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SOCIOLOGIA 
ORGANIZACIONAL 
AULA 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Profª Carolina Eshter Kotovicz Rolon 
 
 
 
 
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CONVERSA INICIAL 
Nesta aula vamos estudar como a sociologia contribui para pensar a 
modernidade e o surgimento das organizações. Veremos como dois autores 
clássicos da sociologia, Émile Durkheim e Max Weber, pensaram as mudanças 
sociais na passagem da época feudal para a época moderna. Weber identificou 
a influência crescente da racionalidade nas diversas esferas da vida social, e 
Durkheim questionou os efeitos da divisão do trabalho para além dos seus 
resultados puramente econômicos e mostrou como ela fortalece os laços entre 
os membros de uma sociedade. A divisão do trabalho e a racionalização tiveram 
grande impacto no desenvolvimento das organizações. 
CONTEXTUALIZANDO 
 Imagine que você é gestor de uma empresa e, para atingir as metas de 
produção, você tem que coordenar o trabalho de todos. Você está traçando uma 
estratégia a fim de conseguir a cooperação e o engajamento de todos. Tenha 
isso em mente ao estudar os conceitos de solidariedade orgânica de Durkheim 
e de dominação de Weber. Ao final da aula, vamos pensar como eles podem te 
ajudar a coordenar o trabalho de seus colaboradores. 
TEMA 1 – MODERNIDADE E O SURGIMENTO DA SOCIOLOGIA 
A transição da época feudal para a época moderna foi lenta, mas 
revolucionou a forma como os homens viviam, produziam e pensavam o mundo. 
A religião, que era a principal forma de explicar o mundo na época feudal, vai 
aos poucos perdendo espaço, e correntes filosóficas como o Iluminismo e o 
racionalismo se desenvolvem. Descobertas impulsionam o desenvolvimento da 
física, da química, da biologia e fomentam a vontade de explicar o mundo 
cientificamente. 
A sociologia surgiu lentamente e de maneira difusa ao longo do século 
XIX, buscando explicar as transformações introduzidas pela modernidade. Para 
Cuin e Gresle (1994), o impulso inicial para o surgimento da sociologia foi a 
Dupla Revolução – é assim que esses autores se referem à Revolução Industrial 
e a Revolução Francesa. Essas revoluções não aconteceram do dia para a noite, 
mas as transformações que geraram foram profundas: a Revolução Industrial foi 
uma revolução econômica, no modo de produzir os bens, que teve 
 
 
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consequências para a formação do sistema capitalista; a Revolução Francesa, 
por sua vez, foi uma revolução política que transformou o governo. A passagem 
da época feudal para a época moderna foi lenta a afetou profundamente a 
organização social e os modos de vida. 
A Revolução Industrial começou na Inglaterra por volta de 1780 e mudou 
o modo de produzir bens e riquezas. Antes, a economia era feudal. O cavalheiro 
possuíam a terra e os servos produziam nela. No poder estavam monarquias 
absolutas, que dependiam do apoio dos nobres proprietários de terra. Na última 
parte do século XVIII, conselheiros de monarcas, atentos aos avanços nas 
ciências, buscam reformas para a modernização intelectual, administrativa, 
social e econômica de diversos reinos, como Marques de Pombal, por exemplo, 
o fez no reino português. As pessoas comuns normalmente nasciam e morriam 
no mesmo pedaço de terra. Em 1780, havia algumas grades cidades (Londres 
já tinha cerca de um milhão de habitantes; Paris, meio milhão), mas a maioria 
eram pequenas cidades. A classe média, instruída e empenhada no progresso, 
se aliava à monarquia para tentar levar a cabo suas ideias de modernização. 
Avanços tecnológicos, especialmente em relação às navegações, levaram à 
expansão imperialista e à exploração das colônias. Foram as colônias que 
forneceram as matérias-primas (algodão e pau-brasil) para a primeira grande 
indústria inglesa: a indústria têxtil (Hobsbawm, 2003). 
Aos poucos mercadores passaram a comprar e vender mercadorias: 
surgiu o Mercantilismo. Esses mercadores, com o comércio, acumularam 
riquezas e desenvolveram uma forma de lucrar ainda mais. Em vez de comprar 
os produtos dos artesãos e vender em mercados maiores, eles resolveram 
organizar a produção, juntar todos os trabalhadores num mesmo local para 
melhor controlar a produção. Assim surgiram as indústrias, e os donos das 
indústrias buscaram novas formas de tornar a produção mais eficiente. Métodos 
de produção racionalizados e máquinas foram surgindo. É esse processo, desde 
o surgimento da fábrica até o desenvolvimento de métodos e tecnologias para 
aperfeiçoar a produção, que é chamada de Revolução Industrial. (Cuin; Gresle, 
1994) 
A Revolução Francesa começou em 1789, na França, com uma revolta do 
povo contra a monarquia. O povo estava pobre, passava fome e via a realeza e 
os nobres esbanjando em comida, festas, castelos. Havia também os burgueses, 
homens ricos, mas que não faziam parte de realeza, portanto não participavam 
 
 
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dos privilégios que estes tinham. A burguesia se uniu ao povo e juntos passaram 
a lutar contra os privilégios da monarquia. Eles reivindicavam liberdade, 
igualdade e fraternidade, todavia não foi o povo que assumiu o poder com a 
queda dos monarcas franceses, mas a burguesia. Esta foi uma revolução 
política, pois questionou a forma como a Europa até então era governada. A 
Revolução Francesa introduziu uma nova concepção do homem, como 
indivíduo, com direitos e deveres iguais aos de todos os outros. Não se podia 
justificar um privilégio pelo fato de se nascer em uma família real, nem o poder 
pela vontade de Deus. Todos os homens eram iguais e ficavam ricos aqueles 
que trabalhavam e juntavam dinheiro, e tinham o poder aqueles que eram eleitos 
pelos outros homens. Essas ideias rapidamente se espalharam para outros 
países. 
Foi nesse contexto que os primeiros homens começaram a pensar uma 
ciência da sociedade. Havia uns que eram contrários à dupla revolução, como 
Edmund Burke. Ele dizia que a dupla revolução conduz a sociedade ao caos e 
era a favor de restauração da autoridade da Igreja, ou seja, da antiga sociedade. 
Mas da dupla revolução também surgiram outras correntes de pensamento, 
como os ideólogos, que eram a favor de uma ciência das ideias na qual o homem 
estivesse no centro. Eles desenvolveram métodos para manter o ceticismo critico 
diante de ideias e valores estabelecidos (Cuin; Gresle, 1994). 
Os ideólogos abriram um caminho original de pesquisa. Algumas de suas 
ideias foram retomadas por Saint-Simon, que era a favor de uma nova sociedade 
e dizia que a verdadeira revolução ainda estava por fazer. Esse autor, que 
pensava que o sistema industrial iria transformar pacificamente a natureza e 
satisfazer o homem, defendia uma ciência do homem, que deveria se apoiar em 
fatos observados e discutidos para se tornar positiva. Um dos discípulos de 
Saint-Simon foi Auguste Comte, seu secretário, que depois se tornou filósofo e 
que criou o termo sociologia para designar a ciência da sociedade. 
1.1 Uma ciência da sociedade 
O positivismo foi formulado por Augusto Comte, filósofo francês que viveu 
entre 1798-1857, em sua obra Curso de filosofia positiva. O positivismo de 
Comte baseava-se na ideia de que a ciência deve buscar verdades com base na 
observação sistemática e na experimentação. Através delas, o cientista 
estabelece as leis invariáveis dos fenômenos (Cuin; Gresle, 1994). Segundo 
 
 
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Comte, as ciências começaram a tornar-se verdadeiramente positivas com o 
surgimento da filosofia natural de Bacon, Galileu e Descartes. A partir de então, 
as ciências se tornaram sucessivamente positivas segundo o grau maior ou 
menor de suas relações com o homem: primeiro a Astronomia, seguida pela 
Física, Química e Biologia. Comte afirma que faltava, na sua época, que asociologia se tornasse uma ciência positiva (Comte, 1983). 
TEMA 2 – ÉMILE DUKRHEIM E A SOCIOLOGIA POSITIVA 
Retomando o termo sociologia criado por Comte, Émile Durkheim 
desenvolve uma ciência para explicar o mundo social. Durkheim foi além das 
formulações filosóficas e definiu um objeto para a sociologia, ao criar um método 
e realizar estudos empíricos sobre diversos fenômenos sociais. Devida a essas 
realizações, Durkheim é considerado um dos fundadores da sociologia. 
Em seu texto A ciência social e a ação, Durkheim (1975) diz que, embora 
a reflexão sobre o mundo político e social date de Platão e Aristóteles, passando 
por Hobbes e Rousseau, o objetivo desses pensadores não era descrever as 
sociedades tal como eram, mas teorizar sobre como elas devem ser. O 
sociólogo, de acordo com Durkheim (1975), estuda as sociedades para conhecer 
a as compreender, assim como faz o físico ou o biólogo. Sobre a sociologia, diz 
Durkheim (1975, p. 126): “sua função é unicamente determinar corretamente os 
fatos que estuda, descobrir as leis segundo as quais ele se produzem”. Esta 
citação ilustra a concepção positivista da sociedade como “submetidas a leis que 
derivam necessariamente de sua natureza e que a exprimem.” (Durkheim, 1975, 
p. 126). A tarefa à qual Durkheim se propõe ao realizar suas pesquisas é a de 
descobrir as leis que regem o mundo social. 
2.1 Vida e obra de Durkheim 
A sociologia se torna uma disciplina reconhecida na academia francesa 
por meio do trabalho de Durkheim, que nasceu em 1858, numa região da França 
perto da fronteira com a Alemanha e se muda para Paris para estudar: ele 
estudou em um famoso liceu de ensino secundário e, em seguida, foi admitido 
em uma renomada instituição de ensino superior francesa, a Escola Normal 
Superior. Lá, Durkheim estudou filosofia e, depois de se formar, foi professor 
dessa disciplina em escolas secundárias do interior da França. Durante essa 
 
 
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época, ele se interessa por sociologia, mas, apesar de a França ser o berço da 
sociologia com Auguste Comte, não teve continuidade nas pesquisas nem no 
ensino dessa disciplina. Para se aprofundar nesse estudo, Durkheim passa um 
ano na Alemanha, onde, entre 1885-86, entrou em contato com a obra de Dilthey, 
Simmel e Tonnies. Durkheim desconheceu o trabalho de Weber, e Weber o de 
Durkheim. 
O primeiro curso de sociologia em uma universidade francesa, Durkheim 
ministrou em 1887 na Universidade de Bordeaux. Durante os anos em que viveu 
em Bordeaux (1887-1902), Durkheim também realizou pesquisas que são 
consideradas uma referência da sociologia e fundou uma revista, L´Année 
Sociologique, para divulgar pesquisas de outros sociólogos, historiadores e 
economistas que se interessavam em assuntos ligados à sociedade. Em 1902, 
Durkheim é nomeado assistente do professor Buisson na cátedra de Ciência da 
Educação da Sorbonne, tradicional universidade francesa. Com a morte de 
Buisson em 1906, Durkheim se torna titular da cátedra de Ciência da Educação 
e, em 1910, consegue transformá-la em cátedra de sociologia, com isso, 
consolidando o status acadêmico da disciplina (Rodrigues, 1981). Durkheim 
morreu em Paris em 1917. Suas principais obras são: 
 A divisão do trabalho social, publicada em 1893; 
 Regras do método sociológico, publicada em 1895; 
 O suicídio, em 1897. 
 As formas elementares da vida religiosa, em 1912; 
 A evolução pedagógica na França, publicada em 1938. 
2.2 Método e principais conceitos 
Para estudar cientificamente a sociedade, Durkheim criou um método, 
que ele apresenta em sua obre As regras do método sociológico. Para esse autor 
(Durkheim, 2003), o objeto da sociologia é o fato social. O que faz um fato ser 
social? Durkheim (2003, p. 40) define: “Fato social é toda maneira de fazer, 
fixada ou não, suscetível de exercer sobre o indivíduo uma coerção exterior: ou 
então, que é geral no âmbito de uma dada sociedade tendo, ao mesmo tempo, 
uma existência própria, independente de suas manifestações individuais”. 
 
 
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Durkheim pensa a sociedade como tendo uma realidade própria, fora dos 
indivíduos. Ele explica que uma maneira de fazer ou pensar tem que ser geral e 
existir fora das consciências individuais. 
Aplicando a definição de Durkheim, é possível pensar a profissão de 
gestor como um fato social. As tarefas que você, gestor, tem que realizar na 
organização em que trabalha, os conhecimentos que você tem que adquirir para 
realizar suas funções e até os códigos de como se comportar caracterizam a sua 
profissão. Essas maneiras de fazer, de pensar e de agir não foram inventadas 
por você, pelo seu chefe, nem por um grupo de professores. Esse conjunto de 
saberes e fazeres da profissão de gestor são gerais, pois são compartilhados 
por todos os gestores na nossa sociedade e exteriores às consciências 
individuais, pois não foi um indivíduo quem os inventou e não dependem de um 
indivíduo para continuar existindo. A profissão de gestor é um fato social, de 
acordo com a definição de Durkheim. 
Durkheim diz que é igualmente possível identificar um fato social pelo seu 
poder coercivo, ou seja, ele se impõe ao indivíduo, que, se resistir, vai ser 
reprimido, seja com uma pena ou pelo do riso e pela aversão de outras pessoas. 
O dinheiro é um fato social, pois ele se impõe nas nossas trocas: se você for ao 
mercado e tentar pagar sua compra com balas, o caixa vai rir de sua atitude; se 
você insistir, ele vai chamar o segurança. 
 Para estudar cientificamente os fatos sociais, Durkheim (2003) diz que é 
preciso tratá-los como uma coisa, a qual, segundo esse autor, é todo objeto que 
só conseguimos compreender pela observação e pela experimentação, 
passando progressivamente das características mais exteriores e mais 
imediatamente acessíveis às menos visíveis e mais profundas. Durkheim explica 
que uma coisa é conhecida de fora, começando por suas características 
exteriores, independentemente de suas manifestações individuais. 
Ao definir essas regras do método sociológico, Durkheim (2003) visa 
demonstrar que é possível fazer uma sociologia objetiva, no mesmo molde das 
outras ciências. O primeiro fato social estudado por Durkheim foi a divisão do 
trabalho. 
TEMA 3 – A DIVISÃO DO TRABALHO SOCIAL E A MODERNIDADE EM 
DURKHEIM 
Por que, à medida que o indivíduo se torna mais autônomo, ele depende 
 
 
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cada vez mais da sociedade? Esses dois movimentos parecem contraditórios, 
mas prosseguem paralelamente na sociedade. A pergunta de Durkheim é 
original: ele está preocupado com a coesão da sociedade, ou seja, os laços que 
unem os homens uns aos outros. Essa questão central é investigada por 
Durkheim em sua obra A divisão do trabalho social publicada em 1893. A 
função da divisão do trabalho é a de criar laços entre os homens, a solidariedade 
social. 
Para estudar a solidariedade social, Durkheim (1977) analisa o sistema 
jurídico das sociedades. É por meio das normas jurídicas que a solidariedade 
social pode ser medida e determinada. As normas jurídicas de diversas 
sociedades podem ser observadas, determinadas, medidas e comparadas. 
Vamos acompanhar o raciocínio de Durkheim (1977): onde a solidariedade social 
é forte, ela inclina os homens uns aos outros, os põe em contato e multiplica as 
ocasiões em que eles entram em relação. Quanto mais homens de uma 
sociedade são solidários, mais eles mantêm relações diversas. O número de 
relações entre os homens é proporcional ao número de normas jurídicas que 
determinam essas relações. A vida social tende a tomar forma definida e a 
organizar-se. O direito é a organização da vida social no que ela tem de mais 
estável e de mais preciso. A vida sociale a vida jurídica se estendem ao mesmo 
tempo e na mesma direção. A quantidade de normas jurídicas é, portanto, uma 
forma de medir a intensidade da vida social. Todavia, há uma diferença 
qualitativa entre as normas que Durkheim classifica como direito repressivo. Ao 
infringir uma norma, a pessoa é punida. No direito restitutivo, por outro lado, ao 
infringir uma norma, a pessoa deve restituir tanto quanto possível à sua forma 
normal. 
Durkheim enfatiza que não basta observar, descrever e classificar um fato 
social, mas também encontrar o viés por onde esses fatos são científicos. Ao 
identificar uma característica exterior do fato social, é possível afastar os juízos 
pessoais e apreciações subjetivas sobre o tema e atingir os fatos profundos da 
estrutura social que podem assim ser objeto da sociologia. 
3.1 Solidariedade mecânica e solidariedade orgânica 
Na modernidade, há uma intensificação da divisão do trabalho. Com a 
divisão do trabalho, ocorreu uma transformação nos laços que unem os homens 
e Durkheim identifica essa transformação na quantidade de normas do direito 
 
 
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repressivo e do direito restitutivo. 
Nas sociedades em que a divisão do trabalho é pouco desenvolvida, as 
pessoas se ligam umas às outras, pois realizam as mesmas tarefas. Ao trabalhar 
lado a lado fazendo as mesmas coisas, elas criam um sentimento de 
pertencimento ao grupo. Durkheim chama esse laço criado pelo baixo 
desenvolvimento da divisão do trabalho de solidariedade mecânica. A 
solidariedade mecânica é tanto mais forte quanto mais forte é o sentimento de 
fazer parte do grupo. O elemento externo que permite identificar, medir e 
comparar o sentimento que liga o indivíduo ao grupo é o direito punitivo. Nas 
sociedades em que o direito punitivo é mais forte e abarca mais aspectos da 
vida, maior é a solidariedade mecânica entre seus membros. Assim, ao medir a 
fração do aparelho jurídico que representa o direito penal, é possível medir a 
importância relativa da solidariedade mecânica. 
Com o desenvolvimento da divisão do trabalho, as pessoas realizam 
tarefas diferentes. O sentimento de fazer parte do grupo diminui, mas elas 
dependem cada vez mais dos outros. Você já pensou de quantas pessoas você 
depende para fazer algo simples, como comer um pão de queijo e tomar um 
cafezinho no seu intervalo? O sentimento de solidariedade que surge do fato de 
depender de tantas pessoas diferentes é o de solidariedade orgânica. Com esse 
nome, Durkheim faz referência ao organismo em que o bom funcionamento de 
cada órgão, que realiza uma função específica, é primordial para a saúde. Com 
a divisão do trabalho, o que marca o lugar do indivíduo na sociedade é a função 
que ele desempenha. Se ele não cumpre sua função, basta ele restituir o 
funcionamento normal da sociedade. Assim, o elemento externo que permite 
medir a solidariedade orgânica é a quantidade de normas do direito restitutivo. 
A análise que Durkheim faz do desenvolvimento da divisão do trabalho é 
positiva, pois ela gera um sentimento de solidariedade. Isso demonstra sua visão 
otimista da época moderna. Você já analisou a divisão do trabalho na sua 
empresa pelo viés da solidariedade social? Quais são as trocas que se 
estabelecem entre os funcionários? Há um sentimento de dependência mútua 
ou o individualismo reina? 
TEMA 4 – MAX WEBER E A SOCIOLOGIA COMPREENSIVA 
Max Weber também tem uma visão otimista da época moderna. Ele 
identifica nesta o desenvolvimento da racionalidade, todavia a sociologia que 
 
 
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Max Weber desenvolveu é bem diferente da de Durkheim. Como primeiro 
elemento para reflexão nesse sentido, é preciso ver que ele pensa a validade do 
conhecimento sociológico de forma contrária ao positivismo. Para Weber (1992), 
a sociologia e a história não devem seguir o modelo das ciências naturais. As 
ciências sociais lidam com fatores humanos, não seguem leis gerais e 
impessoais. Para explicar as causas dos fenômenos sociais, é preciso 
compreender os elos das ações humanas. O pensamento de Weber foi 
influenciado pelo debate de outros historiadores e juristas alemães de sua época, 
como Dilthey, Rickert e Simmel. A ação social é o objeto da sociologia de Weber, 
e seu método consiste em compreender os motivos que levam os indivíduos a 
agirem tendo por referência a outros. 
4.1 Vida e obra de Weber 
Max Weber nasceu em 1864. Seu pai era um jurista e político, conselheiro 
municipal em Berlim e deputado de Parlamento prussiano. Sua mãe, protestante, 
tinha uma concepção protestante do mundo. Cohn, retraçando a biografia de 
Weber, diz que há uma tendência dos intérpretes de Weber em atribuir um papel 
importante nesse contraste entre a mãe e o pai de Weber. Ao longo de sua vida, 
Weber viveu contrastes entre a academia e o engajamento político; entre 
períodos de produção intensa e crises psíquicas. A formação de Weber é em 
direito, mas ele também estudou muito de história, economia, filosofia e teologia. 
Cohn (1997) ressalta que Weber só se identificou como sociólogo tarde em sua 
carreira e o fez em tom polémico; nas palavras de Weber: 
se agora sou sociólogo então é essencialmente para pôr um fim nesse 
negócio de trabalhar com conceitos coletivos. Em outras palavras: 
também a Sociologia somente pode ser implementada tomando-se 
como ponto de partida a ação do indivíduo ou de um número maior ou 
menor de indivíduos, portanto de modo estritamente individualista 
quanto ao método. (Cohn, 1997, p. 25) 
Weber foi professor na Universidade de Friburgo depois na Universidade 
de Heidelberg. Em 1903, ele recebeu o título de professor honorário da 
Universidade de Heidelberg e passou a se dedicar apenas à pesquisa, mas sua 
atividade foi interrompida por crises psíquicas, em que ficou internado, e 
períodos em que ele se dedicou à política. Religião, ciência e política são três 
fenômenos que Weber analisou ao longo de sua vida. Suas principais obras 
incluem: 
 
 
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 A ética protestante e o espírito do capitalismo (1903); 
 Ciência como vocação; 
 Política como vocação; 
 Sobre algumas categorias da sociologia compreensiva (1913); 
 Economia e Sociedade (publicado após sua morte). 
Após sua morte em 1920, sua mulher, Marianne Weber, que também era 
uma intelectual, organizou grande parte dos escritos de Weber e os publicou. 
Vamos acompanhar o raciocínio de Weber para pensar a sociedade com base 
em seus indivíduos. 
4.2 Ação social: a base da sociologia compreensiva de Weber 
Weber diz que o objetivo da sua sociologia é de compreender a ação 
social. Uma ação é social quando a pessoa que age tem como referência o 
comportamento de outros. Por exemplo, no seu trabalho, você dá uma ordem, 
que é uma ação que tem por referência o comportamento de outros, aqueles de 
quem você espera a obediência à tua ordem. Do mesmo modo, você, ao 
obedecer a uma ordem, tem por referência a ação do seu chefe que lhe deu uma 
ordem. Aqui já temos uma relação social: duas ações sociais orientadas 
reciprocamente. Para compreender o sentido da ação social, Weber utiliza um 
recurso metodológico: ele constrói tipos ideais, aqui usados no sentido de que 
eles não existem na realidade, apenas nas ideais. Os tipos ideais exageram um 
aspecto da realidade, são um tipo puro. Weber define quatro tipos ideais de ação 
social: 
 Ação tradicional: determinada por costumes arraigados; 
 Ação afetiva: determinada por afetos ou estados sentimentais; 
 Ação racional com relação a fins: determinado por expectativas do 
comportamento de outros homens ou de objetos do mundo e utilizando 
estas expectativas como meios para alcançar fins conscientemente 
perseguidos; 
 Ação racional com relação a valores:determinada pela crença 
consciente no valor ético, estético, religioso ou de qualquer outra forma 
de valor de determinado comportamento sem levar em consideração as 
possibilidades de êxito. 
 
 
12 
Agir de acordo com seus valores é racional, afirma Weber (1982). Em sua 
obra A política como vocação, ele diz que não cabe à ciência determinar se um 
valor é mais nobre do que outro, ou se um fim é melhor do que outro, assim como 
não cabe à ciência definir se uma pessoa deve agir visando determinado fim ou 
seguindo seus valores. Os valores são subjetivos, a definição dos fins visados 
também é subjetiva, a racionalidade está no desenrolar da ação (Weber, 1982). 
Weber (1982) esclarece que os tipos ideais são tipos puros, que não 
existem na realidade. Por exemplo, eu posso compreender a sua ação de cursar 
a universidade como uma ação racional com relação a valores. Você acredita na 
educação como um valor e por isso está estudando. Todavia, você também visa 
a um fim (ter um diploma e conseguir um cargo e um salário melhor), então sua 
ação também é racional com relação a fins. Weber pensa no tipo ideal da ação 
racional com relação aos valores. Assim, na realidade, as pessoas não agem 
apenas por raiva. É um recurso metodológico do Weber construir tipos ideias, no 
sentido que existem somente no plano das ideias, exagerando unilateralmente 
algum traço. Weber esclarece que os tipos ideais não se encontram na realidade 
observada, mas servem como parâmetro para analisar a realidade. 
Ações sociais recíprocas constituem relações sociais. Há uma 
estabilidade no sentido das ações sociais quando estas são orientadas pela 
representação de uma ordem legítima. Vamos citar um exemplo que o próprio 
Weber utiliza: o funcionário chega no horário não por hábito ou por interesse 
próprio, mas também porque aceita a validade de uma ordem (o regulamento da 
empresa) e considera essa ordem como um mandamento que, caso não 
obedeça, terá prejuízos além do seu sentimento de dever. Baseando-se no 
indivíduo e no sentido que ele confere à ação social, Weber explica fenômenos 
sociais. 
TEMA 5 – RACIONALIZAÇAO E BUROCRACIA NA OBRA DE WEBER 
Weber observa na época moderna a crescente racionalização nas 
diversas esferas da vida. Se antes as ações tradicionais e afetivas eram mais 
fortes e enraizadas, com o advento da modernidade, a ciência e sua 
racionalidade ganham força para explicar o mundo. Weber diz que há 
desencantamento do mundo no sentido de que os fenômenos não são mais 
regidos por espíritos divinos, não podem ser alterados por magia, mas na crença 
 
 
13 
na ciência. A visão de Weber sobre a modernidade é positiva: estamos, cada vez 
mais, agindo de forma racional. De acordo com Giddens (2008, p. 350), 
Weber considerava a burocracia como uma parte central da 
racionalização da sociedade, que estava a afetar todas as facetas da 
vida desde a ciência à educação e ao governo. Em vez de confiarem 
em crenças e costumes tradicionais, as pessoas na idade moderna 
tomavam decisões racionais orientadas para um objetivo concreto. O 
caminho melhor, e mais eficiente seria escolhido para produzir 
determinado resultado. 
5.1 Racionalização e dominação burocrática 
A racionalização leva a uma nova forma de obediência: a obediência às 
regras. A probabilidade de você obedecer a uma ordem é o que Weber chama 
de dominação. Os três tipos ideais de dominação elaborados por Weber são: 
 Dominação tradicional: obedece a uma pessoa em virtude na crença de 
seus poderes que existem há muito tempo – como reis ou padres e o 
conteúdo das ordens está fixado pela tradição; 
 Dominação carismática: obedece a pessoa em virtude de devoção 
afetiva pela pessoa e seu carisma – como o profeta, o herói, o demagogo 
– e obedece exclusivamente à pessoa devido às suas qualidades 
excepcionais. 
 Dominação burocrática: obedece ao regulamento ou a lei, a pessoa que 
manda está legitimada pelas regras. O seu ideal é proceder de maneira 
estritamente formal sem a menor influência possível de sentimentos como 
caprichos ou considerações pela pessoa. 
A dominação burocrática foi essencial para a evolução do capitalismo 
moderno e do Estado moderno e ela ganha espaço, em todas as esferas da vida. 
Com base na dominação burocrática, desenvolve-se a organização burocrática. 
Weber elenca as vantagens da organização burocrática: “precisão, velocidade, 
clareza, conhecimento dos arquivos, continuidade, discrição, unidade, 
subordinação rigorosa, redução do atrito e dos custos de material e pessoal – 
são levados ao ponto ótimo na administração rigorosamente burocrática” 
(Weber, 1982, p. 249). 
O Estado moderno é um exemplo de uma organização burocrática, a 
empresa capitalista também. As principais características da burocracia segundo 
Weber, resumidas por Jaime e Lucio (2017, p. 48) são: 
 
 
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Caráter legal das normas e regulamentos; caráter formal das 
comunicações; divisão racional do trabalho; impessoalidade das 
relações; regras claras para orientar as relações pessoais; hierarquia 
da autoridade; rotinas e procedimentos padronizados; competência 
técnica e meritocracia; separação entre administração e propriedade; 
profissionalização dos participantes; previsibilidade do 
comportamento. 
A análise de Weber sobre a burocracia deu início às reflexões sociológicas 
sobre as organizações. Como vimos, a visão de Weber sobre a burocracia é 
positiva, pois esta tem uma superioridade técnica com relação aos outros tipos 
de dominação. Hoje, quando falamos em burocracia, pensamos em aspectos 
negativos como regras demais e desnecessárias, lentidão. Essas são disfunções 
do desenvolvimento da dominação burocrática que Weber não percebeu. As 
disfunções da burocracia serão analisadas por Merton (1970), cujas análises são 
o ponto de partida da sociologia das organizações. 
TROCANDO IDEIAS 
Saiba mais 
Leia a matéria publicada na Folha de S.Paulo sobre os efeitos da greve 
dos caminhoneiros no Brasil em maio de 2018. 
Desabastecimento atinge de mercado a posto de combustível com greve 
SP pode ficar sem gasolina nesta sexta; supermercado raciona venda a cliente 
Em postos de combustível, longas filas, que chegavam a congestionar ruas e avenidas, 
e motoristas dispostos a esperar horas para abastecer nos que dispunham de gasolina e de 
álcool – apesar de preços muitas vezes exorbitantes. Em alguns supermercados, faltaram 
produtos, e houve quem decidisse racionar a venda. 
Esse cenário de desabastecimento foi sentido por moradores de grandes cidades, como 
São Paulo, no 4º dia de paralisação dos caminhoneiros. 
A preocupação com a falta de produtos nos próximos dias se estendia até à 
disponibilidade de dinheiro, devido à dificuldade de transporte. 
Em carta à Febraban (federação dos bancos), a associação brasileira das empresas de 
transporte de valores alertou nesta quinta (24) sobre os riscos de atrasos e cancelamentos de 
entrega de dinheiro. 
Unidades de saúde também já eram afetadas por falta de entrega de insumos 
hospitalares – e havia preocupação com a chegada de oxigênio. 
Na capital paulista, a previsão do Sincopetro (sindicato de postos de combustível) era 
que os estoques dos estabelecimentos poderiam amanhecer esgotados nesta sexta (25). 
“Já é o quinto posto que venho porque os outros não tinham mais gasolina”, disse o 
representante comercial Francisco Assis, 56, após conseguir encher o tanque na zona leste. 
“O primeiro produto que está acabando é o etanol, que é o primeiro que o motorista pede, 
porque está mais barato”, disse José Alberto Paiva Gouveia, presidente do Sincopetro. Segundo 
ele, “como o consumidor ficou desesperado”, houve aumento de consumo. No Rio, 90% dos 
postos relatavam escassezde combustível. 
Houve reajuste de preço em postos pelo país – alguns cobraram mais de R$ 5 pelo litro 
de gasolina. O Procon-SP afirma que a prática pode ser abusiva e deve ser denunciada. 
Em supermercados paulistas, os itens mais afetados eram frutas, legumes e verduras, 
por serem perecíveis e de abastecimento diário —e que têm estragado nas estradas. 
 
 
15 
Segundo a Apas (associação dos supermercados), carnes, leite e derivados, panificação 
congelada e produtos industrializados que levam proteínas no processo de fabricação já estavam 
com as entregas comprometidas pelos atrasos no reabastecimento. 
Alguns estabelecimentos passaram a limitar a quantidade de venda a cada cliente. A 
rede Carrefour, por exemplo, chegou a limitar em algumas unidades cinco unidades de cada item 
por consumidor – para que “todos os clientes consigam preços e ofertas”. 
No Vale do Paraíba, uma rede só permitia 15 kg de arroz, 5 kg de feijão, 5 unidades de 
óleo, 6 litros de leite e 15 kg de açúcar para cada consumidor. “Vimos pessoas apavoradas, 
lotando carrinhos. Se continuasse assim, não teríamos nada”, disse Josaf Edson de Oliveira, 
gerente do supermercado Produtor, de Queluz. 
Houve desabastecimento de frutas e legumes no Ceagesp, de São Paulo, Ceasa, do Rio 
de Janeiro e de Curitiba, e Feira de São Joaquim, em Salvador. 
No Ceagesp, alimentos tiveram alta significativa de preços. A batata lavada subiu em média 95%, 
diz a companhia. 
“Na segunda, eu vendi o saco de batata entre R$ 70 e R$ 100, dependendo da qualidade. 
Agora está entre R$ 120 e R$ 200. A gente precisa implorar para o transportador mandar, aí eles 
sobem o preço”, afirma Rita Barbosa, sócia de um box do local. 
Associações de supermercados da região Sul também falaram em estoques 
comprometidos – exceto para itens de mercearia, higiene e limpeza, que costumam ser 
armazenados por até 15 dias. 
No Mercado Central de Belo Horizonte, um dos símbolos da capital mineira, começou a 
faltar outro ícone do estado: o queijo canastra. 
Na loja de Kris Julião, a bandeja de morango passou de R$ 4 para R$ 7. “E já acabou”, 
diz. O comerciante encomendou 20 caixas e veio metade. 
Os produtos estavam viajando camuflados em veículos de menor porte para driblar 
bloqueios nas estradas. (Folha de S. Paulo, 2018) 
O desabastecimento gerado pela paralisação dos caminhoneiros 
visibilizou nossa dependência por bens produzidos por trabalhadores e 
trabalhadoras em lugares distintos do país – e, consequentemente, nossa 
dependência dos caminhoneiros que fazem esses bens chegarem até nós. 
Dependemos do trabalho uns dos outros para tudo, inclusive para suprir nossas 
necessidades mais básicas, como por alimentação. 
O conceito de solidariedade social orgânica de Durkheim nos permite 
pensar a nossa dependência mútua no trabalho uns dos outros. Você pensa que 
a greve dos caminhoneiros aumentou a percepção das pessoas de dependerem 
umas do trabalho das outras? De que forma é possível fomentar o sentimento 
de solidariedade orgânica entre as pessoas? 
NA PRÁTICA 
Você já leu o regulamento da empresa em que trabalha? Faça uma 
análise crítica das normas escritas nesse regulamento. Compare as regras com 
as características da organização burocrática definidas por Max Weber e 
resumidas por Jaime e Lucio (2017). Caso a empresa em que você trabalha não 
tenha um regulamento, ou caso você não trabalhe, pegue o analise o 
regulamento de uma organização pública acessível pela internet. 
 
 
16 
FINALIZANDO 
Nesta aula vimos como a sociologia surgiu num período de profundas 
transformações sociais na passagem da época feudal para a época moderna. 
Uma das transformações diz respeito à forma de pensar e explicar o mundo. 
Com o advento da modernidade, as ciências se desenvolvem, incluindo a ciência 
da sociedade. Vimos também que o sociólogo francês Emile Durkheim 
desempenhou um papel importante para dar cientificidade à sociologia e 
consolidar essa disciplina na academia. O olhar sociológico de Durkheim viu na 
divisão do trabalho para além do fator econômico uma forma de as pessoas 
cooperarem e aprofundarem os laços que as une. A visão otimista da 
modernidade também está presente na análise de Weber, que identifica nas 
ações e relações sociais uma crescente racionalização. 
Retomando o problema apresentado no início desta aula: coordenar o 
trabalho dos colaboradores da empresa na qual você é gestor, traçando uma 
estratégia a fim de conseguir a cooperação e o engajamento de todos. O 
conceito de solidariedade orgânica de Durkheim ajuda a pensar estratégias para 
evidenciar a dependência mútua de todos os colaboradores e a importância do 
trabalho de cada um para o resultado final da empresa. Você, como gestor, ao 
ressaltar essa dependência mútua e valorizar o trabalho de cada colaborador, 
irá fortalecer o sentimento de solidariedade orgânica na sua empresa. Isso pode 
gerar mais cooperação e um melhor rendimento. Já o conceito de dominação de 
Weber o ajuda a pensar como transmitir as ordens para que obtenha uma maior 
probabilidade de ser cumprida. Weber mostra que a dominação burocrática se 
desenvolve nas organizações. Assim, racionalizar os processos e escrever as 
regras de forma clara e acessível são ações que fortalecem a obediência às 
regras impessoais e racionais que caracterizam a dominação burocrática. 
 
 
 
 
17 
REFERÊNCIAS 
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COMTE, A. Sociologia. 2. ed. São Paulo: Ática, 1983. (Coleção Grandes 
Cientistas Sociais). 
CUIN, C-H.; GRESLE, F. História da sociologia. 2. ed. São Paulo: Ensaio, 
1994. 
DESABASTECIMENTO atinge de mercado a posto de combustível com greve. 
Folha de S. Paulo, 24 maio 2018. Disponível em: 
<https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2018/05/desabastecimento-atinge-de-
mercado-a-posto-de-combustivel-com-greve.shtml>. Acesso em: 2 jul. 2019. 
DURKHEIM, E. A ciência social e a ação. São Paulo: Diffel, 1975. 
_____. As regras do método sociológico. São Paulo: Martin Claret, 2003. 
_____. A divisão do trabalho social. Lisboa: Presença, 1977. 
GIDDENS, A. Sociologia. 6. ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2008. 
HOBSBAWM, E. J. Era das revoluções: 1789-1848. 17. ed. São Paulo: Paz e 
Terra, 2003. 
JAIME, P.; LUCIO, F. Sociologia das organizações: conceitos, relatos e casos. 
São Paulo: Cengage, 2017. 
LAZARTE, R. Max Weber: ciência e valores. São Paulo: Cortez. 1996. 
LUKES, S. Bases para a interpretação de Durkheim. In: CONH, G. Sociologia: 
para ler os clássicos. Rio de Janeiro/São Paulo: LTC, 1977. 
MERTON, R. K. Sociologia: teoria e estrutura. Tradução de Miguel Maillet. São 
Paulo: Mestre Jou, 1970. 
RODRIGUES, J. A. (Org.) A sociologia de Durkheim. São Paulo: Ática, 1981. 
Coleção Grandes Cientistas Sociais. 
WEBER, M. Metodologia das ciências sociais. São Paulo: Cortez, 1992. 
_____. Ciência e política: duas vocações. São Paulo: Cultrix, 1993. 
_____. Ensaios de sociologia. Rio de Janeiro: LTC, 1982.

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