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09/11/2022 Isabela Leal Sinais clássicos de inflamação: dor, calor, rubor (vermelhidão), tumor (inchaço e edema), perda de função. Segundo o google, um tumor é um crescimento no volume de alguma parte do corpo humano e pode ser classificado em dois tipos: benignos e malignos. Normalmente essa palavra é usada como sinônimo de câncer. Neoplasia: grupo de patologias de comportamento variável, em relação a gravidade e aos aspectos clínicos-radiográficos. Benignas- tendem a assumir formas mais regulares e mostrar aspecto radiográfico mais delimitado. Malignas- rompem corticais, envolvem os tecidos moles e demonstram aspecto infiltrativo e difuso nas radiografias. Os tumores odontogênicos são classificados de acordo com seu tecido de origem e podem ser benignas e malignas. Malignas: -Carcinomas: neoplasias de origem epitelial. -Sarcomas: neoplasias de origem mesenquimal. Tumores odontogênicos malignos: -Carcinoma Ameloblástico -Carcinoma Primário Intraósseo -Carcinoma Odontogênico Esclerosante -Carcinoma Odontogênico de Células Claras -Carcinoma Odontogênico de Células Fantasmas -Carcinossarcoma Odontogênico -Sarcomas Odontogênicos Tumores odontogênicos de origem epitelial: -Ameloblastoma -Tumor Odontogênico Escamoso -Tumor Odontogênico Epitelial Calcificante -Tumor Odontogênico Adenomatoide Tumores Odontogênicos de origem epitelial e mesenquimal: -Fibroma Ameloblástico -Tumor Odontogênico Primordial -Odontoma -Tumor Dentinogênico de Células Fantasmas Tumores Odontogênicos de origem mesenquimal: -Fibroma Odontogênicos -Mixoma Odontogênico -Cementoblasma -Fibroma Cemento-Ossificante Neoplasia benigna odontogênica mais comum. Lesão com alto potencial de invasão - tratamento mutilante. Grande varação histológica e clinicorradiográfica. Prevalência entre 20 e 50 anos, sem predileção por sexo. Mandíbula (80%) - região de molares e ramo. Crescimento lento, progressivo e indolor - dor, parestesia e infecção secundária. Lesões radiolúcida, uni ou multiloculares, com bordas relativamente bem definidas. Pode causar deslocamento e reabsorção radicular dos dentes envolvidos pela lesão. Abaulamento - grande deformidade, com adelgaçamento, exposição, destruição de corticais e envolvimento dos tecidos moles suprajacentes. Quase sempre há dente envolvido na lesão. Unicística Lesão unilocular e de melhor prognóstico. Afeta pacientes mais jovens (menos de 40 anos). Lesão de aspecto cístico envolvendo a coroa de um molar inferior impactado. Origem: capsula de cisto preexistente. Pode proliferar em direção a cavidade, com pouca invasão dos espaços medulares adjacentes. Diagnostico diferencial: cisto dentígero. Convencional •Aspecto radiográfico "em bolhas de sabão" •Áreas de perfil arredondado de diferentes tamanhos e margens nem sempre bem definidas. •Pode incluir dentes em seio quanto deslocá-los de maneira bastante expressiva. 09/11/2022 Isabela Leal Periférico ou extraóssea •Variante rara. •Nódulo séssil na gengiva, de pequenas dimensões, com superfície normal, eritematosa ou ulcerada. •Mais comum na mandíbula e em pacientes de maior idade. •Não há alteração radiográfica ou pode haver reabsorção em taça. Adenoide • Variante adicionada na classificação OMS 2022. • Rara - 40 casos relatados na literatura. • Nódulo assintomático - gênero masculino - 49 década de vida. • Arquitetura cribriforme e estruturas ductiformes - inclui dentinoide. Metastatizante •Ameloblastoma que apresenta metástase apesar de sua aparência histopatológica benigna. •Classificação OMS 2005: seção de carcinoma odontogênico - Classificação OMS 2017 e 2022: seção de tumores odontogênicos epiteliais benignos. •Desafio de diagnóstico - necessita melhor caracterizar aspectos moleculares. Características Histológicas •São classificados quanto ao padrão macroscópico e constituintes celulares. •Tendência a desenvolver alterações císticas. •Padrões folicular*, plexiforme*, acantomatoso, de células granulares, desmoplásico e de células basais. •Folicular: ilhas de células epiteliais com células periféricas basaloides mostrando polarização reversa dos núcleos; áreas de alteração cística dentro das ilhas epiteliais são comuns. •Plexiforme: anastomose de trabéculas e cordões de células epiteliais periféricas com morfologia basaloide, embora esta possa ser sutil. Tratamento •Ameloblastoma periférico: excisão local com pequena margem e incluindo o periósteo para verificação da ausência de envolvimento ósseo. •Ameloblastoma convencional: ressecção cirúrgica em bloco ou hemimandibulectomia. •Análise particular: parâmetros clínicos e histopatológicos. •Tumor de Pindborg. Raro: 1% dos tumores odontogênicos •Comportamento clínico semelhante ao do ameloblastoma - localmente invasivo e recidivante. •Não apresenta predileção por sexo - idade média: 40 anos. •Mais comum em mandíbula - região de molares e pré- molares inferiores. •Lesões periféricas: 6% - região anterior da mandíbula. Características Histológicas •Ilhas, cordões ou lençóis de células epiteliais poliédricas em um estroma fibroso; •Presença de pontes intercelulares; •Grandes áreas de material extracelular amorfo, eosinofílico, hialinizado (semelhante a amiloide); •Três subtipos TOEC de células claras, TOEC cístico/microcístico e TOEC não calcificante/rico em células de Langerhans - OMS, 2022. Tratamento •O tratamento é cirúrgico - margem de tecido normal característica localmente infiltrativa. •Predileção por jovens (22 década de vida) e pelo sexo feminino. •Região anterior da maxila - coroa de caninos não irrompidos. •Crescimento lento, assintomático e a expansão óssea ou a falta de erupção do dente envolvido são os motivos que geralmente levam o paciente à consulta. •Lesões extraósseas são raras. •Diagnóstico: característica radiográfica + faixa etária + localização Característica Histológica Presença de cápsula fibrosa bem definida. •Células epiteliais fusiformes que formam lençóis, cordões ou aumentos de volume espiralados de células em um estroma fibroso escasso. •Presença de estruturas tubulares ou ductiformes* (espaço central delimitado por uma camada de células epiteliais colunares ou cúbicas). Tratamento •Remoção da lesão e do dente não irrompido associado. •Recidiva é rara •Prognóstico excelente. 09/11/2022 Isabela Leal •Tumores raros; menos de 50 casos publicados. •Acomete pacientes jovens e maior predileção pelo gênero masculino (1,8:1). •Crescimento lento, expansão de cortical e mobilidade dentária. •Ilhas de epitélio escamoso diferenciado de forma e tamanho variados (arquitetura de quebra-cabeça). •Tratamento: excisão cirúrgica conservadora; recorrência rara. •Neoplasia odontogênica de origem mista - proliferação simultânea de tecido epitelial e mesenquimal, sem formar dentina ou esmalte. •Ocorre predominantemente na mandíbula, na região de molares e pré-molares, sendo semelhante ao ameloblastoma. •Acometendo faixa etária bem inferior (idade média de 12 a 14 anos), sem predileção por sexo. Características Histológicas •Pode apresentar uma cápsula definida; •Padrão epitelial e padrão mesenquimal - papila dentária primitiva; •Padrão epitelial: cordões longos e delgados de epitélio odontogênico, com frequência anastomosados ou pequenas e discretas ilhas que lembram o estágio folicular do desenvolvimento do órgão do esmalte. Tratamento •Enucleação cirúrgica; normalmente há cápsula destacando o tumor do osso normal adjacente. •Recidivas - lesões multiloculares, dificuldade de remoção completa do tumor. •Malformações dos tecidos dentários. •Compostos: formatos de dentículos (denticulados). •Complexos: tecidos dentários se compõem de massas que não lembram a morfologia dentária. •Lesões comuns, sem predileção de sexo. •Ocorrem tanto na mandíbula quanto na maxila. •Lesões pequenas e assintomáticas. •Identificadas pelafalta de erupção ou desvio da posição normal de algum dente. •Frequente em jovens entre a primeira e a segunda década. Características Histológicas •Múltiplas estruturas lembrando pequenos dentes unirradiculares, contidos em uma matriz fibrosa; •Odontoma em desenvolvimento - estruturas que lembram os germes dentários; •Odontomas complexo - dentina tubular madura; •Cisto dentígero pode surgir do revestimento epitelial da cápsula fibrosa de um odontoma complexo. Tratamento •Excisão cirúrgica da lesão. •Complicações: excessiva aderência ao osso ou presença de cistos volumosos. •Bom prognóstico •Sem recidivas. •Neoplasia rara. •Origem: tecido conjuntivo odontogênico. •Presença de calcificações em quantidades variáveis. •Lesão assintomática, expansiva, localizada principalmente em mandíbula. •Fibroma odontogênico central (intraósseo) ou fibroma odontogênico periférico (extraósseo). •Aspecto radiográfico é radiolúcido, unilocular e bem circunscrito, contendo discretos corpos calcificados em seu interior. •Os dentes podem ser afastados, e o perfil, pode assumir aspecto crenado em lesões maiores. •Eventualmente, o tumor pode envolver a coroa de dentes não irrompidos. Características Histológicas •Tecido conjuntivo moderadamente celular ou colagenoso com quantidades variáveis de ilhas ou cordões epiteliais odontogênicos de aparência inativa. •A formação de tecido duro pode estar presente, com características de calcificações dentinóides mineralizadas ou semelhantes a cemento associadas ao epitélio odontogênico. •Características semelhantes são observadas no fibroma odontogênico periférico. 09/11/2022 Isabela Leal Tratamento •Curetagem cirúrgica. •Poucos casos descritos na literatura. •Neoplasia de crescimento lento, assintomática, localmente invasiva. •Mais comum na mandíbula que a maxila, especialmente a região posterior. •Afeta geralmente indivíduos entre a segunda e a terceira década de vida, sem apresentar predileção por sexo. •Maxila: pode invadir o seio maxilar. •Área radiolúcida multilocular, com margens ora bem definidas ora difusas, com as trabéculas ósseas delicadas. •Aspecto de raquete de tênis ou favos de mel. •Pode deslocar dentes, afastar corticais ou rompê-las. •A reabsorção radicular e a apresentação unilocular são menos comuns. •Diagnóstico diferencial: ameloblastoma e o cisto ósseo aneurismático. Características Histológicas •Células arranjadas de formato estrelário, fusiforme ou arredondado, em um estroma abundante, frouxo e mixoide, que contém somente algumas fibrilas colágenas. •Ao exame imuno-histoquímico, as células do mixoma mostram imunorreatividade difusa para os anticorpos contra vimentina, com reatividade focal para actina músculo-específica. Tratamento •Excisão cirúrgica do tumor. •Grande volume, consistência gelatinosa da lesão e invasão local - recessão maior. •Bom prognóstico •Deformações e recidivas são frequentes. •Neoplasia benigna rara. •Origem: cementoblastos, que forma cemento ou tecido semelhante, sob a forma de massas aderidas à raiz de um dente. •Crescimento lento - expansão das corticais ósseas vestibular e lingual. •Associado às raízes de molares e pré-molares inferiores - primeiros molares. •Pacientes jovens (abaixo dos 20 anos de idade), preferencialmente do sexo feminino. •Pode apresentar sintomatologia dolorosa*. •Aspecto radiográfico: Massa calcificada aderida à raiz do dente, limitada por fina linha radiolúcida. •A porção radicular envolvida na lesão pode estar mascarada pela massa, com diferentes graus de substituição. Características Histológicas •Assemelha-se ao osteoblastoma e ao osteoma osteoide. •Fusão do tumor ao dente envolvido. •Lençóis e trabéculas espessas de material mineralizado com lacunas posicionadas de forma irregular e linhas reversas basofílicas proeminentes. •O estroma é composto de tecido fibrovascular celularizado. Há com frequência células gigantes multinucleadas, além de proeminentes células blásticas margeando as trabéculas mineralizadas. Tratamento •Excisão cirúrgica da lesão e remoção do dente envolvido. •Lesões pequenas: remoção parcial da raiz e tratamento endodôntico.
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