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BUDINI 2011

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ATORES, PROCESSOS E DIFERENÇAS CONCEITUAIS NOS DEBATES SOBRE
“SOCIEDADE CIVIL GLOBAL”
Terra Friedrich Budini (USP)
p. 88
Contraponto de duas visões principais sobre SC.
Introdução
“Sociedade Civil Global” nos anos 1990: Pós Guerra Fria, contexto neoliberal e
discurso da globalização.
Celebração pela emergência da SCOG e confusão com uma governança global que
compensaria perda de autonomia estatal.
Emergência da SCOG nos anos 1990 não como algo homogêneo mas como campo
em disputa.
Atores transnacionais distinguidos em 3 categorias principais: (1) econômica (2)
causa e (3) valores.
→ Mas com apoio de ferramentas tecnológicas, de comunicação e transporte,
possibilitadas também por conta da globalização.
1. 1. Resultado da resistência às ditaduras; 2. Esquerda descontente com a sua
atuação política (classe trabalhadora) restrita aos partidos e eleições; 3. SCOG
como formuladora de políticas num momento em que o Estado estava limitado por
conta do avanço / contexto neoliberal.
2. Sobre a participação em conferências e afins… pluralidade parece a única regra
entre os movimentos da SCOG.
Incoerência econômica: crises de 1997 e 2008 e cancelamento da rodada de Doha;
política/social: 1999 Kosovo e depois atuação dos EUA pós 11/09. Meio ambiente só no
discurso.
→ Movimento altermundialista e participação em fóruns mundiais: Movimentos
transnacionais contestadores, em geral, dos processos de globalização em curso.
p.93
Teoria liberal de SCOG tem a tendência de homogeneizar os movimentos sociais
quando, na realidade, são diversos e em disputa.
→ Também acabou ignorando desigualdades entre os movimentos e afins.
1. Questionamentos sobre a ideia de sociedade civil global
p.94
→ Poder dos Estados, das empresas ou organizações não estatais é díspar e pode
influenciar de forma negativa nas demandas dos grupos da sociedade civil.
Organização da SC faz parte do Estado mas pode funcionar como ferramenta contra
ele e o sistema cosmopolita.
O sistema de baixo para cima da SCOG pode contribuir para a democratização da
sociedade como um todo; processo pode apresentar falhas mas ainda assim é um bom
modelo de democratização para os autores.
→ Perspectiva crítica pós estruturalista aponta que os movimentos da SCOG seriam
mais ferramentas do Estado do que um movimento externo e combativo ao sistema estatal.
2. Resistência e dominação segundo a perspectiva neogramisciniana
Separação da SCOG em dois grupos principais: (1) institucionalizados e que
relacionam-se com o Estado e (2) lutas contra-hegemônicas através da união subalterna
transnacional.
→ Via Campesina é exemplo de SCOG que atua usando ferramenta do Estado ao
mesmo tempo que é contra-hegemônica em certo sentido.
Considerações Finais

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