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19/10/2022 Isabela Leal Sialoadenite - Síndrome de Sjogren – Sialometaplasia Necrosante – Sialolitiase – Mucocele – Rânula - Adenoma Pleomórfico - Tumor de Warthin - Xerostomia Processos inflamatórios crônicos ou agudos ocasionados por doenças autoimunes ou por bactérias ou vírus. -Parotidite aguda -Parotidite crônica -Parotidite recorrente -Parotidite epidêmica (caxumba) -Submandibulite -Doença autoimune (Síndrome de Sjogren) Parotidite aguda Infecção unilateral da glândula parótida, de origem bacteriana (pneumococos, estreptococos e estafilococos) – Staphylococcus aureus Entrada de bactérias pelo ducto parotídeo (via retrógada) Pacientes com doenças crônicas ou idosos (60 a 70 anos) – xerostomia prolongada Febre, mal-estar, linfadenopatia, dor, tumefação na região da glândula parótida, eritema e aumento da temperatura local Presença de secreção purulenta saindo pelo ducto parotídeo Diagnóstico clínico – solicitação de ultrassonografia (cálculo) Tratamento – coleta da secreção purulenta do ducto parotídeo, cultura e antibiograma Antibióticos de largo espectro e antibioticoterapia específica (antibiograma) Boa alimentação, repouso, hidratação e analgésicos e anti-inflamatórios Parotidite crônica Ocorre devido a uma parotidite aguda mal conduzida Aparecimento abrupto, acometimento unilateral com tumefação do lado afetado Aumento da temperatura da pele que recobre a glândula Fator etiológico: microrganismos inespecíficos – Streptococcus viridans Presença de secreção purulenta Tratamento – coleta da secreção purulenta do ducto parotídeo, cultura e antibiograma Parotidite recorrente Infeccção inespecífica da glândula parótida de etiologia incerta e evolução lenta Tumefação assintomática bilateral das glândulas parótidas, alteração de coloração da região, dor intensa à palpação e reações sistêmicas Acomete crianças até os 10 anos de idade, com predileção pelo sexo masculino Fatores etiológicos: xerostomia, fatores hereditários, hormonais, alergias, malformações congênitas e infecções bacterianas e virais por via retrógrada Pode recidivar semanas após seu aparecimento e até duas vezes ao ano Tratamento – administração de antibióticos de largo espectro, cultura, antibiograma e administração de antibióticos específicos após o resultado do antibiograma Tratamento sintomático e de suporte – analgésicos, anti-inflamatórios, antipiréticos e dieta líquida e proteica Prognóstico é bom e remissão total do processo após a puberdade 19/10/2022 Isabela Leal Parotidite epidêmica (caxumba) Doença de etiologia viral (paramixovírus) altamente contagiosa Transmitido por gotículas de saliva (gotículas de Flugge), propagadas pelo ar durante espirro, tosse ou fala, ou ainda por contato direto da boca Período de incubação que varia de 15 a 21 dias Dor de cabeça, febre, mal-estar, perda do apetite, vômito, tumefação da região da glândula parótida (uni ou bilateral), elevação do lóbulo da orelha e dor intensa na pele, dor ao abrir e fechar a boca devido aos movimentos do côndilo Submandibulite Aumento de volume das glândulas submandibulares decorrente de processos inflamatórios Secreção purulenta saindo pelo ducto da glândula submandibular – cálculos salivares Diagnóstico – clínico Tratamento – analgésicos e anti-inflamatórios Doença autoimune crônica das glândulas lacrimais e salivares e de etiologia desconhecida Tríade clássica: xerostomia, artrite reumatoide e ceratoconjuntivite seca Síndrome de difícil diagnóstico e tratamento Síndrome sicca ou síndrome de Sjogren primária: ceratoconjuntivite seca e xerostomia, sem doença autoimune Síndrome de Sjogren secundária: ceratoconjuntivite, xerostomia e doença autoimune: artrite reumatoide Doenças rara, predominantemente no sexo feminino, com 85% de meia idade Diagnóstico: biopsia das glândulas salivares e estudo por imunofluorescência (biopsia da mucosa labial inferior) Exames laboratoriais, cintilografia e exame sialográfico (aspecto de “árvore carregada de frutos”) Xerostomia, língua fissurada, queilite angular e candidíase Características histológicas: -Infiltração de linfócitos nas glândulas salivares – destruição dos ácinos -Células ductais e mioepiteliais hiperplasiadas – ilhas mioepiteliais -Tratamento: anti-inflamatórios, lágrima artificial (colírios), saliva artificial e medicamentos sialogogos, antifúngicos e fluoreto de sódio Processo em que ocorre a necrose das glândulas salivares menores localizadas no palato, devido a um processo de metaplasia Lesão benigna e inflamatória Úlcera profunda na região do palato duro já nas proximidades com o palato mole, com 1 a 2 cm de diâmetro e que pode ocorrer em ampla faixa etária Seu aspecto clínico lembra uma neoplasia maligna, por isso o exame clínico minucioso e a correta interpretação dos exames complementares levarão a um diagnóstico correto Características histológicas: -Ulceração da mucosa de revestimento -Necrose lobular e metaplasia escamosa dos ácinos e dos ductos salivares -Ácinos mucosos necróticos e metaplasia escamosa ductal Tratamento: acompanhamento até a remissão completa da lesão, corticosteroides tópicos ajudam no processo de cicatrização 19/10/2022 Isabela Leal Sialólitos: menores que 1 cm (85%) Deposição de sais minerais, muco, células descamativas e restos bacterianos – a estagnação da saliva aumento sua alcalinidade e a concentração de cálcio Traumatismo físico ou mecânico, infecção ou inflamação no ducto da glândula Aumento de volume após as principais refeições devido ao estímulo da secreção salivar e à obstrução do ducto Presença de infecção e secreção purulenta no ducto excretor Exames imaginológicos: radiografia oclusal total da mandíbula, radiografia panorâmica e ultrassonografia Características histológicas: -Laminações concêntricas com ninho amorfo de debris -Ducto com metaplasia -Inflamação periductal Tratamento: remoção total da glândula afetada – cálculo no interior da glândula Fisioterapia, fisioterapia associada ao uso de substâncias que estimulam a secreção salivar – ácido cítrico, massoterapia Remoção ou fragmentação dos cálculos por via endoscópica – cálculos localizados nos ductos salivares Ruptura de um ducto de glândula salivar e do extravasamento de mucina para dentro dos tecidos moles Fenômenos relacionados ao extravasamento ou à retenção de mucina provocada pela obstrução do ducto da glândula salivar e ausência de secreção salivar Lesão comum da mucosa bucal, originada de glândulas salivares menores Não tem predileção por sexo – comum em crianças, adolescentes e adultos jovens Aumento de volume, indolor e mole à palpação. Recoberta por mucosa (normal ou alterada devido ao trauma). Coloração: translúcida, avermelhada, fortemente avermelhada e arroxeada (ruptura de vasos sanguíneos). Aumento de volume recorrente que se rompe periodicamente e libera seu conteúdo fluido. Mucosa do lábio inferior é o local de maior acometimento; assoalho da boca, região anterior do ventre da língua, mucosa jugal, palato e trígono retromolar - punção aspirativa Características histológicas: - Área de mucina extravasada, circundada por tecido de granulação reacional. - Numerosos histiócitos espumosos (macrófagos). - Ducto salivar rompido desembocando dentro da área. Tratamento: excisão cirúrgica e remoção do agente traumático. • Fenômenos de retenção ou extravasamento de muco que ocorrem na região do assoalho bucal. "Dorso de uma rã (do latim rana)". • Mucocele localizada na região do assoalho bucal. • Trauma: alimento pontiagudo, após tratamento dentário (cirurgias, uso de aspiradores de alta sucção. • Aumento de volume localizado no assoalho bucal, recoberta por mucosa íntegra. • Coloração: translúcida a arroxeada, localizada superficialmente ou na profundidade do assoalho bucal. • Rânula mergulhante: tumefação localizada na região submentoniana, flutuante à palpação.• Características histológicas: semelhante à mucocele. • Tratamento: excisão da lesão, marsupialização ou excisão da glândula sublingual. 19/10/2022 Isabela Leal • Tumor benigno mais comum e mais frequente na glândula parótida, seguida da glândula submandibular e das glândulas salivares menores. Crescimento lento, indolor e persistente. Mais comum no sexo feminino (3:1), pode ocorrer em qualquer idade (30 e 50 anos). • Glândula parótida: lobo superficial, assintomáticos e não provocam paralisia facial. • Na cavidade oral: região posterior e lateral do palato duro e na divisa do palato duro com o palato mole, lábio superior e mucosa jugal. • Diagnóstico: biópsia incisional. Localizações de difícil acesso - PAAF, USG, TC e cintilografia. Características histológicas: Lesão encapsulada e bem circunscrita. • Componente epitelial: vários padrões (túbulos, faixas e cordões). • Estroma: tecido conjuntivo fibroso que comprime a pseudocápsula tumoral. • Tratamento: cirúrgico. • Adenomas de glândula parótida - parotidectomia parcial ou total (risco de paralisia facial) • Adenomas de glândula submandibular e intrabucais - remoção total. • Cistadenoma papilífero linfomatoso ou tumor de Warthin • Tumor benigno de glândulas salivares da região da glândula parótida. • Surge após a 5a década de vida e apresenta predileção pelo sexo masculino. • Pode aparecer uni ou bilateralmente, abaixo do lóbulo da orelha. • Etiologia: Restos embrionários da glândula parótida, que ficariam presos na parte interna dos linfonodos. • Diagnóstico: USG, cintilografia e PAAF Características histológicas: • Proliferação do epitélio glandular formado por dupla camada de células (oxifílicas e granulosas). • Espaços císticos com material eosinofílico contornados por projeções papilares do epitélio glandular. • Tratamento: excisão cirúrgica • Recidivas são raras. • Queixa subjetiva de boca seca que pode estar relacionada ou não à diminuição do fluxo salivar. • Fisiológica, induzida por vírus, medicamentosa, associada à síndrome de Sjögren, associada ao diabetes melito e iatrogênica. • Fisiológica: envelhecimento - diminuição fisiológica do fluxo salivar e do seu potencial imunológico, situação muitas vezes intensificada pelo uso de medicamentos para controle de doenças cardiovasculares, endocrinometabólicas, reumáticas etc., que vão aparecendo com o avançar da idade. • Induzida por vírus: vírus Epstein-Barr, o vírus da imunodeficiência humana (HIV) e o vírus da hepatite C. • Medicamentosa: Benzodiazepínicos, Antidepressivos, Antipsicóticos, Anti-hipertensivos, Diuréticos, Antieméticos, Descongestionantes, Broncodilatadores, Anti-histamínicos, Anfetaminas. e Inibidores de protease utilizados no tratamento de pacientes HIV-positivos. • Associada à síndrome de Sjögren: sintomas de secura nas mucosas bucal e ocular. Abordagem multiprofissional (cirurgião-dentista e as especialidades médicas da oftalmologia e da reumatologia). • Por diabetes melito: xerostomia e suas repercussões (doença periodontal). latrogênica: • Associada à radioterapia: campo de radiação envolve as glândulas salivares - quadros de xerostomia com maior ou menor intensidade, dependendo da dose de radiação e das glândulas salivares envolvidas no campo de radiação. • Associada à quimioterapia: medicamentos utilizados como agentes quimioterápicos (5-fluoruracila e cisplatina). 19/10/2022 Isabela Leal • Doença do enxerto contra o hospedeiro (DECH): pacientes que foram submetidos a transplante de medula óssea - fibrose das glândulas e alterações na composição química da saliva. • Diagnóstico: clínico e laboratorial. • Mucosa ressecada, atrofia das papilas linguais, queilite angular, doença periodontal e cáries na região cervical. • Dificuldades de formação do bolo alimentar e na ingestão de alimentos secos. • Fluxo salivar abaixo de 0,1 ml /min (Fluxo salivar normal: 0,3 a 0,5 mL/min). • Tratamento: Uso de lubrificantes de mucosa, saliva artificial e ingestão frequente de água.
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