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Esqueleto Apendicular @marinammflores Ossos longos: maior comprimento em relação a largura e espessura. Divididos em parte média: Diáfise ou corpo Duas extremidades: Epífise (proximal e distal) Metáfase: Área de crescimento ósseo, onde nós temos a linha cartilaginosa em animais jovens. Essa linha tem o fechamento de acordo com o tamanho do animal, idade e dependendo do osso que está sendo analisado. - Em um cão de porte médio: linhas de crescimento se fecham aproximadamente com um ano de idade, em animais de raças maiores essas linhas podem permanecer abertas de 18-20 meses. Periósteo: membrana de tecido conectivo que reveste exteriormente os ossos. É o tecido conjuntivo que reveste o osso, auxiliando no crescimento e espessura. Ele reage a um tipo de agressão, principalmente na região de diáfise, pois o periósteo não envolve superfícies articulares (epífises). Resposta do Osso frente a lesão: O osso reage de 3 formas principais: 1 - Focal: ex. trauma contuso, FRATURA 2 - Multifocal: quando ocorre metástase óssea, vários pontos de neoplasias no mesmo osso. 3 - Generalizada: ex. osteopenia, de forma nutricional, metabólica e hormonal. Na lesão pode ocorrer esclerose: proliferação óssea em região específica - aumentando a radiopacidade óssea. Oriunda de estresse, neoplasia, trauma antigo. Redução da radiopacidade por reabsorção ou lise óssea. - Lise generalizada: osteopenia generalizada dos ossos. Alteração no tamanho e na forma do osso. - Lise focal: lesões somente em um único osso. Como neoplasias. Pode ser classificada em geográfica, aspecto ruído de traça e forma permeativa. - Também por fratura ou fechamento precoce da placa fisária - deixando os ossos assimétricos. - Na radiografica não se usa os termos malignos ou benignos e sim lesão agressiva ou lesão não agressiva. Caracterização da agressividade de uma Lesão: Destruição da cortical: muitas doenças ósseas agressivas caracterizam-se pela destruição cortical. Tumores malignos ósseos e infecções ósseas são as principais de caráter agressivo. Reabsorção focal ou lise geográfica: área focal de lise óssea. Não ocorre destruição da cortical. Com margens bem definidas, menos agressiva e zonas de transição bem definidas. Ex: cistos ou tumor benigno. Reabsorção focal ruído de traça: múltiplas áreas radioluscentes de lise e com tamanhos variados. Várias regiões de osso que podem acometer tanto a região cortical como a região medular. As margens são menos definidas se comparadas com a lise geográfica, porém mais definidas que a lise permativa. (tumor ou infecção). Reabsorção focal permeativa: são áreas focais de lise com margens não definitivas. Zona de transição mal definida. Pode resultar da progressão de lise roído de traça. Pode ocorrer a destruição da cortical: é o padrão mais comum de lise agressiva. Reações periosteais: ativa - muitas lesões ósseas agressivas. Se caracteriza quando a margem é irregular e não suave. Já a não agressiva caracteriza-se por apresentar uma extremidade suave na transição para o novo crescimento ósseo. São tipos de reações periosteais: - Reação laminar: deposição de múltiplas camadas ósseas recém-formadas, paralelas à cortical do osso, podem assumir o aspecto de "cascas de cebola". Geralmente são lesões menos agressivas encontradas em lesões como a periostite. Algumas lesões de estresse traumático com áreas muitas vezes de infiltração nos tecidos moles adjacentes, e que acaba levando a uma reação no osso adjacente. - Reação irregular ou paliçada: neoformação óssea que se irradia perpendicularmente ao córtex do osso longo. Um pouco mais agressiva, muito encontrada de osteopatia hipertrófica secundária. Reação normalmente em extremidade distal de membro. Principalmente em rádio, ulna e metacarpo. - Reações espiculadas ou radiadas: possui características mais agressivas que a reação anterior. Pode haver áreas de destruição da cortical. Encontradas em crescimentos tumorais em estágios iniciais. - Reação em raios de sol ou explosão solar: espículas ósseas que se irradiam de uma lesão osteolítica ou esteoprodutiva agressiva. Frequentemente nos tumores ósseos primários (osteosarcoma). É a mais agressiva de todas. Normalmente associada a uma grande área de lise. Possui destruição grande da cortical. Aumento de tecidos moles adjacentes. - Triângulos de Codman: caracterizada pela elevação periosteal abrupta, entre o osso normal e a reação da lesão, geralmente em região distal do osso, começa menos agressiva como um reação laminar e se torna uma reação explosiva. Ocorre principalmente em neoplasias agressivas, porém não é patognomônica. Principais Lesões Agressivas: 1- Osteomielite: infecção do osso, fungo, bactéria, protozoário. Lesões atravessam as articulações. Geralmente ocorre reação periosteal laminar e paliçada. Geralmente ocorre lise geográfica. Destruição da cortical somente em casos severos. ● Histórico do animal: se passou por procedimento ortopédico ou teve lesão perfurante. 2- Neoplasias: osteossarcoma. Normalmente restritas somente na região acometida. Não envolve articulação adjacente. Padrão radiográfico agressivo. Zona de transição mal definida. Reação periosteal geralmente é a explosão solar. Ocorre a destruição da cortical. Metástase pulmonar em 80% dos casos de tumores primários ósseos. Visualização tanto de lise óssea como de proliferação óssea. Como diferenciar? sinais radiográficos, clínicos e históricos. Fratura óssea: descontinuidade ou quebra da continuidade de uma estrutura óssea. Um dos maiores sinais radiográficos (em fratura discreta) é uma linha radioluscente. A fratura leva a uma alteração no alinhamento, forma, tamanho e posição. Avaliação radiográfica da fratura: como descrever e analisar 1 - Qual o osso envolvido? Em qual região do osso está a fratura? (diáfise, metáfise e epífise. 2 - Descrever o número de fraturas existentes. 3 - Direção dessa linha de fratura. 4 - Nessa fratura existe envolvimento de articulação? Tem fratura ou luxação? 5 - Como estão os tecidos moles adjacentes? Integridade dos tecidos moles Fratura aberta: comunicação com o meio externo, áreas radioluscentes em tecidos moles pela presença de ar(penetração do ar). Aumenta o risco de infecção podendo levar a uma osteomielite secundária a fratura. Fratura fechada: menor risco de infecção, porém não é nulo. Fratura incompleta: só atinge uma cortical. Fratura completa: atinge as duas corticais e se descreve a direção da fratura. Forma uma linha de fratura que atinge o osso praticamente em linha reta. Fratura oblíqua Fratura espiral: onde se expõe na maioria das vezes, parte de região medular do osso. Fratura simples: somente um foco de fratura. Fratura cominutiva: várias linhas de fratura que se convergem entre si. Salter Harris: para animais em desenvolvimento e com a cartilagem fisária ainda aberta. tipo 1: ao longo da cartilagem fisária tipo 2: na cartilagem fisária e em uma porção da metáfise. tipo 3: ocorrem na cartilagem fisária e na epífise, e geralmente são fraturas articulares. tipo 4: na epífise, passando pela cartilagem fisária e metáfise. Normalmente, fraturas articulares. tipo 5: por esmagamento ou compressão que envolvem a cartilagem fisária. Causam fechamento precoce de toda ou de parte da cartilagem fisária, levando a deformidades no crescimento. Displasia Coxofemoral: uma das principais doenças articulares e degenerativas. A displasia do quadril é o desenvolvimento anormal das articulações coxofemorais. Doença hereditária biomecânica - genotípica. Disparidade entre a massa muscular primária e o rápido crescimento ósseo, levando a uma instabilidade na articulação coxofemoral. Componentes do quadril, o acetábulo, colo e cabeça do fêmur estão enolvidos nessa afecção. Afeta na maioria das vezes cães de porte grande, acima de 30kgs. Pode se manifestar quando o ambiente não é favorável. Dieta alimentar e o meio ambiente, piso que o animal vive - fenotípica. Doença em desenvolvimento, então ocorre uma disparidade da massa muscular com o crescimento ósseo. Modificando a biomecânica daarticulação, gerando instabilidade e relaxamento do ligamento redondo. Flacidez da cápsula articular levando a incongruência e desenvolvendo a DAD. Dor e claudicação. Sinais semelhantes ao da DAD: Formação de osteófitos pericondrais. Remodelamento da cabeça e colo do fêmur. Remodelamento do acetábulo. Aumento da opacidade do osso subcondrial da cabeça do fêmur e acetábulo. À medida que a doença avança, o colo do fêmur se torna espesso e a superfície do colo torna-se irregular, como resultado do crescimento de um colar de osteófitos pericondrais. O acetábulo perde o seu formato côncavo e torna-se raso levando a incongruência - luxação ou subluxação. O aumento da opacidade óssea da superfície articular subcondral representa esclerose óssea, uma resposta ao adelgaçamento da cartilagem. Articulação coxofemoral madura normal: Grande quantidade da cabeça do fêmur adentro do acetábulo. Na articulação normal o acetábulo deve ser congruente à cabeça do fêmur, e cobrir mais de 50%. Displasia de quadril moderada: subluxação da cabeça femoral está acompanhada do remodelamento do acetábulo. A margem acetabular cranial é angulada e o acetábulo é raso. Há espaço articular em forma de cunha criado por subluxação da cabeça femoral. Displasia de quadril avançada: o acetábulo e a cabeça femoral sofreram remodelamento moderado. Osteófitos se formaram no colo e cabeça femoral, bem como na margem acetabular cranial. O novo osso formado preencheu a fossa acetabular, e a opacidade do osso subcondral acetabular está aumentada.