resultados de cada um deles. O estudo pode ter somente a função de descrever um caso clínico raro (relato de caso) ou de comparar intervenções com resultados significantes favoráveis a uma intervenção numa população definida, semelhante a sua população clínica. Nesse caso é possível utilizar aquela intervenção e esperar resultados semelhantes. Opiniões de especialistas Está na base da pirâmide – Menos eficaz Geralmente vêm em forma de editoriais, artigos mais curtos ou cartas. São geralmente mais fáceis de ler e bem interessantes. Pessoas que têm algum tipo de conhecimento específico em alguma área realizam esses documentos e são bons pontos de partida para conhecer determinado assunto, mas não serve para embasamento cientifico por não haver estudo especifico. Relato de caso Está na 2º posição da pirâmide Descrições detalhadas de um ou alguns casos clínicos, apresentando um evento clínico raro ou uma nova intervenção. Quando bem detalhados, colaboram para elucidar os mecanismos de doenças - mas os resultados se aplicam somente àquele paciente específico. Série de casos Está na 3º posição da pirâmide Estudo com número maior de pacientes, em geral mais de dez, podendo ser retrospectivo ou prospectivo. Colabora com o delineamento do caso clínico, mas tem limitações importantes. Frequentemente avalia acontecimentos passados. Não tem grupo de comparação, o que pode gerar conclusões errôneas. Pirâmide de evidências FACULDADE SANTO AGOSTINHO DE ITABUNA - MEDICINA @angelarocha.s @angelarocha.s Estudo Transversal Está na 4º posição da pirâmide A situação de saúde de uma determinada população é avaliada a partir do estado de cada indivíduo que a compõe. Medem a prevalência da doença (proporção da população que tem a doença num determinado momento) e por isso são frequentemente chamados de estudos de prevalência, porém, podem ser também chamados seccionais, corte- transversal e inquéritos ou surveys. É realizado através de amostras aleatórias e representativas da população, independentemente da existência da exposição e do desfecho (FREIRE & PATTUSSI, 2018). Estudos transversais são bons em geral para levantar questões relacionadas à presença de uma associação em vez de testar uma hipótese. Permitem estimar a prevalência de uma doença e quando analítico pode fornecer uma estimativa da associação entre os indivíduos expostos comparados aos não expostos. Os dados podem ser coletados através de fontes diretas também chamadas de primárias ou a partir de fontes secundárias Estudo de Caso-controle Está na 5º posição da pirâmide Estudo onde dois grupos semelhantes não selecionados a partir de uma população em risco. A diferença entre os grupos é a presença ou ausência de doença. É um estudo retrospectivo, onde o pesquisador busca localizar os possíveis fatores de risco a que essa amostra com a doença foi exposta anteriormente. É indicado para a identificação de fatores de risco em doenças raras, também em surtos epidemiológicos onde haja necessidade de identificação rápida dos fatores de risco. E ainda para a exploração de fatores prognósticos de doenças com longo período de latência. Estudo coorte Está na 6º posição da pirâmide Trata-se de um estudo longitudinal, prospectivo e observacional, em que um grupo definido de pessoas (coorte) é acompanhado durante um período de tempo. Os desfechos são comparados a partir da exposição, ou não, a uma intervenção ou a outro fator de interesse. É o desenho de estudo mais adequado para a descrição de incidência e história natural de uma condição. Ensaios clínicos randomizados Está na 7º posição da pirâmide É o estudo padrão-ouro para se avaliar em intervenções. É um estudo prospectivo, onde uma intervenção será testada em pelo menos dois grupos aleatórios de indivíduos, por um tempo determinado. O termo “controlado” significa que há um grupo de controle ou grupo de comparação. Esses grupos podem ser: Grupo de intervenção X, grupo de não intervenção ou diferentes intervenções comparadas entre si. Existe um grua com os parâmetros que devem ser seguidos para se elaborar um ensaio clínico controlado randomizado. Os principais parâmetros são: O tamanho da amostra deve ser calculado previamente através Os indivíduos devem ser randomizados, ou seja, devem ser alocados para os grupos de forma aleatória; por exemplo, através do uso de uma tabela de números randômicos gerados no computador.A randomização visa distribuir igualmente riscos e benefícios. FACULDADE SANTO AGOSTINHO DE ITABUNA - MEDICINA @angelarocha.s @angelarocha.s Também deve existir sigilo na alocação. Assim, uma lista de números randômicos pode ser usada, mas se a lista estiver aberta para os pesquisadores que vão recrutar os participantes, eles podem voluntária ou involuntariamente, influenciar o processo de alocação. Os participantes devem ter a mesma chance de serem alocados para um ou outro grupo do estudo. Envelopes podem usado para guardar os números gerados e serem distribuídos quando o paciente assina o termo de consentimento para participar do estudo. Deve haver mascaramento, sempre que possível, do pesquisador, do paciente e dos avaliadores (estudo duplo-cego ou triplo-cego). Exemplo: quando um medicamento está prestes a ser testado X placebo, as cápsulas podem ser colocadas em recipientes sem nomes de modo que, nem o pesquisador, nem o paciente tenham conhecimento da medicaçãoutilizada. Isso deve constar no termo de consentimento livre e esclarecido previamente assinado. Exemplos de ensaios clínicos randomizados Abertos: Os participantes sabem e aceitam o que está acontecendo Simples-cego: Só o aplicador sabe o que está aplicando. Duplo-cego: Nem o aplicador, nem o paciente sabem o conteúdo da aplicação. Outros: Cegamento especifico para cada parte envolvida, investigadores, quem administra a medicação, quem avalia o participante durante o estudo, quem avalia os desfechos das intervenções, quem analisa os dados obtidos e quem escreve os resultados e o artigo para publicação. Tipos de Randomização A randomização é uma estratégia de pesquisa utilizada para aumentar a validade de ensaios clínicos que avaliam o efeito de intervenções (por ex., drogas ou exercícios). O processo de randomização envolve a alocação aleatória dos participantes em grupo de intervenção ou grupo controle e requer que os participantes tenham igual chance de serem alocados em qualquer um dos grupos. Randomização simples: Um novo participante tem igual chance de ser alocado para grupo intervenção ou grupo controle, independentemente de alocações anteriores. A lista de randomização é gerada por computador e utilizada para preparar envelopes selados e sequencialmente numerados. Vantagens: Baixo custo e fácil implementação. Desvantagens: Risco de gerar desequilíbrios no número de participantes nos grupos, assim como na distribuição de fatores de risco basais com estudos de amostras pequenas. FACULDADE SANTO AGOSTINHO DE ITABUNA - MEDICINA @angelarocha.s @angelarocha.s Randomização em bloco: A lista de randomização é uma sequencia aleatória de blocos de participantes em vez de individuais. Essa estratégia garante que grupo intervenção e grupo controle sejam equilibrados quanto ao número de participantes. Randomização estratificada: Cada novo participante é primeiramente classificado em estratos de acordo com características basais (por ex., idade ou gravidade da doença), e cada estrato tem uma lista separada de randomização. Randomização adaptativa: Utiliza algoritimos de computador que levam em consideração fatores de risco basais e a alocação dos participantes anteriores para alocar o próximo participante. Vantagem: Acomoda mais fatores de risco basais do que a estratificação e, ao mesmo tempo, otimiza o equilíbrio dos grupos. Desvantagem: É mais complexa e requer suporte de internet. Revisão sistemática Está no topo da pirâmide É um importante recurso da prática da saúde baseada em evidencias. É um tipo de estudo secundário que reúne de forma organizada resultados de pesquisas clínicas de boa qualidade, com o objetivo de facilitar as decisões clínicas. Pode ou não ser acompanhada de metanálise, que é um método estatístico somatório dos resultados de dois ou mais estudos primários. A revisão sistemática tem as seguintes características: Tem um projeto; Visa buscar toda a informação (mapeamento); A informação deve ser de qualidade; Sintetiza resultados semelhantes. Há a possibilidade de soma de resultados através da metanálise; Pode ser reproduzida ou criticada. A critica pode ser incorporada em sua publicação eletrônica. Visa evitar duplicação de esforços; Pode ser facilmente atualizada. A Colaboração Cochrane é uma organização internacional que tem como objetivos preparar, manter e assegurar o acesso a revisões sistemáticas sobre efeitos de intervenções na área da saúde. Foi criada no Reino Unido em 1993. O Centro Cochrane do Brasil existe desde 1997, na Universidade Federal de São Paulo (www.cochrane.org ou www.centrocochranedobrasil.org). Sua organização inclui: Um grupo diretor, grupos específicos, cursos, treinamentos e material disponível; Biblioteca Cochrane; Bases de revisões sistemáticas; Bases de ensaios clínicos controlados; Base de resumos de revisões de efetividade; Base de artigos sobre metodologia aplicada às revisões sistemáticas (manuais, glossário etc.). O método de uma Revisão Cochrane inclui a definição do tema e seu registro junto ao grupo específico do assunto, para se evitar duplicação de esforços. Um protocolo é preparado, discutido e checado por revisores do grupo específico e só então publicado. Estudos ecológicos Os estudos ecológicos (também chamados correlacionados) usam dados sobre populações inteiras ou grupos de pessoas para comparar as frequências da doença ou outro efeito entre diferentes grupos durante um mesmo período de tempo ou na mesma população em diferentes pontos do tempo. http://www.centrocochranedobrasil.org/ FACULDADE SANTO AGOSTINHO DE ITABUNA - MEDICINA @angelarocha.s @angelarocha.s Os grupos ou agregados pode ser classes em uma escola, indústrias e áreas geográficas, como: cidades, regiões, estados ou países. Os estudos ecológicos tem um papel claro quando a variável de interesse é, por definição, uma medida de grupo ao invés de uma medida individual. Alguns exemplos são as variáveis socioeconômicas e ambientais, como o nível de renda da população, o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), o nível de escolaridade e o percentual da população com acesso a saneamento básico. Os estudos ecológicos são relativamente rápidos e de baixo custo porque dispensam etapas, tais como amostragem e coleta de dados por meio de entrevistas e exames clínicos ou acesso a registros médicos individuais. Os dados a serem analisados nessa modalidade de estudo geralmente são secundários. Três tipos de dados ou variáveis podem ser utilizados: agregadas, ambientais e globais. Alguns autores classificam os estudos ecológicos em dois subgrupos: transversais e longitudinais
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