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EXECUÇÃO DE TÍTULO JUDICIAL, LIQUIDAÇÃO E CUMPRIMENTO DE SENTENÇA

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EXECUÇÃO DE TÍTULO JUDICIAL: LIQUIDAÇÃO E CUMPRIMENTO DE SENTENÇA
Títulos Executivos Judiciais:
Decisão: Por obrigação de fazer, ou seja, a própria sentença judicial que condena alguém a fazer ou não fazer algo, pagar alguém.
Quando fala em decisão não se fala só da sentença de 1° grau, mas também de 2° grau pois ainda tem a possibilidade de reanalise do pedido.
-Após uma decisão judicial que atribui um direito a uma das partes, se espera que a parte vencida satisfaça de forma espontânea esse direito (a sua obrigação).
-Mas, se a parte vencida não cumpre a sua obrigação, a parte vencedora deverá ingressar com o cumprimento de sentença.
Decisão pode ser definitiva ou provisória.
Decisão Definitiva: É quando a decisão judicial já transitou em julgado.
Decisão provisória: É quando a decisão judicial ainda não transitou em julgado, ou porque ainda não decorreu o prazo para interposição do recurso, ou porque existe um recurso pendente de julgamento (sem efeito suspensivo) = art. 522, CPC.
São deferidas porque existe uma situação que necessita de regulação ou amparo em um momento que não pode esperar a sentença definitiva no final do processo.
Ex: Se obtive uma tutela para a realização de um procedimento cirúrgico, essa tutela pode ser executada se a parte condenada não cumprir com essa tutela de forma espontânea.
Art. 522, CPC
“O cumprimento provisório da sentença será requerido por petição dirigida ao juízo competente.
Parágrafo único. Não sendo eletrônicos os autos, a petição será acompanhada de cópias das seguintes peças do processo, cuja autenticidade poderá ser certificada pelo próprio advogado, sob sua responsabilidade pessoal:
I - decisão exequenda;
II - certidão de interposição do recurso não dotado de efeito suspensivo;
III - procurações outorgadas pelas partes;
IV - decisão de habilitação, se for o caso;
V - facultativamente, outras peças processuais consideradas necessárias para demonstrar a existência do crédito.”
Efeito Suspensivo na Decisão:
-Mas existem casos em que a decisão judicial está com recurso pendente de julgamento, e que O RECURSO NÃO TEM EFEITO SUSPENSIVO, mas que PODE SOFRER EXECUÇÃO PROVISÓRIA. Isso acontece nos casos de decisão: 
· que determina o pagamento de alimentos.
· que julga procedente o pedido de instituição de arbitragem.
· que confirma, concede ou revoga tutela provisória.
· que decreta a interdição.
· que homologa a divisão ou a demarcação de terras.
· que extingue sem resolução do mérito ou julga improcedentes os embargos do executado.
-Nesse caso, a parte pode exigir o cumprimento provisório da decisão. 
OBS: Mas, a sentença executada provisoriamente é uma sentença que, no futuro, poderá ser reformada pelo recurso interposto, e por isso o exequente será responsabilizado por todas as reformas que a sentença provisória poderá sofrer.
Execução ou Cumprimento?
-O novo CPC substituiu o termo EXECUÇÃO PROVISÓRIA por CUMPRIMENTO DE SENTENÇA PROVISÓRIO. 
-Outra novidade é que toda execução de título executivo judicial passa a ser feita por meio de CUMPRIMENTO DE SENTENÇA. 
-Assim, sendo o cumprimento de sentença uma forma de execução, não tem problema o uso do termo “execução provisória”. 
Procedimento:
-O Exequente deve requerer o cumprimento de sentença através de petição dirigida ao Juiz do processo principal, em 1ª grau. A petição deve conter, necessariamente, a indicação do descumprimento da obrigação pelo executado, e o pedido de cumprimento desta.  Não sendo eletrônicos os autos, a petição será acompanhada de cópias das peças do processo descritas no § único do art. 522 do CPC, cuja autenticidade poderá ser certificada pelo próprio advogado, sob sua responsabilidade pessoal. E sendo obrigação de pagar, a petição deve conter o demonstrativo discriminado e atualizado do débito, com os dados exigidos no art. 524 do CPC.
Art. 524, CPC
“O requerimento previsto no art. 523 será instruído com demonstrativo discriminado e atualizado do crédito, devendo a petição conter:
I - o nome completo, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica do exequente e do executado, observado o disposto no art. 319, §§ 1º a 3º ;
II - o índice de correção monetária adotado;
III - os juros aplicados e as respectivas taxas;
IV - o termo inicial e o termo final dos juros e da correção monetária utilizados;
V - a periodicidade da capitalização dos juros, se for o caso;
VI - especificação dos eventuais descontos obrigatórios realizados;
VII - indicação dos bens passíveis de penhora, sempre que possível.”
-Esta petição se tornará autos apartados, dependentes dos autos principais.
-Recebida e autuada a petição, o Juiz determina a intimação do executado.
-O Juiz pode exigir caução do exequente, se o cumprimento provisório da obrigação puder gerar grave dano ao executado.
-O executado, intimado, tem o prazo de 15 dias para cumprir a obrigação. Se se tratar de obrigação de pagar, o executado, intimado, se não faz o pagamento, incide multa de 10% do valor do débito, mais honorários advocatícios, e será expedido mandado de penhora e avaliação.
-Transcorrido esse prazo sem o cumprimento da obrigação, inicia-se o prazo de 15 dias para que o executado apresente sua impugnação, sem prejuízo de penhora.
-Na impugnação, o executado poderá alegar: falta ou nulidade da citação na fase de conhecimento (se o processo correu à revelia); ilegitimidade de parte; inexequibilidade do título ou inexigibilidade da obrigação; penhora incorreta ou avaliação errônea; excesso de execução ou cumulação indevida de execuções (devendo apontar o valor correto); incompetência absoluta ou relativa do juízo da execução; qualquer causa modificativa ou extintiva da obrigação, como pagamento, novação, compensação, transação ou prescrição, desde que supervenientes à sentença; impedimento ou suspeição (observando os arts. 146 e 148 do CPC).
Art. 146, CPC
“No prazo de 15 (quinze) dias, a contar do conhecimento do fato, a parte alegará o impedimento ou a suspeição, em petição específica dirigida ao juiz do processo, na qual indicará o fundamento da recusa, podendo instruí-la com documentos em que se fundar a alegação e com rol de testemunhas.”
Art. 148, CPC
 “Aplicam-se os motivos de impedimento e de suspeição:
I - ao membro do Ministério Público;
II - aos auxiliares da justiça;
III - aos demais sujeitos imparciais do processo.”
-A apresentação de impugnação não impede a prática dos atos executivos (substituição, reforço ou redução da penhora, avaliação dos bens, expropriação).
-Se o cumprimento de sentença envolver obrigação de fazer ou de não fazer, o Juiz poderá, de ofício ou a requerimento, determinar as medidas necessárias à satisfação do exequente, tais como: imposição de multa em favor do exequente, busca e apreensão, remoção de pessoas e coisas, desfazimento de obras, impedimento de atividade nociva, podendo requisitar o auxílio de força policial. E no caso de imposição de multa, o Juiz pode modificar seu valor para mais ou para menos, e até excluí-la, se verificar que esta se tornou insuficiente ou excessiva, ou se o executado demonstrar o cumprimento parcial ou justa causa para o descumprimento.
-Em se tratando de obrigação de entregar coisa, e esta não for cumprida, será expedido mandado de busca e apreensão ou de imissão na posse em favor do credor, conforme se tratar de coisa móvel ou imóvel.
-Se a impugnação for rejeitada ou acolhida parcialmente, cabe agravo de instrumento, pois a execução prosseguirá. Se a impugnação for acolhida, extinguindo a execução, a decisão é uma sentença, recorrível por apelação.
OBS: A impugnação pode ser parcial, o que permite a execução na parte não impugnada.
OBS 2: O réu, antes de ser intimado para o cumprimento da sentença, pode depositar espontaneamente o valor que entender devido, apresentando memória discriminada do cálculo. Nesse caso, o autor será intimado para, em 5 dias, impugnar o valor (podendo levantá-lo mesmo assim). Se impugna, e o Juiz concordar com a insuficiência do depósito, sobre a diferença incidirão multa de 10%e honorários advocatícios de 10%, seguindo-se a execução com penhora e atos subsequentes. Se não impugnar, presume-se aceito o valor, e o Juiz declarará satisfeita a obrigação e extinguirá o processo.
Execução de Alimentos:
-É o meio pelo qual o alimentado pode cobrar do devedor de alimentos o valor que se encontra em atraso, de forma judicial.
-Para isso, é necessário que o credor tenha um título executivo judicial ou extrajudicial inadimplido, e com valor determinado.
-A exigibilidade desta obrigação também é feita através do CUMPRIMENTO DE SENTENÇA, nas formas previstas nos arts. 528 a 533 (para título judicial), e 911 a 913 (para título extrajudicial), todos do CPC.
Alimentos: Titulo Judicial
-Na execução de alimentos fundada em título executivo judicial, recebida a petição de cumprimento de sentença, o Juiz mandará citar o executado pessoalmente para, em 3 dias, efetuar o pagamento das parcelas anteriores ao início da execução e das que se vencerem no seu curso; OU provar que o fez; OU justificar a impossibilidade de fazê-lo.
-Se o executado, intimado, não faz nada disso, o Juiz mandará protestar a decisão de condenação, e ordenará a prisão daquele pelo prazo de 1 a 3 meses (se se tratar de débito que envolve até os 3 meses anteriores ao ajuizamento da execução e as que se vencerem no curso do processo.). E o cumprimento da pena de prisão não exime o executado do pagamento da dívida. Se não englobar 3 meses, não cabe a prisão. A prisão é cumprida em regime fechado (art. 528, §4ª CPC). 
-Pago o débito, o Juiz suspenderá o cumprimento da ordem de prisão. Não pago, dá-se início à penhora (arts. 831 e seguintes, CPC) para satisfação da obrigação. 
-Se o exequente quiser, ao invés de optar por este procedimento de execução de alimentos, ele pode ajuizar execução por quantia certa, na forma dos arts. 523 e seguintes do CPC. Nesse caso, não caberá a prisão do executado, mas a penhora.
OBS: O exequente pode promover esta execução no juízo de seu domicílio.
OBS 2: O débito pode ser descontado dos rendimentos ou rendas do executado de forma parcelada, desde que, somado à parcela devida, não ultrapasse 50% dos ganhos líquidos deste.
OBS 3: A execução dos alimentos provisórios se processa em autos apartados. Já a definitiva, pode ser processada nos mesmos autos da sentença.
Alimentos: Titulo Extrajudicial
-Na execução de alimentos fundada em título executivo extrajudicial, recebida a petição de cumprimento de sentença, o Juiz mandará citar o executado pessoalmente para, em 3 dias, efetuar o pagamento das parcelas anteriores ao início da execução e das que se vencerem no seu curso; OU provar que o fez; OU justificar a impossibilidade de fazê-lo.
-Se o executado, intimado, não faz nada disso, o Juiz mandará protestar a decisão de condenação, e ordenará a prisão daquele pelo prazo de 1 a 3 meses (se se tratar de débito que envolve, pelo menos, os 3 últimos meses). E o cumprimento da pena de prisão não exime o executado do pagamento da dívida. Se não englobar 3 meses, não cabe a prisão. A prisão é cumprida em regime fechado (art. 528, §4ª CPC). 
-Pago o débito, o Juiz suspenderá o cumprimento da ordem de prisão.
OBS: Se o alimentado não desejar esta forma de execução, ele pode optar pela modalidade prevista no art.824 do CPC (execução por quantia certa).
OBS 2: Se o executado é funcionário público, militar, diretor/gerente de empresa, ou empregado com carteira assinada, o exequente pode requerer o desconto do débito em folha de pagamento, e se deferido, o juízo oficiará à autoridade, empresa ou empregador, sob pena de crime de desobediência.
Liquidação da Sentença:
-Para serem executadas, as sentenças devem ser líquidas, ou seja, limitarem claramente a extensão da obrigação a ser realizada pelo vencido no processo judicial (então não cabe somente no pagamento de quantia).
-Mas, algumas vezes a sentença é ilíquida. E por isso, deve ser feita a liquidação da sentença, pelo credor ou pelo devedor.
-Mas existem situações que basta apenas um cálculo aritmético, ou o cálculo de uma correção, multa ou juros. Então, nesses casos não se aplica o procedimento de liquidação da sentença, bastando apenas o cálculo na execução (§2º, art. 509, CPC).
Art. 509, CPC
“Quando a sentença condenar ao pagamento de quantia ilíquida, proceder-se-á à sua liquidação, a requerimento do credor ou do devedor:
II - pelo procedimento comum, quando houver necessidade de alegar e provar fato novo.
§ 2º Quando a apuração do valor depender apenas de cálculo aritmético, o credor poderá promover, desde logo, o cumprimento da sentença.”
-Na liquidação não se discute de novo a lide nem se modifica a sentença.
-É cabível a liquidação de sentença ainda que haja pendência de recurso (art. 512, CPC), para adiantar esta fase processual, e para que quando se inicie a execução, a sentença já esteja liquidada.
Art. 512, CPC
“A liquidação poderá ser realizada na pendência de recurso, processando-se em autos apartados no juízo de origem, cumprindo ao liquidante instruir o pedido com cópias das peças processuais pertinentes.”
-E quando uma sentença tiver uma parte líquida e outra ilíquida, o credor pode executar a parte líquida, e liquidar a parte ilíquida.
-Está regulada nos arts. 509 a 512, do CPC.
-Existem 2 formas de liquidação de sentença:
· Por arbitramento.
· Por procedimento comum. 
Liquidação por Arbitramento:
-É a modalidade mais comum, e é cabível quando: 
· o próprio Juízo determina na sentença de mérito.
· por acordo entre as Partes.
· pela natureza do objeto da liquidação.
-Na verdade, não precisa que o Juízo determine, pois sendo a sentença ilíquida por si só, já terá esta necessidade. Mas o Juiz intimará as Partes para a apresentação de pareceres ou documentos elucidativos, e poderá haver prova pericial para apuração do quantum.
-Por fim, é importante ressaltar que, no decorrer da fase de liquidação de sentença por arbitramento, o Juízo pode perceber a necessidade de que a modalidade aplicada seja a de liquidação pelo procedimento comum, que lida melhor com a complexidade e com a necessidade de produção de novas provas. 
-É feita por petição que fica em autos apartados do processo principal.
Liquidação por Procedimento Comum:
-É uma modalidade complexa, pois há a necessidade de comprovação de fatos novos, ligados aos limites da obrigação definida no processo de conhecimento, como aqueles relacionados com o valor, com o objeto ou com outro elemento da obrigação que não foi objeto de cognição na fase de formação do título judicial. MAS NÃO HÁ DISCUSSÃO DO MÉRITO JÁ DECIDIDO. 
-Assim, o requerente deve instruir a petição demonstrando o fato novo que fundamenta o pedido, e o Juiz determinará a intimação do requerido, na pessoa de seu advogado, para apresentar contestação no prazo de 15 dias.
-Da decisão que julga a devido, cabe recurso.
-É assim uma fase entre a cognição e a execução.
-E a decisão judicial proferida na liquidação, que determina o quantum debeatur final, é considerada uma DECISÃO INTERLOCUTÓRIA, já que não encerra a cognição e nem extingue a execução, sendo assim, passível de recurso de AGRAVO DE INSTRUMENTO, por força do art. 1.015 do CPC. 
-Não há liquidação de título executivo extrajudicial, pois o título OU já é líquido (tem valor) OU não pode ser liquidado pois necessita de uma ação de conhecimento (se fosse líquido, seria objeto de execução).

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